Regresso
Ao vento que soprou
Que me trouxe até mim
Tempestade que amainou
Brisa leve em fim
Tormenta transformada
Em brilho de céu azul
Esperança reencontrada
Em dia de rumo a sul
Na vertigem da viagem
Algo em nós se revelou
Condição de coragem
Acreditar que eu sou
E no regresso à cidade
Que agora renasceu
A incrível cumplicidade
De sermos... tu e eu
O relógio não para
Estamos dentro do processo
Uns progridem, outros não
O mundo vive em constante mudança, lei natural
No final, a evolução é individual
Não busco sucesso
Busco a paz interior,
Levando o amor
Levando meu carinho,
A todos que cruzar o meu caminho,
E em paz voltar de regresso,
Se esse mesmo amor não me retorna,
Eu o recebo de outra forma,
Dos abraços
E, nos braços,
De quem jamais me desampara,
Nem me abandona.
JESUS CRISTO,
O SENHOR!
AMÉM!
Ausência do Amor
Na distância me encontro perdido,
Sem tua presença, meu coração ferido,
A saudade em mim, não tem abrigo,
Só anseio ter-te comigo.
Minha tristeza clama a ti em silêncio,
Pois sem teu amor, não encontro consolo,
Em oração, imploro teu regresso,
Porque sem ti, minha vida é um desterro.
Chega de saudade, quero dizer-te,
Que este amor sincero, não pode esmaecer,
Como borboletas, voar e rir,
Juntos em um sonho, por sempre viver.
Cada dia que passa, mais te desejo,
O amor que sinto, não tem preço,
És a melodia que quero compor,
O motivo pelo qual meu ser vibra e respira.
Ausência do amor, não posso suportar,
É em teus braços, onde quero descansar,
Volta a mim, minha amada ansiada,
Em teus olhos, meu lar eternizado.
Com paixão te espero, meu doce amor,
Que voltes a mim, como um resplendor,
Neste poema, meu coração se revela,
Que és tu, minha musa mais bela.
O retorno
Retornar, etimologicamente, é re + tornar, ou seja, tornar novamente. Assim, relevando as motivações e os bastidores circunstanciais, eu retorno ou, como definição, torno novamente a compôr o lugar que, paradoxalmente, nem saí.
Hoje, parafraseando os versos do rei Roberto, eu voltei e, ao chegar, Os elementos da bela canção estavam postos: havia o portão e havia cachorro (este, assim como eu, do lado de cá do portão), embora sem sorriso no latido, na verdade sem latido. Talvez esse sorriso estivesse implícito no olhar, mas a certeza de minha decisão desviava o meu foco para o que me aguardava após o portão.
Hoje, recomeço o que não terminei, o que o destino reservou, por alguma razão, pra mim e direta ou indiretamente para todos que com alegria ou com tristeza, com perplexidade ou indiferença ,com expectativas ou com a falta delas, me recebem nesse regresso.
Hoje eu retorno, torno a ser novamente parte pequena da engrenagem desta grande máquina.
Em meio às sinuosidades das curvas da vida, sempre há a possibilidade de um retorno.
Eu voltei!
Nem a mesma rua,
Nem as mesmas casas,
nem as mesmas flores na janela.
As flores eram agora outras,
e outro também eram o seu perfume.
Meus pés pisavam outra rua,
Meus olhos, contemplavam outras faces.
Eles também eram outros.
Talvez mais duros, talvez mais frios.
Talvez por que não viu sua face,
Talvez por que não viu suas flores.
Senti areia sobre minhas córneas,
espinhos no meu coração,
e sob meus pés, paralelepípedos.
ESCOTILHAS
Quando você parece uma ilha
Isolado de todo contexto
Tentando fugir das armadilhas
Discutir em vão eu não me presto
Submarino sem escotilha
Qualquer norte será um regresso.
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