Regras
A vida me fez cheia de regras e ilusões. Mas sei que tudo depende de mim. Sendo Destarte, voltei a preparar o jardrim, para que possa florecer minha alma, e eu voltar a semear sorrisos, que eu possa escrever em etapas história.
A Lei pesa, não no ombro de quem descumpre regras na sua individualidade, mas nas costas de quem por meio desta peculiaridade fere o bem comum da coletividade, ameaçando à vida alheia, à dignidade do próximo, o direito de escolha de outrem.
Tudo na vida tem que ter regras a ser seguidas e escolhidas. Uma vida emaranhada de desorganização, só lhe fará um pequenino no meio da multidão.
Já que você é capaz de seguir as regras que outros impõem a você, por qual motivo não seguiria as que você se dá?
Existe uma religião que é fantástica, ela não te impõe regras, doutrina, não cobra dízimos, nada... O nome dela é: Fazer o Bem. Nesta religião só precisa seguir dois mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas e o Próximo como a si mesmo. Quem segue esta religião, Não mata o irmão á tiro, nem á facada, não o deixa morrer de fome, de desprezo, não o discrimina até odiar. Compreende e ama á todos como filhos de Deus e Luta pela paz a justiça, etc, etc, etc. Viu como é bom ter uma religião dessa? Mesmo que agora você não precise nada disso, amanhã você pode ficar velhinho, talvez doente, diferente de todos que estão ao seu redor, mas vai precisar de alguém que o ame e lhe faça o bem!...
Pesadelo do fim do mundo
Há uma desordem nas regras gerais de conduta
Tem corpos espalhados e a morte é servida a frio,
Guerras infindas de engôdos e certezas irresolutas
Transformam a paz almejada numa bomba de curto pavio.
De repente sem aviso prévio, eis que se cumpre a profecia.
Nas gondolas do supermercado espaços vazios pela escassez
Não há na livraria da esquina, um único livro de poesia,
Tudo é amargo, insosso, nesta infame estupidez.
Os conflitos que não criamos atingem a todos sem exceção,
Todos os pensadores foram mortos e seus livros queimados.
Alienados, agora todos encaram a escuridão.
E o apocalipse real e impiedoso enfim confirmado.
Toda leveza que houvera da noite de ontem se esvaiu
A nova ordem mundial é a intolerância geral
Tudo é proibido e permitido segundo um desejo vil
E passou-se de repente de irmãos a inimigo mortal.
Tudo é sombra, escombro e ruína.
Por carregar a sina de escriba
Tombei indefeso sobre as pedras da esquina
Mais uma vitima do ódio que dissemina.
Enfim, guerras, lutas e sangue.
Correm como vulcão em fúria
Nos campos desérticos de batalhas
Querendo que se purifique toda esta espúria.
A profecia previu que do nada surgiria uma era nova
Qual mitológica fênix a voar renascida e reviçada.
Depois que a ultima alma entrasse na cova
Toda harmonia do éden seria restaurada.
Enfim... O fim é só o começo!
Jose Regi
Me intriga
regras cruéis de se cumprir
Questiono normalidade
no raro padrão,
de beleza,
de família,
de felicidade
Desconfio
de sonhos iguais.
Suspeito da sanidade.
de pessoas que vendem todo seu tempo
Duvido da bondade
de pessoas que compram o tempo
Suspeito da minha intelectualidade
que critica tudo isso
porém ignora.
Permaneço seguindo as regras
As regras do viver bem, podem ser aprendidas, na observação da simplicidade e na beleza do voo dos passarinhos...
lembro uma vez que alguém me disse: regras foram feitas para ser seguidas e exceções para quebrá-las de vez em quando.
O meu livro de instruções de poesia,
comprado num quiosque junto ao rio,
contém várias regras
sobre o que evitar e o que seguir.
Mais de duas pessoas num poema
é uma multidão, eis uma.
Mencionar que roupa usas
enquanto escreves, é outra.
Evitar a palavra vórtice,
a palavra aveludado, e a palavra cigarra.
À falta de um final,
coloca umas galinhas castanhas em plena chuva.
Nunca admitas que reves.
E – mantém sempre o teu poema numa só estação.
Tento estar atento,
mas nestes últimos dias de verão
sempre que elevo os olhos da página
e vejo uma mancha queimada de folhas amarelas,
penso nos ventos glaciais
que brevemente me atravessarão o casaco.
Sei que não dá para racionalizar o amor. Ele simplesmente não se ajusta às regras da razão, pelo menos da razão que conhecemos, com as regras que conhecemos (ou que queremos acreditar que conhecemos).
“Uma cultura em que as regras de bom-tom são mais relevantes do que a veracidade intrínseca dos argumentos é uma cultura moribunda.”
