Poesia Viagem Viajar
Pandemia
Agosto chegando...
tenho viajado muito desde março.
Minha casa é a nave que me transporta.
Vou mudando de janela,
para aproveitar melhor a paisagem
e a dança das luzes com as sombras.
Todos os caminhos são finitos.
Eles levam e trazem.
O caminho a escolher, o trajeto a percorrer, se só ou
acompanhado, são decisões exclusivas do viajante.
#O #TREM
Soavam 5 horas da manhã...
No ar um cheiro forte de café fresco...
Um pão banhado na manteiga...
Badalo de um sino...
Um dia um trem passou por aqui...
Levava e trazia as pessoas...
O túnel dava seu ar de mistério e medo...
Em bons tempos de criança...
Caminhando sobre os trilhos...
Tanta busca da felicidade...
Tanta gente simples...
Outras tantas humildes...
Muitas cheias de vaidade...
Hoje tudo só é saudade...
Carregou gente pobre...
Carregou gente com dinheiro...
Carregou imperador...
Escravos e fazendeiros...
Levou e trouxe amores...
Para a guerra partiu...
Muitos foram e não voltaram...
Muitos ninguém mais viu...
Gente feliz de verdade...
Coração banhado em bondade...
Lenços acenados...
Belos olhos marejados...
De corações apaixonados...
A viagem, se longa, não sei...
Mudar o rumo, talvez...
Será sempre um passeio viver...
Conduzir e ser conduzido...
Dar à vida...
Um sentido...
De poder ter existido...
De tudo que viver, uma coisa é certa:
Não se canse da viagem, prossiga
Um trem hoje parado...
Já passou por aqui...
Nunca desista...
Sandro Paschoal Nogueira
A escuridão veio até mim, não tenho pra onde fugir, e nem conseguirei me redimir, de tudo o que fiz e o que está por vir.
Esse trecho prova minha inutilidade, vinte dois anos de idade, mente vazia, sem nenhuma utilidade, falta mentalidade, não sei talvez um pouco mais de liberdade, e seu amor cara metade não aparecerá no meio dessa calamidade, essa parece ser sua única verdade, viver sofrendo atrás de piedade.
É garoto acabou a malandragem, viva agora como um selvagem, até o término de sua viagem.
Arqueologias
Envelhecemos, e teus projetos
aos sonhos retornam.
Aquela casa de campo,
quantos iriam visitá-la?
O filho inconcebido,
como mesmo irias nomeá-lo?
A viagem à Europa,
este país, que naquele.
Envelhecemos, no entanto,
e tudo à volta rui.
A cidade irreal,
envolta em névoa, tua.
Envelhecemos, e teus sonhos
em sonhos permanecem.
Fui ao topo da montanha mais elevada,
e alcei voo com asas de beija flor,
senti a alma congelada
junto ao orvalho da noite em torpor
Tal qual borboleta, voei dias e noites,
delirando de jardim em jardim,
senti perfumes, espinhos, açoites
tudo isso e mais, à procura de mim
Assim mais forte, sempre em quimera,
fui remédio de minha própria dor,
fui tempo, fui verbo e espera,
tudo em nome do amor !
Viajo pelos horizontes da vida...
Fico por vezes me perguntando...
É claro que não me excluo desse palco....
E entre as pedras desse jogo de xadrez...
É óbvio que são várias...
E entre elas...
É uma querendo devorar a outra...
E por vezes pergunto-me...
Porque...
Porque sofremos por uma dor...
Porque sofremos por uma vida...
Porque temos que ter medo do próprio temor...
Porque nos degolamos sem saber que estamos nos degolando....
Porque sofremos até por um único pedaço de pão...
Porque sofremos por aquela panela suja...
Que ao usá-la....
Temos que lavar e fazê-la dar brilho novamente...
Porque sofremos por altura...
Subimos em um prédio....
Uma vista panorâmica...
Linda e maravilhosa...
Mais quando olhamos para baixo...
Sensação louca.....
Uma tontura que muitos até desmaiam....
Um medo louco de cair...
Então...
Esse sofrimento...
Sofremos por tudo...
Até pra pagar uma conta de energia elétrica....
Que sabendo nós...
