Razão, Estação ou Vida Inteira
ESTAÇÃO BRÁS
Corpos em pilhas de homem
Como molhos de coentro
Respirando à agonia do outro
Marés de gente numa brecha que os consomem
Assim o rebanho corria sem tempo a perder
Deixando a vida passar dentro de lata apertada
E por vinte centavos, a ganância fugiu apressada
Na sombra do gigante acordado: POVO NO PODER
As promessas voltaram em canto bonito
O gigante coitado, de sono caiu
O mundo na lata, à barriga consentiu
Passando_ a força sua _as sanguessugas de granito
E no sonho, ele se viu acordado
Sem parasitas dos lados
Mostrando que não é nada coitado
Se seus olhos, nossos e vossos abrir, estão acabados.
"...E em cada estação que o "trem"
da sua vida passar..
plante sementes do bem...
Espalhe flores pelo ar..."
Sinto que há algo fora do lugar. Não sei se o tempo, a estação ou se sou eu. Talvez eu tenha perdido o trem da vida, ou cochilei e desci na estação errada. Quem sabe eu esteja dormindo, ou quem sabe apenas sonhando acordada...
VIDA
nós somos como um vagão de um metro. Vamos andando até a estação final ..mas vamos sempre parando e pessoas vão entrando ... e algumas entram e sentam no assento preferencial , onde tens um lugar especial em nossos corações e outras apenas sentam em qualquer lugar, ou as vezes nem sentam , por que já vou sair na próxima estação ... e são bem poucas , aquelas que ficam até o final .
Estava chovendo quando saí de casa para a estação de metrô. Era bem cedo, não havia muita gente na rua, apenas alguns comerciantes abrindo suas lojas e pessoas voltando de trabalhos noturnos com um ar de cansaço. A melancolia recorrente do dia nublado era evidente e eu gostava daquilo, me fazia pensar sobre a vida, sobre a tristeza personificada em um dia qualquer, nublado e chuvoso.
Chegando na estação logo avisto uma condução vindo. Após entrar no metrô vou andando para os vagões da ponta, onde posso ficar encostado em uma haste de metal. Começo a observar ao meu redor, muitas pessoas pegam essa condução pela manhã pois vão trabalhar, estudar ou os dois, como eu. Muitas feições de cansaço e tristeza, assim como as dos trabalhadores que vi mais cedo. Foi aí que me perguntei: “Mas por que essas pessoas estão tristes em plena manhã?”. Estava maquinando e pensando nos porquês das caras murchas que via ali na minha frente quando avisto uma senhora em pé sendo espremida entre duas outras pessoas. Cheguei mais perto e a ajudei a sair de lá, quando percebi ela já estava no meu lado com um sorriso que ia de uma orelha a outra, me agradeceu e perguntou a onde eu estava indo numa manhã tão chuvosa, eu virei e falei que estava indo trabalhar e logo ela se aquietou, alguns minutos depois voltou a falar comigo:
- Percebi uma coisa nessas manhãs nubladas, todas essas pessoas que vejo todo santo dia estão com essas mesmas caras. Meio amargas e olha que nenhuma ainda chegou na minha idade!
- Eu percebi a mesma coisa hoje, nenhum sorriso, nenhuma feição alegre, apenas rostos pálidos e distantes.
Conversando mais um pouco com a pequena senhora percebi o quanto de vida ela emanava que, por mais que sua aparência evidenciasse sua idade avançada, ela estava disposta e alegre.
Desci na Estação Central, ainda estava chovendo quando saí da estação. Andando na rua me deparo com uma moça de meia idade segurando uma criança de colo, era uma pedinte e estava cedo da manhã naquela chuva, embaixo de uma sacada para não se molhar. Percebi que diferente das pessoas tristes que vi hoje, o semblante dela se destacava, era indiferente, escondido. Quando passei ela me deu um sorriso e estendeu a mão que não segurava a criança, eu já havia tirado uma cédula para dar. Ela me deu um sorriso e logo me agradeceu, assim como a senhora no metrô. Naquele mesmo dia eu percebi o motivo da tristeza desvairada que presenciei. Depois disso, sempre que acordo peço aos céus que o desejo de ajudar o próximo consiga sempre superar o egoísmo e falta de esperança no ser humano.
