Poesia te Perdi
AS FLORES DO MAL
De João Batista do Lago
Vago-me como “Coisa” plena
pelo labirindo que me cidadeia
meus passos são versos inacabados
há sempre uma pedra no meio do caminho:
tropeços disruptivos que me quedam
na dupla face das estradas
espelhos imbricados na
memória experencial dos meus tempos
Vago-me como “Mercadoria” plena
atuando no teatro citadino a
comédia trágica dos atos que não findam
um “Severino” ou um “Werther” autoassassinos
transeuntes de suas identidades
perdidas pelas ruas das cidades
onde me junto e me moro nos
antros cosmológicos de experiências e memórias
Vago-me como o “Amor” sempre punido
tonto e perdido no meio da sociedade
donde me alimento do escarro possível
onde “sujeitos” sem experiência e sem memória
negociam os amores vendidos na
fauna de “humanos” prostitutos
segredados nos prostíbulos das igrejas:
lavouras de todas as flores do mal
Eu e minh’alma
De João Batista do Lago
Aqui, diante um do outro,
eu e minh'alma nos olhamos
‒ com olhares narcísicos.
Acima de nós um espírito que nos contempla
admirado e intrigado e esperando o primeiro verbo…
Quem, diante de nós falará a palavra inicial – ou terminal! ‒
num afeto magistral de dois entes que se amam, mas se destroem ao mesmo tempo,
na nave que nos segreda a milionésima parte dos nossos átomos
que nos tornam unos e indiferenciados?
A fogueira do tempo queima-nos diante da divinal espiral
que nos empurra para cima
fazendo com que dancemos os enigmáticos sons
que nos saem dos mais profundos átomos
que nos enfeixam de vida e morte,
como se vida e morte existissem!
Eu diante da minh'alma sou eu e minh'alma.
Sou único…
sou uno!
Sou apenas alma.
Sou apena eu.
Somos o átomo universal na cadeia infinita do universo
que nos produz como carnes e verbos
oferecidos aos lobos que se nos desejam alimentar.
Ó grande espírito que nos espreita,
se nós – eu e minh'alma –
tivermos que furtar o fogo para ajudar a toda humanidade
a superar seus atributos infernais,
assim o faremos.
Em nós – eu e minh'alma –
não há sentimentos de pudicas verdades…
O universo é o espaço e o tempo
que precisamos para gerar nos ventres cosmológicos
os sãos sujeitos de nós mesmos:
a trindade agora é perfeita…
é única…
é una
– eu, minh'alma e tu, ó grande espírito!
Entendido pois está o mistério:
Somos tão somente o verbo atômico universal.
ABORTAMENTO
De João Batista do Lago
Quando eu morri, um deus qualquer me pariu!
Na casa onde parido fui havia duas dimensões:
primeira delas o ventre-rio solitário e escuro;
na segunda parição tive por casa o mundo,
e sem me cortarem o cordão umbilical
vadiei pelos aposentos ‒ já ali sujeito obscuro!
Na primeira casa naveguei todos os sonhos.
Na segunda casa fui jogado para “Outros” monstros:
qual casa, então, devera seguir!?
Hoje percebo a casa que me é original:
hei-me aqui parido como filho primogênito,
expurgado para sempre para a mundidade do mundo.
Nenhuma outra casa existira; fora tudo ilusão
Sou-me de mim a única casa repleta de eus
Todos os meus aposentos revelam-se: meu Corpo
NECROFILIA
De João Batista do Lago
E esta carne que se me apodrece
a alma, o espírito e os ossos,
que fará de mim?
‒ Me danará pó
na consciência de todos
os condenados de miserável sorte!?
‒ Terei então dado a resposta do que sou:
antropoema nascido da vagina do universo,
sacrário que me guardará no ventre
do meu eterno retorno do mesmo;
Serei, então, o épico do humano
na minha própria comsmogenia
enterrado no sarcófago
da minh’alma errante e vagabunda.
INFANTICÍDIO
De João Batista do Lago
Minha barriga está cheia!
Preciso urgentemente defecar
as tradições que degluti
e que me foram impostas
pelas tradições de todos poderes…
Estou empanzinado!
Necessito cagar velhos poemas
não posso deixá-los crescer:
se os parir como alimentos
serei algoz; cometerei infanticídio
QUERENDO PELA VIDA TE QUERER
De João Batista do Lago
No meu coração
Há um mundo de paixão
Guardado só pra você
Querendo pela vida te querer
Viajar contigo as emoções
Entre versos e canções
No meu coração
Há um campo vasto de ternuras
Sensato, sublime e puro
Capaz de suportar todas as dores
E assim alcançar teu porto seguro
Contigo viver instantes de amores
No meu coração
Há um jardim de flores
Pronto para o aconchego
Ao raiar de cada dia
Fazer do meu coração
Tua eterna moradia
sexta-feira 13:
ter o coração do lado certo, amor para dar, coragem para fazer acontecer.
