Poesias sobre o Frio
Que o frio, não gele nossos corações;
Que o dinheiro, não cegue nossos olhos;
Que o egoísmo, não nos faça soberbos;
Que o ciúmes, não nos afaste do próximo;
Que a mentira, não nos torne sem caráter;
Que a autoconfiança, jamais nos afaste de Deus.
Toque Vivaldi, Josh, Gotye...
Abra a janela, deixe entrar um vento gelado.
Esquente um chá.
Onde estão os bons livros?
Preciso dos meus casacos, das minhas luvas, das boas conversas.
Quero sorrisos charmosos, visitas sem pressa.
Simplifique novamente a capela, a música, o sermão.
Eu tenho que observar o asfalto que piso, e contar as estrelas que vejo.
Ando enfadada do que tenho que ser, pra acompanhar a loucura que o mundo tem sido.
Sinto falta da singularidade minha.
Ando com muita saudade de mim.
"Agradeça a Deus por ter uma mente chata que, incomoda e pega no pé, pois assim mostra a Deus que ainda é feliz por ter um amparo perto de você.
Agradeça a Deus... só isso."
Um completava o outro
Ele era uma mistura de frio com geada
E ela, o cobertor com um filme de madrugada
Trago em minh'alma
um passado frio e dolorido
de muitos espinhos
gemidos e saudades
Arrepios eram meus silêncios
ansiando felicidade.
Cacos quebrados
Tecidos descosturados
Pés machucados
Olhos tristes
Viço enfraquecido
Dias solitários ...
Mas nem por isso
me permiti ao infame
descompasso
Me aprumei
Me libertei
Me reassumi
Me vesti de fortaleza...
Por mais que o passado
me ponha num mar de desalinho
Meu coração não é menino
E não anseia mais
vagar por entre correnteza,
Mesmo o tempo
por vezes sendo tão arredio ....
Aqui eu mando!
E se quer saber?
Hoje subo
danço
e encanto com alma de borboleta .
Que DEUS
lhe conforte a alma
quando sentires frio
vazio e dor .
Que Deus
lhe ampare nos momentos
de fraqueza
de tristeza e
e intenso cansaço.
Que Deus
lhe traga
a fé
a paz
a luz
o amor .
E sobretudo ...
Que Deus cuide da sua vida
para que tenhas certeza
de que jamais ...
Ah...Jamais no caminho
estarás sozinho .
Infantil fui por muito tempo,
Mas os tombos me fizeram aprender,
Que num mundo frio e sujo como esse,
De seus atos não se pode arrepender...
HIBERNEI
Já deve ser meio dia
Levantei
Abri a janela pra ver o sol
Lembrei
Ele diminuiu seu expediente
Xinguei
Tolice minha brigar com Rá
Aceitei
O frio do inverno chegou.
Sai para o trabalho
Avistei
Manequins vestindo casacos
Pensei
Vou comprar um
Duvidei
Talvez ela não volte pra devolver o meu.
No hemisfério sul não se costuma ter lareira
Analisei
Você estava ao meu lado, nunca precisei
Lamentei
Em frente a uma padaria olhando a cafeteira
Pensei
E agora, o que vai me aquecer?
Perguntaram se eu queria café
Paralisei
Perguntaram se eu queria chá
Gritei
Quero uma tigela de sopa
Equivoquei
Mandaram eu voltar depois das 18
Troquei
Me dê um chocolate quente pra viagem.
No caminho tinha uma arvore sem folhas
Desviei
Meu relógio quebrado, tenho que saber as horas
Perguntei
Já é tarde estou muito atrasada
Retornei.
A janela ainda estava aberta
Fechei
O chocolate ainda estava quente
Esfriei
Ouvi um barulho vindo da cozinha
Assustei
Era ela preparando uma sopa
Chorei
Resolvi abrir meus olhos
Arrisquei
Tirando o inverno, nada foi verdade
Sonhei!
Sensação álgida no caminho a seguir real
Os dedos intricam com esse frio sem igual
Pairam sobre as aguas uma calmaria nada mareal
Tudo se congelando num ritmo industrial
Graças a neve que cai inclusive no lamaçal
Frigidez corre pelo corpo inclusive na pineal
Há se quentura chegasse seriamos bracteal
Mais a de haver o lado bom do gelado, sejamos terreais
O alvo latente que queima os olhos de uma beleza surreal
Até o anil da noite se torna legal
Que a bem mais lá no Norte com o vento desleal
Passando a solidão é a depressão o gelado pode ser leal
Raios e cortinas despertam como se manchas no ar austral
A quilômetros já posso ti estimar aurora boreal.
Na noite
encontramos o desejo,
o calor,
o toque,
o beijo
que acelera nosso coração.
A mão
que percorre o corpo,
o desejo
de sentir,
de gritar,
de ouvir.
