Poesias sobre rosas
Floração poética,
Mais amor do que emoção,
Rosa imortal em esplendor,
Assim sutil me apresento,
Cubro-te com o meu amor,
- o maior sentimento
Pinto a nossa constelação,
- íntima e luminosa
Descoberta e estrelada,
- autêntica
Floração em movimento,
Uma contemplação mútua,
- ao extremo
Do pico do amor tremendo.
Floração extremada,
- externada
Consentida, indiscreta
E assanhada...
Floração perfumada,
- e apaixonada
Por causa dessa paixão
Secreta que tenho por você.
Com fascinação própria,
- arte e luz
Fui agraciada ao ver,
A Lua cor-de-rosa,
- maravilhosa
Beijando o mar.
Aos passos, tateando,
- experimentando -
E exortando a delícia
De contemplar a cena,
Que talvez não se repita,
O mar se deixando beijar.
A Lua ao beijar o mar,
- acabou beijando-me
E seduzindo-me,
Acabou enfeitiçando-me,
E completamente doce:
acabei entregando-me.
Vai a excelsa presença,
Perfumando uma rosa,
Roseando em prosa,
Versando Magna poesia,
Seguindo pela senda,
Cheia de Celi nostalgia,
Terminei de ler:
Amenidades Poéticas
- livro de Magna Celi.
Como quem sorri,
Poesia que se sente,
Respira, tateia e se veste;
Poesia que se importa,
Mesmo sem ter hora,
Para abrir a porta da mente.
Palavra que não desmente,
Letras em contas, que bordadas
Perfumam, trovam e provocam;
Amenidade poética, chave–mestra,
Ela vai ao ponto que te interessa:
Flor e pé de laranjeira, pé na Terra.
Com rimas de anjos,
E métrica dos arcanos,
- e toda a sabedoria da Paraíba
Contou em cada verso a sua vida,
Revelando um perfume agreste,
Àquele aroma que se tira das estrelas,
E que sensibiliza o humano e o celeste,
Inundando os mundos com todas as belezas.
Sem ter vergonha
nenhuma e como
quem arranca
as pétalas de uma
rosa com a boca:
Nos lábios teus
os meus arrancam
os teus beijos,
Porque por ti sou
perdidamente louca.
Com a companhia
da Lua amável
e você no coração,
esta cena me vem
quase todo dia:
No transe da ambição
que sacode deste
corpo o pó da rotina,
Porque és encanto
e luxuosa perdição.
Uma inspiração
travessa que dança
nos campos meridionais
fazendo com que
não desista do nosso
encontro jamais.
I
A Lua pegou
a cor-de-rosa
emprestada
da Kanzan,
E eu que roubei
um beijo
sabor hortelã.
Flores da árvore...
II
Flores amarelas
da Ukon são gotas
que escorreram
da Lua-de-Mel
de um romance
entre ela é o céu.
Árvore e suas flores...
III
Gyoikou-zakura
têm flores verdes,
Como o céu tem Lua;
E estão para nascer
de um amor que
tem como prever.
Árvore com flores...
Da rosa damascena
a pétala solitária
carregada pela brisa,
Só do meu amor
é que você precisa,
e ninguém há
de nos desencantar.
Da mesma maneira
que você comigo
anda sonhando,
Da minha parte
não consigo seguir
adiante disfarçando.
Da rosa tremenda
a pétala repousada
na grama como sinal
da tempestade que
há de ser passageira
e das geminídeas,
elegi ser a Lua sonsa.
De tudo teu para mim
que tens premeditado
Da minha parte
a recíproca é verdadeira,
A boca segue muda
e o coração cantando.
Debaixo do lendário
pé de Jequitibá-Rosa,
Ainda aguardo uma
resposta que saia
da caneta azul,
E melhores tempos
venham para o Sul.
Há poucos dias
de completar
dois anos de injusta
prisão que o General
se encontra tenho
escrito poemas
para a Lua
para ver se alguém
ainda me escuta
que não ando contente
neste continente;
Não é mais segredo
para ninguém
que o dólar aumentou,
o petróleo caiu
o Império entrou
e Cardenal
para o andar de cima foi.
O povo não descansa,
mas não dorme em paz
nenhum coração de ditador.
Nesta noite triste
e no seu auge
com a pureza de
uma rosa branca
mística e martiniana,
De queixar o meu
peito não se cansa:
Não vou parar
um só minuto
daqui para frente
de me queixar!
Lamentando o sol
da igualdade e o seu
desmaio sob violento
golpe pelas mãos
imundas na Bolívia.
Não vou parar
um só minuto
daqui para frente
de me queixar!
Sentindo mesmo
medo da população,
baleada por não
ter entendido
o quê é elementar
e com solidão
no quartel no Ceará.
Não vou parar
um só minuto
daqui para frente
de me inundar!
Com tudo isso
acontecendo
aqui neste nosso
continente sigo
ainda sem crer
naquilo que li:
que um herdeiro
das glórias de Bolívar
pode perder tudo
o quê conquistou
nesta vida
só por discordar.
Não vou parar
um só minuto
daqui para frente
ao infinito rogar!
Não posso parar
pela tropa universal
e pelo General
um só minuto
de pedir para o Sol
da justiça os libertar;
não posso parar
até a reconciliação
a todos reencontrar.
A ROSA QUE NASCE NO INTERIOR DO AFETO.
