Prosa Poetica Vinicius de Moraes
Dois Dedos De Prosa
De repente!
Me vejo tão só…
E começo a tocar a solidão!
A solidão dos meus dias
sem você…
E o vizinho emocionado.
Bate à minha porta!
Quer saber
porque tocar
a solidão…
Se os meus dedos,
Tocam tão bem as emoções
nos corações das pessoas.
Quando em versos…
Criam sonhos!
Inventam rimas.
E me diz atencioso,
e ao mesmo tempo
admirado de mim:
_Não se deixa só…
Não sou o seu amor…
Mas estou aqui,
para dois dedos de prosa!
Noite, sereno, céu estrelado
Alegria, bandeiras, mesas vermelhas
Sons de conversa e boa prosa, contada, cantada
Um bom álcool para entristecer, para conformar
uma lembrança de esperança, duas talvez:
Você, nós
Da frio e Bela praça
Para as quentes torres em porcelana
O meu amor nessa oração
O meu desejo e o meu peito
Verso a Deus
Se eu pudesse está com Deus,
sentado no banco da praça.
Batendo uma bela prosa,
das loucuras dessa vida,
que vida louca sem graça.
Eu diria ao nosso Deus:
por que o mundo esfriou?
As pessoas não se amam,
não buscam mais seu louvor,
passam o dia tentando,
derrubar o seu feitor.
Eu não consigo entender,
a tamanha ingratidão,
que o ser humano tem,
de achar que lhe convém,
chamar o senhor bom Deus,
de homem sem coração.
Se todo dia pedimos,
com fé em nosso coração.
Uma graça em nossas vidas,
para cumprir a missão.
Seja dinheiro ou sucesso,
nessa vida tão corrida,
de tamanha rejeição.
Não existe mais respeito,
somos seres duvidosos.
Falamos de qualquer jeito,
tetanto colocar defeitos,
das coisas que desaprova.
As pessoas hoje em dia,
não conhecem vosso amor.
Casam de manhã cedinho,
vive como um passarinho,
no final de cada dia,
vão dormir sem seu amor.
Não foi isso que ensinou,
O nosso criador.
A família é construção,
de uma nova união,
Abençoada por Deus,
Para se multiplicar,
e trazer a nova vida,
na paz de nosso senhor.
Sua casa é seu alta,
abençoada por Deus.
Não permita que o mal,
gere dúvida em vocês.
Acredite no milagre,
que tudo vai restaurar,
no dia lindo mais belo,
mais belo o dia será.
A pergunta que eu fiz,
no início deste verso.
Um dia terei resposta,
de quando me confessar,
diante da sua face,
Com prazer irei contar.
Autor: Chagas Piter!
31/05/2024
Título: Dias de prosa.
Há dias que são de lua,
silenciosos, cheios de brilho e mistério,
onde a noite se desenha em prata
e o tempo se espalha em versos.
E há dias que são de prosa,
de passos firmes e riso solto,
onde as palavras correm soltas
como vento na esquina do morto.
Na lua, o silêncio canta.
Na prosa, a vida dança.
Entre um e outro, sigo fundo…
no poço!
escrevendo como estou
dos ciclos do céu e do tempo…
novo.
Olinda é rima no meu verso em prosa
Carnaval das cores, brilho e magia. É pura a alegria da liberdade que fantasia os dias de folia. É lindo o festival do povo no passo do frevo, um convite para o mundo inteiro dançar e tirar os pés do chão. O ritmo que leva a multidão a cantar em cada ladeira de Olinda num cortejo repleto de glitter e emoção.
É bloco de rua, é agremiação, é troça que une cada personagem na mesma canção. É o desfile popular da felicidade que invade como um arrastão o íntimo de todo folião. Olinda é tradição. Do alto da Sé a Pitombeira, do Bonfim a Guadalupe, dos Quatro Cantos ao Mercado da Ribeira, é para quem sabe brincar de dia e a noite inteira. Além das prévias, seis dias de alegoria.
Abertura na sexta, sábado de Zé Pereira, domingo de momo, segunda e terça gorda até quarta-feira de cinzas. O patrimônio vivo do misto lírico carnavalesco rural e urbano. É o canto da felicidade a entoar a beleza da vida como se não houvesse amanhã. É para quem tem a manha e o molho, subir e descer, pular e se arrepiar com os shows, apresentações até os blocos de samba.
É a mulher do dia, o menino da tarde, o homem da meia-noite. A troça mais antiga do mascate Cariri, o ato político do dragão vermelho e amarelo do Eu Acho é Pouco (é bom demais), o folguedo do mítico e brincante Boi da Macuca, o samba verde e rosa da Mangueira Entra, o Elefante exaltando sua tradição, o encontro dos bois, maracatus, do coco, dos caboclinhos e dos passinhos.
