Pranto
Força não é silêncio infinito. Entre a armadura e o pranto contido, Deus sorri ao meu desabar em segredo.
LETRA NOVA PARA UMA VELHA CANÇÃO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
É tanto pranto
para chorar,
que é como ter
um mar em mim...
Guardo as águas
de muitas mágoas;
dor sem fim.
Em minha estrada
sem horizonte,
não acho ponte
pra outro amor...
Morro aos poucos,
na solidão
dessa dor.
Estou sem céu,
sem lua, estrelas,
meu caminhar
é infinito...
Abafo angústias
e meu silêncio
devora o grito.
Nem mais espero
a quem amar
como te amei
num tempo findo...
Já não vivo,
percebo apenas
que vou indo.
Agora eu sei,
não há no mundo
um sentimento
mais denso e fundo...
Este amor
é minha sorte;
vida e morte.
Pranto ao Adeus
De tudo que me trouxe o pranto
É tudo incerto e às vezes canto.
Ao adeus lamento e choro
E ao clamor ainda imploro.
Que você volte e fique de vez
E tire de mim essa insensatez.
Vem me saciar com a ternura
E leva embora essa loucura que ficou em mim e só me traz amargura.
Deus te levou de mim, tão cedo quanto me entregou, deixou-me aqui em lágrimas, em pranto, apenas a lua me acompanha na solidão, espero que ao lado de Deus esteja ainda me amando, pois a mim sempre serás eterna.
Nao nego a saudade a dor e o amor.
Nao aceito meias verdades, falsa alegria, em pranto que estou.
Nao quero isso ou aquilo, nao quero medo e desespero .
Nao quero pena e compaixao.
Nao te quero triste ou sozinha.
Nao quero calar nem me conter.
Nao vou aceitar o que vao dizer.
Que em min, o amor me faz sofre.
Nao tenho de te causar dor.
Nao deixo de pensar , que voce sofre em se apaixonar,
Perdidas em lagrimas nunca mais quero te ver.
Eis aqui os versos que inspira-me esvrever,
Nao deixe o pranto levar a alegria que vi em voce,
A vida sorriu e te deu uma nova chance de viver.
Nao acredite que tudo acabou
Na verdade apena começou.
A felicidade esta onde voce nunca mais olhou,
Perdida de fato dentro do orgulho ferido
Abalado por eu nunca ter dito ,
Que meu amor por voce nunca foi perdido.
A procurou tanto
por tanto tempo
e em todo canto
que se deu conta
em meio ao pranto
de ter perdido a si
por procurá-la tanto.
Haverão dias de pranto e sol, haverão dias de jubilo e chuva, haverão dias que nem dias serão considerados. Segundos que passarão num instante e minutos tão rápidos como segundos. Fará tempo que o sentimento fluirá em forma de gotas de orvalho pelo rosto, e o sol surgirá como sorriso. Felizardo de quem desfruta o sentir mais que exprimir.
A poesia que eu canto
é feita de pranto
da angustia que a de vir
Ser aquilo que eu fui
logo intui que seja santo
o que dentro de mim tem de ti
Me leve consigo onde for
em trocadilhos miúdos rasgando a nota
Nos lábios deste anjo derrubado
porque não posso estar em quem eu sou
Nem ser o que me faz viver
Pendurado, nas asas deste anjo eu vou
O que há de ti dentro de mim não há de morrer
E, mesmo que posto em longas léguas sem cor
o cotidiano naturalmente há de julgar no tom
e a manobra deste vento te levará meu som
já que nem as lágrimas calaram meu coração!
Canto, tonto e tanto são,em vão
Mata, ladra, canta e não tarda em vir
Que assim vivi e estou em Ti...
Um tempo passou...
... se foi...
chorou o meu pranto;
teus lábios não me tocaram mais.
Esqueci o perfume,
O teu perfume.
Esperei no terminal rodoviário até ter certeza de que não havia mais volta e,fui pra casa aos prantos me trancar no quarto onde ainda há vestígios seus.
