Poesia te Perdi

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Sereia dona do meu mar
Deitado na areia começa a pensar
O que seria de mim se não fosse seu olhar
Que me faz delirar
Que me faz Flutuar
E na profundeza desse olhar
Eu vou me apaixonar
Quantas vezes você deixar

O olho da rua vê
o que não vê o seu.
Você, vendo os outros,
pensa que sou eu?
Ou tudo que teu olho vê
você pensa que é você?

VISITAS
Para Mário Quintana

Pensamentos de morte vêm e vão.

Outrora chegavam à noite e ficavam pouco tempo
como visitas bem educadas.

Agora entram a qualquer hora, saem quando querem
e mal educadamente ocupam a casa inteira
(como se fosse a própria casa deles).

Estou pensando em propor um pacto a esses convivas
inoportunos:

falarmos de tudo, menos de coisas tristes.

O amor tem muita rima
Ao fraco, é assustador
Ao poltrão, baixa estima
Ao valente, factível amor

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Não negue sua verdade, pois estará rejeitando sua essência.
Encare seus medos, supere seus desafios, derrube as barreiras;
reflita em cada passo dado, mas de preferência, pense antes de dar o primeiro passo.
Seja fiel à sua palavra, mas fale pouco e escute bastante.
E não se esqueça: todo mundo erra, pois errar é humano. Mas aprenda com seus erros, pois
somente assim não se tornará reincidente nos mesmos erros. Errar não é pecado, pecado
é errar deliberada e repetidamente pelo simples prazer de fazer o que é errado.
Faça o bem,não importa a quem. apenas faça o bem. E se em troca alguém lhe fizer o mal, não se refugie
na mágoa - pois a mágoa é uma companheira traiçoeira -, apenas perdoe, pois não há maior gesto de amor do que o perdão incondicional.
Afinal, se Deus que é perfeito nos perdoa, quem somos nós para condenar nosso semelhante imperfeito, não é mesmo?
A vida é difícil, eu sei. Muitos são os obstáculos e maiores são nossas dores. Mas o destino humano
está nas mãos de cada homem e mulher. Somente nós podemos mudar o rumo das coisas.
Cada um de nós é senhor de seu próprio destino. Então, vá à luta e conquiste seus sonhos.
Mude seu destino, lute por seus objetivos, pois ao conquistá-los, estará em fim
pronto para ajudar outros a fazer o mesmo.
Avante, sempre em frente, consciente e pés no chão, e tudo vai dar certo.

Se eu sou tio-avô de minha sobrinha e minha sobrinha é minha nora,
o que minha sobrinha é minha:
Prima do meu filho?
Mãe do meu neto?
Filha de minha sobrinha?
Prima do meu neto ou minha netinha?
Vá pensando enquanto vou à cozinha,
mas quando voltar quero resposta para minha charadinha.

O tempo passa
passa o tempo
gaveta abre, gaveta fecha.

O sol aparece, o sol se vai
caneta seca, caneta nova
ontem aluno, hoje escritor.

E escutando o professor
Guimarães dizia:
- Do morro vem o recado.

E naquele vai e vem
lembrei-me das loucuras machadianas
dos sentimentos do mundo de Drummond.

Legado imortal
Quem vai continuar?
No mundo de palavras curtas
abreviadas.

Que vive apontando
no arrasta e aperta
esquece-se de pensar.

E a tinta vai secando,
os dígitos sumindo
e o ontem bonito vai se enquadrando
perplexo.

Vai geração mexe
vai canção cresce
vai criança brinque

Invente, tente
não congele
vai.

A seu jeito
porque a sociedade está
e você é.

O ontem, o hoje, o amanhã
e quem sabe a gente se encontra
e aí então você me conta.
Inspiração (Poesia premiada em 2016)

O último dia

Para quem poderia me entregar sem medo algum?
Morrer em algum braço no qual ao menos possa confiar...
Quero contigo poder estar, vivenciar cada instante,
Viver e poder vivenciar, uma aventura
De poder se juntar a outro ser
E com ela poder viajar.
E é assim que se vai a ladra os rumos,
Um canto um rumo de flores a se espalhar pelos caminhos.
Um rebolar-se de esperanças, de poder um dia sentir, e chega aos extremos,
Reviver cada instante e momento,
Abusar da vida, e se arriscar em seus braços,
Poder ir além, e ultrapassar as leis, desafiar cada obstáculo, ousadamente.

Uma rede a ser jogado em algum canto,
Prendeu-me, e não quer me soltar,
Estou sozinho, mas algo, prendeu-me,
Não sei como, estou solitário a sua busca.
Vida miserável, mundo em injustiça,
E tudo vira adrenalina de minhas vontades quebradas, e ansiedades que me matam.

Solta-me dessa caixa, solta-me dessa caixa,
Solta-me dessa caixa, solta-me...

Quero pular de cima das montanhas,
Quero sentir adrenalina,
Quero escalar os grandes montes,
Quero entrar no fundo do mar...

Ei, você que está aí parado,
Não quero ver ninguém em seu devido lugar,
Vamos nos espalhar por aí,
Chega dessa coisa enfileirada
A fila virara uma bagunça,
Vamos fazer uma baderna
Hoje será um som em confusões,
Barulho pra todo lado...
Se preparem, irmãos...
Amanhã se preparem,
Morreremos na solidão.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017.

