Por onde Passei Rasto Deixei
Isso é o Mundo Inteiro!
nessa lembrança meio dormente
onde deixei meu coração descansar
estranhamente firmou-se a paz
talvez seja algo que o vento trouxe
ou seu cheiro num sonho que não se desfaz
tudo vem tão rápido e tudo passa
simplesmente
suba em uma árvore e fume um paieiro
isso é o mundo inteiro
caminhamos por trilhas
andamos milhas
mas somos ilhas
não se distancie ao toque
peça, grite, soque
mas não se entoque
os maiores ausentes
estão sempre presentes
e compartilham com a gente
a poeira da serra pinta o céu
e o sol veste um vermelho véu
todo entardecer leva algo meu
em um horizonte que sempre foi seu
Eu me esqueci de checar a porta,
Eu me esqueci onde deixei as chaves,
Eu me esqueci que as crianças já não moram mais aqui,
Eu me esqueci que o tempo passou,
E me esqueci de esquecer você, que benção.
Aos primeiros 5 passos de caminhada estarei 5 passos longe de onde te deixei e 5 passos perto de onde não mais te ver.
Mortuus est
Onde está meu coração,
em qual lugar o deixei?
Em que canto o esqueci?
Não faço ideia, não sei.
Eu o procuro ansiosa!
Quem saberá me dizer?
Dentro de mim não está,
pois já não o sinto bater.
Talvez tenha ido embora,
talvez o tenham roubado...
Não te iludas – diz meu peito –
ele já morto, enterrado.
Certamente trouxe sorrisos onde deixei passagem.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
@pagina.164
DE NATUREZA SELVAGEM
De onde vim deixei um mundo inteiro
Minhas várias gerações
Trazendo opções
De habitar novas versões
Descobri mistérios
Entrei em vales
Acendi fogueiras
Dancei em rodas
Usei ervas
Cantei para lua
Amei ao sol
Pisei na terra
Em cachoeiras lavei-me
No mar mergulhei
Mergulhei em mim
Renasci
Renasço todos os dias
Abraço
Almas que chegam
Lavo pés, beijo mãos
Recebo bênçãos
Aprendo lições
Boas vibrações
Eu me enxergo
Eu sou vista
Eu vivo grandes conquistas
Eu sirvo
Com todos os meios
Eu curo
Com todas as fontes
Eu tenho
O mundo de onde vim
Minha origem
Eu mantenho
A verdade eu carrego
Eu entrego
Eu pinto um livro
Aquarelando as páginas
Com tons, pétalas e
O brilho de lágrimas
De fé e devoção
Que me comovem
Me movem
Me convém
Convencem
A viver a natureza selvagem
De quem eu sou
Realmente não sei se vão lembrar de mim quando eu morrer mais eu deixei minha pegada por onde andei🥀
Levanto-me
Estonteado
Vendo a vida
Indo embora
Sei que te perdi
Onde te deixei
Fico paralisado
Relembrando
E te admirando
Por que?
Otário sou?
Realmente sou
Amei-te,
Muito meu amor
Oh musa da minha dor
Reencontre-me.
Não sei da onde eu vim
Muito menos pra onde irei
Mas deixei marcas, que nunca esquecerei
Boas, sim.
Em sua maioria
Algumas, nem tanto assim
Este sou eu
Sem saber da onde vim
Nem pra onde irei
Dia da Mulher
Pelos caminhos onde andei muitas marcas ao passar deixei para encontrar palavras onde não sei. Mas, foi no seu olhar que inspirei palavras as vezes pouco soantes, ao dizer: minhas palavras são poucas, meu sorriso é curto, minha tristeza é temporária, mas meus sentimentos são sinceros. Meus parabéns para você, mulher, mãe, solteira, casada, tia, avó nessa data toda especial. Para vocês deixo meu carinho, e minha admiração, pela ternura do seu olhar, pelo encanto do seu sorriso, pela beleza no seu caminhar, pela magia que ficar no ar ao ver você passar. Vocês são como uma rosa, suas cores, seu brilho, seu cheiro nós encantam, muitas vezes não contentamos só em ver, queremos também tocar. Para vocês o meu abraço, o meu beijo e minha inspiração...
ATRAVESSO ❤
Atravesso o rio pelas águas
Onde fiquei ou me deixei perder
De ti nas palavras escritas
Na procura de um refúgio
Do jardim das delicias
Se não fossem as palavras
Que rompem silêncios
Que dançam em remoinhos
Dentro do peito assim que te vi
Pensamento este embebido em café
Nas palavras no mundo de um amor assim.
A casa onde às vezes regresso
A casa onde às vezes regresso é tão distante
da que deixei pela manhã
no mundo
a água tomou o lugar de tudo
reúno baldes, estes vasos guardados
mas chove sem parar há muitos anos
Durmo no mar, durmo ao lado de meu pai
uma viagem se deu
entre as mãos e o furor
uma viagem se deu: a noite abate-se fechada
sobre o corpo
Tivesse ainda tempo e entregava-te
o coração
Eu saí da minha terra, sem saber aonde ir
Eu deixei a minha casa sem ter onde morar
Tendo o céu como telhado e as estrelas como prova da Tua promessa.
Eu tenho um firme fundamento de tudo que eu espero, porque no fim das contas, Você sempre foi fiel...
As Tuas promessas me fazem sonhar!
Deixo as coisas do mundo para viver somente seus planos em minha vida!
Eu me rendo ao seu amor e ao seus cuidados.
O SALTO DO DESEJO
Ocupei lugares que não queria estar, deixei a vida me levar para onde ela queria, hoje, quero ir, respeitando o meu sentir, ocupando os lugares que eu quero estar, o salto do desejo, o agora e o infinito, como diz Lenine, só o que me interessa. Tem tanto significado, saber o que me interessa, ouvir a voz, da minha intuição, me sentir em casa comigo.
2024
O amor não precisa de passaporte,
mas se viajasse, escolheria cada lugar onde deixei essas palavras.
Em cada ponto do mapa, há um pedacinho do que sinto por você.
Alguns falam de promessas, outros de futuros.
Alguns são altos, outros profundos.
Mas todos — todos — estão conectados por nós.
Que o mundo seja pequeno diante do que vivemos,
e que cada lugar nos lembre:
Nosso amor também é destino.
“Por muito tempo, deixei portas abertas onde havia risco. Até entender: sou eu quem segura a chave. O que entra ou fere, só entra se eu permitir. E isso muda tudo.”
era só um amor.
mas me fez esquecer
onde deixei minha dignidade.
não era fome.
mas parei de comer.
não era febre.
mas tremi quando ele disse que não sabia o que sentia.
eu, que sempre fui boa de ir embora,
fiquei.
como quem erra de propósito
só pra ver até onde aguenta.
abri mão do sono,
da lógica,
da escova de dente,
do aviso que dizia “não ultrapasse”.
troquei o arroz com feijão
por silêncios indigestos.
troquei o básico
por tudo que me fazia doer
mas que me fazia sentir.
e eu, no fundo, prefiro o que machuca
ao que não faz nada.
ninguém me avisou que
o amor que a gente aceita
diz mais sobre o nosso vazio
do que sobre o outro.
ele nunca prometeu.
mas também nunca foi embora.
e essa presença que não assume.
foi o que mais me corroeu.
me deixei amar como quem se deixa atropelar devagar:
primeiro a perna,
depois a vergonha,
por fim, a parte que ainda dizia
“isso não é amor”.
não é que eu não soubesse.
é que eu já tinha aceitado morrer bonita
na beira da estrada.
Juliana Umbelino
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