Poesia ou Texto Amigo Professor

Cerca de 22799 frases e pensamentos: Poesia ou Texto Amigo Professor

É uma força que faz a terra girar.
Teoricamente ela deveria ir perdendo a resistência ao longo do tempo, mas o movimento espiral mostra que estamos indo para o núcleo, numa viagem com data marcada, quando enfim seremos tragados por ele, pode demorar milhões de anos, mas um dia a terra será sugada pelo sol, dando fim a tudo que existe. Acredito que nesse exato momento a terra será uma acumulado de metano e hidrogênio, gases altamentes explosivos e tóxicos. Pela maluquice desse, (ou não) texto, seriamos apenas uma fábrica de combustível a caminho, para alimentarmos o fogo do sol...
Podem me chamar de louco...

Inserida por OscarKlemz

As estrelas piscam e brilham,
pequenas luzes distantes,
ilumina os meus instantes,
nos instantes que neblinam.

Essas luzes delirantes,
que no brilho da lua se homizia,
onde está os amores apaixonantes,
que desejei e que amei algum dia?

Perambulando no horizonte,
de leste a oeste,
a procura do acalanto,
onde o sol escurece e traz um novo dia.

Inserida por gnpoesia

hoje ela é grande, uma adulta
não come mais doces, só frutas

os fios de ovos da padaria
estão em silêncio na memória

dela e minha, guardados
devem estar misturados

com outros fios, elétricos,
químicos, líquidos

mas não tem importância
que fiquem assim na lembrança

ainda não sei fazê-los
nem quero; chega lembrá-los.

Inserida por pensador

Mudamos esta noite

E como tu
eu penso no fogão a lenha
e nos colchões

onde levar as plantas

e como disfarçar os móveis velhos

Mudamos esta noite
e não sabíamos que os mortos ainda aqui viviam

e que os filhos dormem sempre
nos quartos onde nascem

Vai descendo tu

Eu só quero ouvir os meus passos
nas salas vazias

Inserida por pensador

Devo dizer que sempre preferi
os versos feridos pela prosa
da vida, os versos turvos
que tornam mais transparentes
os negros palcos do tempo, a dor
de sermos filhos das estações
e de andarmos por aí, hora após
hora, entre tudo o que declina
e piora. Em suma, os versos
que gritam: Temos as noites
contadas. E também
os que replicam:
Valha-nos isso.

Inserida por pensador

Ao fim da noite, no frio do táxi, pousas
a cabeça no meu ombro – e assim entramos
duma vez e inteiramente na nossa vida.
Lá fora, pelo contrário, tudo perde realidade;

há em toda a parte um sossego abstracto,
as ruas parecem pintadas – betão entre
as árvores – numa tela baça. Vamos por lugares
que não reconheço, a minha geografia é vaga

e omissa como a dos velhos cartógrafos
que desenhavam um mundo cheio de espaços
em branco. É onde estamos agora, num
intervalo do mapa rente à primeira manhã –

que será a nossa e também a última.

Inserida por pensador

Que mais podemos fazer?
Este amor é um país cansado

que não nos deixa mudar.
O medo cerca as fronteiras

e a capital é Nenhures,
cidade de perdulários

e pequenas ruas tortas
onde vem morrer a noite –

aqui estamos ambos sós,
desunidos, extraviados,

não há táxis na praceta
nem cinzeiros nos cafés

e perdemos os amigos
entre as curvas de um enredo

que deixámos de seguir.
Mas não era nada disto

o que tinha na cabeça
ao começar a escrever:

os versos chamam o escuro,
abrem os portões ao frio

e eu quero estar nas colinas
do outro lado do rio.

Inserida por pensador

Vejo-te um pouco como se já não houvesse
uma casa para nós. As grandes perguntas estão aí
por todo o lado, onde quer que se respire, dentro
dos próprios frutos. É o começo da noite
e os cinzeiros já estão cheios de meias palavras:
porque escolhemos tão pouco
aquilo que nos pertence?

Vejo-te de olhos fechados enquanto me confiavas
a tua história – à mesa da cozinha, quase um espelho,
quase uma razão. As minhas canções preferidas
pareciam convergir para ti a certa altura, dir-se-ia
que te vestias com elas. E no entanto
como se apressaram as grandes florestas a invadir
as gavetas, como misturaram as raízes
no eco que fazia o teu desejo contra mim.

