Razão, Estação ou Vida Inteira
Despedida...
"A hora do encontro é também despedida a plataforma desta estação, é a vida."
Um beijo no rosto ou um abraço na correria da vida, do vai e vem, pode não parecer nada... Mais as vezes é um adeus... E há quem consiga perceber, pela sutileza dos detalhes, algo diferente, um indício... Ou talvez seja só a recordação da ultima lembrança, de alguém que passou em nossas vidas e pelo acontecido, paramos pra perceber o que passou despercebido... Seja como for a vida continua, seja onde nossos olhos podem ver ou onde nosso espirito consegue enxergar. É a vida.
No calendário da roça, vida e morte são
como mudanças de estação.
Um dia a gente floresce,
no outro, aduba o chão.
Já se sabe o bom caipira
que para tudo se fez um tempo.
Desde o sol, que nasce bem cedo,
até o sopro do vento.
Mazzaropi nasceu, viveu e morreu.
Cumpriu o ciclo da semente.
Deitou-se na terra,
abastado de riso e de vida,
e descansou de ser vivente.
("Mazzaropi, um jeca bem brasileiro")
Vagamos na vida como trens
Saímos da estação vida quando nascemos
E sabemos que a estação morte é o fim da linha
As estações que encontramos no caminho chama-se períodos
E cada período tem seu prazo de validade e sua importância
Cada travessia se chama momento
E cada momento passa rapidamente e deixa marcas
Mas antes do fim, vamos olhar por onde percorremos
E possivelmente iremos lembrar dos fatos mais marcantes
Quer sejam bons ou maus, lembraremos de simples fleches de luz
Que no caminho nos fez enxergar belezas e desgraças
Força e fraqueza, erros e acertos, problemas e soluções.
A Vida tem cor, em qualquer estação!
Em forma de Amor,
Em forma de Harmonia,
Em forma de Oração,
Sem esquecer a Gratidão!
Estação vida
Não deu tempo.
Atrasei-me.
Ao longe ainda pude ver a felicidade partindo.
Tentei gritar, correr, ligar,
Já era tarde,
Ela foi.
Eu fiquei.
E pensar que tentei sair apressado,
Deixei até algumas coisas
Espalhadas.
Nem sei onde me deixei esquecido.
Não pude ver onde pendurei minha alegria.
Ficou lá.
Talvez esteja no mesmo prego do meu sorriso.
Um sobre o outro. Não os vi.
Tomara que alguém, ao encontra-los, faça bom uso.
Estou preocupado com minha vida,
Deve ter ficado num cabide.
Tão frágil!
Será que vai sobreviver?
A esperança... Que dó!
Morreu no frio das noites passadas.
Nesta estação à beira da estrada,
Não me resta mais nada.
Se alguém perceber que não fui
Quiçá, ao menos, dirá: Caramba!
Como pode não ter embarcado?
"Somos passageiros da vida viajando através do tempo.
Não sabemos onde será nossa estação final, portanto,
aproveite ao máximo a viagem."
O ANO NOVO SE APROXIMA
Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido e o mais feliz dos passageiros.
Ano Novo, momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós capacidade de recomeçar a cada ano.
E para que você possa ser um passageiro verdadeiramente feliz, a receita é :
Dê amor e carinho e receberá igual ou mais ...
Tenha a paz no seu coração e voará tão alto que jamais será alcançado(a) pelo mal...
Brinde sem exageros e terá o equilíbrio, a vida...
Creia que é capaz e alcançará seus objetivos.
Acredite... uma boa ideia se transformará numa realização...
Preserve a própria vida e respeite a vida alheia.
Tem mais, procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem. Valorize as pequenas coisas, se ame, desdobre o mapa da sua vida e planeje roteiros.
Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
Desembarque nela os seus sonhos e se estiverem difíceis de se concretizarem, lute por eles.
Desejo que a sua viagem pelos dias de 2015, seja de
PRIMEIRA CLASSE
FELIZ ANO NOVO!
Estava chovendo quando saí de casa para a estação de metrô. Era bem cedo, não havia muita gente na rua, apenas alguns comerciantes abrindo suas lojas e pessoas voltando de trabalhos noturnos com um ar de cansaço. A melancolia recorrente do dia nublado era evidente e eu gostava daquilo, me fazia pensar sobre a vida, sobre a tristeza personificada em um dia qualquer, nublado e chuvoso.
Chegando na estação logo avisto uma condução vindo. Após entrar no metrô vou andando para os vagões da ponta, onde posso ficar encostado em uma haste de metal. Começo a observar ao meu redor, muitas pessoas pegam essa condução pela manhã pois vão trabalhar, estudar ou os dois, como eu. Muitas feições de cansaço e tristeza, assim como as dos trabalhadores que vi mais cedo. Foi aí que me perguntei: “Mas por que essas pessoas estão tristes em plena manhã?”. Estava maquinando e pensando nos porquês das caras murchas que via ali na minha frente quando avisto uma senhora em pé sendo espremida entre duas outras pessoas. Cheguei mais perto e a ajudei a sair de lá, quando percebi ela já estava no meu lado com um sorriso que ia de uma orelha a outra, me agradeceu e perguntou a onde eu estava indo numa manhã tão chuvosa, eu virei e falei que estava indo trabalhar e logo ela se aquietou, alguns minutos depois voltou a falar comigo:
- Percebi uma coisa nessas manhãs nubladas, todas essas pessoas que vejo todo santo dia estão com essas mesmas caras. Meio amargas e olha que nenhuma ainda chegou na minha idade!
- Eu percebi a mesma coisa hoje, nenhum sorriso, nenhuma feição alegre, apenas rostos pálidos e distantes.
Conversando mais um pouco com a pequena senhora percebi o quanto de vida ela emanava que, por mais que sua aparência evidenciasse sua idade avançada, ela estava disposta e alegre.
Desci na Estação Central, ainda estava chovendo quando saí da estação. Andando na rua me deparo com uma moça de meia idade segurando uma criança de colo, era uma pedinte e estava cedo da manhã naquela chuva, embaixo de uma sacada para não se molhar. Percebi que diferente das pessoas tristes que vi hoje, o semblante dela se destacava, era indiferente, escondido. Quando passei ela me deu um sorriso e estendeu a mão que não segurava a criança, eu já havia tirado uma cédula para dar. Ela me deu um sorriso e logo me agradeceu, assim como a senhora no metrô. Naquele mesmo dia eu percebi o motivo da tristeza desvairada que presenciei. Depois disso, sempre que acordo peço aos céus que o desejo de ajudar o próximo consiga sempre superar o egoísmo e falta de esperança no ser humano.
"A vida é como uma folha no Outono, ao longo da estação a folha apodrece, sendo que algumas das folhas são invisíveis ,outras possuem uma beleza divina"
A vida é esse trem veloz. É uma viagem às vezes breve, às vezes longa. Em cada estação uns embarcam, outros desembarcam. Enquanto sua estação não chegar, não se queixe demais do balanço, simplesmente aproveite a paisagem...