Relva
A Janela
Há tempos não piso na relva
Trancada em castelo frio
esqueci da vida, não colho flores
O jardim distante apenas vislumbro
Deixei a solidão acolher meu ser
Meu olhar entristece com sua partida
O sol esqueceu de acariciar minha alma
preciso aquecer-me com o teu amor
Volta e retoma em mim tua paixão
Ficarei aqui esperando-te
Não ouso em sair por medo
Na penumbra espreito tua chegada
Quero acariciar teu corpo
Mas, será que permitirás?
E se assim deixares
não te farei sofrer
não te magoarei
E, se amar for deixar-te livre,
parta!
Que na janela da vida permanecerei.
OS MEUS SENTIDOS
Hoje, meu som vem da natureza, frente aos meus olhos, cheiro de relva e um pequi sendo preparado, cujo sabor já chega aos meus sentidos antes mesmo de saboreá-lo...
mel - ((*_*))
O auge das suas vivências está nas coisas que estão ao seu redor:
Na relva que se estende diante de sua casa.
Na rosa em cima de sua mesa..
Na música que você ouve.
No silêncio que você se concede
As belezas estão todas aí...
Você só precisa percebê-las.
Cika Parolin - Fevereiro de 2014
Nada está perdido!
Ainda há relva que enfeita o caminho, há céu estrelado a nos encantar e o sol a nos iluminar. Há pássaros que cantam, há sonhos que nos alimentam e um Deus que nos protege. Alegrai-vos! Tempestades passam e existe o tempo certo pra colheita de frutos doces, de redes em noites de luar. Bendizei os dias, sejam eles quais forem; tudo é aprendizado, tudo é recomeço.
MEUS FILHOS
Meus filhos perder-vos
Era perder o chão que piso
- a relva que toco
Era deixar de sentir
O perfume das flores
- Meus filhos, meus amores
Perder-vos era não sentir
- a água salgada
Das doces lágrimas
- De tanta alegria no meu rosto
- Meus filhos, meus amores
A Rosa
A Rosa sem pétalas
Desnuda a rosa
Sem campo, sem relva
A rosa sem rosa
Só caule e folhas
A rosa morta
Olhais as rosas
Como rosas
Comuns, incomuns
Todas rosas
Todas perfumadas
Todas perfeitas
Nada mudará
É o ciclo da vida
Rosas deixam de ser rosas
Assim também são as paixões
Bonitas, perfeitas, cheirosas
Porem mortais como rosas.
(Edson Patrick Vasconcelos pereira) (19/04/2012)
Deitei-me sobre a relva e enquanto olhava o céu, um raio forte de luz veio na minha direção, provocando em mim uma sonolência incontrolável, não sei por quanto tempo. Só sei que quando os abri, contemplei a casa dos meus sonhos na colina com vista para o mar. Do livro: PAGINAS QUE O TEMPO RASGA.
Amanhã! O que será de mim sem o amanhã?
Sem o cantar dos pássaros, o cheiro da relva molhada no orvalho.
O que será do céu sem as estrelas, do sol sem a lua?
Das areias da praia sem o mar.
O que será das plantas sem a água, da terra sem a semente.
O que será do vento sem a brisa, das rosas sem os homens para apreciá-las.
O que será do coração sem o amor, do sorriso sem a felicidade…
São tantos que perdem sem essa nobreza da vida que só de pensar já da vontade de imaginar o que será de mim sem a mulher que amo.
O que será de mim sem você?
PRESA
Vejo desta penha
Pobres inocentes a cruzar a relva
Caçam sem notar
Que eu estou a caçar
Esta é a lei da selva.
Esta visão não me engana
E estas asas como raio corta o céu
Na velocidade
As garras invadem
As suas entranhas
Sem lamento levo
Sem notar que a dor
Aos outros é tamanha
No ninho os filhotes
Brigam e disputam
Uma vida inteira
Pra manter a minha
Águia que sozinha
Aprendeu viver
Com os ancestrais
Respeitar quem for
Bem maior que você. No demais, és presa
Que tão facil fostes, pra minha retina
Calculei o tempo e pro seu lamento
Salvei a rapina.
Pelo frio o gelo e a nevada
Pelo calor o fogo e a queimada
Pela relva que nasce no campo
Pelas folhas que caem em todos os cantos
Pelos quatro tempos
Pelos quatro ventos
Graças te dou SENHOR;
Pois Tu lançaste os alicerces da Terra.
Poema para Cristian
Como se fosse flor
Relva de amor
Incandescente de energia
Simboliza a alegria
Traduz a amizade
Indica um destino:
Amigas de verdade
Num mar de felicidade
Alana C. T. Santos
Osny Maria
Eis a lua!...que os apaixonados tanto procuram...deitam -se na relva...e confessam...os seus mais profundos desejos...e num forte suspiro chamam por aquelas que...um dia se foram...levando as chaves de seus corações.
A sua voz penetra na alma e mexe com o coração;
Sua alma é linda como a relva ao amanhecer;
Sua energia aflora os sentimentos mais profundos.
Resposta.
Quando o orvalho cobre a relva
Eis que encontro o valor de sua lágrima
Doce, serena, singela
Mas carrega em si toda essência da alma
Pobre comparação ingênua
Pensar que as lágrimas escorrem somente na dor
encontra-se uma lágrima na felicidade plena
encontra-se uma lágrima n'essa carta de amor
Ai se toda chuva fosse saudade
Que triste fim seria o alimentar da rosa
Um inundar de Tristeza afogaria a cidade
E um vazio preencheria toda nossa proza
Posto que em sua carta havia tristeza
Uma lágrima e uma chuva de saudade
Revogo a dor ressaltando tamanha beleza
Que há no amor revestido em verdade.
O frescor do mato verde,
A densa relva molhada,
O cheiro do café fresquinho,
O pão quente chegando à mesa.
O ninho do passarinho,
A folha seca caindo,
O vôo da borboleta,
A lenda do boi da cara preta.
O vento assobiando,
Pingos de chuva gotejando,
O Sol vivo e brilhante,
A lavadeira cantarolando.
O dia amanhecendo,
As nuvens passando,
A flor se abrindo
E a criança brincando.
Eis algumas coisas da vida!
E que na verdade não são pequenas...
São simplicidades, sutilezas.
Que passam despercebidas,
Pois as capacidades de tão grosseiras.
Perderam a percepção, das verdadeiras riquezas.
...Após minhas especulações apropriadamente ditas, consenti a meu favor debruçar-me sob a relva de minhas emoções. Não tão nostalgicamente ditas, mas irrelevantemente adicionadas ao meu simples e sutil cotidiano...
O ar da manhã,
respiro.
No calor do sol,
transpiro.
Sobre relva molhada,
me viro.
O vento me sopra,
espirro
Na preguiça da tarde,
suspiro.
Na poesia da noite,
me inspiro.
Sob a luz das estrelas,
cintilo!
PERFUME NO AR
Suspenso no ar
o perfume da relva que veio banhar,
o corpo desnudo na cama a revirar,
esperando o amor que está para chegar.
Suspenso no ar,
o perfume da chuva que cai devagar,
nas entranhas da terra para encharcar,
a alma esfuziante que quer se entregar.
Suspenso no ar,
o perfume da sereia que veio do mar,
que usa “Água de Colônia” para embriagar,
os sentidos de quem deseja namorar.
Suspenso no ar,
perfume da noite que chega num açoite,
fazendo o desejo, no seu silêncio, despertar
e na loucura da paixão estonteante flutuar