Quando Morremos Sorrimos
Quando alguém quer te mudar, é porque essa pessoa não gosta de quem você realmente é. Ela gosta de outra coisa e quer te transformar naquilo que ela gostaria, mas não conseguiu ter.
Aprendemos quando deixamos de ser como poeira no tempo, como uma febre que passa, ou como águas de um rio que corre. Crescemos quando permitimos tocar nossa alma em lugares impossíveis que possam sentir, não no que estamos, mas no que somos.
Poema - Montanha
.
O que és
quando a Lua
a teu lado
Se põe Nua
e nublada
tu te escondes
Só — Temendo
a volúpia?
O que és
quando a Noite
por ti passa —
Como pôde
a deixar
no horizonte?
O que és
como as nuvens
entre as fontes
Quando os homens
nunca olham
pras alturas?
O que és
junto as árvores
não conjuras
que declarem
Pelas brumas
deste vale —
bem mais plenas
pela tarde
Quando as sombras
são só uma?
O que és
para o Sol?
De ti nasce,
de teu colo —
Sangra longe
de teus olhos
e só volta
por vê-la
enlutada
entre estrelas!
O que és
para os deuses? —
nem mulher
e nem homem!
Se estás triste
és cachoeira
e os seus corpos
só te acolhem —
Mas se te ergues
até eles,
treme a terra,
Todos fogem! ( ... )
- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa
Eu confesso.
Durante muito tempo na minha vida, eu disse sim quando queria dizer não. Disse sim para manter pessoas por perto. Disse sim para não ser deixada para trás.
Hoje, quando é não, é não. Quando é sim, é sim.
Durante muito tempo, eu vesti máscaras para agradar todo mundo. Hoje, eu respeito todo mundo — mas agrado a mim mesma.
Aprender isso foi difícil. O mundo cobra da gente uma atuação constante. Cobra que sejamos sempre agradáveis, adaptáveis, sorridentes. Mas, de umas duas décadas pra cá, eu não sou mais a mesma.
E eu tenho dito sempre, com firmeza: agora sou eu em primeiro lugar.
Não estou reafirmando isso porque preciso provar algo. Não é sobre ser diferente, ou melhor. Até porque eu nunca fui uma pessoa má.
Eu sempre acreditei nas coisas certas, honestas, direitas — sem precisar ser chamada de cidadã de bem. Porque ninguém é.
Eu sigo escrevendo essa história todos os dias. E, agora, quem segura a caneta sou eu.
Nildinha Freitas
Quando penso nas lutas que a vida me apresenta, lembro que sempre acreditei na existência de um Deus vivo, que tem me acompanhado em todas as jornadas.
E quando perderes a esperança da vida, lembra do fato que eu coloquei, a esperança é mesmo o último a morrer!
A mesma uva que purifica a minha alma é como um dilúvio invisível ao se tornar vinho; quando não devasta faz adormecer.
Semelhante a uma Catedral distante, eu não ouço mais o sino tocar, mas eu sinto quando é chegada a hora. Compreendo então sua frase: “o olhar conversa com a gente sem usar palavras”. Nostalgia ainda é uma de minhas muitas falhas.
Quando olho para retrovisor da vida percebo o quanto Belchior estava certo ao afirmar que:
"Apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos
e vivemos como os nossos pais."
"As demandas sociais das minorias sofreram um grande revés quando os donos do mundo sequestraram suas vozes".
Indigno é o líder que deixa o seu subordinado para trás.
Ainda mais quando este encontra-se com feridas não aparentes.
Quando tudo é permitido e nenhuma escolha tem peso, a liberdade se torna fardo, e a existência, um território estéril, onde nada importa de verdade.
Quando a Revolta Vira Produto
Há uma incoerência gritante — e, muitas vezes, conveniente — nos discursos anticapitalistas que florescem dentro do próprio capitalismo. Militantes e ativistas que dizem combater o sistema usam plataformas como YouTube, Instagram e TikTok para monetizar suas críticas. Vestem-se de resistência, mas atuam dentro da lógica capitalista, lucrando com curtidas, visualizações e parcerias.
O que deveria ser luta virou negócio. O ativismo virou produto. E muitos militantes se tornaram marcas pessoais, embalando a indignação em discursos vendáveis, com engajamento calculado e lucros constantes — exatamente como o mercado gosta.
A pergunta que permanece é direta e incômoda:
Se são genuinamente contra o capitalismo, por que aceitam os frutos do sistema?
A autenticidade exigiria renúncia — abrir mão dos ganhos gerados por aquilo que se critica. Mas coerência ética é artigo raro.
A vida, a integridade física e a dignidade humana não deveriam ser relativizadas. Quando a cultura mutila corpos e apaga vidas, cruza a linha entre o humano e o inaceitável.
"Não é que "endeusamos" as pessoas quando morrem, apenas damos focos a elas e percebemos o quanto eram presentes na nossa vida e como eram importantes...
Mas, então, vemos que já é muito tarde e só basta lamentar pelo o que poderia ter feito e não fez..."
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp