Quando eu Nasci
Quando eu nasci
Numa casinha singela, lá estava ela, minha santa madrinha-parteira, após passar por várias porteiras. Em sua benemérita carreira já havia parido muitos recém-nascidos, trazendo alegria àqueles maridos de tempos indos. Assim as mães se alegravam pelo tão esperado acontecido. Lá estava eu, segundo os relatos; de parto normal, um obeso e piloso quase fatal, tal qual lutador de sumô, assim relatava o meu querido avô. Então o rebento foi crescendo até que um dia a madrinha engordou sobremaneira, e teve a morte por companheira, fora acometida de barriga d’água, com a qual me senti muito magoado. Como pode uma santa daquelas ter padecido assim, fui ao jardim e desabafei com o meu pé de jasmim. Fiquei indignado com aquela maldade e não entendi o porquê duma morte tão mesquinha, já que a natureza é tão rica e dona de tudo o que tem e tinha, e, assim foi lhe dar tão pobre “sobretudo”. Nesta velha concentração lusófona do português vem à contraposição do corretivo da língua a me pedir para colocar uma vírgula antes do sobretudo, contudo, estou tratando de um substantivo-provérbio e não dum advérbio, que nada mais é do que o caixão de defunto qual vem para estragar o assunto. Agora se você não gostou do substantivo-atual, paciência meu irmão, eu também não gostei do que aconteceu com minha madrinha, porém, jamais vou fugir dessa rinha. A vida é uma arena qual somente agora eu entenda, após continuar obeso por décadas e mais décadas, parece que vou padecer indefeso, acima do peso, porém, vou além, não deixarei cair à peteca.
Sou bem idoso e vaidoso, um velhinho levado da breca...
Aí vem a lusofonia fremir ao meu ouvido: Levado a breca...
Ah... Vá se danar, não vê que estou tratando de minha madrinha.
Quando eu nasci, um anjo torto
desses que são iguais ao cerrado
Disse: vai, e pelo devaneio seja absorto
(Luciano Spagnol
poeta mineiro do cerrado)
*parodiando Carlos Drummond de Andrade
Quando eu nasci tentaram me iludir,
me obrigaram a acreditar,
fui proibido de querer duvidar,
e hoje eu sou um Renegado!
Súplicas de Uma Criança do Século 21
Quando eu nasci...
Eu vim ao mundo como anjinho...
Sem rótulo, sem definição e sem prazeres...
Independente da minha indentidade sempre fui cercado de carinho...
E assim fui me fazendo com direitos e deveres.
Me deram cores como que se isso influenciasse no meu futuro...
Fizeram meu mundo rosa...
Em algumas vezes verde...
Me deixando confuso...
Me vi rotulado de uma forma espantosa.
Agora como criança querem decidir minha profissão...
Querem a todo custo decidir com o que posso brincar...
Se brinco com carrinho ou boneca...
Com isso querem subjulgar meu eu por orientação...
Sem se preocupar o que vou achar...
A verdade é que minha opinião nessa fase não conta.
Não entendem o que eu quero ser é criança...
O Que a própria essência me classifica.
Dizem que vim ao mundo provido da Pureza e da Inocência...
Mais há aqueles que querem me obrigar a crescer rápido...
Na mais cruel indecência...
Querem me expor ao vergonhoso e ao estúpido.
Muitos me rotulam dizendo que já vim ao mundo sabendo o que eu quero...
Falam que tenho aptidões, sentimentos, prazeres, paixões e mediante a isso querem distinguir meu gênero.
Eu vim ao mundo como anjo...
Sem Romance, sem paixão e sem prazer...
Coberto de essências e afeto flaternais de modo recíproco com meus país e família me esbanjo...
Sem colocar a julgamentos meu jeito de ser.
Enfim eu sou um anjinho...
Eu sou o milagre da vida...
Eu sou um ser pequenininho cheio de carinho...
Eu quero ser criança e quero ter minha infância vivida.
Quero um mundo de Paz...
Poder imaginar...
Uma vida infantil sagaz...
