Quando Suspiro meus Tristes Ais
Deus ouve cada suspiro, mas é o clamor de fé e esperança que move Sua mão, e não a simples lamentação.
Suspiro de Desgaste,
De Alívio, Suspiro,
Suspiro Emocionado,
Aflito Suspiro,
Sentimento Profundo
formando, aos poucos,
um Tornado
Até o último suspiro.
A vida é um mistério que nos envolve desde o primeiro até o último suspiro. Estamos aqui por um motivo, embora ninguém saiba como era antes de chegarmos nem o que nos espera depois de partirmos. Apenas sabemos que, enquanto estamos aqui, carregamos uma missão. Cada um de nós recebeu um propósito, e, em sua essência, ele se alinha aos mandamentos de Deus — são as regras que orientam nossa existência, os guias para o curto período que passamos na Terra.
A vida, em sua simplicidade, é como um presente sagrado, mas somos nós que a complicamos. Chegamos ao mundo puros como anjos, e Deus nos concedeu o livre-arbítrio para escolhermos o nosso caminho. As decisões que tomamos são exclusivamente nossas. Cada escolha e ação, tudo o que fazemos e deixamos de fazer, impacta não só a nós mesmos, mas também aqueles ao nosso redor e até a natureza. Assim, a vida aqui é passageira. Nascemos sem posses, sem nome, e a única coisa que realmente levamos quando partimos é o nosso legado.
Nosso nome é mais do que uma simples palavra; ele carrega uma impressão espiritual única, um reflexo de quem somos. Essa marca que deixamos é intransferível e individual, representando o peso ou a leveza que acompanharemos em nossa jornada espiritual. Quando nossos corpos terminam sua missão terrena, o espírito segue em direção a um plano superior, ou, caso tenha falhado em sua essência, é excluído do ciclo eterno. Não basta viver uma vida de erros e pedir perdão no último momento, pois o espírito carrega as consequências de suas escolhas.
Ao observar a morte, seja em um velório ou na despedida de um ente querido, é possível perceber diferenças sutis. Existem corpos que, mesmo sem vida, ainda emanam uma certa energia, como se a presença do espírito se fizesse sentir ali. Outros corpos, em contraste, estão simplesmente inertes, sem qualquer sinal de vida espiritual, como se a essência tivesse se apagado completamente. Os profissionais que lidam com o preparo dos corpos muitas vezes também notam essas distinções — algo que desafia o entendimento comum, mas reforça a ideia de que nem todos os espíritos partem da mesma forma.
Como já expressou o próprio Papa, o inferno não é um lugar físico de punição eterna, mas sim uma forma de exclusão espiritual. Os espíritos que, por suas ações, se afastam da luz podem se perder. Enquanto a bondade e a verdade são forças que elevam o espírito, a maldade e o desvio da essência humana o condenam ao esquecimento.
A vida na Terra é breve e cheia de significados profundos. A energia que cultivamos em nosso espírito é eterna e continuará a vibrar muito além do corpo. Em nosso último momento, o que permanecerá não são bens ou status, mas a marca que deixamos, a vibração que irradiamos e o legado que nos tornará eternos. Que possamos viver de maneira a deixar uma leveza, uma energia que permaneça, pois, no final, é essa a verdadeira eternidade.
Uma flor
Uma flor, um suspiro de esperança,
Uma vida que se ergue, uma luta que avança.
O amor é infinito, em seu puro ser,
Pois sem ele, tudo deixa de florescer.
Sem amor, a flor não nasce,
A esperança se apaga, o sonho se desfaz.
Sem luta, não há a chance
De vencer o que o coração traz.
Tudo acontece quando o amor guia,
Transformando o impossível em realidade,
Que o amor seja sempre a harmonia,
A luz que faz florescer a verdade.
Magnólia, teu nome é flor, pétala rara,
Doce suspiro de quem sente demais,
Coração bordado em esperança clara,
Olhos que procuram abrigo e paz.
Teu sonho dança no silêncio da noite,
Desejo secreto de um abraço forte,
Alguém que chegue sem prometer o impossível,
Mas que te envolva inteira, como a brisa do norte.
Magnólia, alma suave como o vento,
Mas firme como raiz que finca no chão,
Quer amor que seja porto, seja templo,
Onde possa descansar o coração.
E um dia, quem sabe, virá esse homem calado,
Com mãos que acalmam, olhar que entende,
E teu riso será livre, teu medo, domado,
Porque enfim terás quem te abrace e te defenda do que não te agrade...
