Repouso
IEMANJÁ,
Se repousas no mar, serena sereia, repouso-me ao ver o mar.
IEMANJÁ,
Seus sussuros me chegam em ondas mas não entendo, dizei-me serena sereia se mereço ser seu amigo.
Se mereço, na vida navegarei em mar calmo e, mesmo que não, se enormes ondas surgirem em minha frente, não serão grandes o suficiente para afogar meus sonhos, nem matar minha fé e esperança.
Enfim, a noite chegou.
Que tenhamos paz, alegria, calmaria
e principalmente, repouso para o nosso corpo e a nossa mente.
03 de Abril de 2018
Frágil
Fragilmente me levanto
Em tuas mãos repouso
Teus lábios suspiro
Em teu coração pouso
Vagas palavras te falo
Sem medo sigo sorrindo
Em breve, já não vejo
Meu seio por te agindo
Frágil, mais que frágil
Ontem homem, hoje Criança
Auroro moça e hoje mulher
Por te toda minha esperança
Sois fim e também o começo
Deito-me novamente amada
Este teu ser já o conheço
Para sempre sereis declamada.
O melhor do teu repouso é o sono, e tu mesmo o provocas muitas vezes; no entanto, temes intensamente a morte, que não é mais do que ele.Não mais do que sono.Dormir.Talvez sonhar...
Manifesto no dia do repouso, a vontade de erguer uma nova narrativa, pedra sobre pedra, dia a dia, sorte a sorte. A nova casa do texto, da palavra sentida e pensada na pluralidade da sua significância, dos seus sentidos de ser nos sentidos da Humanidade, a realização plena do sensualismo.
Reclamo no dia do repouso, o direito de criar um novo sentido, aquele que viverá de todos os outros e que constituirá, na sua abrangência, o anel de fogo das sensações em expansão, aquele que afastará todas as distâncias e todos os espelhos, rumo à porta da razão e, lance a lance, subirá os degraus até à origem.
Exijo no dia do repouso, a liberdade de assumir a diferença, numa indiferença por todos os que teimam em negar-ma, na diferença sou, não o invólucro, a aparência, mas a essência da criação, pois em mim se constroem, num plasma permanente, os futuros de passados e presentes olvidados.
Acuso no dia do repouso, todos os que me roubaram a força, a beleza, a vida, condenando-me a uma procriação imposta para o bem comum, como se esse dever fosse só meu, possuidora da matriz que me definiu o género e me impediu a definição de ser, mais do que tudo, imortal na minha humanidade.
Julgo no dia do repouso, o pensamento de dois milénios, o sentimento de dois milénios que, primeiro ignorou-me, depois seguiu-me, a seguir endeusou-me, no quarto dia queimou-me, e nos outros eternizou-me, descriminou-me e, finalmente, esterilizou-me. Ficou-me apenas a alma, essa que dizem ser imortal, num corpo despedaçado pela dor e pelas lágrimas de dois milénios que, refeito e assumido, se prepara para uma entrada gloriosa na casa do terceiro.
Condeno no dia do repouso, todos os arguidos a um milénio de descanso, pois quem tanta história reclama ter feito bem o merece.
A felicidade não é um estado de repouso, é uma ação. Na verdade, eu percebi que a decisão de dedicar a sua vida a outras pessoas é um caminho real para a felicidade. Mas ainda assim sei que a Felicidade exige uma jornada a ser percorrida com fases altas e baixas.
Todo homem que trabalhar arduamente durante a semana, é digno de um repouso adequado e satisfatório, que revigore suas forcas.
Eu observo ao cair da noite os corpos em repouso nas suas camas, imaginando o que estão sonhando, enquanto seus olhos fechados estão se mechendo de baixo de suas pálpebras num ritmo acelerado eu posso também deslumbrar os lábios daqueles que mentem e finge suas reações, as peles que se entrelaçam em seus cobertores querendo um calor a qual seu corpo necessita, eu observo como no cair do sono as feições podem mudar em seus mundos particulares onde seus medos e desejos até sórdidos vem ao seu encontro...
Mas a pesar disso até hoje não vivi essas mesmas coisas, pois até hoje eu só observo.
UM LUGAR DE REPOUSO
Penso num lugar para repousar minha alma, e deixa-la em seu estado de plena tranquilidade. E este espaço surge sendo a ponte a libertação das minhas ideias.
UM PEQUENO OLHAR
(07.08.2018).
Converso comigo mesmo,
E penso nas horas do repouso,
Em que eu esteja em paz,
Pois quero no mar o encontro...
Mesmo com agitação do mundo,
Vou entrando em estado de amor
Por buscar Ganchos e sua essência,
Percebendo um pequeno olhar!
O dia já se pôs e a noite já se altiva. O momento agora é de repouso, merecimento daquele que a sina do dia lhe trouxe o cansaço. Nada melhor que deitar a cabeça no travesseiro. Neste, remédio da tristeza e acalento da fadiga, psicólogo da alma e terapeuta da consciência. É no travesseiro que refletimos nossos acertos e nossos erros, verdades e omissões, mágoas e satisfações. Mas saiba, que o travesseiro não é depósito de sentimentos, ele é tão somente como um instrumento musical, que faz música, mas que se esvaecem no ar, sendo música somente quando se toca. Não se perca guardando sentimentos ruins e também não se esqueça que os sentimentos bons devem-se diariamente serem conquistados. Boa noite, bom repouso em seu travesseiro.
Repouso absoluto
Silêncio absoluto
Amor absoluto
Num dia absoluto
Por uma causa absoluta
Com a certeza absoluta
De uma felicidade absoluta
Que vem pela frente
É Deus absolutamente
Na minha vida absoluta!!!
Nossa casa deve, a priori, ser um lugar de repouso, descanso ou no máximo planejamento! Mas para fazer as coisas de fato acontecerem é do lado de fora, na rua!
Em provérbios 6:9-11 encontramos um texto que não alivia, e nos exorta neste sentido:
"Até quando você vai ficar deitado,
preguiçoso?
Quando se levantará de seu sono? Tirando uma soneca,
cochilando um pouco,
cruzando um pouco os braços para descansar, a sua pobreza o surpreenderá
como um assaltante,
e a sua necessidade sobrevirá
como um homem armado sobre você.
Ouçamos pois, este preciso conselho!
Repouso e descontração, eis a natureza do homem!
A minha preguiça tanto quanto as minhas ações são tão naturais quanto a natureza:
Que sem pressa e sem esforço fura o asfalto e conquista o todo.
E livre!
Como o trajeto das nuvens.