Procuro em Amor que ainda Nao Encontrei
Você está enganando a mulher que você afirma amar, prendendo-a em uma caixa de heteronormatividade e tentando torná-la sua propriedade. Ela não é uma panela de arroz ou um prato de bolo. Ela é um ser humano.
Te amo, querida. Eu tenho medo de ir embora, porque quero ficar para dizer que eu te amo. Se eu for embora, para quem irei dizer? E se você for embora, eu irei para onde você for, porque quero dizer que eu te amo.
Olhar você
E ser olhada de volta
Foi o que sempre me moveu
Esse olhar que alcança muito mais do que posso ver
Esse olhar que toca muito além do que eu posso compreender
Esse encontro de olhares que se bastam mesmo quando tudo lá fora deixou se fazer sentido
As lembranças no papel
podem sofrer contratempo,
amarelam ou se rasgam,
caem no esquecimento,
mas no peito essas memórias
não se apagam da história,
se eternizam pelo tempo.
"A distância que as tuas escolhas fizeram separar nossos corpos, une cada vez mais os nosso espíritos e seu amor avassalador - inseparável!"
Amar-te baixinho em silencio profundo quero a calmaria do mar sem ondas, o barulho surdo abissal, o movimento da lua visto da terra quando estou na minha rede, a fumaça do supersônico a mil duzentos e vinte e quatro kilometros por hora. Todos afinados com diapasão em lá sendo interrompidos pelas batidas do meu coração em dó maior quando te ver.
Com quantas dores forma-se uma alma, madura, experienciada?
Quando de caráter se precisa ter para não se contaminar com tanto caos?
Quantas madrugadas em claro, repensando uma vida estagnada, cansada?
Quantos amores perdidos para que se chegue ao êxtase da solidão?
A vida, condenada por não passar de um mar de interrogações…
Os que pensam, respeitam e valorizam, afogados em um mar de negligenciações…
Em qual momento da vida torno-me sombras, vagando uma débil existência?
FE LI CI DA DE existe? Certamente não. Instantes apenas. Procurá-la é vão.
Somos seres blindados, fugindo da entrega, num círculo vicioso de incertezas.
Almas marcadas, manchadas, feridas, que insistem na histeria de sonhar…
Que insiste ferozmente no desejo de cuidar, de viver, de amar.
No fundo, temos medo de findar a vida sem memórias de quando o tempo pára…
De quando a alma vibra e agradece. Vivemos em prol de instantes…
Vivemos (ou vagamos) em busca do que faz pulsar, vibrar, amar…
Um eterno doar-se, por que, no fundo, só o amor faz sentido!
Imaginei uma outra história,
um outro relacionamento.
Entre nós, entretanto, nada além de fúria,
de indiferença e distanciamento.
Você é prosa. Eu, poesia.
Para você a realidade é dura.
Para mim, pura magia.
Você quer ternura. Eu, tortura.
Quando a vontade de agir com doçura e bondade estiver secando no cálice de tua vida,
encha novamente a taça das virtudes e persevere
com amor nas sendas
do bem infinito
Ela é emotiva muitas vezes...
Umas outras tantas, é como um furacão.
Tendo eu que lutar por meses,
Enfim, entrei em seu coração.
Agora, estou aqui perdido,
Me sentindo quase sem chão .
Onde antes, éramos só amigos...
...hoje, já não sei mais não...!
Ah, a saudade...
me bateu à porta, eu fingi viagem...
Ela, teimosa e sorrateira, pulou a janela.
Estamos aqui, ela e eu, num abraço apertado, pensando em você...
Mais uma vez você se foi.
Como água escorre pelos dedos;
Por falta de cuidado da minha parte
Você se foi…
"As vezes nós,
deixamos nós encontra,
pois único objetivo e vence .
Mente de um Brasileiro,
e solução para tudo."
A única pessoa que tens que conhecer e você, e quando ti conheceres, conhecereis toda a existência.
Kairo Nunes 27/11/2020.
Poderia gravar em muros. Tom vermelho sangue. Usando somente as unhas das mãos, escreveria o quanto a solidão me faz companhia. Riscando e riscando até o sangue ser tinta. A dor como matéria prima. Esse seria meu tributo original. Tudo estaria em lingua antiga. Iniciaria em latin e terminaria em yorubá. Pontos e vírgulas estariam dispensados. Quando a carne nas extrimidades dos dedos
já não existissem. Quando o próprio osso fizesse ranger, alternaria com a outra mão. Verdadeiro manifesto de amantes. Daquele dia em diante, aqueles que por alipassarem não conseguirão evitar tamanha contemplação, ajoelharao. A parede fria seria beijada como se beijassem as feridas de jesus ainda cruas. Bem ali, seria constituído ponto de oferenda para os diferentes deuses. Sacro muro. Pagãos seriam bem vindos. Ratos encontrariam verdadeiros banquetes. Baratas dançariam em sincronia com outros insetos. Mariposas teriam refúgio à sombra do muro. Nada poderia ser profanado. O pé que ali pisar, untado em azeite deverá estar. A boca que ali abrir, em vinagre terá sido inundada.
Tudo terminaria assim:
para ela,
solidão
minha algoz e fiel companheira
Ninguém merece o que sobrou, ninguém merece ser o que sobra, quando o engano se faz presente a comodidade sustenta a frustração até que se quebre os limites do respeito, a carência afetiva faz péssimos negócios e o amor vira só mais uma palavra ao vento esbarrando e se prendendo em galhos frágeis.
O interesse no par faz com que se esqueça do ímpar e que a conexão só é feita com a soma e nessa matemática não se sobra nada.