Inserida por pensador

" Deveria sobreviver
a duras crises, faltas
devaneios
renascer sempre
invertendo a lógica do abandono
sendo supremo, imortal
digno de eternidades
de abraços apertados
de farto tesão
e sendo apenas amigo
pudesse acompanhar sem pretensão
apesar de audacioso, imprevisível
ah!! o amor
antes fosse um oásis
que matasse a sede do mundo
mas é miragem..

Inserida por OscarKlemz

Ó Mama África!
Tu que vistes teus filhos serem arrancados dos teus seios.
Sentiu o estalo do chicote que ardia feito fogo,
No tronco eram castigados, sem mesmo serem culpados,
Só queriam liberdade para todos.

Ó Mama África!
Teus filhos ainda sofrem o mesmo castigo,
São marginalizados, desvalorizados, oprimidos...
Mas tu ensinastes teus filhos a ter resistência,
São guerreiros natos,
E jamais esquecem sua essência,

Ó Mama África!
Teus filhos vêm reconstruindo a história,
Lutando por liberdade.
Tem um preto em cada canto do mundo, Transformando a sociedade

Inserida por luane_farias

FELIZ ANO NOVO
_
Rolhas pelo ar, tudo está para recomeçar...
Um brinde ao arrependimento
E Dois últimos a este sentimento.
Três passos solitários...
Deus perdoe meus pecados.
Estraguei tudo mais uma vez,
Sei que me odiarei até morrer
Mas agora não me abandone,
Pois Preciso de você!
Eu lhe prometo que será a última vez.

Inserida por zack

Sensações \sǝ̃o̧ɔɐsuǝS
_
Flutuando sobre os ecos de minha mente
Pude perceber,
O quão vasto era os sentimentos
que tinha por você.
Ressonância de corpos e sentimentos abstratos,
memórias tão fragmentadas
Consoante aos passos que tínhamos dado.
_
Fez-se Verão insólito e índole,
Proeminência de afetos desleixados
E alimento de obsessão mística opressora
_
Era recessão de memórias passadas,
Interferidas pela casualidade.
O destino que transcendia nossas almas,
Foi tão incerto quanto a ressonância
que tínhamos pelo certo.

(2018-2019)

Inserida por zack

44 MINUTOS APÓS A MEIA NOITE
_
44 minutos após a meia-noite
Os demônios fica à espreita
As palavras são reprimidas
E a tristeza de outrora desbota
_
44 minutos após a meia-noite
Maldição subjuga os
sentimentos
Solidão ganha linhas e contornos
E um grande nó permeia minha alma
_
44 minutos após a meia-noite
Já não sou humano ou demônio
O maligno esmorece o coração
O abismo entoa uma ode à derrota
Magenta tinge o véu negro
Torno-me noiva do abismo
E refém dos sentimentos.

Inserida por zack

Para cada porta fechada há sempre muita história não contada.
Pessoas que nem sempre te apetecem precisam estar do lado de dentro.
As vezes são te impostas e levam se por ruídos e atropelos,
E quando sabemos que há luz e cores dentro de nós passamos a receber os dias sem nostalgias.
Dentro desta porta carregamos sempre espaço para o que é verdadeiro neste mundo,
E aqueles que fecham são incapazes de enxergar que as vezes é do avesso onde esta nossa maior coragem se seguir mais um dia feliz.
E ai qual seu plano para hoje?

Inserida por geraldo_neto

A flor do bigode

Uma flor brotou no bigode daquele homem.

Nasceu uma e depois a outra.
Elas ficavam lá o tempo todo.

Ele era tão engraçado
que aquelas flores traziam
beleza ao seu rosto
e uma fragância matinal ao seu nariz!

Ele se perguntava: porque estas flores nasceram aqui?

Então eu pensei: deve ser porque você é diferente!
É uma pessoa privilegiada!
Nem todos os bigodes tem flores!

