Poesia sobre a Seca

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Desci o vale encantado do teu corpo.
Com o meu corpo a arder.
Como arde a madeira seca numa fogueira.
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O tempo passa
passa o tempo
gaveta abre, gaveta fecha.

O sol aparece, o sol se vai
caneta seca, caneta nova
ontem aluno, hoje escritor.

E escutando o professor
Guimarães dizia:
- Do morro vem o recado.

E naquele vai e vem
lembrei-me das loucuras machadianas
dos sentimentos do mundo de Drummond.

Legado imortal
Quem vai continuar?
No mundo de palavras curtas
abreviadas.

Que vive apontando
no arrasta e aperta
esquece-se de pensar.

E a tinta vai secando,
os dígitos sumindo
e o ontem bonito vai se enquadrando
perplexo.

Vai geração mexe
vai canção cresce
vai criança brinque

Invente, tente
não congele
vai.

A seu jeito
porque a sociedade está
e você é.

O ontem, o hoje, o amanhã
e quem sabe a gente se encontra
e aí então você me conta.
Inspiração (Poesia premiada em 2016)

DENTRO DA TARDE

A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
Cheia de melancolia, deita o fim do dia
Sobre cabelos de fogo tão encarnado
Do horizonte, numa impetuosa poesia
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado

O mistério, o silêncio partido pelo vento
No seu recolhimento de um entardecer
Sonolento no enturvar que desce lento
Do céu imenso, aveludado a esbater
No entardecer, seco, frio e, sedento

Perfumado de cheiro e encantamento
Numa carícia afogueada e de desejo
Seca e fria, a tarde, tal um sacramento
Se põe numa cadência de um realejo
Numa unção de vida, farto de portento

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

ALVORADA NO CERRADO (outono)

O vento árido contorna o cerrado
Entre tortos galhos e a seca folha
Cascalhado, assim, o chão assolha
No horizonte o sol nasce alvorado

Corado o céu põe a treva na encolha
Os buritis se retorcem de lado a lado
Qual aceno no talo por eles ofertado
Em reverência a estação da desfolha

Canta o João de barro no seu telhado
É o amanhecer pelo sertão anunciado
Em um bordão de gratidão ao outono

A noite desmaia no dia despertado
Acorda a vida do leito consagrado
É a alvorada do cerrado no seu trono

Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano

LÁGRIMAS INTERNAS
Noite fria, alma seca, vida solitária
Pensamentos vagando,dor no peito, saudade insana,
alguma coisa em mim vai buscar longe uma recordação...
Nem sei se eu vivi mesmo o que lembro agora.
Nem sei ...
Mas essa saudade me revira pelo avesso e
me faz mergulhar num mar profundo de silêncios ,
de vazios , de desalentos.
E a chuva cai lá fora e aqui dentro estou fora de mim nessa busca de alguma faísca de ilusão que valha o momento.
Nada me alenta !
Uma lágrima escorre em meus olhos como se o mundo estivesse caindo sob minha cabeça e a solidão me doma ,
me rouba os segundos em que o meu silêncio só grita por ausências !
Ausências do que inda nem sei se de fato existiram ou
se são delírios desse momento.
Luz do abajur, vidro embaçado, silêncios exacerbados,
Meu corpo quer dormir e minha mente berra.
É hora de desistir de novo de mim.
É hora de partir para fora de mim!
As paredes gritam insanas e o instante se torna
um buraco imenso aqui dentro !
Preciso ir !
Pernoitar n'algum canto que me traga alento e
sonhos vestidos de encantos !

Vaqueiro!

Essa dor me consome
sem dó nem perdão
a água que some
resseca meu chão
a seca e a fome
transforma meu nome
em herói do sertão.

Qual gotas de orvalho na seca
Temperança no desespero,
Luzes na escuridão,
As doces lembranças que ficam
Trazem Paz ao coração.

Armas da seca!

O sertão ainda encara
o sol forte e cristalino
a água distante e rara
tem as armas do destino
e a seca é quem dispara
a bala da dor que vara
o coração do nordestino.

À latitude de 48º do final de Câncer,
Haverá uma seca devastadora.
Peixes no mar, rios e lagos boiarão,
Devido ao fogo no céu.

Nostradamus

Nota: Centúria V, Quadra 98, descrita no documentário "Nostradamus: 2012" do Canal História

É assim no sertão.

Aonde a seca maltrata
o linho não é páreo pro couro
pão é mais caro que prata
água vale mais do que ouro
macambira é melhor do que nata
jumento é mais forte que touro.

