Poesias que Falem em Mãos

Cerca de 7649 poesias que Falem em Mãos

A limitação de Kant


O andrógeno
Meigo e Violento

De mãos luminosas
O mágico pastor

Que espia
Do
Fundo da noite

Dos ermos da noite
Despetalou

As jovens putas das tardes

Em vossas jaulas acesas
Rola perdida no céu

Fazeis rapazes entrar

E deu a luz ao meio-dia
E morreu no mar

Inserida por samuelfortes

⁠POESIA CODA

Sou muitas mãos
E muitas vozes
Também sou muitos ouvidos
E tantas outras expressões

Sou telejornal e novela das 8
Encarte de mercado
Promoção de biscoito
Sou a pausa – do sinal afoito

Astronauta em dois mundos
Indo e vindo neles... amiúde

Alguém que se reinventa
Sou um poema (nas mãos) de Nelson Pimenta

Sendo assim, deixa-me suspenso

Entre configurações de mãos
e grunhidos de meus pais

Sinto deles o cheiro
(até hoje)
Quando falo em sinais

Inserida por messiasbelem

ONDE ESTÁ A JUSTIÇA

Onde está a justiça?
foge de nossas mãos
quem sabe na suiça
pois aqui não tem não

Trabalho, sou assaltado
não trabalho, fico devendo
sozinho e sem aparo
assim mesmo vou sofrendo

Levaram tudo o que suei
pra ganhar com honestidade
me vi ser lesado e chorei
impotente, perdi a vontade

Sem vontade de trabalhar
mesmo assim vamos levando
pra, quem sabe, alguém terminar
mais um dia me roubando

Inserida por malko

⁠Em matéria de cão, não quero ser um de madame tendo tudo nas mãos.
Prefiro ser um genuíno cachorro de feira, que luta, apanha, leva pontapés, más se mantém de pé.

Inserida por VanderleyAndrade

⁠ALÉM DA POESIA

Se outrora, no princípio, a prosa foi talvez
Num sentimento que pelas mãos escorria
E, a alma em poética e sonhadora nudez
A doce ilusão permanece além da poesia
Quando floresce, latejante, mais uma vez
Sinto que o amor existe com vária fantasia
E, dando carinho e sensação sem timidez
Cria-se os versos tão lotados de ousadia

Se do profundo ardor ergue-se o momento
Não pode ser fim em eterno esquecimento
Pois, o poetar tem movimento e sensação
E sinto, ó deidade, a farsa que então seria
Um verso sem cor, sabor, cheiro e cortesia
Estaria vazio de olhar, toque e de emoção...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/03/2023, 10'50" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Separe algum tempo para
ser útil a alguém.

A vida é via de duas mãos,
vai e vem...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DAS ROSAS

Rosas, poemas da natureza, poetadas
Por mãos, que também oferecem rosas
Cativantes, ao amor tornam suspirosas
E ao desafeto são tristes e desfolhadas

Já as vermelhas para paixão, afanadas
Ornando o olhar, se dando primorosas
Cheias de significado, e tão formosas
Também, bem às emoções esfalfadas

És cheiro nas lembranças silenciosas
Lágrima infeliz nas perdas passadas
Sois trovas alfombradas às amorosas

Ah! Belas damas várias e tão encantadas
As primeiras, as derradeiras, carinhosas
Só tu rosas, para coroar nossas estradas

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DA PAIXÃO

Há que bom seria, poder tocar-te
Enrolar as minhas mãos no carinho
Entrelaçar o meu olhar no teu linho
Das carícias, assim, então amar-te

Há se eu pudesse trilhar o caminho
Dos sonhos que te fazem à parte
Dos ardentes desejos, ó doce arte
Bebida no afago, em taça de vinho

Onde andas tu ó cálida paixão baluarte
Venha e da solidão arranque o espinho
No vitral do sentimento és estandarte

Te quero no peito, coração, no verde ninho
Te espero no tempo que a demora reparte
Qualquer hora, não seja tarde, aqui sozinho!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

E quando não houver saída,
cave uma nova brecha
com as mãos na lida...
E a superação como uma flecha.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

Mãos vazias

Eu me esqueci na portaria
Do silêncio árido do cerrado
Me perdi no hall da fantasia
De um passado inexplicado
Pensei ter tido só a alegria
Vi que nem tudo é alegrado
O armário está de porta vazia
Confundi o fado com legado
Achei que sendo, seria cortesia
Vi que embutido, sou parado
E nesta surpresa oro teimosia
De um solitário sem sinfonia
De um poeta sem a poesia
Mi vi de mãos vazias...

