Poesias de Gregorio de Matos Guerra

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DOR NO CORPO E NA ALMA


Mais uma noite de insônia,

Uma noite comprida,

Uma noite doída,

Afirmo sem cerimônia!

É que as horas não passam

E a mente e a alma não cansam!

Dói o corpo extenuado, cansado

De tanto virar na cama

De um lado pro outro lado.

Dói a alma - o tempo parado,

Como um mágico cruel,

Traz-me à lembrança o ser amado

Deixando-me o gosto amargo de fel

Por ter e não ter quem amo e me ama:

Só a tenho na lembrança – que a chama!

Mas a quero em meus braços – na cama!!

Inserida por ManoelDeAlmeida

INVERNO: ESPERANÇA E TRISTEZA





Todo ano, quando chega o inverno,

Vem-me à memória o inverno anterior!

Ou melhor, vem à memória a esperança

E o desejo que sinto todo ano – no inverno,

De não estar sozinho no inverno posterior!


Ano após ano, o inverno cada vez mais frio,

E minha esperança e meu desejo – não se cumpriu!

Fico a sonhar como seria uma noite de inverno

Sentindo o aconchego da pessoa amada,

Com ela abraçado, sentido o frio vento na face,

E o calor do amor aquecendo a alma – apenas sonho!


Não sei por que, no inverno, sinto tanta solidão.

É como se fosse saudades de um distante inverno,

No qual fui muito feliz por dormir aconchegado

Nos braços de quem muito hei amado!


Solidão e saudades de alguém que perdi

Num distante passado – mas que esta aqui,

Dentro do meu coração triste e magoado!


Quando se aproxima o inverno, dentro de mim, hiberno!

Fico introspectivo, em meio à tristeza, uma esperança acesa:

Este ano não estarei só, encontrarei minha amada, com certeza,

E dormirei com ela abraçado, esquecerei os invernos passados,

Finalmente serei feliz, terei meu sonho realizado!


Mas, como já estou acostumado – mais um inverno só – meu fado!

E começa em minh’alma esperançosa o sonho do próximo inverno,

Passo o ano acalentado desejo de, com meu amor, dormir abraçado!

Este ano, frio inverno, olho no espelho, dizem-me, minhas cãs brancas

Que o tempo voa, que solidão é o preço que pagarei nesta encarnação!

Inserida por ManoelDeAlmeida

ONDE VIVE MEU AMOR?



Todo amor que tive, foi-se,

Não sei por onde anda ou se vive!

O amor que não tive, nunca se foi,

Eu sei por onde anda e que vive!

Todo amor que tive foi comensal

Da mesa farta dos meus sentimentos!

Locupletávamo-nos com a fartura de nossas energias,

Que de pouco em pouco, reduziam-se em migalhas frias!

O amor que não tenho, mas que um dia tive,

Eu sei por onde anda e que vive:

Sinto seus passos doídos em meu coração,

Ouço sua voz no mais recôndito de minh’alma!

Transmutamos energias sutis, que alimentam nosso sonho,

Enquanto, neste Mundo, trilhamos unidos e distantes,

O caminho no qual um dia nos reencontraremos – suponho,

Pois, creio que o Grande Juíz da Vida não é cruel nem medonho!

Inserida por ManoelDeAlmeida

INCONSTANTE, MAS PERSEVERANTE



Por onde passo

Ora vacilante passo

Ora firme compasso

No que sinto

No que faço

Ora sou instinto

Ora espírito distinto

Ora sou bagaço

Ora puro aço

Ora arregaço

Ora sou palhaço

No tempo, no espaço

Passo a passo...

Passo, passo...

Inserida por ManoelDeAlmeida

O INIMIGO VIVE COMIGO



Há algum tempo minh’alma

Ansiosa, agita-se se calma,

Como a querer me fazer

Seus sentimentos, escrever!

Ora vislumbra-me por inteira

Ora esconde-se sorrateira!

Sim, falo de minha própria alma,

Que na verdade sou eu mesmo!

É que às vezes, escondo-me de mim mesmo,

Outras vezes, mostro-me todo, a mim mesmo!