Oculto
Fartei-me de mostrar o meu encanto
De cair em pranto
De elucidar minha ternura.
Hoje sei de que nada adianta
O que me é sentimental.
O que eleva o meu feitio e
Coloca noutro coração
A minha galhardia
É o meu intencional.
E o Tempo dono de todas as coisas
ensina quão provisório é o pranto e a gargalhada,
por isso não recuso nada.
Firmamento gris, persianas baixadas.
Corre um filete de pranto pela parede rachada.
Reboco caído, pintura queimada.
Lâmpadas oscilam; estrobo, flashes
refletindo e sombreando seu corpo nu.
Fechadura sem tranca, sem trinco.
Porta emperrada que range uivando;
Fazendo dueto com o vento lá fora.
Clic, tic-tac, tic-tac, tic tic, clic...
Metrônomo marcando o tempo e compasso.
Pulsa meu pulso e acelera a canção,
Graves, médios e agudos; tensão.
Finda o eco; afrisia, afasia.
Suspiro que emite fumaça de um tabaco barato.
Viro pro lado...
Boa noite.
Diversas vezes acordava pela manhã com o canto de uma senhora.
Canto como um pranto um socorro suplicado.
Ela cantava e cantava.
Cantava com tanta força e desencanto pela vida.
Vida essa talvez que lhe faltava ou que lhe foi arrancada pelos anos.
Não sabia dizer se era a felicidade que a invadia ou a nostalgia ou até mesmo o canto de alguém que sonha.
Conforme ela cantava eu pensava na vida e me invadia um medo de algum dia meu canto transbordar súplica como o dela. Não que não fosse admirável escuta-la gritar pela vida eu a admirava por ainda que parecesse um canto triste, ela cantava sem medo e libertava-se, por um momento, de algo que as palavras cotidianas não conseguiam expressar.
E todas as vezes que eu a escutava pela manhã levantava da cama com uma força e vontade de viver meu dia com tanta intensidade de modo a aproveitar cada ímpar momento.
Eu quero a vida e quero explorar cada único e particular espaço dessa palavra, vida, ainda que ávida ou feroz, doce ou amarga. Que eu possa dizer, no final mortal, que valeu a pena cada insensato e adverso momento e ao menos da vida tudo eu tive.
"Nem pensar ficar calado,
A fala é maior que o pranto
Em calar a esperança,
Matar a perserverança,
E mudar os versos meus.
É mimha arma empunhada,
a armadura entranhada
A força que Deus me deu".
Nem pense que vou calar
nem me sentir ofendido
Posso até ter me perdido
Mas logo vou me encontrar...
Este sim é o meu recado
Da força do meu falar!"
Chuva abençoada que lava meu pranto, que rega minha alma e inunda meus sonhos, embale hoje meu sono ao som da água tilintando nas almas vazias.
Diz então, o que há de errado comigo, qual o motivo do meu pranto, por que nada dá certo? Existem coisas erradas aqui dentro, tentando confundir cada vez mais o pensamento. Existe distância, sofrimento, lembranças e um monte de acessórios do coração que se multiplicam em saudade e desejo. Diria até mesmo, em meus súbitos momentos de alegria, que está tudo bem e alguns desses momentos se eternizariam na minha história. O problema de eternizar algo é que você nunca sabe quando vai querer jogá-lo fora para não doer mais. Eterno. Aqui, ali, acolá. Odeio essa palavra. Aliás, odeio ouvir aquele timbre de voz me dizendo seriamente “eternamente”. Ecoa na mente, sabe ? Até rima. Mas e tudo isso se transforma em sofrimento eterno, e não “nós dois” eterno. E adivinha ? Sofrimento para mim, é claro. Sabe o que eu odeio mais ainda ? É que o motivo do erro, o motivo do pranto e o motivo de nada dar certo é sempre o mesmo, é sempre aquele alguém. Me vem aquela gigantesca vontade de mudar isso. Nem que seja para tudo dar errado em função de outro alguém. Nem que seja para o eterno vir a ser além, muito além de aqui ou acolá.
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