Coleção pessoal de HugoRadamesio

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Quero você sem modéstia....Aqui.
Se insinue e se mostre para mim
Tire este vel não és mais virgem
Tome um trago para sentir vertigem
Só não se mostre por dentro
Seja domadora dos seus sentimentos
E assim seja bem torpe
como um peça de açougue

Não sou tão carente
Para você de forma demente
Querer me conquistar
Sem esforço me dominar
Por isso te precavi
Quando pensar em me esquecer
Eu já te esqueci

Na noite se me encontrar
não mostre que está a passar
pela vida de forma cruel
pois não tens do mel
tem o cheiro e gosto próprio
e o que é incomum e óbvio
tem o ódio tem amor
Tem coragem tem pavor

E quase imutável o cotidiano
descrevo teus olhos como o oceano
e quase intangível a tua vida
me mostra que há poucas saídas
E quase mutável tua cabeça
se descreves com muita proeza
E quase tangível teu coração
não sei o que fazer,não sei não.......

Em teus olhos vejo o mundo,
O meu mundo.
A complexa existência de uma vida,
A minha vida.
Presa nos anseios por mais espaço e tempo,
Todo o tempo.
Sendo estático mas em busca de razão alguma,
Fuga.
Perdoado por Deus e também condenado,
Segue seu enfado.
Sentindo o pouco de solidão e tudo,
Abismo profundo.
E esse germe com come minhas entranhas,
Saudade estranha.
Só terá conforto em má sorte,
Quando encontrar a morte.
E se muito eu puder não sofrer,
Virar cinzas e desaparecer........

AMOR COVARDE
Nosso amor é um vicio, mas ainda é só isso,
Precisa crescer para ter força e sobreviver,
Nosso amor é idéia do que seja um grande amor,
Não tem alma apenas vontade, pouco carinho e muita vaidade.
Nosso amor é recente, mas já tem sua historia,
Suas brigas e ciúmes carrego em memória.
Nosso amor é poema, de algum machucado,
È belo na vista, mas é dor se tocado.
Nosso amor não é nosso, já tem vida própria,
Eu não quero e te gosto, eu bato mas não fecho a porta.
Nosso amor é mentira que com a alma eu pago.
È verdade querida nosso amor começou errado.
Nosso amor é assim e assim somos-nos,
Não queremos o fim do bem que nos destrói.

Oferece abrigo, quer que em teu leito repouse,
Seja aquilo que chamas de manso, apaziguado,
Que eu esqueça dos sismos em minha vida,
Que eu separe tudo em prateleiras,
Eu na de baixo, você na de cima,
Guarde tudo em potes, etiquetados,
Eu no de café, você no de açúcar.
Eu sou desorganizado, coloco farinha
No de açúcar, chocolate no de café,
Eu nos bares e você onde bem quiser,
Acendo a boca do fogão para a água ferver,
Esqueço e ela evapora, termino tomando
Café frio. Meus gostos esquisitos, tornam
Meu paladar equivocado, quando penso
Estar acertando estou deveras errado.
Vem você dizendo que vai concerta tudo,
Para me acalmar e ser guiado,
Não como eu sonhei, antes me imaginava
Num cavalo branco de armadura e espada,
Hoje tenho um passe de ônibus, que sempre
Me deixa chegar atrasado.

Sinto sua falta toda noite

Quando repouso no meu leito solitário,

Você não imagina o meu fadário,

Estar longe de ti é estar perto da morte.

Se de noite ao dormires escutas,

Canções doces, odes de ninar,

São meus delírios que vão a tua procura,

Pois nos meus sonhos estou a te embalar,

Dorme s tranqüila amor, pois na madrugada,

Os anjos de Deus estão a ti velar.

Se tiver um da minha mesma altura,

Tenha certeza, é minha alma que deixou meu corpo

E foi te encontrar.



Acordas cedo, o crepúsculo mal se inicia,

Atravessam os primeiros raios pela janela.

Os pássaros cantam a mais bela sinfonia,

E o céu, espelho de uma aquarela.

Este é o dia que pintei

Com as cores, de um sonho tão bonito,

Tudo isto amor que te desejei

São desejos de um amor infinito.........

Como eu pude ser tão egoísta

E não ver o que realmente era real.

O que de mim para existir não dependia,

Mas eu para existir era dela dependente natural.

Como puder calar na hora do grito,

Se o silêncio foi pior que a negação.

Não tive coragem de dizer o que deveria ter dito,

E agora tudo que eu falo é em vão.

Como eu pude perder os meus dias,

Em busca de uma vida que não vivi,

E quanto mais eu buscava saída,

Deveras, as vezes eu só me perdi.

Doravante não negocio mais meus sonhos,

Por prazer tão pueril e mitigado,

Pois na efemeridade de uns lábios risonhos,

Habita um veneno disfarçado.

E quando nada encontrei em minha volta,

Me fechei num casulo para me transformou a tristeza,

Aquilo que era amargura, desgosto e revolta,

De repente rompeu e brotou a frieza.

Na minha solidão eu vivo com aquilo,

Que macula minha alma e meu coração,

De não ter sequer permitido,

Viver uma grande paixão.

De conforto eu tenho as noites,

Que em sonhos eu posso ser feliz.

Imagino para mim outra sorte,

Onde eu tenho chance de fazer o que não fiz

E se existe depois, é porque algo existiu antes.

Assim sendo a vida é uma seqüência de acontecimentos,

Que perduram através das sucessões.

No fundo as coisas se amontoam, somando e diminuindo;

As idéias desgovernadas se entrelaçam em razões e emoções,

Numa falsa idéia de verdade, mas a realidade é única.

O mau gosto é dado pela falsa certeza de destino,

Pois só há destino em seu sentido empírico,

Sendo sua construção através dos dias,

Eu me predestinei a ser dentro das minhas possibilidades,

E estas sim são minhas as responsabilidades,

Algo que não se desculpe por ter errado,

Mais se emocione ao acerta.

Se ainda fosse ontem, eu te teria aqui,

Com a mesma essência com qual eu agora sonho,

Teria seus cabelos entre os meus dedos,

Teria seu calor na minha cama,

Teria seu eco em minha alma, dizendo que me ama;

Se o dia fosse estendido eu te teria por mais tempo,

A felicidade que eu sinto nos momentos

Que na cumplicidade do amor nos entregamos,

Você não cansa de ouvir e eu de dizer Te amo,

A alegria de se apresentar como veio ao mundo,

Acariciar e ser acariciado

Fechar os olhos e enxergar tudo,

Teria teus olhos a dizer pra sempre,

Saberia por que está em silêncio

Não significa ser mudo.

É um martírio ter que te ver partir,

Tu sais sem ao menos informar quando te verei surgi,

Pedindo-me que abra a porta,

Esqueça todas as noites mórbidas,

Que eu ficava a tua espera.

Apague as dores em minha alma,

E para a luz da felicidade acenda uma vela.

Pois;

Ouvi que quando o amor acontece,

Ele se transforma e só tem uma intenção;

Pois do Céu caia um raio e na terra estremece,

Quando amor pousa no coração.

Soube que quando o amor acontece,

Ninguém e nada o impede sua ação,

Desfaz aquela vida inerte,

E deixa os nervos a flor da pele de emoção.

Descobri que quando o amor acontece,

O amor completa e o ser de si esquece,

Pelo amor o ser sofre e padece,

E mesmo humilhado o ser, ao amor enaltece.

Imagino que quando o amor acontece,

Dentro de uma existência finita,

É o atendimento de todas as preces,

É constatação da existência divina.

Eu quero sentir quando o amor acontecer,
O sabor da felicidade ao sorver,
O néctar dos lábios de um ser,
Que sua existência resuma o meu viver.

Eu não escuto o que a verdade diz,

Apego-me ao impulso da paixão,

Sou cego pra tudo o meu coração não quis,

Esta loucura é minha única razão.

Desenho nas nuvens tuas formas,

E quando o céu esta limpo; vôo até te encontrar,

E tua ausência me sufoca,

Mas só quando estou ao seu lado é que fico sem ar.