Que me permita sonhar...
Por favor não destrua a minha infãncia.
Autor: Jhon Alex Modesto
Dedicatória: A todas as crianças do mundo e adultos que nunca deixaram sua velha infância morrer, que possamos preservar as verdadeiras riquezas do ontem para garantir o futuro, devemos fazer o bem principalmente as nossas crianças pois o mundo vai mal.
GARGALHADAS
Quando eu nascí, com certeza,
o mundo não perdeu eixo...
Não abafei, por nobreza,
nulidade, não enfeixo...
Nada mudou com meu berro,
com minha cara de espanto,
que até hoje, em vil desterro
tento desfazer quebranto...
Gosto deste amargo fel,
tentei adoçar, em vão...
Nem tudo é sarapatel...
Danço neste mundo cão...
Lambo o chão e lambo o céu...
Gosto me parece o mesmo...
Visto-me a meio véu...
Sigo ao rumo do ensimesmo...
Rego as flores do meu chão...
Mesmo inútil, rezo o credo,
que alivie o coração,
mostre o bom por arremedo...
Licença que me concedo,
já que tudo esvai perdido,
é gargalhar desde cedo...
Meu humor é desmedido!
Meu Pai biológico fugiu quando eu nasci
Minha Mãe criou-me com todo amor que mereci
Na casa dos meus avós, local em que cresci
No bairro da Mafalala que até hoje vivo aqui
Tudo aquilo que sei e tudo que aprendi
Dou graças a eles e amizades que colhi
E não a um deus que nunca se quer o vi
Que diz que me ama e que morreu por mim
Santa ignorância isso não faz sentido
Pare com essa arrogância não sejas fingido
Durante sua infância eras um ser temido
Ficavas todo comido quando fosses desobedecido
Matavas quem quer que fosse, sem dó nem piedade
Velhos, mulheres, até menores de idade
Não tinhas limites ao praticar crueldade
Desculpa lá, és mesmo uma divindade?
Falas sempre de amor naquele livro seu
Mas só patrocinas a dor, ainda exiges o meu
Respeito a si senhor, não, estou feliz como ateu
Folgo aos domingos e saio para beber «maheu»
Criaste-me do nada sem a minha permissão
Com liberdade de escolha como sinal de compaixão
Sou feito à sua imagem mas censuras-me a razão
Por que me deste então? Responda-me a questão
Sei que não podes do momento, tens de ouvir uma oração
Anotar um juramento, escutar outra confissão
Assistir ao sofrimento do mendigo deitado no chão
Que dorme ao relento cobrindo papelão
Por que permites o mal, se és «todo-poderoso»?
Se não acabas com o diabo é porque és medroso
E não me venhas com a falácia que seu pensar é misterioso
Acabe com essas tretas e prove que és manhoso.
Crias regras, absurdas de compadecer
Se és único ser supremo, não há lógica no seu proceder
Cá entre nós, diga-me o que estava a acontecer?
Quando criaste o Homem, estavas a um passo de enlouquecer?
Qualquer um ficaria, eu não te vou julgar
Sozinho no vasto universo, sem ninguém para conversar
Sei que é insuportável mas tu devias superar
Enfrentar seus problemas e tentar se acalmar
E não se rebelar pôr-se nervoso a criar
Um mundo para governar, um homem para te adorar
Dia e noite te louvar, de joelhos a implorar
Por um mundo novo sem o mal para atormentar
Egoísta, estúpido, egocêntrico, arrogante
Invejoso, maldoso, orgulhoso, ignorante
Malicioso, impiedoso, ser supremo principiante
De «todo-poderoso» não passas de um amante.
Tudo que falaste, tudo que escreveste
Todo ódio que demostraste com os crimes que cometeste
Não passavam de um teste (foi a resposta que me deste)
Eu não te devo nada pois, foi tudo que me deste
Se queres ser louvado procure outro burro
Que anda atrás da luz como se estivesse no escuro
Amizade e amor seguro, por hoje é o que procuro
Se não podes ajudar suma, que já não o aturo
E avise suas ovelhas que este carneiro virou lobo
Não me abordem na rua, não me façam de bobo
Não me deem folhetos, revistas nem amuletos
E não me falem de um deus que incentiva incestos
Para mim basta, estou indiferente a tudo
Acordo, carrego a pasta, vou a busca do meu canudo
A fome em África é vasta por um motivo absurdo
Para mim já basta rezar a um ser mudo.
