Quimera
Pareceu ser... E fora quimera. Esvaiu-se num breve revés. Era de mentira a moldura. Amor retinto, sucinto, adverso. Não sentia, não queimava, nem doía!
Será que tudo o que observamos ou semelhamos não passa de uma quimera dentro de um sonho?
Oh Meu Deus, por que custa tanto o pão, e tão pouco a carne e o sangue?
Mais ainda, a ruindade faz parte do ser do eu, tanto em mim quanto em vocês e este eu é feito por inadvertências. Mas o não ser não pode aceitar o mal, quer dizer, os do governo, os juízes e os colégios não podem permitir o mal porque não podem permitir a individualidade. Alguns de nós têm que lutar. Devemos defender a vida, não venda sua existência por uma vida tranquila.
A vida, a existência do eu, não passa de uma imaginação. O passado é uma quimera, o presente um lapso de uma existência inexistente, o futuro um sonho de uma alma que sente a matéria de um corpo que não existe. Tudo não passa de um engano, o que existe é o que não existe.
Você sorriu,
meu mundo floriu.
Nem era primavera,e
eu que achava
que o amor era
só quimera,
deixei - me
fundir com
o teu coração
que faz o
meu feliz.
És o amor
que faz o
sol surgir,
cores meus
dias colorir.
A inspiração
que faz a
poesia perfeita
florescer a
cada estação,
tu és a
minha doce canção.
Ela acreditou na primavera.
Mas as flores murcharam, o
amor era uma quimera.
Ilusão.
Dor.
Solidão.
Tudo foi em vão.
Ah câimbra no coração...
Senhor, estas rosas que vos trago
são 'inda espasmos de quimera!
Saudade tão profunda,
feita de fria espera,
intima cera ...
Derretei-a Senhor, derretei-a!
Queimai-a neste altar!
Sequem-se as rosas,
rosas nascidas do meu penar ...
São Rosas, Senhor,
simples rosas, bem o sei!
Vermelhas, escarnecidas
ensanguentadas ...
Rosas que vos trago,
'inda presas-entre-silvas,
por tristes caules,
à brancura do luar!
Colhei-as Senhor!
Colhei-as ao passar!
Mas cuidai,
cuidai que são pejadas
de picos-d'ilusão!
Minha fria-e-funda ilusão ...
E mais do que minh'Alma vos diz,
só o que vós sentis
em meu peito sem chama.
Porem,
já ardem em mim as rosas, Senhor,
ardem, ardem mas não queimam
meu intimo chorar ...
Guardai Senhor, eternamente,
a prece das rosas que vos trago, a sangrar,
junto aos pés da Cruz do Vosso Altar!
(Prece ao Senhor Jesus dos Passos da Igreja da Graça em Lisboa onde deixei um molho de Rosas encarnadas sobre o Altar ...)
A felicidade é uma busca incessante, uma quimera elusiva que se revela na medida em que a alma humana compreende a complexidade da existência e encontra sentido no eterno movimento da vida.
...Há entre mim e o tempo, uma refazença.
Uma compreensão de que quimera serei,
Um tão só colhedor de caminhos...
'TEU NOME '
Em meus sonhos de quimera,
No meu coração inquieto
Em minh'alma teu nome completo
Escrito está, como flores de primavera !
Num fim de tarde, beirando a noite
De um inverno profundo,
Eu te amo e pelo teu nome clamo,
Como se não houvesse, mais
Ninguém nesse mundo !
Venha, toma posse de mim .
Do teu amor jamais desisto,
O meu amor te enaltece;
Enquanto "eu" te existo !
Para sempre te amarei,
Tu pensas que é engano
Mas somente "EU"sei
O quanto, do tanto que eu te amo !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Soneto à Diana
O sabor tão amargo de uma vida,
não me privou desta quimera doce,
uma jarra de crítica ferida
que hoje brinda uma paixão precoce...
Cativo desta saudade regida,
fenecer na clausura achei que fosse,
barganhei com teus seios a saída,
tornei-me mais ainda tua posse...
Tocaste-me, anjo, a carne consentida
na compulsão por ti só requerida,
domaste-me, lasciva, em sedução...
Com suas cifras vivas e fundidas,
maestrina destas notas tão ardidas,
soubeste me tornar composição.
Quimera e sentimentos,
imaginários ou reais.
quero que meus versos
- sejam apenas linhas -
em bandeiras brancas ao vento,
tremulando em busca da paz
Publicado no meu livro - Janelas
...
Na essência ela é hiperbólica.
Na quimera é paradoxal.
Na compaixão, metafórica.
Gosta de coisas díspares.
Pessoas análogas.
Situações descoincidentes.
E de elos congruentes.
Hoje é assim.
Amanheceu, se reinventou.
Mas abomina personagens.
Ou personificações voláteis.
É simples e complexa.
Mistura nonsense.
Debutante da casca verde.
Senhora do miolo sensato.
Se perde de propósito.
Sabe onde se achar.
De vez em quando silencia.
Persuade na surdina.
É "papum", nada de rodeios.
Real, sem devaneios.
Riso fácil, choro descomplicado.
Corajosa e sem receios.
Não suporta metades.
É amante por inteiro.
Amiga de verdade.
Via de regra: 100x minha.