Usamos...
Mas é preciso pagar....
Sofremos por amor...
E sabendo os sábios que o amor não é sofredor....
Sofremos até por uma fotografia que foi mal tirada...
Ou por um perfume mal comprado...
Sofremos sem saber que estamos sofrendo....
Mas afinal...
O quê é preciso fazer para acabar com esse sofrimento...?
Autor:José Ricardo
Não fique triste, vamos!
levante a cabeça e sorria,
poderá fazer muitos planos
sempre haverá um outro dia
Seja apenas uma gaivota,
voando acima dos mares,
asas sincopando nova rota,
distante de todos os males
Como regra geral da biologia, as espécies migratórias são menos agressivas do que as sedentárias. Há uma razão óbvia para que isso ocorra. A migração em si, como a peregrinação, é a jornada difícil: um "nivelador" no qual os adaptados sobrevivem e os retardatários caem no caminho.
A jornada, portanto, antecipa a necessidade de hierarquias e demonstrações de domínio. Os "ditadores" do reino animal são aqueles que vivem em um ambiente de abundância. Os anarquistas, como sempre, são o "pessoal da estrada".
Estar com você
Estar com você, pra mim...
É fazer parte de um acontecimento inédito.
É perceber que a vida é feita de bons momentos.
É sentir na pele o que o amor é capaz de causar.
Estar com você, pra mim...
É fazer parte de uma viagem maravilhosa,
sem destino e sem ter hora pra voltar.
É caminhar lado a lado com a vida
sorrindo como nunca tivesse visto
uma lágrima sequer rolar.
Estar com você, pra mim...
É fazer parte dessa história,
Onde aprendi o começo
O meio, não tenho curiosidade de saber
E desconheço totalmente o fim.
(Coletânea_Amores)
Hoje resolvi pegar estrada. Muito chão e muita reflexão.
Algumas notas interessantes:
1. Você exercita o direito de trazer para o cenário presente velhos retratos do passado.
2. Você compreende que, mesmo que alguns velhos fantasmas do passado continuem a assombrá-lo (a), os do presente consegue administrar e, os do futuro ainda pode exorcizar.
3. Você passa a perceber que é tão pequeno que pertence ao mundo. E não o mundo pertence a você.
Sentado na praia
sereno
apreciando a natureza
quando te vi passar
me impressionei
no seu olhar foquei
e pensei
nossa que perfeição da natureza
As curvas do seu corpo
Seu perfume com cheiro de margarida
me chamando pra uma viagem de prazer
com passagem só ida
No seu globo ocular
dei voltas que nem o mundo da
No seu sorriso branco
vou escrever nossa história
E até em outras vidas
você não vai sair da minha memória
No silêncio dos pensamentos
Viajo por barulhentas avenidas
Surfo em grandes praias
Corro grandes maratonas e curo muitas feridas
Quando estou olhando pro nada
Estou pensando em tudo
E nessas milhares nenhumas viagens
Já fui de quase tudo nesse mundo
Já fui príncipe, já fui rei
Já fui um anjo, já fui inimigo
Já fui jogador de muitos times
Já dei passes a gol, e por isso tive muitos amigos
Quando estou olhando pro nada
Na verdade estou a trabalhar
Porque embora parado
Estou sempre a viajar
Este trabalho é meu "ganha pão"
Até porque, em muitas dessas viagens já fui padeiro
E em meio a muitos sonhos e viagens
Não sei em que realidade ou viagem embarcarei primeiro
E nas emoções que você me causa, e na ansiedade que você me oferece sem aceitar devolução, as borboletas que alugaram o meu estômago por tempo indeterminado, perdem o rumo.
Como se puxasse o meu tapete, me tirando as esperanças do amanhã, você me oferece o colo em um salto de pára-quedas.
Eu deveria confiar meu coração à você?
Embarquei nessa viagem.
Na realidade, eu embarquei na tua viagem.
Você sempre gostou de migrar e imigrar, não é?
Eu só não imaginava que existiria essa opção quando lhe ofereci o meu lar.
Peguei uma ou duas mudas de roupa e entrei no seu avião.
Não havia um aviso que sua sina era o piloto automático.
Mas, mesmo sabendo disso, a viagem é incrível!
Você me oferece um elevador no estômago, mesmo quando as borboletas escapam, depois me abraça quando caímos em queda livre assistindo o chão se aproximar, e quando abro os olhos novamente, esperando a poeira e a grama amassada, me vejo seguindo as mãos nas suas costas enquanto o horizonte desaparece na nossa frente...
Mas, olha amor, até que ponto é válido validar suas idas sem aviso e vindas sem hora marcada?
Amante das noites e casado com a sorte,
Noivo da vida e viúvo da morte!
Campo magnético não interfere meu norte!
Dinheiro não faz de você um homem mais forte.
Carimbador Raul liberou meu passaporte.
Mas desde que eu não tenha armas em porte.
E que eu me banhe nas termas
E tem mais.
Quando eu pisar na lua não posso olhar pra trás.
Cronos me espera, pacientemente,
Diz que está doente, com pedra no rim, aparentemente.
Quando se expelir, não fique ninguém na frente.
Ele tomará para si o que nunca foi da gente.
Ai vocês verão o Deus onipotente!
Quando eu atingir a velocidade da luz,
Nessa idade, já não saberei quem me conduz,
Talvez precisarei de operação de redução de massa no SUS
Ou quem sabe já tenha assistido o filme de Jesus.
Nem um encéfalo expandido ao seu tamanho se reduz.
Velocidade de raciocínio se faz jus,
Quando você descobre o que ou quem é Deus!
Meu retorno não está marcado,
Tenho data de partida e um quarto reservado.
Cometa Halley, amanhã eu parto!
Culminante feito um infarto.
Retorno por volta do tempo errado.
Não existirá o antigo planeta azul
Ele será prateado.
Se tiver sorte e tempo será clonado.
Mas se tudo der errado,
Sobrevoarei feito gaivotas
O lugar que um dia foi habitado.
Caminho certeiro
No longo caminho da estrada
conto estrelas no céu.
Absorvo a luz, como a tinta no papel.
Noite escura, fria e só a lua ao léo
é inverno rigoroso e o caminho longo, mas prazeroso.
Sinto gosto, sinto cheiro, sinto a vida sem anseio
e foi na chegada do destino, que descobre porque veio.
É o mar, a companhia, o vinho e o palheiro. São vagas as palavras, mas o destino foi certeiro.
Bagagem de memórias
O céu está azul depois de uns dias de chuva,
o vento gelado na estrada,
Faço uma pausa na viagem,
sento no acostamento e sinto o Sol ardente na pele,
Há pensamentos congestionados e a mil por hora,
Em mero momento não sei se estou no caminho certo.
Isto não me preocupa… Não mais!
Nas pausas da longa viagem para o que não se sabe, descobri que não é o destino que importa…
mas sim o caminho que se segue e as pessoas que encontra.
Todos os viajantes que cruzei pelo caminho foram importantes,
tanto para o bem quanto para o mal.
Alguns viajaram ao meu lado, outros pegaram outra direção.
Mas todos colaboraram para o meu acervo de memórias.
Também há… aqueles que desejo cruzar nesta estrada,
pausar e trocar experiências que vivemos uma vez.
Mas por hora… me levanto e continuo seguindo essa viagem procurando mais vida para minha bagagem.
Bagagem de memórias
O céu está azul depois de uns dias de chuva,
o vento gelado na estrada,
Faço uma pausa na viagem,
sento no acostamento e sinto o Sol ardente na pele,
Há pensamentos congestionados e a mil por hora,
Em mero momento não sei se estou no caminho certo.
Isto não me preocupa… Não mais!
Nas pausas da longa viagem para o que não se sabe, descobri que não é o destino que importa…
mas sim o caminho que se segue e as pessoas que encontra.
Todos os viajantes que cruzei pelo caminho foram importantes,
tanto para o bem quanto para o mal.
Alguns viajaram ao meu lado, outros pegaram outra direção.
Mas todos colaboraram para o meu acervo de memórias.
Também há… aqueles que desejo cruzar nesta estrada,
pausar e trocar experiências que vivemos uma vez.
Mas por hora… me levanto e continuo seguindo essa viagem procurando mais vida para minha bagagem.
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