Hoje é dia de agradecer ainda mais a sorte de fazer parte do lado bom do mundo, agradecer a sorte de me rodear de pessoas que, como eu, acreditam que é de vontades e não de intenções que se move o mundo.
No mundo tereis aflições,
Nos alerta a palavra de Deus.
Mas a Bíblia também nos diz
Que o Senhor tem cuidado dos seus!
Então pra que tanta preocupação?
Descansa Nele o seu coração!
O Senhor do universo tudo vê,
E Ele fará o melhor para você.
Se deixar Deus conduzir a sua vida,
Mesmo que pareça não haver saída,
Poderá ver um milagre acontecer!
Creia nEle e deixe que Ele cuide de você!
MELANCOLIA
Não há nada mais catastrófico que um poeta de alma partida, é catástrofe em cada estrofe de maneira decidida.
A alma do poeta é onde contém sua arte,
E a divisão dela pode ocasionar diversos dilemas morais, em diversos dilemas poéticos, em dilemas ecléticos.
Dividir a alma de um poeta é quase uma contravenção, um crime sem punição, sim, quase, pois se tal não fosse partida, jamais existiria no mundo mais doce poesia de amor.
O poema de amor nasce da dor de um poeta magoado, de um poeta machucado, de um poeta alcoólatra e melancólico e viciado, de um poeta que cheira a desespero.
A melancolia que devia ser sua amiga,
Desaparece deixando apenas a garrafa de vinho barato na mesa, dando espaço para o remorso, arrependimento e a tristeza profunda, amarga e fria.
MONOTONIA
Eu ligo a TV e o tédio invade a sala,
Eu abro um livro e a amargura exala das páginas.
Eu ouço música e a solidão de não ter um par para dançar me apavora.
Tudo que resta são noites de angústia sem fim,
Sofrendo sozinha,
Calada e contida.
É possível ser só na multidão?
É possível ser triste na alegria?
Acordo sem querer acordar,
A luz do dia já não me traz alegria,
Queria ficar no escuro em meio à apatia e ali fazer minha moradia.
Dormir e morrer,
Morrer e dormir
Qual a diferença?
Se já morri a mil vidas atrás.
Doce café frio
Acordei, infelizmente
Vou me arrumar, expediente me aguarda
Já orei, e pedi proteção a meu anjo da guarda
Logo cedo, sinto que todos me encaram
Trabalho... e mais um dia eu foquei no sorriso de todos
Esqueci do meu, como sempre
Pois eu nunca me priorizo
Sou insuficiente o bastante para isso
E eu deixo você considerar isso mais um clichê
Um adolescente querendo escrever por 'aê'
Até porque, todos nós somos clichês
Você sabe disso
A noite chega
Tomo mais um gole de café
Já frio
Porém, ainda doce
Eu convivo com pessoas que vivem me elogiando
Como se eu fosse incrível
Falam que me querem, e para sempre
Mas como sempre, me trocam por um rostinho bonito
Mentira
Coisa que como todos, odeio
Mas cismam em mentir
E minha vida acaba como uma velha roupa colorida, pois
O ciclo está para retornar
Leio mensagens de quem diz me amar
Mesmo desconfiado
Acabo sendo recíproco, ele retornou, o ciclo.
- Oliveira RRC
HELENA, HELENA, HELENA!
É profundo...
É imenso, é inteiro,
Intenso e Verdadeiro.
Este amor quase perfeito,
É teu... Somente teu,
De fato, é de direito.
É sereno, sincero,
Este poema de emoção plena,
Que dedico a ti...
Helena, Helena, Helena.
Sol que ilumina meu viver,
Luz do meu querer, calor do meu calor,
Helena, Helena, Helena,
Meu doce e puro amor.
Gutemberg Landi
12.01.1988
Na curva do horizonte
o infinito deságua
e caímos nos braços da ilusão
vestida de nuvens e imensidão.
Na reta da tarde
a noite se aproxima
incendeia o céu
e se veste de paixão e dor.
No silêncio da aurora
a alma descansa e sonha
com mares mais azuis
com o sorriso da eternidade.