É o maior evento multicultural, irreverente, político e social. É a raiz de todos os estandartes e baluartes da manifestação cultural popular pernambucana. Oxe, é massa demais essa festança.
Litteris Mulher
Uns escrevem em prosa
Outros em verso
Não sabem a arte que envolve seus ritmos
Casa uma de suas letras, suas rimas
O que forma?
Palavra de força
Aço escrito por mãos divinas
És abraço que cura
Harmoniosa sinfonia
Nascer do sol e tempestade
Luz, azedo, áspero, dor, ternura e alegria
Única mistura
És Mulher
Ventre sagrado
És amor em cada um de seus traços
És Marielle, Penha, Izadora, Afrodite, Maria
És Mulher,
A mais bela poesia.
" CALÇADA "
Meu canto predileto era a calçada!
A prosa era espontânea e verdadeira
e a gente se sentava ali, na beira,
nos divertindo até de madrugada!
O riso, a gargalhada, a brincadeira,
algum romance em forma inesperada
surgindo na calçada iluminada
já era-nos história costumeira.
A vida era mais calma na sarjeta
e, o sonho, era-nos paga (e com gorjeta)
a nos abençoar a juventude…
Era, a calçada, o meu lugar de amor
por entre amigos, mocidade em flor
desabrochando a vida em plenitude!
Despedida
Meu coração, de poetar-te, delira
Escreve rascunhos cegos e sem vida
Com prosa sem cor e de mentira
E não se pode ser lida nem ouvida
São gestos e olhares de um caipira
Onde a alma se vê enlouquecida
Nas mesmas estórias e mistério
O meu amor por ti, anda de partida
Assim escrevo com tal despautério
O que sinto, frágil, faço em despedida
Saiba tudo passa, a dor tem cautério...
Luciano Spagnol
O MEU POETAR (soneto)
Eu poeto porque sou prosa
Brindado no redigir o brado
Trilhando os trilhos do fado
De poesia e alma amorosa
Poeto como quem é atado
Aos versos. Sede preciosa
Se suspiros, arte dolorosa
Que imergem do eu calado
Poeto com a voz corajosa
Do amor à vida, indomado
Sem amarras, força curiosa
Canto os devaneios, alado
Tal o perfume de uma rosa
O poeta mineiro do cerrado!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
VANITAS
Só, em silêncio, a inspiração tímida e fria
Poeta... A prosa sai tremulante e inquieta
Rascunhando a estrofe em uma linha reta
De ilusão secreta, dor e suspiro em agonia
Febril, sua o devaneio, amotina a euforia
Bravia a alma grita, palpita, e então espeta
O nada, por fim, quer ser qual um profeta
Iluminado, falante e de alucinada idolatria
Poeto... cheio da minha imaginação cheia
Nascente do meu mais abismo profundo
E desagregada das paredes da teimosia...
Farto, agora posso descansar a cavalaria:
As mãos nervosas e o coração moribundo.
Arranquei-ti-ei pra vida, vivas tu ó poesia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
UMA ROSA
Uma rosa é uma rosa
De uma beleza caprichosa
De um perfume em prosa
É comunhão, é jóia preciosa
Uma rosa faz sedução
Em ramalhete e ou botão
É fecho para o coração
Dengosa, alicia a emoção
Tão fugaz em sua real vida
A rosa flor se faz em despedida
Majestosa, torna-se flor despida
Uma rosa sempre uma rosa. Garrida!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2014, fevereiro
Cerrado goiano
SONETO ABSTRATO
Na prosa do poeta, não só tem poesia
às vezes de tão vazia, o abstrato pinda
arremata cada imaginação, e aí, ainda
nada lhe completa, nada tem harmonia
Tu'alma inquieta, o verso na berlinda
a solidão, a lágrima, a dor em romaria
se perfilam no papel em uma rima fria
e assim, a privação na escrita brinda
Neste limitado querer, sem simpatia
o silêncio, o belo, no feio prescinda
e a inspiração, então, fica sem orgia
Aí, o soneto sem quimera, não finda
e os devaneios perdidos na ousadia
sem fantasia, a ausência é provinda
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 09 de 2016
Cerrado goiano
INSPIRAÇÃO (soneto)
Foste a prosa melhor do meu poetar
Ou talvez a desejada... sonho e agrado
Contigo a inspiração me fez apaixonado
Contigo o amor pôde a paixão rascunhar
Chegaste, e o meu querer foi só amar
Queima-me o pensar, tão enamorado
Faz de meus versos um estilo dourado
E da escrita, suspiros, de essencial ar
Poema maior, meu prêmio e alegria
Obra divina, de firmamento delirante
É do teu gosto que alimento a poesia
Sinto-te em cada estrofe, que escuto
Está presente em mim a cada instante
Na criação, na alma, és poético fruto...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SAUDADE EM PROSA (soneto)
As saudades lá se foram, respingadas
Lá pelo tempo... outra estória e verso
Mesmo assim na memória ficou imerso
Depois de tantas dores, tantas paradas
E o que assemelhava um conto de fadas
Tornou-se à emoção um trovar perverso
E no destino toda um argueiro disperso
De espinhos, nas lembranças poetadas
Então vi, que não adianta de ela fugir
Não tem nenhum contento, ao poeta
Se existe saudade, com ela deve-se ir
Embeber-se! uma estratégica solução
E, tê-la como coautora em sua meta
Pois, sempre a terá na prosa do coração....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 11’40” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
AMBIÇÃO
Eu quis versejar, pelo prazer pleno
de ser bardo, sonhador, arrojado
duma prosa um entusiasta sereno
ter minha trova daqui do cerrado
Quis dar a imaginação um aceno
bálsamo ao sentimento apaixonado
ao riso, ao choro, um efeito ameno
disfarçando a emoção num brado
E vi que a sensação apenas é, na vida
o dado entre a tragédia e a comedia
- a chegada, o centro e a despedida...
