Poesia Poema Natureza
“ Há momentos na vida que é preciso parar,
parar de querer,
parar de correr atrás,
parar,
dar um tempo,
para a cabeça e o coração...
Amor de mãe...
Embalou-me em seus braços
Aninhou-me em seu colo
Protegeu-me dos meus medos
Livrou-me do escuro
E me deu confiança
Alimentou-me de amor
Deu-me banho de vida
Cobriu-me de sonhos
Iluminou-me com seus olhos
E me deu segurança
Proibiu-me de deixar de sonhar
Ensinou-me a andar sobre a lua
Mostrou-me o caminho das flores
Livrou-me dos amargos sentimentos
E me deu esperança
Ouviu-me com seus ouvidos sempre atentos
Preocupou-se mais com meus problemas do que eu
Despertou-me para as belezas mais puras
Ensinou-me seus conselhos de mãe
E me fez a sua eterna criança
Incentivou-me a acreditar na bondade
Fez-me ser um ser melhor
Trouxe-me alegrias coloridas
Fez-me sua amiga filha
E me mostra todo dia seu amor de mãe
Por mim, desistiu de desistir
Para mim, cuida dos meus descuidos
Por mim, cria encantos em desencantos
Para mim, constrói pérolas em simplicidades
Simplesmente por ser mãe
Fez e faz,
O que ninguém mais
É capaz
O arco-íris é um presente divino,
que, no horizonte, ao longe nos seduz,
traz nas cores o brilho da eternidade
e a muitos sonhos nos conduz
Ah... sonhar é coisa de poeta
que faz versinhos ao léu,
mas saibam que ele tem por meta,
tocar o arco-íris e o céu...
Minha Bagunça
Desculpe a bagunça da minha vida
Não imaginei receber visita
Principalmente nessa hora
Que tanta água cai lá fora
Mas o que te traz aqui ?
Já deseja ir ?
Não é sempre que alguém entra
E me traz boa presença
Mas se quiser faço um chá
Para a gente relaxar
E enquanto a água cai
Toda preocupação se vai
E quando a água parar
E o tempo se acalmar
Você pode partir
Para onde quiser ir
na esquina do cerrado
com a sequidão
me perdi calado
me vi na imensidão
me tornei alado
na abstração
na poesia
na imaginação
da noite vazia...
Virei um sobrevivente
me vesti de fantasia
a lua tornou-se confidente
enquanto ruminava ousadia
de uma solidão presente.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Maio, 2016
Cerrado goiano
Divino
Que aprendas a alimentar tua alma
Com a certeza de evoluir
A cada final do dia.
A sabedoria é uma grandeza
Feita de pequenos grãos;
É preciso se ter humildade genuína
Lapidada no peito para saber reverenciar
O instante quântico com extrema gratidão;
Pois, se há algo divino, é o momento.
Acorde feliz
com a imponência
do maestro Sol,
Lá fora,
regendo a canção
do novo dia,
todo cheio de Si ...
Nos ocasos, nos causos e que tais
a poética é mesmo pura nascente,
deságua d'alma, não cessa jamais
e as vezes incomoda muita gente...
" Por que não choras
Curitiba.
esta secura não te faz bem
nem combina
e vamos combinar
tuas águas são deliciosas
meu medo é que depois, um pouco nervosa
virem pedras
ou desaguem de uma só vez
todas as lágrimas do teu chorar...
Se eu te amasse, me amaria?
mas amaria de verdade?
porque tudo pode ser utopia
e falta de seriedade...
Quisera poder abrir tua alma
Folhear as páginas da tua essência
Desvendar cada capítulo teu
Decifrar tuas metáforas
Sublinhando versos inteiros...
...Então me deleitaria em ti
Na leitura dos teus dias
Nos mistérios ocultos em cada verso
Não acrescentaria nada!
És uma obra perfeita
Bem acabada
À qual eu recitaria vezes sem fim
Até que saberia de cor cada parágrafo
Deste livro de poemas que és para mim!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
SONHO
Danço
Me distraio do mundo
Me solto, presa aos teus braços
Consciente da tua respiração morna
Entrecortada
A música ao fundo
Cadenciada
Nem sinto meus pés
Deslizo pelo assoalho
Voo por teus universos
Teu cheiro de âmbar
Alucinante... Cantante... Dolente...
