Povo
Não existe um valor pre-determinado, exato e praticado pelo mercado para as obras primas de artistas e as obras de arte históricas símbolos, testemunhos e ícones de uma época, de uma cultura, de uma região e de um povo. Impossível apreçar e avaliar monetariamente o que não tem preço, por possuir diversos exuberantes valores agregados relativos. Ninguém responsável em sã consciência mesmo que em devaneio de orgulho pode se julgar tão competente para isto.
A arte é o maior meio de riqueza por valores milionários educacionais, cidadães e culturais universais.
- Ah, mas quase ninguém lê poesia no Brasil!
- Não importa, importa que Drummond, Vinicius, João Cabral, Olavo Bilac, Castro Alves, Leminski, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Hilda Hilst, Cora Coralina, Adélia Prado e tantos outros estão guardados na memória afetiva de nosso povo. Seus poemas permeiam nossa identidade nacional, formam nossa alma enquanto nação, ainda que não tenhamos consciência deste fato.
Um povo sem poetas é um povo sem alma!
Queimaram nossa história numa fogueira na praça, chamaram toda a escória e anunciaram que era de graça.
Não podemos mais admitir
nesta pós-modernidade,
dentro da cultura em que vivemos,
categorizar um povo de subalterno.
Podemos sim,
falar em povos subalternizados,
que incansavelmente lutam,
contra o conceito estigmatizador,
que insiste em tornar diferente
quem nasceu igual.
A parte que mais gosto sobre o tema bíblico "Inferno", é a que afirma que as chaves estão em ótimas e soberanas mãos!
A coisa toda em si não mudou muito através dos tempos. Ainda é sublime a virtuosa função de todo povo faminto, cativo e miserável saudar efusivamente e cada vez mais forte todo seu governo carrasco, corrupto e seu impiedoso imperador.
Eu prefiro o exagero na hora de reivindicar um direito pq no exagero vc canaliza um atenção no problema, o silêncio dos omisso revela a fraqueza de um povo doente.
Um rei que é movido pela ganância de poder e atos de mentira, com o passar do tempo a corda da forca modela seu próprio pescoço
Somos a voz que o livre-arbítrio se uniu às escolhas da mudança. Somos a liberdade da transformação, o medo que ficou pra trás, a força que encoraja o futuro. Somos nós, somos o povo, somos o Brasil!
A política da qual se servem os demagogos, pode ser comparada a uma velha gagá e inválida, que em sua cadeira de balanço, pragueja os meninos peraltas que correm livres esbanjando vitalidade. Querem-se fazer ouvir pela força do discurso bruto, paralisador. E como são desprezíveis, temem o desprezo de seus opositores e desejam um aperto de mãos por parte dos medíocres, do povo, que merecem o desprezo. Pois demagogo no grego primitivo quer dizer condutor do povo. E se o povo precisa de condutores, os políticos carecem de um cão-guia, tão cegos que estão na trilha de melhorar a sociedade.
O herege perante ao falso milagre elege. O sacro santo de fé emudece por espanto e cansaço. Por um movimento certeiro anula e rasga forte qualquer possibilidade de errar novamente e acreditar em novas, perversas e sedutoras mentiras.
Eramos um local de cativos e analfabetos.Por isto até hoje o Estado, as Multinacionais e a Comunicação subestimam o poder de compreensão e entendimento do povo brasileiro. As mudanças acontecem, silenciosamente mas irreversíveis.
Escrever como cidadão comum e não como magistrado e melhor do que escrever como magistrado e julgar como cidadão comum.
O dialogo franco e simples com pessoas humildes, trabalhadores assalariados e de baixa instrução escolar e acadêmica se tornam cada vez mais objetivo e direto com felizes posições e entendimentos de vida que em muito me surpreende. Parece mesmo que cada um deles de sua forma, fora de tantas pseudo ideias doutrinarias conseguem ver a vida mais viva e as imperativas necessidades básicas da cotidiana sobrevivência.
MINAS DOS SORVOS
"Se o sol reconhecesse minas dos sorvos
Que estraçalham povos draconianos,
Saberia dizer por que a razão nunca atormentou
Tanto como quer parecer aos abrigos
Que construímos nos nossos descasos,
E acrescentaria nascedouros
Conhecedores de primazias construtivas,
Para que todo berço entristecesse apenas a salva
Que o espera zimbra e arqueada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
