Reencontro na Morte
Quem somos nós? Essa pergunta tem martelado em minha cabeça em tempos de pandemia.
Somos caracterizados pelo o que fazemos na sociedade; se nos perguntam quem somos, falamos sobre a profissão que nos formamos e exercemos, mas será que isso realmente nos define?
Quando nos formamos em uma faculdade, ou terminamos um processo de aprendizagem,o momento de êxtase é inevitável,pois esse momento vem carregado com o sentimento de esperança, de que um futuro melhor está por vir; contudo surge uma incógnita: temos a preocupação com o nosso futuro,ou isso é apenas um processo de ansiedade, para definirmos as outras pessoas quem realmente somos?
Buscamos sempre a aceitação de outras pessoas,gostamos do status social e do sentimento de nos sentir "visíveis" perante a sociedade; porém é através da busca de "aceitação",que percebemos a nossa falta de identidade; essa foi uma lição que aprendi.
A pandemia nos mostrou que enquanto corremos atrás do que é incerto, esquecemos do que é visível aos nossos olhos todos os dias,que é a morte; ela é um personagem não sazonal,que pode sim,chegar em tempos de festas, aniversários e feriados, mas a especialidade dela sempre foi os dias comuns,pois são esses que não damos a devida atenção.
Ela é uma figura poderosa, que pode se envolver em dias bons,ou impulsionar os dias maus;Quando percebermos o peso que a morte tem,saberemos o real valor da vida,essa é uma lição que aprendi.
Na teoria de Maslow, o psicólogo classifica a sociedade em um esquema de pirâmide,onde sempre iremos almejar o topo,mas através dessa busca insaciável,não damos conta que temos o necessário,que é a base para se viver, como a alimentação, educação e principalmente a saúde.
Por isso sempre me aconselho a viver um dia de cada vez; o futuro? é uma dúvida.
O passado? é uma lição.
Mas o presente é uma dádiva,pois através dele,não conseguimos definir quem seremos,mas conseguimos ver quem realmente somos.
Seria Imaturo demais querer que o mundo acabe, querer que essa voz que existe na minha mente suma, querer parar de sentir minha alma gritar, querer que tudo isso acabe. E seja lá oque vier depois não deve ser tão perturbador como e agora.
O fato de viver que cada dia você deve ser mais forte em tudo, e isso se aprende com a solidão... Por fim se alcança a vitória ou a própria morte.
De mim para os meus botões,
Digo-lhes que sei que o Inverno és tu,
Que quando faz vento corres o mundo,
E que quando chove talvez te sintas um pouco triste.
Também sei que és a Primavera,
Que as flores mais bonitas têm a tua cor,
E o arco íris o teu reflexão,
No Verão,
És a aragem morna que beija a pele,
Um calor que arde,
Mas nunca em demasia,
Inevitavelmente o outono,
Assim como as cores tu partiste com ele,
E se amargosamente nasceste caduca,
Era inevitável o teu partir.
Eu poderia escrever grandes textos para invadir o pensamento daqueles que muitas vezes leem aos meus legados.
Mas estou certo que não há palavras que cubram as pessoas de solidariedade quando alguém clama por socorro. Elas apenas se sensibilizam com sentimentos de pesares quando tudo se acaba aqui.
Sim! É da morte que estou falando.
Por vezes vemos pessoas ao nosso lado pedindo socorro ou demonstrando sinais de que precisam de ajuda, mas, não nos importamos de fato.
Como Cristãos que replicamos tanto amor e dizermos ser sinceros, devemos deixar a farda da falsidade. Amar vai muito além de palavras, elas se aplicam à gestos.
Hoje podemos apenas falar de ações que não praticaremos de fato, querendo mostrar as pessoas sensibilidade e generosidade, mas apenas, com as palavras.
Hoje você tem oportunidade de fato de poder olhar para aquele que está ao seu lado e ajudá-lo de verdade com gestos de amor.
Olhe para o seu próximo com ternura e compaixão ao invés de amanhã, se lamentar pela perda dele.
A Eternidade é a carruagem do tempo, ensandecida em sua interminável viagem pelo infinito. Ela é o oceano sem limites, sobro o qual passam as frágeis frotas dos tempos, das idades e das eras em sua inútil e ridícula jornada rumo ao nada. Diante da Eternidade, um ano, um século, um milênio, mil milênios, um trilhão de milênios, não chegam a representar nem sequer um mero segundo. Em face da Eternidade os heróis desaparecem, as pedras viram pó, as estrelas perdem seu resplendor, e os deuses, consumidos pelo tédio de contemplar inertes o repetitivo devanear de galáxias moribundas, clamam pela morte...
