Poesia sobre Silêncio
PENSANDO EM NÃO TE PERDER
Autora: Profª Lourdes Duarte
A noite chaga, depois de um dia quente de verão
Sinto que a cada minuto que passa,
A saudade vem como uma tempestade
Atordoando-me e sufocando meu coração.
Tua voz tão linda ecoa como sussurro em meus ouvidos,
E a solidão vem me sufocar nesta noite vazia
quando vejo o tempo passar em vão
Sinto a tua falta a me maltratar.
Fecho os olhos tristonhos , mais uma noite
Que irei te sentir em sonho
Sufocada pela saudade e um desejo que inflama.
Aqui neste quarto, frio e silencioso
Lá fora a chuva cai molhando a terra
E o que sinto, me faz viver pensando em não te perder.
ESCOLHAS E ESFORÇOS
Profª Lourdes Duarte
A mente nos oferece mil opções, escolhas e o esforço correto para as conquistas definitivas. Ninguém pode fazer por nós o caminho, tudo depende do nosso esforço e persistência.
Pare então de olhar só para fora e de se impressionar com o sucesso alheio.
Olhe demoradamente sua consciência, sua harmonia interna; indague-se, faça
silêncio para que a verdade brote natural e que suas conquistas sejam trilhadas por caminhos que você traçou. Pense positivo e seja um vencedor!
A única possibilidade do encontro com o Divino perceptível, é ficando em silêncio equânime.
E calarmos, ou cessarmos as discussões mentais pra ouvirmos Deus!
Porém requer treino e tempo.
me sinto como uma Terra desconhecida
como uma ilha que ainda não conseguiram encontrar
não escrevo pra tentar ser poeta ou algo do gênero, escrevo porquê dói
escrevo porque a vida me rasga o peito
eu preciso ser decifrada, alguém tem de saber caminhar e conseguir sair do labirinto que existe dentro de mim
não sou um conceito, sou o silêncio encontrado em um enorme grito
"Me reservo o direito de permanecer em silêncio, sobre assuntos que possam me incriminar!"
O SILÊNCIO NADA MAIS É DO QUE UMA PÁRVOA CONFISSÃO!
Quando tudo fica desorganizado por dentro, eu quero apenas ficar em silêncio.
Até que tudo esteja organizado novamente.
Dizem que saber fazer silêncio é sinônimo de sabedoria. Em alguns casos pode até ser que seja "um bom caminho", porém, nunca o melhor. Quando o silêncio é usado para ferir o outro, ele se torna uma das armas mais martirizantes. Uma forma de agressividade passiva que, muitas vezes, é pura "descortesia".
Adriribeiro/@adri.poesias
Orbe demente e aloprado
De profusa escuridão que nos acossa
Utopístico silêncio que rebuscamos malogradamente.
Que sapiência seja amor
E amor axioma
Garimpar o Olhar da Alma
O garimpeiro ora a jazida.
O jardineiro colhe a flor da terra.
O pescador se faz rede de enlaces.
O que você faz?
- Eu avisto tempos com a sagração das palavras.
E o que lhe dizem as mesmas?
- Me ensinam a pensar silêncios e a descosturar ausências.
Então te sente bem eu nada ver de concreto?
- Tudo o que eu pressinto me será nascido ou repartido.
Mas como é nascer após já ter vindo ao mundo?
- É colher-se revelação e não ter-se assombro da existência.
Pois bem, nada temes, presumo?
- Ao contrário, receio os seres que não vêem com a alma.
Mas para que servem os olhos?
- Para elaborar estéticas.
É na alma que o olhar depura as essências.