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Maleta de viagem

O poeta veio pro cerrado
foi visto na meseta
em minas foi saudado
nas mãos poemas e uma maleta

Inserida por LucianoSpagnol

QUASE POESIA (soneto)

Poesias, que já inspiraram, amarrotadas
por mãos, também, que as aprimoram
as suaves e tristes, também as amadas
as dos beijos suspirosos, que já se foram

Umas indesejadas, outras atormentadas
dos sonhos fanadas, no coração moram
tem as dos emaranhados destrançadas
e as que as centelhas da criação imploram

Umas que morrem na alma silenciosas
outras cheias de viços e bem amorosas
as desventuradas, primeiras, derradeiras

Aí! Quem melhor que vós, oh primorosas
para coroar-me, poeta, e ter-te gloriosas
evocando, quase poesia, por belas prosas?

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, 17 de novembro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Desejo

Quem me dera ter vivido poeta
Ter olhos que veem a emoção
Mãos pra cantar a canção certa
Fazendo poemas da inspiração

Ah, quem me dera!
Saber rimar frases de amor
Compor rimas com quimera
E na quimera lapidar a dor

Quem me dera, ah!
Ter a estrofe certa pra paixão
Na quadra ter a sublime forma
E doces versos para o coração

Ah! Sonhador de ser poético
E neste sonho muito quisera
E o pouco que faço é sintético
Ser poeta? Ah, quem me dera!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

À SOLIDÃO (soneto)

Oh! jornada de inação. O silêncio em arruaça
Arde as mãos, o coração, aperreado arrepia
O olhar, tremulo e ansioso, tão calado espia
O tempo, no tempo, lento, que ali não passa

No cerrado ressequido, emurchecido é o dia
E vê fugir, a noite ribanceira abaixo, devassa
E só, abafadiço, o isolamento estardalhaça
No peito aflito de uma emoção áspera e fria

Pobre! Se põe a sofrer, nesta tua má sorte
No indizível horror de um sentimento vão
Quando silenciosa e solitária é a morte...

Bem à tua paz! Bem ao teu “às” sossego!
Melhor na quietude, ao espírito elevação.
Se na solidão, viva! E saia deste apego!...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 11 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

NATAL, amor

- Para todos os que coabitam
os fartos, os que necessitam
- Pelas mãos que dão asilo
a aquele que está intranquilo
- Pela dor que é compartilhada
na dificuldade vivenciada
- Pela velhice respeitada
é sabedoria, tem de ser assimilada
- Pela mágoa que abriu ferida
indulgência deve ser oferecida
- Pelas guerras iniciadas
as armas devem ser arriadas
- Pelo tempo, em sua moderna corrida
abrace mais, sorria mais, mais vida
- Pela inconsciência desatinada
a natureza deve ser preservada
- Pelo amor, a diversidade em harmonia
vamos comemorar união, força, hegemonia
- Pois a nossa fé não pode ser fatal
oremos ao Menino Deus, é Seu Natal!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
cerrado goiano - Natal.

Inserida por LucianoSpagnol

⁠...e, lidamos com as mãos, quando escrevemos à caneta
ou nas teclas as dores, que como meros fingidores,
as sentimos, deveras...

Inserida por JAugustoMaiaBaptista

CARIDADE

Não há justiça melhor que pagar o mal com o bem. O benevolente não espera que as mãos se estendam até ele para prática da caridade, ele segue o coração sem as marcas do orgulho. A lei divina do amor está com os indulgentes que vão contra as misérias ocultas e atendem as necessidades daqueles que temem humilhação.