Recompensa Divina

Da pior seca dos últimos tempos
Ao período que mais choveu...
Com Deus não há tempo ruim
Não desampara quem Dele careceu

O pasto está crescendo
O gado engordando
A barragem sangrando
E o povo agradecendo

Graças a Deus,
É a chuva que chega ao sertão
Para fazer de 2013
Um ano de muita recordação

A seca e o Nordestino

Ah! que saudade eu tenho
Do meu sertão quando chovia
Que enchia nossos rios
De uma noite para o dia
A fartura em nossas casas
Nesse tempo existia

Não faltava em nossos lares
Milho, arroz e feijão
Produzíamos ainda mais
O ouro branco do sertão
Ah!que saudade sentimos
Das safras de algodão

Por falta de sorte
Ou por desgraça talvez
Os nossos rios secaram
Todos de uma só vez
Nunca vi coisa igual
Nem tão grande estupidez

As nossas culturas morreram
Ou já não produzem mais
Já está faltando água
Até para os animais
Crianças choram com fome
A miséria é demais

O sol que nos castiga
Inclemente e brasador
Que queima a nossa pele
Que causa tanto calor
Mas não queima a esperança

Não mata nossa fé
No Cristo, o Salvador
Não queima do Nordestino
Sua honra, seu valor
Não vai destruir
Força, Esperança e Amor.

Para sempre em meu coração

Eu chorei uma lágrima, você soube como secá-la
Eu estava confuso, você iluminou minha mente
Eu estava perdido, você me resgatou
E levantou-me e deu-me dignidade
Você me amou!

Você me deu força quando estive sozinho
Para encarar o mundo por minha conta de novo
Você me fez sonhar com o que parecia impossível
Tão alto foi esse sonho que eu quase podia ver a eternidade
Você me amou!

Eu cheguei a acreditar que não era você
Não podia acreditar que era verdade
Eu precisei de você, e você estava lá
Eu não tinha forças e você não desistiu de mim
Fui um tolo, mas finalmente encontrei alguém que se preocupou comigo

Você segurou minha mão quando me senti inseguro
Quando eu estava perdido, você me levou para casa
Você me deu esperança quando eu estava acabado
Você transformou meus sonhos de novo em verdades
Você até me chamou de amigo

Me chamou de filho
Disse do seu amor para comigo
Me deu esperança, me reviveu
Sabe o que eu tenho a dizer sobre isso?
Eu simplesmente te amo JESUS

TEMPO DE ACASOS

O tempo muda tudo
A arvore cresce
A agua seca
A tabua empena
As pessoas nao sao mais pequenas
Elas tambem mudam com o tempo
Os quietinhos se tornam bagunceiros
Os do fundão se tornam os primeiros
Ja os primeiros, esses se transformam
As vezes pra mal, mas a maioria tem um gande futuro
Pois esses da vida sao certos com impostos e juros
Aproveitam suas chances e sabem reconhecer que nada acontece por acaso
E que a vida é como uma cama elastica
As vezes voce cai e tem sempre uma pessoa que continua pulando e nao te deixa levantar
Mas esse tempo serve par voce descansar e começar a pular de novo.

PEDRA
(Rayme Soares)

Os olhos não arregalam
A boca não seca
Não acelera o coração
E nada desperta

A mente se cala
A fala se quieta
Nem fede, nem cheira
Nem serve de alerta

Sem sal, sem saliva
Uma pálida face
Sem ida, sem vinda
Nem morre, nem nasce

A flor da indiferença
A cor do desinteresse
É triste omitir-se
E deste modo não ver-se!

Até na seca Deus sabe desenhar... saudades desse lugar.
Nascido no mato, criado no concreto.... na simplicidade eu me encontro.
Há quem diga que não vive sem o luxo... no final de tudo todos estaremos mortos, cansados por correr atrás de coisas que não eram eternas...

Pequena.

Seus cabelos e olhos já não brilham mais
Sua boca está seca
Em sua pele pálida marcam os ossos
Em suas mãos um lenço branco
Para enxugar as lágrimas que já não caem mais.

O sertão tem algo que me encanta
e não é o sol
e não é a seca...
muito menos as cidades.

O que me encanta de verdade no sertão
são os sertanejos,
é o jeito deles,
aquele jeito simples de levar a vida.

Realidade!

A seca maltrata o chão
nessa dura realidade
peço a Deus em oração
a chuva da fertilidade
porque assim é o peão
quem nasceu para o sertão
não se cria na cidade.

Porteira!

Por trás dessa porteira
eu só tinha felicidade
mas a seca traiçoeira
me mandou para cidade
do meu gado na cocheira
e da minha gente ordeira
me restou só a saudade.

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