Poesia te Perdi
FLATULÊNCIA
Compridor do seu desejo
olhe o traque... Traque, traque
tarde ou sedo,
com jeito, ou sem jeito
deixa troncho insatisfeito,
as vezes em surdina, ou...
Feito um desafinado realejo
em sua flatulência, fute...
Seu cheiro desanima o enredo
mesmo que tente nunca!
nunca consegue manter segredo.
Peido, peido...
deixa bronco todos os feitos
lá vem ele com seu enredo
com sua bufo... Afinado, grosso
feito raio em lampejo
com seu despejo, todo insosso
espanta velho,
espanta moço
com espantos, espantosos.
De aroma indesejoso, sem jeito
o ar sem nem um colosso
sai por ai, todo poroso
com desrespeito insatisfeito .
Antonio Montes
Hoje, um dia como outro qualquer.
As horas, minutos e segundos, espaço tempo a cada
olhar congelado, freeza o que eu mais espero. "Time",
voe com o vento, não atrapalhe o meu momento; Quero
estar em avivamento; Quero buscar o meu conhecimento.
O fluir de cada pensamento, descrito neste singelo tormento.
O que atrapalhava, agora não significa mais nada. O poder da escrita,
me liberta de qualquer intriga; Conflitos internos,
que dissipam-se com reflexões aleátorias eminentes de cada detalhe que se tornou poesia.
TRÁGICO VOAR
Vou ingerir e infligir
vou me esbaldar, eu vou p'ro ar...
Vou chapar n'essa chapada
em horizonte de chuvisco
cambaleios, nunca visto.
Eu vou chapar, eu vou chapar...
Com meu chápisco, meu belisco
sim! Eu tropico, quando trisco
corro risco pelo risco
depois caio no meu cisco.
É nesse circo que sempre fico,
bom, não é...
Mas, te indico como pacífico
e no primeiro bico...
Com tantas águas, nas deságuas
é tudo seu, somente seu
o seu fim sísmico.
Depois na hora do seu adeus
o que adianta, gritar velei-me...
Valei-me meu Jesus Cristo.
Antonio Montes
TARDES DE OUTONO
Gosto mesmo é das tardes de outono
Quando as folhas secas caem,
se misturam à terra, banhando a vida
de um mesmo tom...
...As margaridas se fazem lindas nesta estação
Sua alvura contrasta com o barro marrom
que me circunda o corpo, embalando minh'alma.
Sinto-me em paz com Deus.
E enquanto folheio um livro de poesia
Meus pensamentos voam longe
As pequenas flores grudam-se em meus cabelos
Sou tão mulher e tão menina...
Minha existência me fascina!
Por isso que gosto tanto destas tardes de outono.
Sei que sou uma parte do universo em flor
Sei que faço parte de algo grande e divino
...E as margaridas florescem
alheias às folhas que caem.
E eu sou apenas gratidão.
Encantamento
Aqui de cima da minha humanidade
espreito a primavera que se mostra,
toda formosa, meiga, em doces aromas
de mil flores...
Tantas são as flores que desabrocham!
Chego a ouvir a sinfonia solene da vida
Pássaros cantam
Se encantam diante da estação do amor
Borboletas bailam sobre os botões de miosótis!
Como amo os miosótis...
Tão ternos
Miúdos
Docemente azuis
São a própria primavera!
Em cor, aroma e luz.
A cada ano me embeveço e me surpreendo
com essa estação,
que me fascina a razão,
enaltece meu coração e enche
de encanto minh'alma!
Sem Dilemas...
Vivo com a cabeça nas nuvens
Sou asas de mariposa
Cabelos de algodão
Sonhos e fantasias
Fé e utopias
versos de poesias...!
Não me admiro que eu não tenha namorado...
Quem seria o aluado
que anoiteceria nos céus e
despertaria no infinito...?
Então não há dilema!
Por nada, nem namorado algum
deste mundo, abro mão dos meus poemas!
AGONIA DE MARIA
Maria...
Nesse dia de frenesia,
deixe de agonia...
Peque logo a sua filha
que esta cheia de pilha
... E faça uma visita a tia
moradora d'aquela ilha.
Mas, não de o bote!
Vá de bote se quiser...
Peque o remo e vá remando
pelo remanso navegando
seja lá o que vier.
Veja, o tempo esta passando
e o José, pobre Zé...
Já perdeu o seu encanto
não saiu nem do seu canto
e esta, tomando o seu café.
Antonio Montes
"Mas tudo vem. O tempo todo. Hoje e além!
Breves somos. Frágeis rendas dos sonho
Mas o outono passará. Primaveras também."
A humanidade sucumbe à si mesma
Gritam o amor
Proclamam Deus
Mas se sangra um dos seus
jogam sal no corte
e chupam a ferida.
Hipócritas
Doentios
Pior que os gentios
Não sejam fingidos
Abafem seus gemidos poéticos
Cadáveres fétidos!
... Fingir poesia
Vós não fingis!
Vós a mentem!
NOBEL COM FEL
A historio faz sentido,
a ciência, pensa tensa...
E sai por ai fazendo bomba
p'ra exterminar as quizombas
mata, homens mulheres e crianças...
E estronda, tudo quanto há de fel!
Derruba cidade e historia
depois sai colhendo gloria
e recebendo o Nobel.
Antonio Montes
O REPOUSO DO POEMA
Dando tempo ao poema...
