Relva
Deitada na relva,
envolvida no aconchego
da leitura das tuas poesias.
Cada verso teu que leio, me eleva
e todos eles eu não nego,
criam na minha mente fantasias,
e assim tão real, sinto tua presença.
***
Onde cada sorriso foi como uma pétala que se desmanchava em meio a relva não era por mal afinal cada uma daquelas pétalas acabava caindo ao solo e servindo de alimento para novas flores, então gerando sempre mais vida, sempre um novo sentimento, um novo olhar.
Só poderia existir gratidão naquele lugar .
Que o caminho seja o mais belo,
Que a relva seja a mais verde,
Que o conto semeie eternidade,
Que a brasa ilumine,
que a nuvem deságüe;
Que o poeta faça valer a pena,
Que a alma não seja pequena.
Um dia inesperado,com a relva já embalando os últimos vestígios de um dia comum, apareceu você...
Com um olhar ainda esquivo, e ao mesmo tempo tão profundo como a imensidão de um oceano quase intocável.
Me envolveu em um abraço tão intenso que cheguei a ouvir cada batida do seu coração, que soava como os sinos de comemoração a ação de graças, o sorriso parecia mais a chegada da primavera,encantando como o desabrochar das mais lindas flores .
O toque revelava o desconhecido, trazia a tona o desejo e o êxtase das mais desconhecidas dogras.
O gosto do beijo e o sabor do corpo mostrava que ainda existia sabores não descobertos ainda, aguçando e marcando as memórias alfativas .
Naquele momento eu não estava aonde estava, tinha sido abduzido pra um local ainda não existido .
Nos dias seguintes a sensação era espetacular, realmente as memórias alfativas da qual já havia falado tinham sido marcadas ,o cheiro ainda é relutante e o sabor estar em cada deglutir, o olhar aparece a cada vez que fecho os olhos e recrio as cenas como uma reconstituição de um crime perfeito .
Alegria seria de ser feliz todo dia
Sentar na relva ouvindo teu canto
Dormir a noite toda e sonhar com você
Ouvir aquela canção que me fez sorrir
Sentir seu perdão doado de coração
Ler no seu olhar teu pensamento
Ser um colo que te acolhe
Poeta da Madrugada
Após o cansaço da rotina do dia
O poeta descansa sua cabeça na relva macia.
Sob o céu estrelado, contempla o universo intocável, sentindo como estivesse lá.
Um alívio percorre seu corpo e lentamente vai entendendo que faz parte de toda essa bela criação.
Uma chuva de estrela ele imagina, ao perceber que uma delas caiu ofuscando seu olhar.
Fecha os olhos e sente seu corpo flutuando, ao entrar num sono tranquilo.
E nem percebeu que sua alma descansou de toda labuta.
Então, nasce um poema na sua mente.
O falso amigo é como uma serpente escondida na relva, causando problemas e fofocas, envenenando os corações.
Quero afundar em seu peito
Como quando a relva derrete nas folhas ao nascer do calor.
E serei seu calor, e você derreterá como relva em nossa cama.
Ainda que floresçam os ímpios como a relva, e floresçam os que praticam a maldade, eles estão à perda eterna destinados.
Remédio da vida
Vencer a relva da mata
Carregue o triunfo na manga
Ambular na corda bamba
Procure ser um acrobata
Matar a saudade do beijo
E curar a sua sede
Descanse numa rede
Espere passar o desejo
Lapidar a pedra bruta
Persistência, força e luta
Arroste na escuridão
Vasculhe o remédio da vida
Abolir a dor da ferida
Deixada no coração!
Ademir Missias jan/21
REZO ELEMENTAR
Que ser é esse, escorrendo-se em vida, o presente
Derramando-se como relva, regando-nos ao deleite
Como se lírios fôssemos, no paraíso do onipotente
Mesmo que vivamos no dúbio inferno de estimação.
Banha-nos a torre de nosso ego, a insensibilidade
Batiza-nos nos refúgios e sagrados altares pagãos
Em mantras noturnos da santíssima ancestralidade
Pelos tambores cardíacos dos corações irmãos.
Lava-me em acolhimento e amor, ao recém nascido
Antes que o cordão se rompa da raiz, da querência
A mãe germe do broto divino, sagrado, adormecido
Aurora de minh'alma, desabrochando-se, à sequência.
Que ser é esse que me banha de fluidos universais
Que transborda-me em pensamentos, e vontades
Que transcende-me de meus desertos sentimentais
Que irriga os amores eternos das minhas mocidades.
Que ser é este, que me põe a ser, ser elementar
Que me põe a olhar meu espelho vivo e trágico
Que me pare no leito de morte de minha ancestral
Ao mesmo tempo em que me mostra, mágico.
Batiza-me, oh santa medula mãe, de mãos serenas
Pondo-me no espelho interno de minh'alma
Na quietude de seus lírios, artemísias e sucenas
Na edificação da verticalidade de minha calma.
Prontifica-me em verbo à luz, em ética, à direção
Põe-me em silêncio, poetizando-me de memórias
Ao procurar as notas do amor, da paz, da emoção
Esperando minhas verdades ou crenças irrisórias.
Pedro Alexandre.
Pote, ouro,
Pote, grão,
Pote, erva,
Pote, pão,
.
Vida, rosa,
Vida, chão,
Vida, relva,
Vida, pão,
.
Sonhos, vida,
Sonhos, ouro,
Sonhos, chão,
Sonhos, pão
PATRÍCIA POETA (acróstico)
Rio, 25/07/2009.
Pela manhã o sol no campo escorre,
A relva orvalhada reluz cor de ouro,
Todas as árvores se curvam à brisa;
Rendo-me observando este tesouro,
Isto mareja os olhos e a lágrima corre...
Cada pássaro retinindo festeja a vida,
Inda as vozes das águas ouço ao fundo:
A cachoeira que canta e encanta,
Pondo pra bailar as gotas que levanta.
O vate observa este tão belo mundo
E tem seu olhar voltado nesta meta;
Traz ao peito pra suave te dizer:
A poesia tu és e eu simples poeta...
SEDNAN MOURA
Estou na espreita esperando ela desabrochar e derramar sobre a relva todo seu florescer..
Primavera querida!
Primaveril...Antes dos primeiros raios da manhã te tocarem, Nutrindo, com maternal cuidado, a relva, Surgem as gotículas que as vidas aspergem, O orvalho te cobre e faz brotar a vida. Sutilmente, abrem-se as pétalas virgens ao sabor do sol. A luz quente que afaga a juventude inexperiente da flor Com a intensidade do sentimento o qual não nada há igual, Surge, no jardim da vida, então, o amor.
Lasariny, Gédison. Poética mente (p. 62). Viseu. Edição do Kindle.
Eis que me alegra, um coração jovial.
Assemelham-se as jovens gazelas a saltitarem na relva fresca com seus corpos joviais.
São desafiadores os que de coração alegre vibram e por mérito encantam todo o seu entorno.
Estes teem a alma rubra, não dramatizam e tudo, até nas dores encontram felicidade.
Viva a jovialidade!!!