Em ti bailo
Desfaleço
Sonho flutuante
Esqueço do mundo
Das dores do mundo
Em ti desfaleço
És tudo
Nesta dança em que me enlaça perco o tempo
Perco o siso e o juízo
Chego ao meu fim
Enquanto te faço meu eterno,
breve, recomeço.
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
BENDITO AMOR
Nossos corpos entrelaçados
Neste espaço ambíguo
soltos um no outro
Universo perpendicular
Particular à nós somente...
O ar viciado
Contaminado pelo nosso hálito
Dentro, compasso ritimado
Espaços preenchidos
Arfar, gemidos
Conexão dislexia...
Bocas que se encontram
Lábios que se chocam
Peles que se abrasam
Um universo em movimento
Completo
Cármico...
Em nós toda forma de amar é bendita!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
Teu cheiro inebria meus sentidos
Narcótico alucinógeno
Me deixa quente
Carente
Dolente
Dengosa
... À mercê do teu querer
Isso,
é tudo o que desejo!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
FANTASIAS
Ah, se tu chegasses
nesse instante chamado agora,
sem nada dizer me calasse a boca
de uma forma muito louca
com sua boca a me beijar!
...E vestisse a minha pele
com tua nudez a me roçar...
Bem passiva eu ficaria
Escrava de um só dono
Sussurrante, latejante,
rouca...
Sem nada pedir
Tudo entregar, tudo aceitar!
Eis meu devaneio mais profundo,
pertencer-te neste mundo,
tirar-te das minhas fantasias.
Me entregar sem reticências
( Inocente indecência)
Ao meu homem
Ao meu amante
Ao meu senhor.
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
"Gosto do gosto da tua boca não somente na minha saliva
Sua boca tem gosto de estrelas
E estrelas nas nossas noites meu bem,
excita meu universo sem fim!"
Elisa Salles
Vento... carinho
que despenteia os cabelos,
mal sabe ele que
da vida tentamos
desfazer os nós de novelos
que ela faz sem receio
sob fortes ventos emocionais
que muitas vezes...
nos deixam de joelhos !
CONSTRUÇÃO
Quero ser assim
Tal qual passarinho que constrói seu ninho
Um graveto por vez
Cada qual com seu tamanho
Uns fortes
Outros delicados
Pedacinhos de galhos que pareciam perdidos
Juntos viram ninho
Quero ser assim
Tal qual colcha de retalhos
Com tantos pedaços
Remendos
Que cresce aos pouquinhos
E sua beleza é trazer em si
Pedaços que não eram seus.
ITINERÁRIO
Hoje eu escolhi o caminho mais longo.
e deixei ser apenas um cisco
o objeto da minha distância.
Hoje eu quis ter asas e romper setembro.
como icaro querendo morada no sol .
Mas como fugir daquilo que levo por dentro?
se sempre me perco entre prédios famintos ,
engolidores de gente.
Com suas sombras gigantes
e suas solidões geométricas.
Cai em buraco
Era tão fundo
Que nem cavaco
Dava conta de puxar
E lá era escuro
Mas tão escuro
Que por mais maduro
Não conseguia enxergar
Minhas roupas rasgadas
Meu corpo surrado
Mostrava mesmo
Que era fundo o danado
Nada cooperava para a saída
Nada gelava minha investida
Que quente ficou
Quando o desequilíbrio fincou
Debati daqui
Debati dali
E fui amolecendo meu couro
Que me falaram vale ouro
E não abra mão
Mas eu coração de peão
Força de leão
Subi num cavalo alto
Me vesti de virtudes
Não me enamorei de vissitudes
Olhei horizonte afora
E a bondade de quem me namora
De longe a olhar minha vida
Não me dou audácia de meter
Falou calmamente
Estarei aqui quando você entender
Que o direito é direito
E não faz sofrer
Que o buraco fundo
Te faz tecer
Grandes correntes te amor
Grandes colchas de ternura
Enormes rotas para fugas de amarguras
E a gente vai e volta
Volta e vai
Até que com puxão continuo
Saímos da deflagração com mimo
E fortaleza de farol
Enxergando tudo de longe
Sem prejudicar
Sem se abalar
Sem vangloriar
E segue estrada
A certa não a errada
E vai na certeza que quem ama cuida
Nada esconde
Não arrepende
Não mente
Como demente a simular
Que o amor não gera tristezas
Gera a nobreza
A gentileza de entender o acabar
A ternura do formar
E a alegria do compartilhar
24/01/18
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