Para que sofrer a desdita
tudo passa ou passará
na reta ou torta linha escrita
que só a você caberá
O que lhe foi destinado
nem assim será certeza
siga outro caminho traçado
e nele lute com destreza
há um tempo provo da vulnerabilidade,
carne crua,
contato real.
despercebo.
não tenho lidado muito bem.
humano látex,
vulgar em demasia.
de mim, carrego um vendaval
que um dia suscitei.
ainda que inconcebível,
sem muito redemoinho.
digo, do interno
há que se provar desse sabor de ventos.
de ventos...
não menos poeira em vendaval.
digo, em movimento.
do mundo, o mito do mundo.
das barreiras ilimitadas.
das fronteiras em primazia.
do amor primário,
do bom dia interrompido.
do abraço não incorporado.
da frieza e quentura.
da pele,
a secura do que se é.
do que se tem sem escolher,
ou,
de que se tem, mas tem escolha?
do olhar, a perdura.
o movimento em descompasso,
da pupila dilatada
corroendo a lágrima do choro manso,
que deveria transbordar.
há muito, tenho provado
o quão não se deve provar.
de ciranda,
das quais um dia dancei
aprendi que em círculos não se ultrapassa
o que vem à frente.
mas o que vem à frente?
da incógnita,
a dúvida.
se não sinônimos,
antônimos.
teses ou antíteses.
sínteses.
da incógnita a incógnita.
a incongruência da matéria.
desmaterializada.
Debaixo da luz da lua,
Estou eu observando esse lindo luar.
A lua me lembrou de você,
Ou pelo menos um pedaço seu.
Você sempre me iluminou.
E como você, a lua está longe,
Sem eu poder tocar
Sem eu poder beijar.
Você é como uma obra de arte
Que está presa no corredor de uma casa.
Que está presa á um simples homem.
Mas que foi feita pra ser admirada
Pra ser amada
Pra ser cuidada.
Um desperdício de um pedaço feito por Van Gogh.
Você é poesia rara
Desconhecida.
Nem William Blake poderia te descrever tão bem.
Não melhor do que eu.
Você é poesia que implora pra ser escrita
Poesia que tem que ser admirada
Poesia que tem que ser amada
Se não, não consegue viver.
Ela é a luz do meu coração
E minha maior inspiração.
Me faz feliz,
Me faz triste,
Não importa.
Apenas ela é quem me inspira.
Eu sou poeta, e você poesia.
13.
Eu te amei no passado.... Mas será que eu seria capaz de amar de novo?!
Ontem eu olhei para o céu e senti uma saudade súbita de querer você ali, eu pedi as estrelas para que você voltasse e fizesse parte da minha galáxia novamente ou que eu pudesse te ver pela a ultima vez, acho que em uma outra era eu diria que te quero e que provavelmente eu te amo, em uma outra era eu pediria para que você parece de como Plutão que tenta desaparecer da minha órbita, porém a sua beleza ofusca e me atrai para querer tê-lo do meu lado.
Vem e faz parte da minha órbita, seja a minha galáxia, seja o infinito. Mesmo se os meteoros nós afetar, vem e brilhe ao meu lado, seja que nem Marte o calor intenso e veja a vermelhidão em meu rosto. Seja igual Vênus com ir para transbordar. Coloque um anel em meu dedo e deixa eu saturnar na sua órbita. Deixa eu invadir esse universo que é bagunçado e fazer mais bagunça. Prometo que serei como a lua, estarei até o amanhecer do sol com você. Não vou desaparecer igual Plutão e nem me tornar fria igual Urano.
Deixa eu saturnar na sua órbita... Sinta o impacto do sol e da lua juntos, sinta como um precisa do outro, sinta como eu preciso de você,!
Refúgio
Me leve para um lugar tranquilo
onde eu possa respirar
onde o sol nasce de manhã e por isso eu me sinto feliz.
Me leve para um lugar
onde dá vontade de sentir o vento
e não pensar mais em nada
só em quanto estou grata por estar viva.
Me leve para um abrigo de amor
onde eu amo e me sinto amada
onde não há dor
e se houver, que eu saiba que ela pode ser curada.
Me leve para um lugar
de esperança
onde eu possa crer
que vão existir dias melhores
e que a tempestade vai passar
é só acreditar.
Me leve para as montanhas
onde eu veja do topo que há vida
e que eu possa me jogar
sem medo de cair
sem medo de saltar
Me leve para os oceanos
onde transborda paz, esperança e amor
e que eu não fique só na superfície
que eu tenha coragem de mergulhar
lá eu vejo as estrelas, corais e mariscos
e quando eu subir novamente
possa ver de novo as estrelas no céu
com a certeza de que vale à pena
cada centímetro que se viveu.
Os céus demonstram a sua glória, Deus,
A natureza nos lembra o seu amor.
Criou um mundo tão lindo,
E fez tudo pensando em nós, meu Senhor!
Seu amor é tão grande, é infinito!
Sua bondade é perfeita, é sem igual!
Tu és Deus majestoso, pai tão amoroso,
És meu rei, meu amigo, meu descanso celestial!
Tudo o que quero, Senhor!
É ter a minha vida inundada com o Seu amor.
E por Sua bondade, faças chover sobre mim,
Chuvas de bençãos que não terão fim!
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