Deixando-o quietinho no canto da alma
...Enquanto isso
vou tecendo a renda,
colhendo momentos que breve
serão saudades.
Estrelas
Maresia
Poesia
para as estrofes que virão.
Por certo virão....
No beijo
No próximo amor,
que mostrará a bela cara
Tão louco e imenso
E intenso
quanto o de ontem.
Virá.
Por enquanto deixa o verso descansar
num lugar
qualquer aqui dentro.
...E nesse azul sublime
lambo as flores, sorvo seu néctar,
brinco de ser feliz.
Engano a vida em todos os tons de azul dos meus devaneios.
Passarinho azul pousou na minha janela e me contou um segredo muito triste.
Disse que sem mim seu sorriso ainda existe.
Chorei.
SORRIA MEU BEM...
Ah, meu bem. Meu doce bem...
Se tu soubesses o quanto amo o teu sorriso
O quanto espero por ele à cada segundo
Ansiosa pelo sabor da tua gargalhada
Ririas mais vezes
Só para me encantar
Para trazer luz ao meu dia
e poesia ao meu luar!
Quando vejo teu sorriso, tão despretensioso
Tão à vontade, em total liberdade
Caem muros de melancolias dentro de mim
A vida fica mais leve, as loucuras mais breves
Não penso em mais nada, a não ser que sou amada
pelo simples fato de faze-lo sorrir...
Sorria para mim, amor...
Faz o minha poesia valer à pena.
Somente sorria
E deixe que o mundo dê voltas sobre nós.
"Gostar ou amar?
Amar gostando ou
Gostar de amar?
Talvez amar para gostar, ou quem sabe
gostar de amar, gostando
do amor."
INGNÁVIA
Vocês que já viram tanto!
Esperem até verem, aquele menino que eu vi...
De alpargatas, vestes rasgadas, todo sujo,
tomar banho... Até queria
mas... Nunca encontrava água,
alem, do chafariz.
Um dia aquela mulher, toda saia,
rodada em seus sentimentos
passou pelo reduto, d'aquele menino
o medo expelia n'aquele breve momento...
A fome, esticou a mão do pedinte...
'Dai-me um pão, apenas um pão'
para que eu possa, burla a minha fome
que da forma que me vem...
Muito breve ela me atalha,
e eu assim... nunca! Nunca conseguirei,
chegar a ser homem.
A mulher, por ser pedida
e com medo todo d'aquela vida
tremia n'aquela avenida...
O menino por sentir-se frágil
e com a fome em espantalho
tremia em seu medo 'no medo
de nunca conseguir ser grande.
O medo ali, espalhava-se...
Nos olhares,
nos passos sob a multidão
na aglomerações dos ônibus
e no, estiramento das mãos.
Tudo era medo n'aquela cidade
até mesmo a vaidade...
Sorria com medo de um dia,
minguar, e ficar mesquinha.
O medo, estampava-se...
Nos sentimentos das autoridades
nos amores dos namorados
nas intensidades dos telhados
e pelas ruas dos bairros alagados.
Pela noite de blecaute, medo
... Medo pelas sombras das calçadas
pelas portas abertas das casas
e pelos contos falsos das fadas.
Era medo em cada esquina
em cada quina em cada rima
nas ordens dadas de cima
e medo por ser, menina.
O medo cresceu ficou bruto
passeava pelos viadutos
pelas pontes e pelas placas
e pelas caixas de papelão.
O medo ficou de ressaca
se deitou na classe alta
e foi tremer o coração.
Antes o medo era pobre
aumentou como se fosse preço
e tomou conta da nação.
Agora todos estão com medo...
O mundo, não tem mais segredo
e o povo, não é mais irmão.
Antonio Montes
LEIO ENLEIO
Leiam, leiam!
Eles lêem...
Eu leio o alheio...
A encomenda do correio
os enleios do meu EMAIL
o velho com meu hashtag
o link dom meus selfs
o meio que me deixa cheio
que me seque, que me segue.
Eu leio... A hora do agora
no tempo que me apavora
o momento de ir embora
a velha cola, da escola
o minuto do decola
e os últimos segundos da bola.
Antonio Montes
POETA
.
Deus,
na verdade,
é o poeta...
.
O homem,
é apenas o ator escolhido por Ele,
para escrever a poesia em versos e prosa.
.
E assim,
o homem por intermédio
Dele expressa todos os enigmas da vida
com plena felicidade.
.
.
.
DIA DE FRIO
No dia de frio...
Eu parei para ver o rio
o rio se quer parou
lavei o rosto nas águas
as águas não me lavou.
Depois visualizei a onda
que as ondas de mim levou
na mansidão do remanso
nos trilhos do meu tamanco
nos polens da minha flor.
No dia de frio...
eu contemplei o estio
no intimo do meu tremor
os passos de todos os trilhos
os descarrilhos dos meus trilhos
e os abraços de todo amor.
Em dia de frio...
Ai, ai meu senhor!
Quantas vidas pelas ruas
que morre no treme, treme...
Com frio que vai no osso,
e um amor todo insosso
que almas por ele geme.
Antonio Montes
Poemas: pequenas verdades de um coração platônico.
Poesias: rimas ou não, traduzidas de um coração apaixonado.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados
- Primavera: poemas e poesias que florescem no coração
- Poesia Felicidade de Machado de Assis