O corpo
cada vez mais perto,
mais único,
mais entrelaçados
pelo abraço
que nos tornava um
Nos passos da morte,
no toque frio
da noite escura
todos definhamos,
a passos lerdos
do inevitável.
SOMÍTICO TEMPO
"Somítico TEMPO que me afaga
Tentando me embaçar
Com espancamentos em flutuosas esperas,
Cobres-me de inculpações,
Aspiras aos restos de mim
E me contornas no fito
De partir-me em sucintos pedaços.
Não outrora me batas,
Muito embora me ostentes,
Sou-te têmpora esparsa,
Adendo do teu sopro,
Estupor cálido de teus gostos,
E me afugento por querer-te frio, alagado, sem cravos,
Longínquo de minhas inspirações."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
DECÁLOGOS INODOROS
"Elaborei novações costumeiras em incinerações oculares,
Deturpei as condenações dos escalpes
E alvéolos em puberdade,
Exauri as paridades da minha tisna em holofote,
Relaxei as revisões de canais relampejados em honorificências
Decresci as reciprocidades postadas
Na verbosidade fronteiriça,
Arrefeci a animosidade com a vida em decálogos inodoros,
Repreendi a relíquia dos meus fracos
E tabuísmos passadouros
E poluí o esqueleto da saliência mais fria em meus portfólios."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Frio; calor
Dia; noite
Seco; molhado
Frente; atrás
Passado; futuro
Leve; pesado
Doce; salgado
Você; Eu
E o amor continua assim, como as leis da física, atraindo os opostos.
Quer impressionar uma mulher? Nem todas gostam de flores e cores.
Um simples ramo verde de chá, em um tempo frio, em um canto qualquer, acenda a lareira e bota a chaleira para abrasar.
Aprecie uns aos outros, entrelaçados no sofá, sentido a brisa do vento, contando causos de convento, podem até balbuciar, mas riem dos argumentos, mas não deixe de sentir seus batimentos. Eles podem um dia parar.
À noite, chovia em meu sonho.
Estava eu andando pelas ruas.
Aquelas ruas... muito frio, escuro, estranho...
tudo em preto e branco; já não havia colorido.
Estavam extintas a fauna e a flora.
Ninguém parava para se cuidar.
Todos corriam de um lugar à outro...
Pessoas tristes; preocupadas... Já não existia felicidade.
Fumaça;
mortes;
estupradores e bandidos
por todos os lados.
Não havia mais música, dança, olhares.
Não havia pessoas cantando ou conversando.
Ninguém se cumprimentava.
De repente eu era Deus. E toda aquela chuva era, na verdade,
minhas lágrimas...
Antes era frio demais, agora é quente demais, tá na hora de evoluir e encontrar o meio-termo.
E se for pra orar, que a oração seja direcionada então pra um deus chamado AMANHÃ.
Ter um coração morno é o meu pedido.
no frio de agosto,
acordei com encosto,
dor no pescoço,
na boca um mal gosto,
no olhar, o teu rosto
já paguei tanto imposto,
assume o teu posto,
vem bem disposto,
fazer meu almoço
O sol brilha, mas se torna frio sem tua presença
O vento sópra, mas sem força quando você não sai.
Eles batem e batem na sua janela, mas você incenssivel não abre.
Não abre para o sol, não abre para o vento,
Quanto mais para mim, que aqui fico
Parado e olhando.
Em um breve momento sinto o tempo parar
E embora esteja frio, continuo esperando.
(Vieira Lima)
Bem me disseram que a temperatura iria cair, mais cedo ou mais tarde, o inverno ia mesmo chegar, era de se esperar. Só não podia imaginar que seria tão frio aqui sem você. Debaixo do cobertor, os pés ficam frios. Debaixo dos abraços, o coração continua gelado. Debaixo dessa imagem, há um coração congelado.
Esperando que talvez faça um tempo bom e que a previsão anuncie a chegada do verão, mais especificamente do calor. Quem sabe assim, posso me aquecer um pouco...
Inverno, brisa e canção
A mistura inverno, brisa e uma bela canção romântica é tão desafiador aos nossos sentimentos quanto uma conquista em pauta. Uma nova paixão quando se frustra o seu lamento é menor ao se comparar a um do passado que queríamos que desse certo ou até mesmo que tivesse sido do jeitinho que imaginamos quando a brisa acompanha a canção. Para onde quer que nossos olhos se fixem tudo perde o sentido,a graça e regressamos a um lugar que desconhecemos, não sabemos onde, quando ou com quem, apenas temos uma única certeza, a certeza do que foi bom e que poderia ainda ter sido.
O toque gostoso de uma música fala aquilo que sabíamos, mas que apenas adormecia em nossos corações. Nesses momentos que percebemos que amamos sem alguém para amar, pois o lado vago da cama fria, ainda espera o calor daquele que nos aqueceria nessa longa e duradoura solidão onde o travesseiro nos fazem companhia ao meio das pernas e braços ocupando não o seu, mas o meu lugar junto ao teu.