Uma parte de minh’alma ao Mundo quer se mostrar,

Outra parte querer do Mundo se esconder!

Sinto minh'alma carente de amor, de afeto!

Levo a vida sentindo-me um Ser incompleto!

Meu desejo de amar, só meus poemas a me consolar!

Mas essa dor em minh’alma insiste em me maltratar!

Triste sina essa minha, tenho tanto afeto a oferecer,

Porém, há uma estranha força impedindo acontecer

A aproximação de alguém que posso meu frio coração

Aquecer! E quando alguém chega, eu, algoz de mim mesmo,

Atrapalho-me, erro, falho,... Sim, sou algoz de mim mesmo!

Inserida por ManoelDeAlmeida

SER SUBLIME




Por detrás dos olhos baços,
Daquele andar de passo em passo,
Naquele corpo já bastante lasso –

Uma Alma de distinta nobreza,
Carrega o fardo, a cruz de aspereza,
Que Deus lhe concedeu, com certeza,
Como última missão desta natureza!

Pelas formas honrosa e majestosa
Com que, dia a dia, cumpre zelosa,
Sua parte, gênios de todo tipo de arte,
Especialistas dos mais variados ofícios,

Sob o comando de Jesus – sem sacrifício,
Ergue, à Alma distinta – um Ninho de Luz.
Quem será esse Ser angelical? Não deduz?

Minha mãe! Honra-te de conhecê-la, aqui,
Porque, lá, junto a Jesus, banhada em luz,
Só alma de sua estirpe dirá: eu a conheci !

Inserida por ManoelDeAlmeida

“SEGUINDO A CORRENTE ...”




De encontro à vida,

Fatal acidente causando ferida.


Ao da encontro vida,

Ação inteligente, normal incidente .


Nas duas opções,

Sob quaisquer condições,

São distintas as lições:


A primeira, ir contra a corrente da vida,

Revoltando-se ante as provas sofridas,

Só aumenta a dor da ferida

E não se aprende com a lição vivida,

Que, no futuro poderá ter de ser repetida!


A segunda, o ser pensante,a dor, não abstante,

Segue a corrente da vida numa luta constante,

Sem revolta e aprendendo a todo instante!

Ao encontro da vida uma decisão inteligente.

Inserida por ManoelDeAlmeida

A tristeza em mim...

Se a tristeza que me mata sumisse eu não poderia viver
Se você não fosse minha tristeza o que eu seria sem você?
Se viver tem de ter a tristeza dentro de mim vivo assim
Se viver assim dentro da tristeza é como posso ter você,
estarei sempre triste para que a tristeza,
minha companheira, me traga sempre você,
mesmo que em mim, vivendo triste...

Inserida por Ivete62

''Me encanta a capacidade homérica dos poetas, não importa se platônicas ou não. Afagam a alma dos sensíveis''

Inserida por Fatima720

Jesus Cristo teve um corpo gerado, não em aparência,
mas, verdadeiramente, derivado da Mãe de Deus.

Inserida por NewtonJayme

"O exemplo de verdadeira união conjugal onde brilhe o carinho,companheirismo,fidelidade, deve ser repassado como testemunho da valorização do amor, entre cônjuges ,como sustentáculo familiar".

yedamsm

Inserida por yedamsm

Remover mensagemYeda Moraes Souza Machado
‎"Quem sabe escrever,escreva.
"Quem sabe falar, fale.
Tudo na luta pela justiça é válido!
O que não é válido é a inércia e a omissão!..." (yedamsm citando Dom Helder Câmara em trecho e discurso de posse na APAL, em 06/10/2009)

Inserida por yedamsm

Deixo rastros agora para que quando eu for verdadeiramente homem, eu não me esqueça de ser um pouco criança

Inserida por dvd

Comentário de Claucio Ciarline, professor e historiador,escritor e poeta,sobre o livro JOAZ JEANETE Uma história de vida e de amor. de autoria de Yeda de Moraes souza Machado:

"Príncipe e princesa...

Personagens imortalizados pela história...

de livros , registros e jornais...

Eternizados por seus grandes feitos, por suas belas realizações...

Através dos olhos e sentidos por sua herdeira e escritora...

Que bem os pintou...Em tela suave...límpida...

Com a leveza da alma,e a textura do coração...

Que hoje nos mostra, na verdade,escancara...

Toda a emoção de uma vida, dedicada à família...

De encontros e ensinamentos,

Percepções e aprendizagens...

Ela, que é, dentre inúmeras outras coisas...

O fruto do amor, da união, da amizade...

Desde casal que bem nos soube nos legar,

a mensagem mais importante de todas...

E qual seria...Se não o Amor?

Juntos ...sempre juntos...Eles estavam...

O Príncipe e a Princesa desta maginífica obra...

Destinados à paixão e a tantos sentimentos,

que podem e que rodeiam os casais mais eternos...

E assim permaneceram...entre sorrisos, beijos e abraços...

carinhos e palavras, declarações...

Viagens...suspiros e emoções...

Até que um dia, uma lamentável dia...

O Príncipe partiu de encontro ao Rei, como bem a filha citou..

Deixando lágrimas e muita saudade...

A quem tanto o amava e o queria por perto...

sua família - O seu porto seguro!

Porto Seguro esse que vários outros poetas já bem definiram...

que pude ter...de conhecer...e mergulhar...

Descobrir.redescobrir...

Ler e sentir...este porto seguro em especial...

essa família, esse amor...

Da linda e envolvente história de ...

JOAZ e JEANETE!"

Inserida por yedamsm

Vida responda-me o que preciso, pois meus sonhos já não sabem a diferença entre querer e ter. Apenas desejam''

Inserida por Fatima720

LIÇÕES PROVERBIAIS

Chega de choradeira...
“Não adianta chorar o leite derramado.”
Se um projeto fracassou,
A Vida outro já lhe planejou.
Se o tempo difícil não passa,
Tenha coragem, mostre sua raça.
“Água mole em pedra dura...”
Se seu amor o abandonou,
“Amor não abandona, protege.”
E você não sabe o que a Vida para ti elege.
Se você foi traído por um amigo,
“Amigo não trai amigo.”
Você se livrou de um astuto inimigo.
“Quem com ferro fere,...”
Se você está sentindo solidão:
Solidão não mata; fortalece o coraçãorpreendente.
E, como diz a sabedoria popular:
“O que passou, passou.” “Bola pra frente.”
A Vida é surpreendente,
E reserva muitas surpresas para a gente.

Inserida por ManoelAlmeida

ALMA DE LUA

Hoje é lua cheia
E minh’alma
Ainda mais vazia
Hoje é lua crescente
Como a dor
Que minh’alma sente
Hoje é lua minguante
E em minh’alma
Mingua a alegria restante
Hoje é lua nova
E em minh’alma
A tristeza se renova.

Inserida por ManoelAlmeida

POEMAS LEVEDADOS

Faço poemas
Como se faz pão caseiro:
A massa tem de ser misturada,
Atritada, homogeneizada, levedada.
Os ingredientes que formam
A “massa” de meus poemas
São: meus pensamentos, minha emoções,
E minhas sensações.
Dois “recipientes” básicos são usados
Na preparação de meus poemas:
Minha mente e meu coração.
O processo de levedura
- Como no pão caseiro –
Às vezes é demorado,
Depende das “condições climáticas”:
Quanto mais quente melhor.
Só escrevo poema
Sob pressão e calor.
A mente e o coração
Têm de estar em ebulição.
Às vezes, como no pão caseiro,
Meus poemas saem meio puxados
No “sal e/ou no açúcar”;
É que, já me disseram,
Sou um tanto quanto exagerado
Ao expressar meus sentimentos.

Inserida por ManoelAlmeida

RELEVO SENTIMENTAL

Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.

Inserida por ManoelAlmeida

DEUSA DA MINHA NATUREZA

Quando a vi – na hora,
Pensei: Ah! Se ela me quisesse agora!
Como o mito de Zéfiro e Flora,
De bruto que sou,
Eu me transformaria
Em suave brisa d’aurora.
Mas, diferentemente do mito de outrora,
Só eu me encantei por minha deusa Flora,
Ela nem me percebeu –
Passou e foi-se embora.

Inserida por ManoelDeAlmeida