Eu não aceito o que realmente aconteceu,

Escondo-me no passado que foi feliz,

Não tenho agora o que era e é meu,

Dói olhar de lado e não te ter aqui.

Me insinuo para o seu retrato,

E na moldura na vejo resposta,

Fico aqui imaginando que de fato,

Que só me resta sonhar agora.

Como antes já não sou,

A intimidade foi perdida,

A rotina nos separou,

Ou foram as circunstâncias da vida.

O trabalho era o único refugio,

Em algum lugar nos perdemos,

Os atos sombrios e subterfúgios,

Não permite lembrar o que fomos

E nem imaginar o que seremos,

Não brigamos mais como antes,

Acomodados estamos um com o outro,

Fartos da vida conjugal que se arrasta,

Não nos suportamos nem um pouco,

Mas ninguém reclama nada.

É fato que a relação fracassou,

Que aquele velho amor se perdeu,

Um do outro se cansou,

Só resta agora ter coragem de dizer

Adeus.

O silêncio se pôs na mesa, bem no momento da primeira garfada, os diálogos que antes era imediatos e extensos, se resumiam e estagnavam. Os cômodos foram se individualizando, não mais existia cumplicidade, cada um se isolava, querendo cada vez menos se encontrarem. Isto os incomodavam, de forma que já não mais havia paciência, um logo iria retrucar, e outro iria partir

E só de te ver meu dia muda,

E as coisas tomam o seu devido lugar,

Não há mais noites escuras,

Pois todas as noites são de luar,



E só de te ver meu dia muda,

Num céu fechado um arco-íris se revela,

Por entre as nuvens o Sol nos inunda,

E qualquer dia, vira dia de primavera.



E só de te ver meu dia muda,

Como se de um pesadelo acordasse,

Pois é um terror minha vida sem a tua,

Pois só ao teu lado a felicidade nasce.



E só de te ver meu dia muda,

Pois a felicidade é tua escrava.

Derramas perfume pelas ruas,

Eu por esse perfume ansioso esperava.



E só de te ver meu dia muda,

Pois tua voz é uma doce canção,

Embora mesmo se fosse muda,

Ouviria com a voz do coração;



E se de te ver meu dia muda,

Numa repentina onda de alegria,

Tomado por uma euforia absurda,

Que transforma toda a minha vida.

E derepente não há mais, aquela tristeza que antes me devassava,

pois de súbito apareceste em minha vida e por tua causa tudo se transformava

Sei que ando errado, o meu destino é esguio,

Meio turvado, num processo de negação.

Singelo destino, confuso e opaco,

Provido de águas salgadas e soluços.

Acordo atordoado, reconhecendo o espaço,

Não me agrada o redor, nem o espelho,

Mais do que só, ando errado.

Peco na frieza, com que trato a vida,

Na afinidade com a solidão,

No não procurar respostas,

Em Aceitar com os olhos fundos e sonâmbulos,

Cotidiano fatídico e ensaiado,

Com que me deparo sem nenhuma reação.

Pobre dos outros sabem o que é ser feliz,

Não conhece amargura de um choro,

De uma nódoa em sua alma,

Pobre de quem se acha vitorioso,

Não conhece o gosto do barro travoso,

Goela adentro, quando se está no chão.

Nunca fecha os olhos para realidade,

Não tem seu refugio em viver no nada.

Em desfrutar a amargura da solidão.

Um dia me encontro em um lugar perdido, noutro eu me perco dentro de mim mesmo.

Cá com meus botões,

Sandália de dedo, calção de feira.

Camisa de time das bem fuleiras.

Cá com meus botões,

Dinheiro regrado, uma doze de cana,

Um bom carteado, ninguém se zanga.

Cá com meus botões,

Uma morena fogosa, da perna roliça,

Rapaz uma boa prosa, mas ela que enfeitiça.

Cá com meus botões,

Felicidade sofrida, daquelas de pouco dinheiro,

Tristeza na ida, ninguém quer ir primeiro.

Cá com meus botões

Ficam se os anéis, vão se os parentes,

Nada de revéis, nada a frente..

Cá com meus botões

Fim de semana, fim de estrada,

Negada na rua, na casa mais nada.

Cá com meus botões