Reflexões sobre Incompreensão
Prefiro me calar pro mundo e confiar em Deus. Explicar demais nunca impedirá que eu seja mal compreendido.
Tão acostumada com pessoas incompreensíveis que, quando alguém me compreende, chega a ser assustador.
Nella città II - Meu véu
Todos dizem ter a verdade, como se fosse um objeto que se guarda no bolso, ou algo a ser fatiado, repartido em porções individuais: este pedaço é meu, aquele é seu. Mas a verdade... a verdade não se deixa possuir. Ela apenas é. Está lá — livre e inteira — mesmo quando ninguém a vê.
Eu a sinto, às vezes, num instante que passa, incapturável pela compreensão. Ela não se deixa ressignificar. Não cabe em palavras, não se curva à vontade alheia. É. Como a luz que atravessa uma janela, mesmo quando o vidro está empoeirado. O que vejo... é sempre manchado pelo que sou.
Mas o erro — o erro é pensar que a verdade é minha só porque a vi. Não é. Ela não é minha, não é tua, não é de ninguém. É só dela. Minha é a percepção. E percebo com mãos trêmulas, com olhos que mentem, com o silêncio do que ainda não entendi.
Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?”
Começava a compreender por que sempre se sentiu deslocada da sociedade humana terráquea, que lhe parecia possuir comportamentos ilógicos e intrincados, tão difíceis de aceitar. Sentia solidão por ser incompreendida.
As folhas caem, o vento sopra e o mundo gira...
Mas por que esse sentimento continua?
Uma leve tristeza de se sentir incompreendido, uma pequena esperança de mudança...
E então, as folhas caem, o vento sopra e o mundo gira.
CURRÍCULO
Num dos dias de nosso cursinho
- esse foi o nome carinhoso que ela deu -
passamos pelo meu currículo
e ela, então, se impressionou.
Ah, quão doce seria
se por currículos, meros currículos,
tivéssemos chances no amor.
Eu continuaria a estudar
e de tudo participaria
para me qualificar àquele bom amor.
Mas fico pensando:
se não vale para o amor,
é muito idiota, é tosco.
Mas no final desse exercício,
esqueço-me dessa incompreensão.
Sei, sim, que encontrarei
a rainha do meu coração.
Espero do currículo dela,
disponibilidade para amar
e para uma carreira crescente
de cogestão do nosso amor.
Não existe controle real sobre aquilo que nos cerca, mas total naquilo que fazemos sobre, como reagimos, entendendo que só uma opção existe.
O tolo tenta controlar os fatos, o sábio a sí.
Não se permita abraçar a TOLERÂNCIA e sentir-se satisfeito, pois ela é um poço quase seco, com apenas um palmo de água, escuro, profundo e que poucos dele escapam. É o refúgio da incompreensão, disfarçando o nojo com um sorriso morno, travestida para agradar. Compreenda, não tolere...
Hoje a máscara é obrigatória devido um vírus (covid).
Mas a máscara esconde os sorrisos, as tristezas e todas as expreções faciais.
Se a pessoa está sorrindo está ótimo, más se está triste ou com expreção de dor não a como tentar ajudar de alguma fôrma, pois não vejo seus rostos.
Só saiba que se quiser me chamar para conversar, estarei aqui para ouvir. Não sou psicólogo, mas posso ser um ombro amigo para te ouvir.
Pois eu sou uma pessoa de coração imenso que apenas quer o bem de todos.
Se tem uma coisa que me deixa feliz é poder trazer conforto, bem estar, alegria e tirar sorrisos de todos que nessecitam de carinho e compreensão . 🙏🏻🙏🏻 este sou eu isso é fato.🥰
Somos passageiros. A passagem para os que vão talvez não seja tão dolorosa como para os que ficam. Os que vão mudam de estação, cria-se o entendimento do estado de luz, mas os que ficam ainda existe a incompreensão do que é o outro lado e do porquê para alguns essa passagem é cedo demais.