Chegamos ao mês de setembro, e com ele uma nova estação do ano vem trazer para a natureza a beleza do renascimento, do recomeço. Novas flores e frutos, um novo ciclo de vida que se inicia, com suas cores e sabores.
E porque não fazemos o mesmo conosco?
Quando chega setembro é muito comum que as pessoas comecem a jogar a tolha sobre os planos traçados para o ano, jogando para o próximo a responsabilidade de fazer acontecer.
Esta atitude faz apenas com que os planos sejam adiados, sem nenhum sentido prático. Os planos traçados, tem que ser revisitados sempre. Não sabemos o quanto de tempo temos pela frente, para se permitir parar e ficar esperando um novo período de tempo.
Pode ser que tenhamos de reduzir algumas coisas dos nossos planos, mas não abandoná-los.
Como a natureza devemos ter o momento de se recolher e o momento de florescer.
Vamos aproveitar este tempo que traz a sensação de renovação e renascimento para revitalizar nossos planos, e ganhar força e motivação para buscar o que queremos.
A vida não segue calendário, ela segue seu ciclo natural, e a cada dias vemos mais adaptações para comportar todas as mudanças que vem ocorrendo no meio ambiente. É da natureza em geral o adaptar-se.
Que não sejamos diferentes.. reanime-se, busque novos tons para seus planos.. e tudo vai se encaixar!
Deixe que a vida possa lhe levar até a estação, mas não permita que ela também possa decidir sobre o seu destino.
nasci no intenso frio da estação de inverno cresci junto com as flores de Primavera adoecer num dia ensolarado de verão e finalmente pude morrer em paz Debaixo de uma árvore junto com as quedas das folhas da estação de outono...
Desconheço uma pessoa que conheço. Onde estarás? Encontrar-se-ia na estação do ano que repara, que hiberna, que alimenta o horizonte invisível. Metamorfosiando-se em algo do algo que almeja. Passam-se os dias, vem o vento intrépido sussurrando de mansinho no horizonte. Este horizonte vertical. Ora quente, ora gelado... Era o teor do vento que pairava ali. Um vento seco feito a flor do cacto. Espeta-me, me faz eclodir do rochedo o qual estara. O ponteiro do relógio mostrava-me que já estava em outra dimensão. O horizonte tomou forma, floresceu, bebeu da água dos deuses, virou uma rosa. Mas o desconhecido continua desconhecido. Por fim, desconheço-me!
A alegria deve tomar conta de nosso coração, a cada nascer do novo dia, seja em qualquer estação do ano.Auréolas douradas de sol penetram a paisagem, fora e dentro de cada um. Sim, pois o nosso interior, a nossa alma, também possui paisagens de sonhos.
Bendito seja o alvor de cada manhã, onde pássaros voam rasantes, sob o som de harpas mistrais das brisas que vem de longe.
Eleve seu espírito, respire fundo e agradeça pela vida, por mais um dia dela.
"Somos passageiros da vida viajando através do tempo.
Não sabemos onde será nossa estação final, portanto,
aproveite ao máximo a viagem."
Estação vida
Não deu tempo.
Atrasei-me.
Ao longe ainda pude ver a felicidade partindo.
Tentei gritar, correr, ligar,
Já era tarde,
Ela foi.
Eu fiquei.
E pensar que tentei sair apressado,
Deixei até algumas coisas
Espalhadas.
Nem sei onde me deixei esquecido.
Não pude ver onde pendurei minha alegria.
Ficou lá.
Talvez esteja no mesmo prego do meu sorriso.
Um sobre o outro. Não os vi.
Tomara que alguém, ao encontra-los, faça bom uso.
Estou preocupado com minha vida,
Deve ter ficado num cabide.
Tão frágil!
Será que vai sobreviver?
A esperança... Que dó!
Morreu no frio das noites passadas.
Nesta estação à beira da estrada,
Não me resta mais nada.
Se alguém perceber que não fui
Quiçá, ao menos, dirá: Caramba!
Como pode não ter embarcado?