Onde uma luz de caridade acender, a chama da fé não apagará. A verdadeira fé caminha de mãos dadas com a humildade que não cai no abismo da superioridade porque entende que a elevação está na igualdade. A bondade deve está no lar, nos corações, no trabalho, nas ruas, nas palavras, gestos e atitudes. Porque ser caridoso não é um momento, é um estado.

A caridade é unificação, transformação e amor ao próximo. É abrir as portas das dificuldades com as mãos estendidas da compaixão, doar os ombros para os fardos e libertar o medo dos obstáculos com a coragem de quem caminha na fé. Caridade é ser todos os dias o que queremos ter do outro porque todo bem semeado será colhido.

Caridade é saber ouvir, aprender com o silêncio e falar quando o coração sentir. Caridade é sorrir mesmo quando a dor dilacera. Caridade é abraçar quando mais necessita. Caridade é levar o cobertor de afetos quando a solidão aperta. Caridade é saber doar-se como quem faz transfusão sem conta sanguínea. Caridade é jogar sementes de paz em meio a guerra. Caridade é saber dançar em meio a tempestade. Caridade é cantar para um leito que conta nos dedos os segundos de partir. Caridade é compartilhar do tempo mesmo querendo fugir. Caridade é, ir ,ser o que seu coração pedir.

Inserida por DaniLeao

Ando de mãos dadas com a liberdade e não abro mão da coragem para ser o que sou. Com os pés descalços enraizo a sabedoria da natureza em meu corpo, mente e espírito. Sou raiz que brota jardim na alma. No encanto do sentir, sou magia e mistério do luar com escritos nas estrelas.

Tenho fases de fazer minguar meu canto, tenho fases de me deixar luz crescente e vibrante, tenho fases de me renovar, tenho fases de me encher e ser cheia do que eu transbordo. Porque só posso ser o que sou. Apogeu e perigeu, breu e luz, mistério e ciência, razão e emoção.

Caminho com o vento seguindo a voz do coração, contemplando os horizontes da vida. A água me cura, protege e abençoa. O fogo me ilumina, consagra e acende a chama da vida. O ar liberta e transforma. A terra firma, energiza, e fortalece. Porque sou a morada do sagrado. Sou o universo dentro de mim.

Inserida por DaniLeao

É hora de unirmos as mãos para deixarmos as águas de nosso Senhor derramar sobre nós o bálsamo da vida e do amor. Mãos unidas, uma a uma em prece por todas as nações como irmãos. Unindo a bondade que se estende em corrente de amor e união nesta hora que se faz necessário entendermos a igualdade. Para levarmos aos que mais necessitam a força da fé que cura e traz as libertações das prisões do mundo envoltas em correntes de doenças, maledicências e escuridão. Que as luzes acendam em cada espírito a consolação para àqueles que buscam o auxílio e se faça em clareza a compreensão para os momentos em que as terras precisam ser varridas dos corações dos homens. É preciso deixar lavar com as águas sagradas os sentimentos que aprisionam cada espírito em chagas de mesquinharia, da falta de fé que atira a soberania nos menos favorecidos, que sobrepõe a divindade do céu aos poderes da terra que não se eleva. É preciso trazer a luz da verdade do Cristo nessas horas em que a Terra clama aos céus e assim unificar a chama divina de Deus Pai todo poderoso em todos os corações. Elevem-se, unifiquem, transformem os corações e tragam o amor divino no poder da criação para estes dias de amparo e clamor. Eis a caridade!

Cigana Arco Íris ♡

Inserida por DaniLeao

Embate

À volta de incerta inspiração
Ocupei as minhas mãos.
.... e foi a poesia sua combinação!

Brinquei de poetar a vida
Só por tê-la.
Ai! como é incontida
Misteriosa e bela
Cheia de medida!

Em rima discreta, branda
Fui poetando, fui poetando
O que a emoção manda...

E, o que o fado me foi dando
Talvez fiquei devendo à poesia
Um canto de delírio, trovando
Ou talvez mais alegria!
Quiçá! Uns versos amando.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 17’52” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol