Revolução
Vivemos hoje o futuro atrasado da revolução industrial, como se conjugássemos o verbo no
pretérito imperfeito no futuro.
Desde a Revolução Francesa, os movimentos ideológicos de massa sempre recrutaram o grosso de seus líderes da multidão dos semi-intelectuais ressentidos. Afastados do trabalho manual pela instrução que receberam, separados da realização nas letras e nas artes pela sua mediocridade endêmica, que lhes restava? A revolta. Mas uma revolta em nome da inépcia se autodesmoralizaria no ato. O único que a confessou, com candura suicida, foi justamente o 'sobrinho de Rameau'. Como que advertidos por essa cruel caricatura, os demais notaram que era preciso a camuflagem de um pretexto nobre. Para isso serviram os pobres e oprimidos. A facilidade com que todo revolucionário derrama lágrimas de piedade por eles enquanto luta contra o establishment, passando a oprimi-los tão logo sobe ao poder, só se explica pelo fato de que não era o sofrimento material deles que o comovia, mas apenas o seu próprio sofrimento psíquico. O direito dos pobres é a poção alucinógena com que o intelectual ativista se inebria de ilusões quanto aos motivos da sua conduta.
[...] Se esses movimentos fossem autenticamente de pobres, eles se contentariam com o atendimento de suas reivindicações nominais: um pedaço de terra, uma casa, ferramentas de trabalho. Mas o vazio no coração do intelectual ativista, o buraco negro da inveja espiritual, é tão profundo quanto o abismo do inferno. Nem o mundo inteiro pode preenchê-lo. Por isso a demanda razoável dos bens mais simples da vida, esperança inicial da massa dos liderados, acaba sempre se ampliando, por iniciativa dos líderes, na exigência louca de uma transformação total da realidade, de uma mutação revolucionária do mundo. E, no caos da revolução, as esperanças dos pobres acabam sempre sacrificadas à glória dos intelectuais ativistas.
Tô meio vazio
Meus poemas querem revolução deles próprios
São duas horas da manhã
Já li todas as notícias de esportes possíveis dessa semana
Já pensei mil vezes em escrever uma poesia
Falando da guerra fria da rede social
Amanhã tenho uma prova de redes 3.
Não consigo dormir.
Tive um sonho onde eu fugia constantemente
Passando por lamas, lagos e piscinas.
Acordei sem saber para onde fugir.
Tô bem cheio disso tudo
Mas ainda assim vazio.
Estou aos 45 minutos do segundo tempo
De um curso de engenharia
Ta três a zero pra mim.
Mas não to ganhando nada.
As construções de papel
Molham na primeira chuva.
Obstinado senhores em revolução,
degradados momento em rumores,
obviamente d' traços d' indignação,
os outros seguidores, abraçam até,
estando em um estado de evolução,
degradante mente obtendo o carma,
no golpe profundo da me e mais vez,
recebo a trevas em que estive no ar,
aspirações ao longe, foram se, fogo,
mas, tentou negar, obvio no mar o ar,
deixado mais momentos inesperados,
destino afio o marco do desafio e dito,
na margem do destino algoz frio paira,
relativamente, trágico ador do veneno,
passado meramente és embalsamado,
nos dizeres do sumario, foste gravado,
dispendiosamente num rasto d' desejo,
revela se transpor, e instantaneamente,
dispôs atos renegados, nessa luxuria...
bem a qual esteja mergulhado a esta...
inóspita até tendencias as corriqueiras,
do querer transgride o vaco vagamente,
respira sonsas e turvas águas soberba,
gravuras sem testemunhas de tua voz...
espaço, explica tua aparição, atroz dor.
sempre o sendo algo que deriva do teor,
passado nu placido em ares vulgares...
Todo mundo possui um guerreiro adormecido dentro de seu próprio coração. Acorde-o e verá a revolução que ele fará em sua vida. Levante agora, erga sua cabeça tome, postura e exerça com frieza. Vença a guerra consigo mesmo e irá descobrir todo potencial que estava adormecido dentro de si.
O traço mais marcante do indivíduo pós-moderno é a busca constante por ilusões. A revolução do pensamento humano não só se baseia em vender a mentira, há também um imenso prazer em buscar circunstâncias às quais a iminência da desilusão seja clara
Gastos incessantes
Povo inquietante
Momentos de desespero virão
Todos clamando por revolução
Saúde e educação uma piada
População sendo tratada na chicotada
Escravidão abolida
Vida sofrida e população esquecida
O sistema é um vaso ruim que não quebra
Não para, cada vez mais forte
Somos sugados a todo momento
E ficamos cada vez mais esquecidos ao relento do esquecimento
Para fazer a mudança não é preciso estabelecer uma revolução, mas é necessária a provocação! Um revolucionário apenas cria o embate onde dois lados se confrontam, o provocador estabelece o debate, onde todos os lados se encontram.
Essa “revolução” ou “guerra pela esperança” que o país vive hoje é liderada pela juventude. Foi mais uma vez, os jovens que tomaram a frente. A justiça está fazendo a parte dela sim, porém, a pressão popular e essa ânsia por mudança é que está fazendo toda a diferença. Os indecisos ou contrários ao Impeachment estão mudando o voto devido ao claro desejo da população. As pessoas que optaram pelo voto nulos ou branco, pelo sentimento de revolta com o atual governo, estão optando pelos partidos que fazem a oposição a favor do Brasil.
Os movimentos que hoje referenciam as manifestações e protestos, como o Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre, Ação Popular, Avança Brasil e muitos outros, são liderados por jovens,angústiados com o futuro incerto, já que o presente foi roubado.
A revolução será silenciosa, digital e determinada por pessoas anônimas, como ler um livro de um autor clandestino à luz de velas em plena madrugada quente da Baía de Todos os Santos e tomando vinho. Enquanto ela não chega quero ir para Praga, a Cidade das Cem Torres, capital da República Tcheca e a cidade de Kafka."
Para a mente ingênua, evolução e revolução parecem incompatíveis e o desenvolvimento histórico só está ocorrendo enquanto segue uma linha reta.
Onde ocorrem distúrbios, onde a trama histórica é rompida, a mente ingênua vê somente catástrofe, interrupção e descontinuidade. Parece que a história para de repente, até que retome, uma vez mais, a via direta e linear de desenvolvimento.
O pensamento científico, ao contrário, vê revolução e evolução como duas formas de desenvolvimento mutuamente relacionadas, sendo uma pressuposto da outra, e vice-versa.
