Rio

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Eu rio das coisas que falo, pois meus pensamentos são mais rápidos que minha compreensão.

É tão bom saber que
se rio.
você ri comigo,
se choro
me oferece
o ombro amigo
em qualquer momento
posso contar contigo!

A ENTREVISTA.

Um dia perguntei
para a pedra do rio.
Com ela se sente
com todo este assédio
da água corrente.

A Pedra então
me respondeu.
Para mim é natural
Sou pedra de rio
desde a nascente.

Mas Dona Pedra
não é esta sua resposta
meio conveniente.
A Pedra então revoltada
Se interpôs a ação
assim parada.

Meu menino
eu sou pedra desde que
o mundo é mundo.
Não sou conveniente
e você não me tente.

Eu sou pedra
todo momento.
E como pedra
eu não lamento.

Ele me molha
porque é rio.
não guardo
ressentimento.

E você tem sorte
Pois a pedra
que a vida lapida
quando se cala
ai então é lápide.

Sou
Uma folha de carvalho.
Sou
Um rio doce de Whisky.
Sou
Uma bituca ainda acesa.
Sou
A cinza do desencontro.
Sou
A ressaca do seu amor.
Sou
Tudo o que você
Não pode ter por inteiro.
Conheça-me,
Descubra tudo sobre mim
E depois se pergunte
Quem sou Eu?

“O espírito do homem é como um rio que procura o mar. Represem-no e aumentarão a sua força. Não responsabilizem o homem pelas suas explosões devastadoras! Condenem antes a força da vida! O espírito que nos anima pode assumir as mais diversas formas: tornar-nos semelhantes a anjos, a demônios ou a bestas. A cada um a sua escolha. Nada barra o caminho ao homem para além das fantasmagorias dos seus medos. O mundo é a nossa casa, mas teremos ainda que a ocupar; a mulher que amamos está à nossa espera, mas não sabemos onde encontrá-la; o atalho que buscamos está sob os nossos pés, mas não o reconhecemos. Quer sejamos deste mundo por muito ou pouco tempo, os poderes por explorar são ilimitados.”
(O Mundo do sexo)

Podemos estar no mesmo rio, mas não no mesmo barco

"Finjo o tempo todo, rio, sou alegre, dispersivo, com aquele brilho superficial e ridículo. E em cada fim de noite me sinto um lixo. Há tempos estou vivendo uma historia-de-amor-impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não consigo me libertar, esquecer — estou completamente fixado nessa pessoa, vivo todas as horas do dia em função de encontrá-la, à noite. E insuportável. Sei que estou me autodestruindo, mas isso já não me assusta: penso se não será melhor afundar, afundar até acabar numa clínica."

Sarabatana flechou coração do cantador da aldeia
Que vive apaixonado fazendo poemas pro rio
E passa o dia contemplando seu pé de taperebá
Beijando bocas sonhadoras que vem lá do Amapá

Seguiremos o curso do rio
deixaremos que ele nos conduza
nos mostre a direção a ser seguida
se o curso for muito longo
acalme seu coraçao estarei indo nele
derrepente posso nao chegar na hora certa
mas se nossos caminhos estiverem
traçados pelo destino nos encontaremos
nao importa quanto tempo isso leve
nao importa quantas pedras esbarraremos
pois se o curso de nossos rios
forem o mesmo pode estar certo
que em algum lugar
nos encontraremos
e quando isso acontecer
sera para sempre !!!

⁠ARRECIFE

De um lado vejo o rio,
Ele é bom pra navegar.
Bem no meio do arrecife
vem a onda quebrantar.
Que mundo de oceano!
Certo é que o ser humano
é pequeno frente ao mar.

⁠Seja livre, cante, dance, sorria, chore, brinque, durma, coma, tome banhos de chuvas, banhos de rios, a vida é apenas uma e não podemos nós prender a alguém. Seja como um pássaro e de a melhor versão de si mesmo. Faça da sua vida uma diversão, o único amor é o próprio!

Se o amor fosse um rio,
Eu estaria morrendo afogado
No mar da sua sedução.

Se o amor fosse voar,
Eu estaria muito longe da Terra,
Porque você me deixa sem chão.

Se você fosse a maior
Estrela do sistema solar,
Eu seria Plutão
Que me perdi, com o brilho do seu olhar.

Se vivêssemos na antiguidade,
Helena não seria tão farta perto de você
Páris viveria sozinho.

Se a Mitologia grega voltasse,
Eu seria apenas um mortal
E Afrodite ficaria feia,
Pois tão grande é a sua beleza.

⁠►Dois Passos

Como um acaso do destino
Sem preparo nenhum
Eu te vi lá na borda do rio
Contemplando o céu azul.
.
Lá fiquei por um tempo
Admirando seus cabelos negros
Quando vi já estava sereno
Parti sem nunca esquecê-los.
.
Ao passar do tempo alucinei
Nunca mais a vi naquele lugar
Não sabe o quanto desejei
Que você novamente estivesse por lá.
.
Saudades meu coração carrega
O fardo o cansa a cada batida
Um nome em minha mente penetra
Lágrimas rolam a cada esquina.
.
Ao tardar senti um vazio
A vontade recaiu sobre mim
Não queria continuar sozinho
Sua falta me deixou assim.
.
Meu amor indescritível percorre
Entre morros, colinas e serras
Buscando incansavelmente seu Norte
Agonizando diante a espera.
.
O tempo não mais me ajuda
Perambulo de um lado para o outro
Preciso que você me acuda
Estou a dois passos ao fundo do poço.

Nenhum homem pode banhar-se no mesmo rio duas vezes... Pois na segunda vez o rio não é mais o mesmo nem tão pouco o homem.

O general da intervenção disse que o Rio de Janeiro é um laboratório para o Brasil. E nós somos as cobaias?

O amor tem palavras mudas mais transparentes do que o rio.

⁠⁠O rio corria incessantemente, mas parecia secar vagarosamente. Gota por gota, pude sentir se esvaindo de mim. Não somente indo para longe, mas sugando tudo de mim e me deixando com sede e totalmente vazio. Já não tinha mais forças para correr em busca de suas águas e já não podia mais sentir a brisa no meu rosto. O Sol castigava dia após dia e a estiagem se prolongou até hoje e quem sabe até amanhã ou depois.
Meu universo que havia se tornando um pouco azul, voltou a ser acinzentado, agora com traços negros de solidão, algumas texturas vermelhas de traumas, e vários tons de ingratidão.
Meu corpo inerte e sem forças jogado pela imensidão do universo, como um astro desgovernado, perdido no vazio, vagando sem rumo

⁠Ir para um novo lar é um processo involuntário de mudança. É deixar um pouco de nós para trás na esperança de construir algo novo, algo melhor.

" Tu conheces aquela lenda que o povo conta, dos pescadores sendo levados para o fundo do rio por uma mulher, depois de
matá-los afogados ? tu pareces uma delas com estas pernas e estes olhos que me prendem. Quero morrer paulatinamente entre os teus seios..."

Nostalgia

Pra mim o rio já te cansou;
A maré te levou;
O passado te machucou
O hoje já morreu
O ontem sequer ressuscita
Os seus prantos se secaram
As cachoeiras se afugentaram
Por te verem as nuvens
Desmancharam-se
E a pergunta fica
O que tanto te fustiga?

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.