Poesia Sufoco no Peito
Há palavras que tornam momentos de solidão em revoar de estrelas. Palavras que trazem carinho e aconchego de ninho onde há o pouso do repouso. Palavras que tocam em pianíssimo aos ouvidos ávidos de sons que harmonizem o coração, estremecendo o corpo em êxtase. Palavras que abastecem e alimentam as horas, em que apenas o vento acompanha a viagem dos ponteiros no ranço do tempo que não para.
Suas palavras são cura para a alma, para as quais não tenho outras lindas e iguais. Apenas isso ...
Nas paisagens noturnas
a lua deixa suas marcas,
de uma luminosidade esmaecida,
outonando por todas as plagas,
e continua a vida...
À MINHA MÃE
Sei que a saudade, mãe! é bastante...
A esta, que não estou mais a teu lado
O aperto no peito, sentir, é constante
Vazio em vazio, um coração repicado
Aflição! Recordação! a cada instante
Ter... Volver, é um perceber replicado
De lembrança, no suspiro soluçaste
De ti, a falta, do teu amor tão amado
Minha mãe! Minha mãe! só saudade!
Estou com saudade! Cá lamentando
Passo a passo, a mais dura realidade
E aqui nestes versos tão maltrapilho
Minhas mãos, trêmulas, chorando
Lacrimejam saudades de teu filho...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Vejo a noite que se aproxima,
E o sol no derradeiro adeus
Todo o dia a natureza me ensina,
A grandeza de um poderoso Deus
FLORES EM TEU SORRISO
(27.10.2018)
Só contigo, eu consigo viver!
E sentir os sentidos do amor.
Nada mais irá mudar meu rumo,
Pois meu coração te faz caminhar.
No interior de mim!
Flores encontro por teu sorriso,
Que a alma apenas vem a se silenciar,
No tempo em que, tua face me resgata.
Chovem gotas esparsas, a esmo,
água, ternura da natureza,
onde tudo tem sentido,
um conforto e um carinho
Não tenhamos medo portanto
do tempo, nem do amanhã incerto,
nele haverá um alento
a suprir necessidades
Em meu canto, prometo,
em horas de escuridão,
sonhar com um algo melhor,
sempre, para todos e a mim,
Enquanto isso, percebo os pirilampos,
que voam piscando felizes,
durmo e sonho com a paz,
esquecendo o mundo e seus deslizes
OS ENCONTROS DA TURMA
(28.10.2018)
Não consigo andar sem viver...
Os encontros da turma que,
Sempre me faz tão bem,
Pois nos seus sorrisos, venho a entender!
Entender o quanto a poético do coração,
Traz os imensos encantos de uma paz,
A qual comove, envolve todo o meu ser,
Por isso sou grato, por despertar neste tempo...
O TEMPO CONTIGO
(29.10.2018)
Encontro-te em comunhão comigo,
Senhor Cristo Jesus de minha vida!
E nesta alegria de poder te sentir,
Meu ser comunga da tua essência.
O tempo contigo é tão preciso,
Que as vezes não sou digno
De estar na presença de tua paz!
Entretanto, sei o quanto me amas, mesmo tendo falhas.
Arrogância
A boca disse ´´Beije-me``
O nariz disse ´´espirro``
O ouvido ´´estou ouvindo``
Os olhos ´´estou aqui para ver``
Então por favor, fecha a boca, respire fundo, ouça e olhe para sua família
Já perdeu tempo de mais lendo poesia.
RESPOSTAS NO AMOR
Amo... vejo envasado em nobre sentimento
Todo o meu ser em fulgor, a alma em união
Contempla-me a glória, inteireza na emoção
Ame! - E deixe o mal com o seu sofrimento!
Sofro... quando me encontro em desilusão
De espinhos, arranhão, então fique atento
O desdém que humilha, não há argumento
Pois, o contento, se deixa levar pela paixão
Se tem irrisão, perdoe, o perdão é prece
Árduo é o caminho, e perverso a injúria
E ter um bom alívio é o que se esquece
Amor... amar... amo, trova dum profeta
Ao coração enriquece, sem ser luxúria
A eterna inspiração do ser, de ser poeta!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
NOITE ABSOLUTA
(31.10.2018).
