Receio
Me assusta esse processo de humanização dos cachorros. Receio que, com o passar do Tempo, a espécie canina sofra mutações ao ponto de os animais deixarem de ser os mais fiéis e melhores amigos do homem por terem incorporado as características humanas às suas por insistência, vaidade e carência da espécie racional
A noite
O sol havia recuado. Se escondido.
Fugiu da noite com receio de não ser a única especial
Se despedia com um lindo rastro de cores que pintavam a tela.
E as estrelas portanto, uma a uma começava a aparecer
E a noite bordava as estrelas no céu com medo de serem apagadas
Esquecidas pela manhã
De não serem notadas
Pela ignorância humana.
Cada uma brilhava como se fosse o próprio sol
Encantando o céu
Se apaixonando pela lua
A excêntrica luz do luar
Esta iluminando as suas ruas empoeiradas e solitárias
Enquanto que os corpos celestes tocavam como um piano
Numa canção de cigarras e animais noturnos
Ao encontrar as estrelas no chão, de terem caído do céu
Queriam experimentar a sensação de escutar a noite cantar sozinha.
Permitindo que ela tocasse a harpa da vida
Enquanto ainda havia tempo
Para pensar, para sonhar, para lembrar
Que a noite não pode cantar sozinha.
Que a vida se deve a chances.
Que os sonhos podem ser conquistados.
Que as pessoas mudam.
Que o abismo da humanidade está na verdade em sua mente.
Responsável por viver, sonhar, mudar
A noite merece ser lembrada
E enquanto houver noite, haverá sonhos.
Nosso olhar reprovador ou de receio do que julgamos ser muito diferente de nós, geralmente é gerado pelo temor de não sabermos lidar com o que não compreendemos.
Antes ela vivia dos sonhos e devaneios da realidade que criara e tinha o receio de livrar-se das correntes. Hoje depara-se com uma liberdade desconhecida e sorri, feliz. Ela livrou-se de um quase imperceptível passar de horas. Hoje corre atrás do tempo, para não perder mais nenhum dos seus segundos.
Sem receio o povo chora em busca de pão para os seus filhos, mas, a sua ignorância, os inibi de pressionar quem os governa de garantir dias melhores para os seus filhos sofredores.
“Àquele que não saciar sua fome com a gramática, com efeito, o fará com grama. Meu precípuo receio: esta, será suficiente para todos?”
Eu tenho uma ferida por baixo da camiseta que vez ou outra me pego com receio de olhar, a dor funciona como uma infecção, se você não tratá-la, ela pode se alastrar e atingir a corrente sanguínea, quanto mais tempo demora para ministrar o antibiótico, menos eficaz ele será, por isso o medo de levantar a camiseta e ver que a ferida não pode ser mais curada
A hora do aperto passou,
E meu coração descansou.
Sumiram os sentimentos de medo e receio, e o antidoto meu coração descobriu que era simplismente o seu cheiro.
Na cama aprendeu a linguagem do amor, compreendeu seu idioma e traduziu o que seu beijo sussurava para a minha alma.
Compreendeu, ainda, que cada abraço seu era o seu corpo me dizendo: ei amor, calma.
A angustia chegava,
E ele dizia: ei medo, sai fora,
Não é mais a sua hora.
Descansava nos seus braços,
E esquecia o medo, ao perder-se na constelação dos seus abraços.
Seguia seus passos, compassos e descompasso, atrasava um pouco mas não perdia o compasso.
Ignorou seus receios, confiou e deixou que a luz guiasse as suas batidas no tempo e espaço ... finalmente ele se achou, e batia mais forte dizendo: demorei, mas cheguei amor, mesmo que com muitos atrasos, me encontrei nos seus braços.
Um dia silenciou-se a angustia do peito,
E o meu coração batia forte um desejo:
Demonstrar-te todo amor que seus lábios me transfundiam pelos beijos.
Porém, alguma coisa em você agora dizia: calma.
E meu peito passou sentir o espaço que seu beijo pedia pra minha alma.
Meu abraço tentou te encontrar,
Mas seu medo turbou seus desejos,
Seu coração batia mais lento...
Escondendo de mim o amor que dominava seu beijo.
A ausência passou a ser a minha companhia,
E meu amor tentando se achar, na sua desconfiança se perdia.
Tentava, olhava pro céu, seguia a constelações que conhecia... mas não conseguia encontrar o caminho de casa,
Tentava, tentava, e a sua angustia fechava todas as portas que o meu coração alcançava.
O meu coração procurava um desvio, batia na porta da sua alma,
Procurava uma janela,
E seu medo respondia: ei, não nela.
Sua confiança derepente se assustou,
Conversou com o medo e angustia e os
Convenceu a dizer: não, esquece esse amor.
O coração batia, o coração partia,
A alma chorava, o peito travava,
A magoa cantava... o nosso amor se afogava.
Procurou minha alma uma mudança,
Parou com as andanças, confiou no que me dizia a sua alma: ei amor, paciencia... calma.
Descobriu o coração que nem todo amor que toca a alma, permanece,
Aprendeu meu coração que as vezes no atraso,
O medo e a confiança tem um caso, e a angustia aparece, engolindo a batida da sua prece.
Entendeu que as vezes o melhor é ouvir o medo, e ouvir o que ele pede: ei amor, me esquece.
Parece que existe uma certa dose necessária de receio da perda do amor do outro para que continuemos a investir no relacionamento.
Quando tudo se torna leve as ações e atitudes, sem receio e sem cobrança do que é o certo ou errado, voce consegue caminhar entre os sabios, as vezes no egoísmo encontramos a paz e a felicidade.
Receio de “errar” e desistir, todos nós temos, porém se analisado a sério tal fobia e a trocarmos pela sadia vontade de “conseguir”, teríamos muito mais proveito e realizações.
Priorize sempre seus desejos particulares e releve o desejo dos outros.
Deveríamos ter medo sim, mas de não tentar.
Use suas lembranças do passado apenas para aproveitar as experiências conseguidas.
Foque no seu presente é junte a tudo isto, ação com determinação, e celebre seu futuro.
(teorilang)
Um sinal
Há quem busque por sinais
Daqueles que indicam ideais
Que possam apontar sem receio
O que a mente produz em devaneio.
Fico a interpretar o seu sinal
E me pergunto: como deve ser normal
Alguém me deixar embevecido
Sem sequer ter passado pelo sentido?
Na verdade o seu sinal é natural
Fruto da combinação descomunal
Da estonteante doçura no sorriso
E sua oração singular até no improviso.
Contento-me no simples admirar
Seu sinal flagrantemente a me testar
Se serei capaz de satisfazer
Alguma forma de te obter.
As vezes insistir em um relacionamento, não é só o fato ou receio de perder a pessoa amada, mas às vezes é o destino daquela pessoa pedindo para você insistir!
Que a distância nos ensine o valor das coisas simples que hoje estamos com receio de fazer: abraçar apertado, dar aquela boa crise de risos com os amigos. Aviso logo que aquelas reuniões chatinhas de família e de trabalho vão fazer falta, se já não estiverem fazendo. O amigo que você liga e encontra quase que sem pensar, ou aquela ida à padaria próxima, o tão falado “vamos ali tomar um café”. Nossa, tanta coisa simples deixando de ser simples. No fundo, não passa daquela velha máxima: é preciso perder para dar valor ao que se tem. E adianta frase ou provérbio? Só quando sentimos acreditamos!