Engana-se quem pensa que nascemos uma única vez. Todos os dias temos a difícil tarefa de dar vida a uma parte nossa que o tempo matou.
Tão distante, parece o fim
A marca perpétua e árdua da vida
Deixou de lado toda alegria e emoção
Machucou infinitamente a superfície
Depois cravou o fogo sobre o sangue
A dor da chama quente ardente
Muito maior que a perda da própria vida
Não pode ser mais curada
Todas as feridas permanecem abertas
E somente a morte pode salvar da dor
Quando a gente morre, acabou
Você deixa saudades por um tempo
Mas então, o tempo passa
As pessoas que mais se comoveram morrem
As que não se comoveram tanto, esquecem
E você já não mais é uma lembrança
[...]
Prenda-me,
em teu silêncio
e verei ricamente,
teus esplendores
*
Prenda-me,
Em tua coragem
Porque parte de mim
Não sabe lidar com a dor .
As vezes sinto dores que não sei identificar. É como se cimitarras cortassem-me de dentro pra fora. Parece-me que nessa hora, atinjo o ápice do sofrimento existencial! E então preciso me agarrar a todos os instintos primordiais de conservação para continuar sobrevivendo! Quem me matará será o tempo. Há de ser ele! Ninguém mais possuirá esse prazer!
Eu diria que esta cidade está morrendo, e que minha entrada no festival é a última chance de sobrevivermos como cidade.
MÁGICA
Amo por tudo o que fizestes
Amo por tudo que passamos juntos.
Uma colcha de retalhos,
A cada dia se costurava um,
Ela crescia bela e aconchegante,
Eram retalhos e mais retalhos,
A cada retalho era um dia,
A colcha crescia como o caminhar da vida...
Hoje me cubro com ela,
Aquece os dias frios,
Acalenta a dor que deixou,
Os tecidos de retratos,
Enfeitam minha cama,
São lembranças eternas.
Só porque foi, e voou para longe,
Sei que também vês nossa colcha,
Porque a morte é mágica,
Em todas as suas fotos sorri,
Por que estás simplesmente encantado!
A estrela e a nuvem
Esperança vem até mim
Tímida, porém sorridente.
Me fazendo crer que é possível
Erguer me, saltar à luz ardente
Curar as chagas, acalmar a febre
Podendo viver entre as armadilhas
Desse mundo vil,
Entro agora num momento raro
Pacífico, equilibrado, concentrado
Feito a luz das últimas horas da vela
De um candelabro
Ainda é fraca mas dá a satisfação
De enxergar timidamente o cenário
E permitir viver, talvez uma ilusão?
Mesmo que caia e tropece
Na penumbra
Na angústia que hora ou outra
Sei que virá
Preciso lembrar que a chama da esperança não desaparecerá
Ela apaga e acende em ritmos incertos, como quando as estrelas do firmamento assim o fazem
Quando as nuvens lhe cobrem seus brilhos dispersos.
Não deixarão de existir por isso
Sua luz retornará , não é uma esperança
Mas a certeza que esse ciclo
Continuará
Basta saber que a esperança é a estrela
A angústia é a nuvem
sombra e a luz se revezando..
Esteja pronto para ambos!
Sim, eu clamo a ti para que a luz seja permanente
Permanece! Imploro! Fica!
Por favor? O que eu preciso fazer pra você ficar para sempre?
Mas....
No canto da mente
Já sinto a sombra esfregando as mãos , sorridente
Esperando sua chance
para retornar a me colocar sobre seu julgo impiedoso.
Nuvem saia!! Deixa a luz das estrelas passarem!
Não me consuma!
Não me domine.
A nuvem vai e vem, mas a estrela sempre estará lá!
Pense nas estrelas!
As estrelas!
As estrelas!
Me envolva sarça ardente! Me envolva!
Quero deitar e dormir na luz!!
Escutando um vento distante
Sobre a manta uma brisa leve
Som no fundo dos pássaros
Pela janela vejo
O limoeiro balançando devagar
As nuvens passam atrás dela
quase imperceptíveis
Os olhos vão pesando
Adormeço.
Quando acordo atras dos galhos do limoeiro
Não tem mais nuvem
Entre a forquilha
A luz das estrelas!