A casa de agora,
É mortiça, a lucidez faz dela inabitável,
Cada canto moribundo está sombreado,
Todo móvel tem lembranças fantasmas,
O silêncio não é inocente,
O sentimento é uma densa fumaça,
Que impregnou a estrutura da alma desta casa,
Que não é mais lar, mas pedras sem graça,
Dissonâncias,
Consonâncias,
Perfeitas ou Imperfeitas,
Bemóis ou Sustenidos,
Dobrados,
Bequadros,
Trocados,
Tanto faz a regra,
Que toque o som de alma,
Para acabar de vez,
Com este silêncio,
Céu pardacento,
Emoldurado pelas copas das árvores gris,
Deitado neste colchão de cimento,
Embatuco para amenizar parte da minha cicatriz,
Me debatendo, desesperadamente, busco chegar a superfície. Evitei mergulhar a fundo em mim mesmo por muito tempo, mas fui sugado, lentamente, até me ver completamente submerso.
Como num lago escuro e vazio, tomado por um silêncio ensurdecedor que me grita de volta de forma incansável, me puxando cada vez mais para baixo. Tirando-me a força e o vigor de tentar novamente.
Então afundo em silêncio enquanto vejo os últimos raios de luz desaparecerem na superfície. A única coisa que penso é que minha cabeça deveria estar acima de toda essa água.
Temperatura cai, madrugada fria
Espera pelo dia, como quem espera a vida
Se encolhe no quanto do quarto pra se esconder
Mas fugir como se a guerra é dentro de você?
Teme a escuridão e o silêncio fala alto
Te deixando no chão, tomando sua fé de assalto
Não vê a hora da luz entrar pela janela
Quando o sol nasce e a verdade se revela
#OS #AMANTES
Era uma vez...
E isso é só um detalhe...
Algumas palavras de amor...
Algumas palavras de ódio...
Entre casos e descasos...
Entregas e posses...
Um refúgio...
Um sussuro...
Mal nos conhecemos...
E me eu coração pronto a pulsar...
Depois de um sorriso...
Estava pronto a lhe entregar...
Estranha nossa história...
Não ao erro perseguido...
Sim a verdade partilhada...
Um trabalho sem fim...
Dessa fábula encantada...
Meu corpo ao seu desejo violento...
Tantas vezes por mim desejado...
Quando a noite perdia o rosto...
Quando vivi com mais gosto...
Mas toda história tem seu fim...
E o silêncio dos amantes então se fez...
E o tempo lancinante nos esgotou...
Já não dá mais...
Tudo terminou...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Podemos enganar os nossos olhos, fingindo que nada estamos vendo.
Podemos ludibriar os nossos ouvidos, apagando os sons como borracha.
Podemos inclusive disfarçar os toques, calar as mãos, congelar os movimentos.
Podemos ainda, em completa incongruência, discursar para o silêncio.
Mas o que não podemos é fechar os olhos para os sentimentos,
nem deixar de ouvir o coração, muito menos parar de tocar nas emoções.
Porque, de forma silenciosa, o amor mexe com tudo dentro de nós
e nos dá sentido, e nos faz muito sentir.
POETA SEM PALAVRAS
Quando a poesia consegue calar o poeta
Roubar-lhe as palavras que se formam à garganta
Emudecer o que se queria dizer
O silêncio apresenta-se
Revela verdades
Dá forma a seus vazios
Responde perguntas não feitas
Suspende o tempo
Quando a poesia consegue calar o poeta
Deixa na boca o gosto das palavras não ditas
O silêncio invade suas cavernas vazias
Preenche o espírito
Um santuário para poesia se faz
No poeta sem palavras.
SONETO DO SILÊNCIO
Ah soneto! Porque do silêncio és um desvario
distendendo as noites cá pros lados do cerrado
dando ao poema o poder dum suspiro sombrio
quieto, maniatado, num ostracismo perturbado
Se a ausência e inação me provocam arrepio
o vento um chiado frio, impassível e agitado
se nada do que inspiro a efeito vale, é vazio
então, que eu não fale, sinta, e fique calado!
E, assim, nestes meus sentimentos impuros
sem perfeição, e no coração tão inseguros
tal uma prece, que oferece, pra atingir-te-á
Faço súplica, compadecido de fé e de fervor
ó solidão, vai-te, assim, de partida com a dor
e a paz voltará e sobre mim de novo descerá... (o amor!)
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de setembro, 2021 – Araguari, MG
