Receio
Não tenha receio de reconhecer os limites da própria ignorância. Questione as verdades ditas “absolutas”. Cultive um estado de espírito aberto para novos conhecimentos. Leia e reflita sobre o mundo e os acontecimentos à sua volta. Tenha paciência para ouvir e dialogar com os mais velhos. Conceda a atenção necessária aos mais jovens. Certamente, essas atitudes contribuirão para que você se torne mais sábio.
Tenho sonhos cruéis; n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...
Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,
Sem ela o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora
Vida simples.
Vamos viver sem receio
ser feliz não se compara
quando o momento tá feio
a tristeza o tempo sara
ter amizade no meio
se manter de bucho cheio
e ter um sorriso na cara
Preciso aprender a dosar sentimentos... Não por medo de me decepcionar, mas por receio de gostar dos outros mais do que de mim.
Quando apenas um grito não é suficiente para externar a alegria... Ser louco é não ter receio de expor o seus momentos insanos e felizes. Porque não importa se sou ridículo diante da felicidade que estou sentindo.
A beleza está no coração daquele que não
tem medo de amar,sem receio bota o coração a nu.
Que pula nessa mar de amor,não tem medo de se molhar e nem de se afogar.
Mas quem permanece vivo ali
Vive sempre com a dona do mar.
Nos limitamos a tantas coisas e certas vezes sem ter receio de tirar os pés do chão nos atiramos em direção a grandes objetivos. Isso é saber que temos limites, mas acima disso, é reconhecer que cedo ou tarde vamos superá-los.
Ela dança na chuva
Sem receio do que vão pensar.
Gotas da divindade
É sagrado este molhar.
Sente uma alegria
de quando era menina
e tudo podia ser diversão.
Liberta das normas da sociedade
Ali sente-se a vontade
Não há nenhuma prisão.
Ainda percebe que poucos
tem essa ousadia,
Libertar a criança
que vive escondida
em um adulto preso
em suas obrigações.
Pode ser complicado dizer quem sou, o que penso, ou até o que sinto.
Sobretudo receio as consequências de o afirmar.
É que nesse instante, o meu lado do avesso fala mais alto: não apenas expresso o que sinto, como o que sinto, bom ou mau, acaba por se manifestar no que eu afirmo.
Sei lá!... Sou assim mesmo - demasiado transparente -, e, quanto a isso, não há volta a dar.
Eis porque Júpiter, com receio de que a vida do homem se tornasse triste e infeliz, achou conveniente aumentar muito mais a dose das paixões que a da razão, de forma que a diferença entre ambas é pelo menos de um para vinte e quatro. Além disso, relegou a razão para um estreito cantinho da cabeça, deixando todo o resto do corpo presa das desordens e da confusão. Depois, ainda não satisfeito com isso, uniu Júpiter à razão, que está sozinha, duas fortíssimas paixões, que são como dois impetuosíssimos tiranos: uma é a Cólera, que domina o coração, centro das vísceras e fonte da vida; a outra é Concupiscência, que estende o seu império desde a mais tenra juventude até a idade mais madura. Quanto ao que pode a razão contra esses dois tiranos, demonstra-o bem a conduta normal dos homens. Prescreve os deveres da honestidade, grita contra os vícios a ponto de ficar rouca, e é tudo o que pode fazer; mas os vícios riem-se de sua rainha, gritam ainda mais forte e mais imperiosamente do que ela, até que a pobre soberana, não tendo mais fôlego, é constrangida a ceder e a concordar com os seus rivais. (Elogio da Loucura)
Quando eu fui,
Você veio,
E a gente se encontrou
assim:
SEM FREIO
SEM RECEIO
SEM BLOQUEIO
Tinha outro MEIO?
Sou criança e sem receio perante Ti, pois tudo sabes sobre o meu ser, o meu coração e o meu pensamento, não existe lugar algum de mim onde não estejas presente e nada poderá separar-me do Teu amor, pois foi por mim, por todos nós, que nos deste Cristo, pelo amor que nos tens e por muito nos amares.
Demonstre afeto sim, quantas vezes o desejo quiser, diga que goste sim, sem receio de estar sendo precipitado ou não, esqueça as aparências, os joguinhos, o ego, o orgulho que tantas vezes nos atrasa.
Ser amor…
(Nilo Ribeiro)
Tocar teus seios,
não ter receio,
usar todos os meios,
não fazer rodeio
deixar-te louca,
beijar-te a boca,
despir tua roupa,
deixar-te rouca
fazer amor,
te dar amor,
morrer de amor,
“será mor”…
Tenho receio...
Tenho receio de tanta agressividade.
Tenho receio do individualismo e isolamento.
Tenho receio de tanta intolerância, ambição e radicalismo.
Tenho receio da frieza de sentimentos, do vazio dos corações.
Tenho receio do abandono entre as pessoas, da falta de fé.
Tenho receio por tanta pobreza e segregação.
Tenho receio da falta de diálogo, do uso da força e das armas.
Tenho receio do derramamentos de sangue, pelas vidas perdidas.
Tenho receio deste abismo que há entre os seres humanos.
O que receio, não são as falhas inerentes aos seres humanos, mas o que há, já ultrapassa o limite da compreensão dos erros do que seria humano.
O que há é na verdade desumano...
Tenho receio de tudo que é desumano