Poetisa

O tempo floria de tuas mãos
Enquanto adentrava os céus.
Fitava aos infinitos vãos
E alteava teus constelares véus.

Tuas alas espargiam areias doiradas
De sonhos remotos, esquecidos,
Que voejavam águas afloradas
De gloriosos desejos enaltecidos.

Embalada por oceanos colossais,
Derruía e refundia perfeições.
Bosquejava arcanjos celestiais
Em impensáveis concepções.

Perpassava desenfreada
Pelos mais diversos astros;
Pela imensidão acalentada,
Plasmava à mundos vastos.

E assim perpassando ia...
Vasteando, criando...
Esculpindo-se em poesia
E mais galáxias semeando.

Foram dias cinzentos
que nunca mais quero lembrar,
verdadeiros tormentos
que nunca mais quero passar.

JUBILA CANÇÃO (soneto)

Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu

Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão

Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu

E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

Me pega
que eu me largo
me acenda
que eu te trago
me traga
que eu te entorpeço
me peça
que eu te faço
me laça
que eu te abraço
me caça
que eu te traço.

Dê-me um conjunto de letras
Que palavras formam
Que de letras conjunto darei
À forma, palavras

VOCÊ...

A falta de sua presença, machuca.
Meu coração numa cumbuca.
A saudade é sentida.
Na alma reprimida.
A solidão no íntimo.
Sinto falta do mimo,
hoje está mais apertada, dolorida ,
ferida...
Ouvi Bethânia, tomei vinho, fiz uma massa.
A emoção numa arruaça.
Queria você aqui.
Está saudade deflui,
na saudade de você!!!
Agridoce...
É estritor.
Com amor!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

Gosto das palavras que afagam, melhor ainda são os gestos que se traduzem diariamente.

Gosto dos poemas que encantam, melhor ainda são os versos declamados com sinceridade e carinho.

Gosto das músicas que nos embalam com suas letras, melhor ainda são as batidas de um coração ao som de uma bela melodia.

Palavras, gestos, poemas, sinceridade, carinho, músicas, coração, amor... O amor é a bela melodia da vida! O amor é simples e ao mesmo tempo grandioso por sua própria existência!

“Paisagens me fascinam
Palavras me ensinam
Sorrisos me encantam
Olhares me atraem
Corações me conquistam
Poesia é minha vida.”

INQUIETUDE

Dona coruja, cheia de rugas
em seu cacarejo... Pede ajuda
e na noite escura, com frescura
em cima de morro, estouro
Pedido de socorro...
Meu Deus, meus Deus
... Me acuda!
Pelas sombras sombrações
tudo cheio de tenções
lobos dragões
vidas cheias, supetões.

Já o curiango sem seu tango
faz o revoar de asas
em silencio, todo brando
... Lá vai o bando pela escuridão
o urro do lobo
ladrar de cão...
Topada no toco, escorregão.

Pela lama da poça d'água
pela noite enluarada
rompe a aurora
e vem com o dia, em euforia
ave-maria, ave-maria.

Antonio Montes

***

Numa noite de outono, linda e serena...
O frescor suave do vento acariciava seu rosto pálido sob o luar...
Pássaros da noite, tristes voavam...

Voavam em direção aos seus recantos, seus ninhos...
Em árvores secas e sombrias...
Estavam prestes a pousar...

Continuava ela vagando tristemente...
Eu observava e pensava... "Por que será?"
Sua alma se encontrava angustiada e aflita, eternamente...
Caminhando ia ela... O seu amado encontrar...

Amor misterioso... Lindo... Puro e verdadeiro...

Chegando lá... Ansiosamente...
Seu amor beijou-a docemente...
Lua cheia... Brilhosa... Sobre o mar reluzindo...
Estrelas cadentes no céu... No horizonte caindo...

Tudo seria perfeito quando,
Com lágrimas nos olhos...
Seu amado disse-lhe com tristeza sorrindo:
- “Amor da minha vida... Ao amanhecer estarei partindo!”

Amanheceu e seu amado partiu tristemente...
Deixando-a com coração partido.
E voltou a adormecer eternamente...
As coisas já não tinham mais sentido.

Pois de que adianta ter as estrelas, a luz do luar... Ter o mundo...
Se não irá mais o encontrar.
O amor, um sentimento lindo e mais profundo...
Mas muito difícil de explicar.

Anoiteceu e tudo ficou mais triste...
Saiu a noite pra contemplar o mar.
Lua cheia no céu, não mais existe...
Agora tão longe do seu amor, já não podes mais o amar...

"Queria poder desabafar.
Gritar aos quatro cantos do mundo
A minha dor e minha história em forma de poesia
A confusão da minha alma transformar
Na mais bela das utopias
Pego a caneta e rabisco mais algumas palavras
Transformando o papel branco e imaculado
Em um contador de historias
Explicando que sem a tempestade não há arco-íris
Que sem a derrota não há vitória
Que sem loucura não há lucidez.... " - (Fanfic: Evil Heir)

E você continua vindo.

Quando eu menos esperava, você apareceu.
Com aquele sorriso bobo e aquela desculpa esfarrapada.

Quando eu menos esperava, você veio cheio de vontades,
Com as mesmas certezas, com os mesmos detalhes.
Sem escrúpulos.
Sem caráter.

E eu me entreguei.