Embriago-te minha alma de flores,
Que com o aroma devolvo a paz,
No qual sua inocência se perdera,
Por conta de não saber viver!
Nem mesmo contemplar a poesia,
No encantamento de seus versos.
E quando chega a noite absoluta,
Vejo-te em mim como um espelho.
DIVINISSÌMA PALAVRA
(01.11.2018)
Ò Cristo Jesus, meu querido amado!
Que a tua palavra penetre em minha carne,
Profundamente esteja inserida em mim
Como indentidade viva do amor cristão.
Ò mistério da encarnação!
Verso dos meus sentidos!
Peço que em cada frase da Escritura,
Venha escancarar as portas da alma.
Cosmos
Vamos apagar o caos das cidades
E descobrir em que parte esse caos é nosso
Vamos pôr o estresse na mala
E andar armados de amor próprio
…
Se nós transformarmos nosso caos em cosmos
Não aparecerá um arco-íris brilhante
Nos saudando : Good Morning
Welcome to Paradise
…
Não mandamos a chuva ou o Sol…
Se nosso caos de cada dia for cosmos
Será grande a alegria, colorido o mundo
Mais vibrante que Passárgada ou El Dourado.
…
Vamos apagar o caos das cidades
E descobrir em que parte esse caos é nosso
Vamos sorrir quando nos negarem o riso
E andar felizes por qualquer simples motivo
…
Não dá para controlar tudo,
mas dá pra guardar o lixo no bolso
Lixo da dor, amargura, estresse,
(Não jogar na rua do âmbito virtual).
…
Mudar aos poucos a si.
Mudar assim o mundo.
Não dá pra acelerar, à controle, o trânsito, a vida.
desligar o bebê que embira, na esquina
Mas dá para ouvir música tranquila, suave, rilex.
timbrada de alaúde, lira e uma voz dengosa
…
Mudar aos poucos a si.
Mudar assim o mundo
…
Sonhar…
De vez em quando, sonhar…
deixar a mente sambar em sonhos etéreos
Levar-se pelas belezas da paisagem rotineira
De novo, se encantar, como se estivesse em Eros
Paixão de primeira infância, por si mesmo, pela vida!
…
Vamos apagar o caos das cidades
E descobrir em que parte esse caos é nosso
Vamos nos permitir ser ósseos
E chorar quando precisar, com sinceridade
…
Não dá pra fugir das estultice
dos estressados, malucos, anormais
Sentem tão normais, legítimos
escondem em palavras lindas
Destroem diversas almas,
verdadeiros homicidas
…
[Mas dá para fazer terapia]
…
Não dá pra mudar os machos mal-educados
Mas dá para lutar enquanto se pode e falar
Com doçura, sem desgastar o salto de elegância
…
Porque guardar é caos
Pôr pra fora cosmos
A LINGUAGEM DO AMOR
Que o amor seja doloso e não venal
Que a musica embale a dançaria cabal
Aumente paulatinamente o ritmo da valsa
E vagarosamente vire tango frenético na graça
Do olhar-flecha o qual atravessa o singelo som
A gritaria dos motores lá fora não muda o tom
Cortesia quando segura, aperta afofando e dura
O tempo inteiro de um coma, segura, perdura...
Volta quando a maior nota aguda recomeça.
O ritmo esvoaçante, na melodia, ingressa
O corpo manobra nas esquinas da música
Cambaleia em pluma, na maior altura
E cai em tesoura aberta, nos braços
De quem já fez multifárias, esses passos
Marcham no trote cavalo Marchador
Firmam os passos sem mostrar qualquer dor
O lastro do vestido sustenta o mármore de pernas
O amor na música é, em suma, essa doce conversa
Íntegros corpos e almas, hermeticamente, unidos
Em uma uníssona nota, são de fora, confundidos
Até quando desligarem, em incógnita, o som,
Os acordes mentais repetirão o Pisom
E multiplicará em afluentes herdeiros
No vasto cristal de amor, o espelho
De rios surgirá o Crescente Fértil
As nuances do primeiro projétil.
Num desequilíbrio de pernas
Imprevisto na vontade eterna
Corações voam às alturas
Amor é tango, não luta.
INIMPUTÁVEL
A concatenação do texto é necessária
como cauterizar um sangramento o é
tirando uma hemorroida ou amputando um pé,
e deve progredir conforme a faixa etária.