Do Livro: Primavera De Solidão. Ano: 1990.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Há um instante em que o coração compreende o que a razão sempre hesitou em admitir: ninguém se inclina a decifrar outro ser se não houver, dentro de si, uma chama que o mova. Conhecer alguém não é um gesto automático; é um desvelo que exige paciência, vigília, escuta, quase uma peregrinação íntima. E quando alguém percorre esse caminho para dentro de você, não o faz por curiosidade, mas por ternura silenciosa.
É por isso que a rosa única tem força maior do que todas as demais. Há muitas espalhadas pelo mundo, mas apenas aquela que recebeu nossas mãos, nossas dúvidas, nossos cuidados e nossas noites insones adquire sentido verdadeiro. Ela não é rara por natureza, mas torna-se insubstituível pela intensidade com que a amamos.
Assim também acontece com as pessoas: o mundo está cheio delas, porém só uma toca a alma naquela profundidade em que o tempo perde peso e a memória se converte em abrigo. São essas almas que nos aprendem, que nos escutam por dentro, que se detêm em nossos medos e tentam compreendê-los como se fossem seus.
No fim, amar é escolher uma só rosa num jardim infinito, e conhecê-la até que o perfume que dela brota passe a perfumar também o que somos. É essa escolha que transforma o ordinário em destino e o encontro em promessa de permanência.
Entre Espinhos e Estrelas.
" Só senti as dores da minha rosa quando me feri nos seus espinhos. "
Antes disso, eu apenas a contemplava sem compreender que a beleza também pode ser uma forma de abismo.
Há perfumes que embriagam a alma antes de feri-la,
e há sentidos tão suaves que, quando se vão, deixam cicatrizes invisíveis.
A vida não se revela a cada dia mas a cada segundo.
Ela se insinua em lampejos, no intervalo entre um suspiro e outro,
quando o coração se distrai e o tempo aproveita para nos ensinar algo.
E o que aprendemos não é o que queríamos,
mas o que precisávamos para continuar respirando entre as dores.
Descobri que toda rosa carrega o peso do seu próprio espinho,
assim como cada amor traz consigo a possibilidade da perda.
Mas ainda assim quem recusaria o toque de uma rosa,
sabendo que ela é o instante em que o eterno decide ser belo por um momento?
Minhas lágrimas caem nas estrelas,
e o céu, compassivo, as recolhe como se entendesse o idioma do meu silêncio.
Há dores que não se dizem apenas cintilam.
Elas se transformam em luz quando a alma não encontra mais lugar para escondê-las.
E então compreendo: o que dói em mim não é apenas o espinho,
mas o amor que ainda pulsa, mesmo depois da ferida.
A rosa não me pertenceu e, ainda assim, foi minha,
porque me ensinou que a beleza é o instante em que o sofrimento decide florescer.
Há quem olhe para o céu em busca de respostas;
eu apenas observo as estrelas e choro nelas,
porque nelas reconheço o brilho das minhas próprias quedas.
E quando o vento passa, sinto que a vida
essa estranha combinação de dor e deslumbramento
ainda me sopra o perfume daquilo que perdi.
E é assim que sigo:
entre espinhos e estrelas,
entre feridas e perfumes,
aprendendo que amar é, talvez,
a mais bela forma de doer.
Versos Intimistas que se
espalham com as flores
do Ipê-rosa e de maneira
amorosa escrevem poesia
para te trazer no afã de viver
comigo a nossa história
sem deixar para trás quem
somos fazer da rotina
como hábito ser maravilhosa.
Sob um Ipê-rosa
com um caderno no colo
escrevendo os meus
Versos Intimistas
pensando no absurdo
que se passa no mundo,
Não mantenho mais
a aparência em nome
da tolerância com quem
fala com cordialidade hostil,
com quem fala palavras inadequadas,
com quem despreza a minha
presença e com quem
só me procura quando precisa.
Olhando para o Ipê-rosa
busco o meu refúgio
para que nada neste mundo
destrua por dentro
o quê guardo em Versos Intimistas
e a cada surgimento
de novas inspirações e poesias.
Recebi a dádiva de escrever
Versos Intimistas
com as cores das flores
do Ipê-rosa para fazer
você morrer de amores.
Com o Ipê-rosa-de-folha-larga
plantei a minha inspiração
e os meus Versos Intimistas,
Porque a vida não é fácil
para ninguém e temos
sem que buscar algo que
nos faça seguir com coragem
todos os dias e além,
A poesia sustenta o ânimo
e sempre nos faz bem.
Versos Intimistas
cobertos pelas pétalas
do Ipê Rosa Bálsamo
são asas que me levam
sempre longe,
Quero me declarar
para você e não sei
nem por onde começar,
O quê tenho que
fazer é apenas esperar.
Madrugada outonal
na minha Pátria terrenal
desabrocha o meu
Ipê-Rosa espiritual,
Sei que viver por aqui nos
põe num desafio sem igual,
Não se deve deixar
perder o quê é transcendental.
Deixar que o Ipê-rosa
nos enfeite com as suas
pétalas nesta tarde de inverno,
Ser a dona do seu sorriso
sincero e fazer dos teus
abraços todo o meu Universo.
Contemplar um Ipê-rosa
pela manhã ensolarada
na minha Cidade de Rodeio
aqui no Médio Vale do Itajaí
faz sempre o meu peito
agradecido por tudo aquilo
que vivi e sei que vou
viver daqui para frente contigo.
A Primavera da reciprocidade
deve existir em todas as estações,
Por isso mantenho o Ipê-rosa
das minhas poéticas emoções
sempre preservado de tudo
para ninguém fazer o meu
coração em relação ao amor
se sentir derrotado na vida,
Viver é uma tarefa dura que
deve ser feita com genuína alegria.