E, piegas que sou, em um castigo
fujo aos sonhos, e de alma tédia
taciturno, me assisto só, comigo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10/09/2020, 15’00” – Triângulo Mineiro
AO LONGO DA PROSA UMA TRISTE POESIA
Ao longo da prosa uma triste poesia
Já quando o entardecer deslustrava
no silêncio que o dia, assim, estava
e o cerrado baforando melancolia
A solidão pelo horizonte estendia
um rubro vago no céu caminhava
entre os suspiros e choro exalava
saudades que a lembrança dizia
E na rudeza que o sentido fingia
a sofreguidão num só tormento
levai, ligeiro vento, está agonia
Oh se podeis ter dó do lamento
meu, vos imploro, nessa avaria
levai, levai do meu sentimento!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro, 14 de 2020 – Triângulo Mineiro
VENDAVAL EM CANTILENA PROSA
Cai no cerrado, ó chuva, e nos beirados
Sussurrando sons que o apavorar fiança
Em pingos d’água numa enfada dança
Purgando áridas angustias e pecados
Temporal no sertão, e tão agitados
Escoam nas planícies numa pujança
Deitando melancolias numa trança
De saudades e suspiros desolados
Do teu copioso gotejar, o luzidio
Relampejar, eriçando em arrepio
Que agita a tempestade tão furiosa
Troa lá fora, em um agravo vitupério
Estrondeando e envolto em mistério
De um vendaval em cantilena prosa...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/11/2020, 20’51” – Triângulo Mineiro
PROSA ...
Não demore, venha já, velho estou
Há tanto para relembrar, o passado
Teu olhar no meu, ver o que restou
Apertar tuas mãos, ficar ao teu lado
Quero sonhar afagos do que passou
E não comunique que está ocupado
O amor foi tanto, ainda não acabou
Sorva, que só assim, pra ser amado
O tempo fugaz voou, e tal o alcance
A saudade, de nós, assim, suponho:
- pois, desta prosa ainda há traços...
Não se pode silenciar este romance
Ele decerto faz parte do doce sonho
Pressinto desejar-nos nos abraços!...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/03/2021, 19’20” – Araguari, MG
prosa ...
[...] Se o meu poetar não me agrada
como agrada a sentimental trova
hei de não ter mais nada
oh meu amor de doce alcova...
e, que neste ato de ser feito
que o amor é como o vento
se na poesia perde o jeito
passa-se a rima e o momento
assim, nestes versos tiranos
de vazio sentimento
dias viram horas e horas anos
numa prosa de sofrimento...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de abril 2020 – Cerrado goiano
SONETO ENAMORADO
Como na poesia o poeta que é imperfeito
Um canastrão na sua prosa só por amor
Ou quem, por ter cheio de paixão o peito
Vê o poema perder-se no ato de compor
Em mim, por sofrência, fica desamparado
O rito mais solene do desejo do coração
E o meu sentimento eu vejo tão agastado
Vergado numa poética sem ter sensação
Seja o temor então a minha eloquência
Bardo sem a rima de um soneto eleito
Só pra ti, que quer amor em recompensa
Mais que o verso estabanado o tenha feito
Saibas ler a emoção onde esteja imaculado
Canto de amor, em um soneto enamorado
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/08/2021, 11’25” - Araguari, MG
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