"Não se deixe abater pelos tempos difíceis, tampouco se inebriar pela quimera dos tempos de calmaria, antes disso, sê em tudo resoluto pela força de seguir lutando pelos seus propósitos, sonhos e ideais.
Nada é capaz de abalar alguém que confia em si, na dignidade dos seus princípios e faz deles sua razão de ser e viver."
Quem me dera a imaginação navegar uma quimera flamejante sobre o turbilhão do céu de ouro. Das iscas, as redes gravitacionais, pélago céu bem-aventurado aos sopros das velas aformoseia o rosto ouro e nuvens alegres que entorna do céu à terra.
Quimera insistente, fuga de um axioma, ansia uma certeza neste mundo aquém. É dura a verdade, lutamos para mudar, buscar um novo sentido, a nossa realidade.
Quimera Dominical
Qualquer instante e hora tu entras pela porta.
Já estou ali a te esperar e tua beleza flora.
A esperança de um toque, orvalho com aurora.
O amanhã chega com o sol e a tristeza vai embora.
Menina dos dentes perfeitos
Seu sorriso é puro molejo
Seu corpo é bonito meu puro desejo
E para sua beleza sempre estou de joelho.
Esse outono ainda vai dar lugar a primavera.
O amor que queima e arranha feito fera.
Ele vem de dentro maior que quimera.
Tu chega e o seu olhar é a alma mais sincera.
Você me inspira do entardecer até a manhãzinha.
Assim tento tocar as suas estrelinhas,
Colocando os lábios no céu de sua boca.
Fazendo música com seu corpo guitarra louca.
Essa sua cintura de roupa branca e verde
Que passou quente nos meus olhos deixando a sede.
De beber todo teu suor em um longo banquete.
Nosso amor vai cortando o céu como foguete...
Eu desejo seu perfume de flores .
As cores dessa noites de sonhos e amores...
Eu te desejo um pouco de fantasia se acaso sonhar...
Eu desejo tudo que sua alma puder desejar...
Se ela quiser me visitar eu deixo a janela aberta...
Para que como uma adorável flexa
E seria com orgulho seu nobre alvo, vem e acerta.
Para nas curvas da vida a alma ser a doce reta...
Para pisar fundo e tocar seu horizonte.
Ver nos seus olhos o por do sol e os montes.
Toda essa colina de seios doce e vibrantes
A parar o relógios somente por um instante.
Esse estante magnifico parado dentro do sentimento.
De não deixar a vida acelerar o próprio tempo.
Segurar suas mãos olhar nas janelas de seus olhos e ver...
A morte desejando me roubar de você.
A poesia traz a quimera
do leitor menino.
faz delirar
o maior dos sexagenários.
Instiga o sentimento
a esvoaçar como plumas
de algodão na melodia!
Quimera Real
Em estado onÍrico
Experimento o desejo
Na boca o sabor do ósculo
O sussurrar da paixão
Entre dentes...
Enastrado ao corpo
Ávido entre o ventre
A cobiça do olhar
Desnuda o âmago
Anseios contidos
Tornam-se designios
Ansiedade sofreguidão
Delírio devaneante
Traspassa a razão.
És tu a fonte,
Dessa paixão
EU POR MIM...
Entre um pouso e um salto, um exagero de quimera aqui outro acolá, fui decifrando vontades, poetizando olhares, fazendo correr alto meus passos sobre céu de arado, sem jamais exilar por entre as nuvens minhas prenhes e perenes verdades.
Dancei bailados de alquimia que misturam os sonhos e os rumos, fiz nascer deles o chão que me sustém, embora o canto que ribalta o manto nem sempre me tenha sido de gentilezas e de sorrisos. Embora o horizonte de reverente poente que se quis ver, nem sempre tenha estado ao alcance do enquadrado das janelas através da quais ousei olhar.
Arte inacabada, não sacra, não casta, rabiscada pelas trilhas que andei, moldurada pelos versos que cantei, forjada em berço e preço pelas óperas ruidosas que encenei. Por vezes vulto e sombra para uns, àqueles os quais a retina que olha do centro do peito, não me foi possível atravessar. Mas o tanto maior de mim é alma sentida, é emoção alcançada, existência sem baço e névoa conhecida. Assim traduzo-me. Assim entalho-me no tronco cru e maciço das árvores que eternizam quem por elas passou e por ter algo a dizer, parou.
Por estes tantos andos e desandos de instintivos e dementados quereres, dizeres lavados de mim, em êxtase de crenças, em avidez de sonhos, sem mistérios e anteontens largados...
Que nestes, chegue sempre soberano e ímpero o TEMPO, maestro e juiz da vida. Tempo de aquietar as pressas permitidas e permissivas que, em cegueira luzidia, inundam e, por vezes, afundam. Tempo grato, polissêmico tempo que coaduna-se com as costuras consolantes, fiéis e pacientes a remendar e a refazer os rasgos e os vagos que pelas esquinas da alma vai se deixando ficar.
Pelo dito que sou, não sei se livre ou condenada estou, mas se nada mesmo ainda assim, fizer sentido, que eu NUNCA deixe de, incorruptivelmente, FLUIR. Que a emoção seja sempre dilúvio, redenção calçada de rosas e prosa em mim.
( Lu Menezes )
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp