Poesia te Perdi
Ouve a minha voz
Bem ao pé do ouvido
Sente a minha dor
Está tudo mal resolvido
Mas deixe que o tempo
Nos mostre quem somos
Esqueça o encanto, deixe estar
Nem venha com esse papo furado
De que sente muito
Já estou farta do auê que você causou aqui
Então vá, que a ferida se cura
E as cicatrizes viram espinhos
De uma rosa que já viveu
Por mim.
BODEJAR
Se eu pudesse...
Eu não carregava pedra!
Mas não posso...
Não posso, mas carrego.
Nasci pobre e por isso...
Eu sigo carregando a minha pedra.
Pedra dura...
Pedra pesada,
pedra dura, pesada e lascada!
Vê se pode... Pedra cega!
Quando ela escorrega...
Bate no meu pé e me faz bodejar
como se fosse bode... Bééé!
Mesmo assim...
Eu vou lapidando minha pedra
aproveitando para apedrejar
muros e mundo...
Quem sabe se a minha pedra
um dia, se transforma em flor...
Nesse dia, apedrejarei a ignorância,
borrifarei perfumes sobre o blue
e perfumarei, o arco-íres do amor.
Antonio Montes
Posso até voar
Mas prefiro os seus braços
O seu corpo tremulo
As suas mãos suadas
E o seu beijo molhado
Em uma cama de loucuras
VEM NOS MEUS BRAÇOS SE REVELAR
Você que me aparece todas as noites
Será um pesadelo ou um lindo sonho
Não escuto tua voz, nem conheço teu rosto
Pode ser um sonho bom quem veio me despertar
Mas pode ser os meus mais profundos pesadelos
Pode ser a pessoa que eu amo e desejo encontrar
Não sei em que leito dorme, nem onde acorda
Se voltou para me destruir, ou me amar
Me disse que tem olhos verdes
Mas não sinto teu cheiro, nem o gosto do teu beijo
Não sei porque procuro me agarrar a quem me nega
E porque nunca te vi e te desejo.
Por que se disfarçar para me apavorar
Se dizes que um dia cruzei com você
Por que eu teria esquecido
Duvido que um grande amor, eu iria esquecer
Deixa eu te desvendar
Faz do meu sonho algo lindo
Deixa este amor renascer
Vem nos meus braços se revelar
E se eu disser que ainda me sinto meio confuso ?
E se eu disser que não me achei nesse mundo ?
Tolos achando que sabem de tudo...
Sendo engandos sem se questionar
Politicos roubando
Outros se matando de tanto trabalhar
adolecentes em seus quartos
Trancados a chorar...
Seus pais tem outras coisas pra se preocupar
Ai você tenta buscar uma saida
O álcool te sacia
O cigarro te alivia
E aos poucos
Você perde tua vida
A paz
No colorido do sol poente
Nas cores que se entrelaçam
No verde de cada folha
A paz
Sentimento inominado
Da calma que abre espaço
A paz que mora na alma
E chega sem fazer anúncio
A paz
Mais que um sentimento fugaz
A paz que se demora
Nos instantes além da hora
A paz
Que mora n'alma
A paz das palavras
Que se escrevem sozinhas
A paz que me encontra
Quando dela me esqueço
A paz
Que hoje achou meu endereço.
Monalisa Ogliari
GARRA SEM FARRA
A caneca estava cheia...
Cheia trasbordando até a boca
aquela boca branca sem batom
fazendo bigode, na cor de nuvens alva
satisfazendo o semblante da saúde
realçado a cara... N'aquela manhã,
orvalhada, sem peia, sem candeia
já se fazendo alvorada.
Mas o leite estava quente...
Saído do fogo fervendo!
Com sua garra, sem farra...
Causando medo em seu enredo,
expelindo fumaça, eloqüente
Sem segredo nem arruaça,
Tudo sedo, muito sedo!
Sedo de gente,
e de esperança quente
... Temente.
Antonio Montes
Devíamos ser como aquela garotinha, tão completa e sorridente
A pequena caboclinha vivera correndo atrás do vento
Perdendo tempo como todos diziam
Ganhando vida como poeta escrevia.
Como a água esmorece a rocha
O desalento do sonhador, é de quem muito sonha, muito lhe é dado também a contrariedade. Ora como poderia ser se não assim? Seria a morte então único problema do vivo, e motivo para assim repudia - lá. Para os que sonham mais encantamento lhe é dado, mais encanta a vida.
Há também os que amam. O fel amargo dos romancistas em seus amores não correspondidos, o que lhes rasga o peito é saber a pureza dos sentimentos. E ainda há de suportar os bajuladores.
Seja qual for o seu sonho, seu amor, saiba:
Provém do sábio dizer que toda generalização é tola, pela mais simples contradição,
e provém do empírico dizer que “nunca” é tempo demais para qualquer coisa.
A Noite!
Já é noite, ainda estou pela rua
Na calçada, sentado admiro a lua.
Pois quando a vejo,
Logo me vem aquele desejo.
Que faço, componho, mas não entendo!
O porque dessa paixão,
De poesia fazer, de poesia entoar!.
Meu caderno me chama,
A escrever e pensar,
Pois hoje vai nascer,
Mais uma para recitar!
Hoje a noite é clara, lua cheia.
Hoje nasce sátira.
Prosa e poema.
Hoje nasce mistérios, e grandes histórias.
Hoje tem romance.
Literatura e loucuras.
A noite, tem versos em compasso.
Cheio de hipérboles e Descompassos.
Formo contos e desvendo casos.
Hoje tem saudade, de tempos passados,
Tempos de criança, recordados.
Tempos em que lembro dos meu primeiros passos.
A noite, não é escura e tenebrosa.
A noite, é a melhor hora para poesia e prosa.
A noite, não é fria e sozinha.
A noite, é reflexão e sonhos para melhorar o outro dia.
Uso a noite para escrever, compor e criar.
De dia vêm as ideias.
E de noite, escrevo linhas tortas, linhas retas.
A noite, é meu estilo.
Pois nela produzo com meu dom e minha arte.
Porque a noite, é liberdade não exilio!
O tempo do Tempo
Sábio amigo, aquele calado que tanto faz
E dele eu tiro os melhores proveitos da vida
É ele que nos dá tantos presentes
E que mesmo moldando marcas no meu rosto
É ele que o enfeita com um grande sorriso
E aquelas urgências só ele acalma
Paixões Ardentes ele extingue
Amores verdadeiros ele floresce
E tudo ele muda, pessoas, amores, famílias
E então ele continua, mesmo sem sua aprovação
E é por isso que sou seu grande amigo
Pois se inimigo eu for, ele continuará passando
E sem aproveitar de seu dom eu estarei, em prantos
Minha vida se transforma, meu rosto se molda
Meus amigos se norteiam, minha família aumenta
Meus objetivos se divergem e meu coração se acomoda
E meu amigo o tempo, continua o mesmo, sempre passando.
CANTE MARIA
Procure a calma na água
De manhã, ao deixar o divã
pelo alvorecer de um novo sonho,
lave os olhos para ver melhor...
Deixe a noite na bacia,
e leia os poema da vida
que lhes acompanha, todos os dias.
Cante Maria, cante...
Cante a canção de ninar
cante um blues sob o quintal azul
veja as asas a voar como nave,
acompanhe os pássaros chilrear.
Antonio Montes
Lembre-se da força do trovão
Neste momento enclausurada
Nessa tarde de frio
Com um coração de portas fechadas
Te peço que ouça o trovão
Sua força não existe em vão
Lembre-se que Deus nos ensina
Na sua natureza
Na nuvem que nos faz olhar
Para sua alteza
Para sua glória
Não precisamos ter medo
Por que Deus nos segura com sua mão direita
Olha, ouça o trovão
Sinta esse frio que acalenta
Que nos ensina que precisamos
De alguém que nos sustenta
De alguém que com amor nos alimenta
Te digo que o medo
Nos faz perder a fé
Nos faz perder o bom senso até
Queria contigo me embrulhar
Nesse frio, nesse dia de chuva
Mas, mais pesado do que o frio
Que sinto
É o frio que nos desnuda
Que é o frio que mata o coração
A insensibilidade que mata a nossa paixão
CHEIRO TORTO
O padeiro cheira pão,
cheira ovo, cheira farinha,
sal a gosto, pimenta povo...
Cheira o cheiro d'aquele odor,
açafrão... Frango, alho e galinha,
e as coisas da padaria.
Cheira o frescor da manhã,
junto ao alvorecer de cada dia,
a fumaça que exala
quarto cozinha e sala
e a cor da fantasia.
O padeiro cheira o pão
que o diabo amassou...
O fogo brando do fogão
o apagão do coração
e o cheiro torto do amor.
Antonio Montes
E mesmo que algumas vezes
Sem intenção
Algumas palavras se tornam vazias demais
Tão quanto os amores que não se sentem..
Ou a distância inconsolável que você mantem de mim.
E quando palavras já são não-suficientes
O silêncio se faz luz
E a solidão.. se faz abraço.
Sentimento verdadeiro
O paraíso é um lugar na terra com você
No aconchego do teu abraço
No sublime olhar hipnotizante
Excelso carinho em profunda alegria
E quando chega a despedida
Amarga dor no coração sentiremos
Fulminante como um tiro no peito
Assim é esse o momento
Em que a tristeza invade minha alma
E nada posso fazer
A não ser escrever sobre você
Mais um dia se passa
Mais um amanhecer com lágrimas
E escuto aquela melodia
Uma, duas, três vezes
Duplica o meu choro
A saudade já não cabe mais
Dentro de mim
VENTOS BLEUS
Depois de danificarmos o presente destruindo
onde estávamos e azedando o mel do glorioso
futuro, todavia trilhando os sonhos do nosso ego...
Estamos indo por um caminho de rumos
chafurdados ao nada onde as nossas passadas
são apenas centelhas de invisíveis coragens.
Somos andarilho dos nossos sonhos viajando
o tempo todo para moldar os passos do futuro
almejamos realçar as pegadas da nossa
entidade e mesmo assim, não deixamos
marcas para voltar ao passado, e nem poderia
voltar pois lá, não existe nada que possa
amparar-nos no futuro. Lá no passado,
não deixamos nada para nos suprir o presente.
Acobertado pelo frio da indecisão e medo... E
agarrados aos laços da esperança, infectamos
o passado e por isso, não temos como voltar.
Não temos nada aqui, não tínhamos nada, lá...
Nada existe lá, e quando chegarmos aonde
pensamos que estamos indo, iremos perceber
que estamos no mesmo lugar e no mesmo nível
do passado. Passado do qual, não trocemos nada,
da mesma forma que não levaremos nada do
presente, pois não estamos indo para lugar nem
um, exceto pelo fato de irmos para o mesmo
ponto de onde viemos... Ponto zero, onde
nada éramos. Não levaremos nada,não adquirimos
nada mais do que consciência e sentimentos...
Todavia navegamos por caminhos de sonho
e flutuamos agarrados aos cabelos blues, da
nossa fé.
Antonio Montes
A doce descoberta do amor
Na primavera a flor e o beija-flor
Assim se conectam duas vidas
Apaixonando-se com um objetivo
E gerando o primeiro amor
Assim é o começo do juvenil vigor
Da cabeça enlouquecida
Da falta de um sentido
Dos planos de vida com mais sensível fervor
Ah, o doce primeiro amor
Não é difícil ficar intrigado
Com a insensatez juvenil
Ver num adolescente um coração incrivelmente perturbado
Fazem de uma simples boa impressão
Ardor e emoção
Vida e sentimento
Da vida uma possível degradação
Acreditemos no juvenil coração
Olhá-los com muita leveza
Ajudando por dar-lhe muito ouvido
Cuidar deles com muita destreza
Qual o valor da amizade? Nenhum!
Pois amigo não tem preço, não tem medida, não nem tamanho. Amizade é algo valioso, pois, se acabam tudo, entretanto não se acaba a amizade. Quando todos viram as costas o primeiro a olhar te é o amigo(a). Quando não tens o que comer, o primeiro a dividir o pão é o amigo. Quando as vestes estão rasgadas o primeiro a vestir-lhe é o amigo. Amor nasce através da amizade. Todo laço se cria através da amizade. Famílias se constituem através da amizade. Aquele que abre a boca e diz que não tem amigos é porque jamais amou. Nações se criaram através da amizade.
Bom logo terá pessoas lendo e dizendo: Mais que tolo por defender a amizade assim. Amizade não durá. Se fosse assim ainda teria meu amigo que faleceu. Entre tantas outras coisa que se possa pensar, para esses eu respondo: Amigos verdadeiros não se acham fácil. Se um amigo verdadeiro morre, então, honre sua memória com as lembranças dele que tens. Se sua amiga de infância terminou com você, então, ela jamais foi sua amiga.
Amigos são pessoas especiais que Deus coloca nas nossas vidas , pois, sabe mesmo que vier a distancia, a doença, a morte, nada vai arranca-los de nossos corações. Um amigo se torna pai, mãe, filho(a), irmão(a), esposo(a), um amigo se torna um anjo, um porto seguro, onde podemos saber que independente de com o estamos, sempre poderemos contar com ele.
Bom eu sei que sempre tive amigos, pessoas que pude contar e sempre poderão contar comigo. Maior forma de amar as pessoas é dando primeiramente a minha amizade, Cada pessoa que lê essa mensagem peço que reflita e se possível compartilhe para aqueles anjos em suas vidas que são seus amigos.A cada letra que escrevo ponho um pouco do amor que tenho por todos aqueles que fazem parte do meu coração, aqueles que eu sinto orgulho e honrado de chamar de meu amigo. Gratos a todos esses anjos que Deus colocou em minha vida. Por que um homem sem amigo é um ser solitário.
O que é beleza pra você?
Um jeito de olhar
Um modo de sentir
Ou a maneira de pensar...
Um salto e um Chandon
Aquela música e o luar
A cor do edredom
Nuance que faz voar
O que é belo, afinal
Se beleza é simetria
E o simétrico é raro
Que tal a simpatia?
Beleza é no fim
A soma do intangível
É algo que toca, assim
No âmago do invisível...
O belo é, um saber multiplicado
Saber-se gente, com mais a ouvir
Do que tanto a ser falado...
(Adriana Carvalho Adam)
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