Se você fosse um suspiro, eu te degustaria lentamente, sabor por sabor, até me perder em cada pedaço do seu êxtase.
Eu vou viver, mesmo depois do meu último suspiro. E quem me viu viver, há de dizer que: "Ele é eterno!".
Sinto-te a cada suspiro
Busco teu aroma no vento
Vejo a luz do sol no teu olhar
Teu corpo se funde no meu
Numa dança perfeita
Mas ao despertar desapareces
E chorando fico sozinha.
Eu estarei onde o meu coração me levar
Teu odor me dirá como é a tua alma
Num suspiro, saberei que te amo
Amores maiores são intensos
Como o meu e o teu
Eu espero-te sem ânsias
Ficou decretado e escrito no Céu.
Provavelmente, ela vivia num jardim a contemplar as flores , a acariciá-las, e, entre um suspiro e outro, algumas confidências; isso mesmo, tinha certeza que lhe falaria do seu fascínio pelas luzes da manhã, aqueles primeiros raios que despontavam antes do corpo solar; que refletiam no espelho de um lago, na lâmina de um rio ou verdejavam sobre alguma floresta. Talvez caminhasse a beira de uma praia solitária como uma recém-nascida manhã pudesse; imaginando um conto, uma história bonita que contaria pra alguém com certa graça, acrescentando algum humor ou drama, uma pequena mentira que só embelezaria o que já fosse belo. Por certo era uma imaginação fértil e caminharia por um cemitério imaginando que todos que cruzassem consigo já tinham morrido e não olharia pra trás com medo de ter essa certeza. Talvez fosse assim, alguém eloquente a quem todos esperariam silenciosos afim de ouvir algo interessanre; e se calasse o suspense do silencio cairia todo sobre si mesmo. quiçá às madrugadas imaginasse sonetos trágicos de paixões insanas; essas loucuras do cotidiano que acabam nas manchetes dos programas policiais, ou luxurias inconfessáveis que passariam por sua cabeça nalgum desejo secreto que jamais revelaria.
Algum dia apareceria com os traços ordinários como os de qualquer ser vivente, uma timidez simplória dos seres limitados; voz pausada, própria dos que pensam muito, ou dos que não têm muita certeza do que vão dizer; e aquele ser divino interior em pura ebulição ali no peito, transpirava, sussurrava, suspirava e tinha as mesmas carências, os mesmos medos e inseguranças; aquele ser capaz de todas as loucuras, todos os pecados e todos os perdões por paixão e por amor deixaria de ser só uma miragem nos meus delírios...
Sem fazer nenhum ruído
Um corpo foi despido
Diante do espelho,
Para arrancar um suspiro
De desejo lascivo,
Há de ser um belo bailado
No território [conquistado;
Será um pecado bem cometido.
A leveza dum suspiro
A saudade em flor
Assim vou vivendo
Escrevendo a saudade
Que tenho do teu amor
Nunca te deixei
Foi o vento que me levou
Porque tenho as asas leves
Como as asas do beija-flor
U’a ternura entregue
A saudade permanece
Assim vou te amando
Crendo que os arcanos
Por nós estão conspirando
Nunca te abandonei
Foi o destino que nos afastou
Desconfio que o meu amor era só
E só ele não te bastou
U’a história que não perece
A saudade não fenece
Assim ela vai vivendo
Certa que ela não fenece
Um sacrifício de amor, ela te pede.
AMOR E CONFEITARIA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Depois de um doce suspiro,
do beijinho e do sonho,
nós dois assim, bem quietinhos...
bem chicletinhos...
E logo após nos fartarmos
de um bom bocado
daqueles bem delicados,
pavê se a vida recheia
nosso doce amor...
que nos fará bem casados...
TERAPIA DE REGRESSÃO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Hoje quero suspiro e mariola;
também quero brincar de amarelinha;
jogar bola de meia, “pique tá”
lá na rua da Zefa e do Zoião...
Chamarei a patota do Quitungo
para um banho de rio; sujo, mesmo;
pra comer o torresmo da Mãe Preta
quando a fome atacar as nossas bichas...
Pegaremos rolinhas e piabas;
as goiabas bichadas do campinho;
quero água da bica de bambu...
Vou até relembrar uns palavrões
e fraudar a mordida na maçã;
ser o fã mais fiel da Mulher Gato...
O que é a espera? Um quarto vazio, uma janela aberta e uma cadeira.Um suspiro sem fim.(Walter Sasso)