Pai-nosso que estás no céu, o que fazes por aí?
Vem a nós o seu reino no Iraque, no Haiti
Seja feita a sua vontade tanto no céu como aqui
Livrai-nos do «malamém» e do fanatismo por si.
Um Brasil sobre mim
Quando eu nasci o Brasil aqui estava,
fui crescendo nas palavras brasileiras
e as palavras japonesas se misturava,
todavia, na escola hasteei bandeiras!
A posição de sentido a Pátria e a Nação
meu caminho do be a ba da linguagem
aos poucos conquistando meu coração
a língua japonesa em casa se permitem!
Assim aprendi escrever dois idiomas,
até ao ponto onde um não tinha escola
e o aprendizado ficou preso em redomas!
Às vezes, ainda busco - as com carinho,
a escrita e a leitura por vezes esquecida
por ora encontro - as pelo meu caminho!
II
Um dia sai daqui e fui pra terra de meu pai!
Lá a minha feição era apenas uma capa,
porque eles lá vêem todos brasileiros daqui,
mesmo que tenha na face o olhar de "japa"!
Eu tenho um Brasil inteiro sobre a cabeça,
e um Japão em pedaços dentro de mim,
às tradições do meu pai era a lembrança
e as de minha mãe uma revolta sem fim!
Deste fato se perguntaria qualquer um:
- Por que foi que eu nasci neste país?
Nunca me perguntei e nem se sabe algum!
Porque de fato isso não tem importância
pois, em se tratando de nativo e raíz
o mundo é de uma única eminência:
III
- DEUS!
Credes sobre o mundo todos os seus,
independentemente de religiões
em que há crenças em grilhões!
O universo é um só,
mas, o homem separou - o em partes.
Às partes são umas boas, outras de dó
do Brasil eu gosto muito, embora haja partes!
Partes de riqueza da natureza rica e farta,
a outra de egoísmo, corrupção e pó...
Ah! Se o Brasil sobre mim desperta!
Não haveria lugar mais lindo!
porque o povo aqui tem tudo que presta,
mas, ainda, não sabem valorizar o seu mundo!
MEUS PRIMEIROS VERSOS
Não os planejei.
Foi exatamente quando eu nasci
e simplesmente chorei.
Algo espontâneo!
É aquela coisa da alma,
guarda aquilo que
sua mente tenta esquecer.
E a alma pós pra fora
meus primeiros versos
não planejei como seriam escritos,
veio como chuva de verão.
Digo que meus primeiros versos
foram gritos que estavam abafados na alma.
Mas a alma é livre e
libertou meu sentimentos
jogando-os no papel.
."É engraçado o que um jovem consegue se lembrar...Porque eu não me lembro de quando eu nasci...Nem do que ganhei no meu primeiro natal... Nem de quando fui no meu primeiro piquinique, mas...Me lembro da primeira vez que ouvi a voz mais doce do mundo... nunca tinha visto nada mais belo em toda minha vida.Ela parecia um anjo"
(Forrest Gump)
Quando eu nasci se não fosser o medico eu não abreria a boca, pq vc acha que vou abrir a boca pra discultir com vc ?
Quando eu nasci
Meu pai me deu um nome
Que o Mundo
Sempre tentou tirar de mim.