Sinal de esperança?
Esteja vivo!
Esteja vivo!
Sobreviva!
Ah! Fique vivo!
Sim! Me consuma esperança
Força de viver!
Me consuma!
Me consuma
ME DEIXE VIVO!
Que venham os castigos de Deus e sua disciplina para sermos realmente filhos e não bastardos; melhor é choro temporal do que o castigo eterno.
Projeção da consciência aprisionada.
Na madrugada
Acordo subitamente,
Com a sensação
De turbilhão,
Como se
Sobre minha pele
Eu pudesse sentir
Ondas de calor
Sensação estranha
Difícil de explicar
Com os olhos ainda fechados
Sinto meu corpo expandir
E flutuar,
Que sentimento Incrível!
Minha boca se abria
Como morto no caixão
Será que eles também experimentam
Maravilhosa sensação?
A emoção era tamanha
Me vi na cama em pé
Sentindo algo maior
Que o próprio poder da fé
Fui até a janela
Na velocidade do pensamento
Pensei em atravessar a parede
Mas moro no quarto andar
Será que meu corpo etéreo
Inferior, enfraquecido
Conseguiria flutuar?
De repente me vi projetado
Em frente ao meu apartamento
E penso e olho para cima
Já contemplo o firmamento
Era crepúsculo da madrugada
A iluminação dos postes de rua
Mostrava um céu sem lua
De nuvens acinzentadas
Mas de repente eu sorria!
Pois o céu que como um vidro sob o fogo desembaça
A nuvem se transparecia
E eu vi as estrelas
Como nunca vi um dia.
A emoção era tamanha
Que voltei para a matéria
Para essa experiência enfadonha
Cheia de ódio, dor e miséria
Me concentrei outras vezes
Tentando as estrelas alcançar
Mas no máximo fui pra cozinha
Ou pra sala de estar
E exausto das tentativas
Retornei pra descansar
Pois o espírito longe do corpo
Quando ainda não está morto
Não consegue se libertar.
Deus como quero de novo
essa experiência
Mas minha mente ansiosa
Deturpa a consciência
Espero que a morte seja assim
Uma passagem leve
Uma sensação de liberdade
Você vira um floco de neve
Que dura a eternidade
Quando todos souberem
Que a morte é libertação
E não tiverem mais medo
Quantos homens morrerão?
Será que Cristo sentia
Essa sensação?
Por isso beijava o rosto
Do leproso, assassino e ladrão?
A única coisa que me impede
De viver para a vida futura
É a mente viciada
Buscando resposta, a cura!
Para todas as perguntas
Primordiais da nossa existência.
Quem afinal está certo
A religião ou a ciência?
O que de fato é alma?
Elixir profundo da nossa essência.
Lembra meu filho você vai voltar!
Não vai mais andar!
Mas Flutuar!
Não vai mais temer!
Mas Conhecer!
Nenhuma lágrima mais cairá do seu rosto
Como estrelas cadentes
Não mais medo, choro, dor
E ranger de dentes
Calma
A libertação chegará
Já está chegando
Sinta!
Sinta!
A brisa está batendo em você
Você voltará!
Você está destinado a ser Sol!
Respire enquanto pode!
Não precisara mais respirar
O fole parará
O imã etéreo te conectará
Aos que são caros para você
Não há a possibilidade
De ficar longe de quem você ama
Ninguém morre
Ninguém vive
Tempo e espaço são ilusões
Você vive uma ilusão
Nada disso importa
Nada é importante a não ser amar
Você só vai continuar
Não há limite
Você é manifestação do pensamento
Do grande gerador energético eterno
Você é a vontade Dele
A manifestação do pensamento Dele
Seu caminho é até Ele
Tudo é Dele, com Ele e para Ele
Não é lindo saber que você
É um pensamento de Deus?
As pessoas são temporárias.
O estrago feito por elas não;
Mas, o sentimento nutrido por elas é eterno.
Sou ventania forte,
firme em meu norte,
dona do meu querer.
Há tantos sigilos em mim,
meu todo é inesgotável.
Eu nunca aceito esmolas,
quebro grades de gaiolas.
Costumo me repaginar,
tenho o dom de ressurgir
pós-morte,
de modificar minha sorte.
Sou fogo incandescente,
livre e intensa como fênix.
Pedaço de estrela caída ao chão.
E cada um terá de mim uma versão.
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