Repouso
O gondoleiro acena do lagoUm solitário pato selvagem mergulha nas águasEu repouso minha mão sobre as delaAbaixo do caramanchão de limas
O vento nas árvores está sussurrandoSussurrando silenciosamente que eu a amoEla coloca sua mão sobre a minhaAbaixo do caramanchão de limas
A cada passo que eu dêE a cada lugar que eu váHá uma mão que me protegeE que eu amo tanto
Sempre haverá sofrimentoEle flui através da vida como a águaEu repouso minha mão sobre as delasAbaixo do caramanchão de limas
O gondoleiro está indoOs patos voaram para protegerEla coloca sua mão sobre a minhaAbaixo do caramanchão de limas
De cada palavra que eu faloE de tudo que eu seiÉ que há uma mão que me protegeE a eu amo tanto
Quando estamos deveras cansados, queremos repouso, por isso, nossas atitudes não podem ser agressivas com essa desculpa.
Que esta noite, traga repouso
para o nosso coração.
Paz para a nossa alma e
quietude que tranquiliza e acalma.
Anos vividos
Da vida, eu fui mais que se está vendo
Da felicidade eu fiz parada e repouso
E nem mais sei se fui tolo ou penoso
Nas trilhas de estar feliz ou sofrendo
Se estou enganado, ou fico glorioso
Não posso medir apenas no sendo
Sou fausto, e da paz eu vou vivendo
Tentando buscar só o bem precioso
Agora que a velhice é um havendo
Nada sei, eu persisto, e pouco ouso
Pois o fado não é claro no referendo
Disso, amei sem ter sido enganoso
Fui além, dum olhar, do só querendo
Na morte, vou do viver ser saudoso
Luciano Spagnol
20/06/2016
Cerrado goiano
BÚFALO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Ter apenas meu canto; meus canteiros;
uma rede, o repouso, tempo justo;
ver janeiros, agostos e dezembros
numa ida sem pressa nem conflito...
Minha idade se vai como rebanhos
que apreciam seus brejos e pastagens,
tomam banhos de chuva e manguezais
e não temem, pois não sabem temer...
Alcancei meu instinto primitivo,
quero apenas os dias que já vejo,
porque vivo de chão; de céu; de ar...
Mas ninguém tangerá sequer um passo
do que faço e do que perco da vida;
não sou boi de fazenda e matadouro...
Pouso para repouso.
Não tome como inconstância
O que não é constante.
Ouvir o canto,
Mesmo no desencanto.
O horror de palavras torpes
Que são tão somente palavras,
Como as mais belas.
Engano de toda certeza,
Pois do que se sabe
O único fato
É nada conhecer.
Amanhecer um novo dia,
De forma alguma será como ontem,
Se apresenta como completo desconhecido.
E de nós a ignorância
De que tudo será como foi.
Acredito no que sinto,
Penso, vivo e digo.
Quando o dito é sem sentido,
Tomado como não dito,
De outra forma interpretado, entendido,
Mesmo assim por mim acreditado.
Palavras ditas,
São autônimas, livres,
Cada qual constitui
Seu próprio sentido,
Assim elas sempre fazem.
Do que sei que gosto,
Nem sempre digo,
Depois poderá tomar outro caminho,
Como palavras ditas e caladas,
Se tornando desconhecido.
Importa é estar vivo,
A vida sem brilho é inútil ser vivida.
Preciso é encontrar pouso
Para repouso,
Reflexão das estradas,
Passagens e atalhos percorridos.
Não existem ciclos,
Existe constância e inconstância,
Permanência e impermanência,
Sombras do passado
Que iluminam o amanhã.
É preciso olhos sensíveis ao negro,
Para na escuridão
Enxergar a mais sincera luz da aprendizagem.
Tudo é construção de uma vida,
Razão onde não existe,
E isso é a essência
É o segredo de todas as coisas.
O que dá sentido
São apenas palavras.