E enquanto eu crescia
Minha mãe me ensinava a amar
e me esquivar das coisas ruins
todo dia
Mas o Mundo ainda tentava
Tirar tudo isso de mim
Porém, antes disso tudo
Antes mesmo que eu nascesse
Deus dotou-me de um escudo
E antes de eu ter um nome
Ele me deu o dom de ser um homem
Antes que eu soubesse o que é amor
Ele me preparou
Pra enfrentar as dores deste Mundo
Com um largo e profundo sorriso
Deus dotou-me de uma luz
Que os olhos ruins deste Mundo
Não enxergam
Há pessoas que não vivem
Vagam feito cegas
Estragam-se e esmagam-se
Mas as Coisas de Deus são assim
E no fim
Essa luz
Não apagam
Tampouco a tiram de mim
Prosseguem tentando...delirantes
Porém, hoje
Essa luz brilha mais do que antes
E não há quem a tire de mim.
Quando eu nasci, certamente ja sabia tudo o que devia e nao devia saber. O fato é que, realmente, nao nasci. Eu fui abortado. Sou morto por dentro.Ando cambaleando de um lado para o outro em busca de uma resposta ou qualquer coisa que me satisfaça. E quanto mais eu procuro, mais e mais o vazio dentro de mim se aprofunda. Como um buraco negro que engole um corpo celeste. Tudo o que vem a mim some. Perde-se em um horizonte de possibilidades onde o passado, presente e futuro se confundem. Assim como a Singularidade do buraco negro é tao profunda, onde nada escapa, eu absorvo tudo e nao encontro nada. Ate mesmo os animais mais irracionais sabem que a morte existe. Os humanos, no entanto, sao os unicos que tem essa consciencia. Os unicos que tem medo.
Eu, particularmente, nao entendo o por que desse medo. Já que, quando se morre, a dor acaba.
I lived this much, for such a long time, because of my friends, family and some bottles of wine.
Each day is a sacrifice. Is better to die young than to live forever as a borderline. Thats my sine.
Time is already gone. Send my corpse to the house of the risin sun.
Quando eu nasci no hospital, eu podia sentir a presença de algo mágico. Uma mulher, vestida de branco, estava ao meu lado e disse que me daria três domínios: o primeiro seria o dom de respeitar as pessoas, o segundo seria o dom de nunca trair uma mulher e o terceiro seria o dom da verdade. Naquele momento, eu podia sentir uma luz branca que me envolvia. Ela me dava um sentimento de calor e proteção, como se eu soubesse que estava sendo cuidado por alguém acima das nuvens.
A médica observou o garoto com um olhar de compaixão e falou: "Quando esse garoto crescer, ele será alguém muito especial. Vai fazer coisas que surpreenderão a todos". Os pais do garoto estavam ansiosos para saber o que significava isso, mas a médica apenas sorriu e disse que eles veriam no futuro.
Até quando, meu Deus?
Até quando, meu Deus? E tenho feito esta pergunta, desde quando eu nasci.
Vejo a vida como se ela fosse um filme ou uma novela. Tudo parece ser muito repetitivo ou cansativo.
Vejo as pessoas como se fossem personagens, passando por inúmeras fases... Vivem os seus dramas e vinganças, suas paixões, alegrias e tristezas, constantes ou não... Amores, idas e vindas, glórias e derrotas, realizações e frustrações.
Tudo o que um ser humano vive na própria pele, enquanto está encarnado. Me canso, ao assistir o meu próprio filme, novela ou teatro... Assim como me canso... ao assistir o filme da vida alheia também.
Mas, na simplicidade da vida, eu sempre encontro uma certa beleza, um certo encantamento... e isso me transmite paz.
Se não é complicado, difícil, se flui apenas... é algo belo, transcendental!
A besta humana, quando não complica a vida... faz brilhar a sua essência divina, assim como o sol faz, todos os dias... ao nascer...
Quando eu nasci, disseram que eu não ia sobreviver,
Eu sobrevivi.
Quando eu era pequeno ele me disse que eu não era meu filho dele,
Tenho mais dos meus pais do que gostaria,
Quando me disseram não vai dar em nada.
Eu fiz acontecer.
Quando não tive pão,
Eu bebi água.
Quando não tinha roupas.
Usei os trapos.
Quando me disseram será a pessoa mais feliz do mundo.
Erraram ela não é real.
Só os momentos são.
Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa – salvar a humanidade.