Outrossim confrontar opiniões contrárias
conduz ao quebra-pau, edificando a fé
de que esta Humanidade é mesmo uma ralé
e vale a pena crer que exista coisa vária.
Porém a coerência é algo coerente,
refutando um sofisma além de insofismável,
pois sempre é sim, ou não, e coerentemente.
Procure terminar de forma inoxidável,
mantendo a hemoglobina azul ou transparente,
e um texto aí está, com siso, inimputável!
Marcos Satoru Kawanami
.
O GAMBÁ E A CONDIÇÃO HUMANA
Sarnento e definhando em mortuária
postura sorumbática cadente
aparece um gambá noturnamente
lá no pomar da dona Januária.
Em termos de gambá, tem faixa etária
de alguém que já viveu eternamente,
assombração albina e recorrente,
que é mais assombração por ser precária.
Não acho o que me diz o tal gambá,
talvez alguma coisa visceral,
alguma coisa ruim mas sem ser má.
Porém o bicho é feio, e, na real,
convocando a razão mais para cá,
cagaço não define a coisa mal...
Marcos Satoru Kawanami
.
Reticentes
-Dois pontos, travessão,
Mas o silêncio era completo.
…
-Dois pontos, travessão
Apenas uma reticências
…
Se todos os magos, cartomantes
Se todos os profetas e gênios
Pudessem ouvir aquela profunda
Pausa…
Não saberiam o que passava
Naqueles pequenos olhos
…
Só Deus poderia dar pistas
Mas, Ele também não quis
Guardou o profundo silêncio
Sigiloso daqueles olhos
…
Daqueles que eram profundos
Serenos… Moles… Lentos… Meigos…
….
Escondiam um universo inteiro!
Deixavam-nos navegar em dúvidas
Com medos, receios…
Mas…
…
Antes aquelas pausas profundas
Que uma boca torta que fala besteiras
…
Antes um segredo bem guardado
Que palavras lisonjeiras
…
Antes a morte da voz caduca
Do que a vida da criança boba
Loquaz, matraqueira
…
Antes a paz dos profundos
Silêncios e reticências.
Namastê
.
Namastê,
A quem roubou as flores do meu jardim
e foi embora
Namastê,
A quem jogou lixo pelo quintal afora
Namastê
Quem deixou a casa desarrumada
Namastê
A quem pendurou roupas sujas em meu varal
Namastê,
Para quem matou meu “pomar, amor cantar”
depois de usar,
usar e usar
Namastê e tchau.
Namastê,
Judas, amigo Judas
Namastê
em cada palavra arisca
Namastê
O coração de diamante não é riscado,
mas risca
Namastê
Porque o Sol nasce para todos.
Saúdo-os como Sol saúda a vida:
Sorrindo.
Sorrindo e dando tchau
NAMASTÊ.
Na boca: namastê
e no coração: Até nunca mais ver,
Mas sempre Namastê
Fazer o bem e não o mal.
Pagar com bem, o mal
Mas, nunca ser pacóvia
Nunca.
Namastê, aloha.
OLHA O VENTO PASSANDO
Olha o vento que vai passando,
Não se vê, e ele sopra sem parar,
Sobre os vales, nos verdes campos,
Nos amores que ficaram por lá.
Como eu queria ser esse vento,
Pra me envolver em teus cabelos,
Pode ficar nos teus sonhos,
Te defender dos pesadelos!
Muita vezes, sinto no ar,
Esse vento que sopra no meu rosto;
Sinto a brisa leve do mar,
Sinto te amar de novo.
Olha o vento que vai passando,
Varre os dias, vai embora
Corre os meses, segue os anos,
Mas não leva a nossa história!
Rodivaldo Brito - 01 de junho de 1980
A BORBOLETA
Uma borboleta bonita
Parecia uma coruja
Pintada por artista
Nas azas da figura
.
Vinha vinda da Atlântida
Pousou naquele jardim
Soube: era da criança
Que passava o dia ali
.
O menino tinha uma vaca
Ela pousou na Formosinha
O menino tinha uma casa
Ela entrou na casa vizinha
.
A borboleta não queria graça
Com aquele pequeno fazendeiro
O menino não recebeu congraça
Ficou irritado, chorou no travesseiro
- Loren Vencce
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