Se no princípio era o verbo,
No final há de ser.
O que seríamos sem os Silêncios ?
um mar sem repouso
um broto não florido
um infinito não vivido
um cálice não bebido
um fel entorpecido
um sonho adormecido
um enredo não lido
um ledo esquecido
um dia não amanhecido .
-Paula Monteiro -Trecho do meu poema Sob Silêncios .
Lua…
Perfeita, iluminada, serena, linda.
Lugar onde encontro repouso, onde planejo meus sonhos, onde me sinto amado.
E essa Lua é você…
REPOUSO MEU OLHAR
Repouso meu olhar
Em cima dos olhos teus!
E assim passo horas
Admirando a beleza
Que vem de dentro d'alma
Que aflora em sua calma.
Como se fosse a paz
Invadindo meu coração
Libertando, apaziguando
Abrindo portas que se escancaram
Pra vida, pro amor, pra adoração!
BAILANDO NA LUA
Sobre um manto de estrelas repouso em
poeiras de cometas.
No céu dessa minha imaginação tem tantas galáxias.
Mas a Lua... Ah, a lua
Vem iluminando essa minha inspiração fazendo
clarão nesses meus pensamentos.
Ela me fascina tanto… tanto...
E debruçada sobre seu altar
visto-me de sonhos
releio páginas de amores
respiro alento na janela.
A lua sempre leva-me a um cais de fantasia
e por entre vastas madrugadas
seu manto suavemente me acaricia.
Escuto a voz do vento
Atravesso desertos
Desenho flores pulsando canções serenas
Melodio paz in versejo
Ecoou clarim e ternura in profundo
Faço do silêncio meu templo.
Já quis ver o céu lá de baixo
Colher, quem sabe, quimeras no chão
Mas não tem jeito não
É aqui a bailar na lua
Que sou minha dona e
navego silente
numa doçura de canção.
Aquele sorriso lindo que despercebido passou,
Em plácido repouso adormeceu;
Aquele sorriso que foi meu e não vi...
Um octogenário interno de uma Casa de Repouso, escreveu num papel de pão numa manhã de inverno:
Sinto a vida deixando meu corpo.
Já posso ouvir o sino da morte.
Lembranças? quase não as tenho mais.
Porém, uma me esforço para manter:
Seu rosto moreno.
Sua fala rouca e seu amor singelo.
Antes, me permita dizer só mais uma vez que
Amo v.............................................
Logo depois, seu corpo foi encontrado; ainda sentado; apoiado na mesa; onde o breve poema pôde ser encontrado.
No silêncio da noite
Repouso em lucidez de querer bem
Pouso no improvável, nas verdades que tenho por perto.
Falta astral?
A noite está sem cor?
- Vou mudando o astral,
alimentando o pensamento de como a escuridão é inexistente.
Daí, vou pintando-a em cores,
se faltar no estoque uso uns retoques,
nada que a luz da lua e o brilho do sol não provejam.
Deixar brilhar até amanhecer.
Preciso um pouco mais do que isso, eu sei.
Necessito de coisas escassas.
Careço do bem,
hoje pouco se tem.
Hoje n�o tem seu ombro, �nico lugar onde encontro repouso.
Hoje n�o tem seu abra�o e a sensa��o de prote��o que ele me d�.
Hoje n�o tem seu carinho, que me faz esquecer de todos os problemas.
Hoje não tem os sonhos que você me faz desejar que sejam reais.
Hoje não tem sua voz para amenizar a saudade
Nem suas palavras capazes de provocar em mim reações tão diversas como paz e euforia.
Hoje não tem o amigo com quem posso pensar em voz alta, que sabe o que eu sinto antes mesmo que eu diga, que me aconselha e me acolhe.
Hoje só tem essa tristeza sem fim... (e você nem sabe...)
Quando anoitece
a calmaria acontece
sem se anunciar...
É o dia querendo repouso
para um idílio amoroso...
mel - ((*_*))