Tem umas sensações que me acometem
Que me remetem ao outro lado
Não sei se devo ir de encontro a elas
Ou se deixo que me possuam
Aí, vou ficando assim meio estática
Meio extasiada ante minha incompreensão.
(Sensações, 2011)
Desde quando li o que @muropequeno disse: "Temos que levantar da mesa quando..."
Que volta e meia eu penso: é verdade!
Vou me levantar da mesa, onde a incompreensão é o prato principal.
Eu quero ser quem eu sou. A pessoa que inspira os outros a respirar o que movimenta as suas almas.
Quero ser a que acorda cedinho só pra sentir aquela brisa fresquinha passar e tomar um café com alguém que ama.
O meu silêncio será apenas para os dias torridos que não se casam mais com as minhas fases lunares.
Preciso continuar essa estrada só e tá tudo bem. Eu tenho a mim! E cara, eu tô aprendendo que ter a mim é a coisa mais legal que posso ter na vida. Eu sou alguém que eu gostaria de conhecer em vários alguens, e mesmo que antes eu não tenha percebido que posso ser toda essa luz guardada aqui dentro, antes tarde do que nunca, né?!
Finalmente eu estou me vendo. Vendo onde realmente estão os degraus que já alcancei em mim. Eu preciso seguir pra chegar no topo dessa multidão de vida que sou. E vou seguir em paz.
E sei que desapegar da ideia de que pertenço a algo é mais importante do que a idéia de algo que me pertence, e falo das pessoas em si, sabe?!
Pois essa armadilha é só pra quem anda distraído achando que está sendo convidado à mesa, quando na verdade as vezes está sendo obrigado a servir tantas refeições indigestas em busca de garantir um lugar à mesa.
“Minha jornada é marcada por sacrifícios invisíveis aos olhos dos outros, mas cada passo é um testemunho da minha dedicação. Mesmo que poucos entendam a profundidade do meu compromisso, sigo firme, pois meu propósito é maior que qualquer incompreensão. A verdadeira satisfação não está nos aplausos, mas na certeza de que estou construindo a ponte para o meu futuro. Dedicar-se a um sonho é enfrentar a solidão da incompreensão, sabendo que a recompensa está na realização de algo grandioso.”
Na penumbra da noite, onde os suspiros ecoam e os corações revelam seus segredos mais profundos, há uma história singular de amor e desconexão... Era uma vez um filho cujo coração era um labirinto de emoções contraditórias, um intricado emaranhado de amor e desafios.
Ele amava sua mãe, não por escolha, mas por destino. Nos laços intrínsecos que os uniam, nas memórias entrelaçadas de sua infância, ele encontrava o calor reconfortante do amor maternal. As noites em que ela o embalava com histórias de encanto, os dias em que suas palavras eram bálsamo para as dores infantis, tudo isso tecia os fios invisíveis do amor.
Contudo, em meio às sombras dos anos, cresceram as distâncias. Os caminhos da vida os levaram por trilhas distintas, onde as pedras da incompreensão se erguiam como muralhas entre eles. Os dias se transformaram em anos, e o entendimento se perdeu nas entrelinhas do tempo.
Ele amava sua mãe, mas não gostava dela. Nas complexidades da relação, encontrava-se um enigma de sentimentos que desafiava a lógica do coração humano. Pois, enquanto o amor fluía como um rio infindável, a simpatia tropeçava nas pedras da discordância.
E assim, na tapeçaria da vida, eles teciam uma história de amor imperfeito, onde os fios do afeto se entrelaçavam com os nós da discordância. Mas, apesar das sombras que pairavam sobre suas relações, havia luz nos recantos mais profundos de seus corações, uma luz que brilhava com a esperança de entendimento, de perdão e de aceitação mútua.
Pois no coração humano, mesmo nas sombras mais densas, há sempre espaço para o amor, mesmo quando o gostar se torna um desafio. E na jornada da vida, talvez seja nessa imperfeição que residam os laços mais verdadeiros e profundos, onde o amor, mesmo confrontado com a discordância, encontra seu lugar para florescer.