Inserida por niviarodrigues

De tanto procurar, achei

Eu tô meio sumido por aqui
Achei quem sempre quis
E sei que sente falta de mim, aqui ou ali
Mas achei quem pode limpar a merda que fiz

É que eu enjoei das discussões com Deus
Após o grande retorno
Abri os olhos e percebi que não sou ninguém comparado a ele
E que não seria nada sem eles

Eu enjoei de muita coisa
Por conta do grande retorno, claro
Eu tinha medo dele voltar e mudar meu pensamento
Mas ele não mudou, apenas achou

Ah, o ser humano é curioso
Amamos falar que os outros erraram
Talvez até devessem mudar
Mas a gente não percebe o nosso erro

E aí, quem nasceu primeiro?

- Oliveira RRC

Inserida por OliveiraRRC

De vez em quando há vozes e risos,
De vez em quando há silêncios momentâneos
E em certos dias há silêncios profundos,
O subjetivo que caracterizam você nada mais é do que a foça daqueles que te atribuíram.
Há pessoas que esperam acertos e esquecem dos próprios erros. Vou levando a minha vida assim no caos destes sentimentos, deixando do lado de dentro das portas fechadas o meu próprio avesso.

Inserida por geraldo_neto

Decisão

Decidir sabiamente é ter responsabilidade
É não se dar ao luxo de exercer a imaturidade
É ter que analisar cada ação e reação
Sem deixar que na balança pese mais a emoção

Decidir corretamente é lançar mão do julgamento
E não se dominar pela vontade num momento
É entender que a colheita é fruto do que plantamos
E depois não amargar com os tormentos que enfrentamos

Escolher um caminho um ficar ou um partir
Exige sempre muita crítica e muita calma
Pra saber a hora certa em que se deve decidir

Decisão nem sempre é fácil, mas necessária para agir
Decisão é respeitar que decidir é renunciar
E quem decide sabe quão difícil é ter que decidir

Inserida por Luizgsp

OPULÊNCIA DA VELHA SENHORA


De João Batista do Lago


São Luis – essa Velha Senhora! ‒
Quanta opulência ainda te mora
Segredada em teus casarios
Nas tuas ruas estreitas… sombrias
Em tuas pedras de cantarias
Nos becos de todos os Desterros:
Sombras que tatuam teu presente!


Teus poetas sequer desconfiam
Do mal luso em ti segredado
Desconhecem as tuas patranhas
Amam-te ‒ todos! ‒ enganados
Porém ‒ eu ‒ sei das artimanhas:
Teu altruismo de vãs veleidades
É “Quimera” colonial


Cantamos os teus azulejos
Declamamos as tuas sacadas
Nos extasiamos com telhados
Pintamos de orgulho toda Ilha
Porém não temos sentimento
Para enxergar toda obviedade:
Índios e negros marginais da cidade


O ‘fausto’ da Velha Senhora
Expande-se à Caxias e Alcântara
Onde também se cantam versos
Da nobiliarquia maranhense
Onde suas gentes nobilíssimas
São almas per se condenadas
Por algozes do algodão e arroz


Do estratagema dominante
Monta-se a treta arrogante
Miscigenam-se as nacionais
Com filhos de comerciantes
Garantia do futuro ufano
De escravagistas sociais
Casta de senhores feudais


É dessa casta que aparece o
Estupro da preta escrava
Nos casarios e nas senzalas
Sob o manto desses silêncios
Relicários da velha igreja
Estuprada pelo vintém
Perdoará pecado senhorio


É desse caráter social
De fonte lusitana tosca o
Genocídio do povo indígena
Ainda hoje aqui perpetrado
Pelo lusitano esquálido
Que se imagina proprietário
Da nação timbira sem terra


A Velha Senhora impávida
Desfilava só sua opulência
Sobre as pedras de cantaria
Sua carruagem sempre rangia
No lombo negro que sofria
A mesma desgraçada sorte
De um Souzândrade ameríndio


Atenas fez-se por encanto
Pensando ser toda sua glória
Esparta faz-se na história
Ainda hoje na sua memória
Retém os grilhões dos infantes
Almas penadas que vergastam
Ruas e becos da Velha Senhora


Índios… negros ‒ sempre! ‒ excluídos
Remetem a uma não Paideia
Mesmo que a opulência planteia
No imaginário dum só poeta
Por certo haverá miséria na
Opulenta Ática timbira


Amo-te ‒ Ó Velha Senhora! ‒
E quanto mais amante sou
Te quero livrar dos pecados
Dar-te o fogo dos numinosos
Ver-te livre das injustiças
Saber-te mãe eterna: virtude
Plena de toda alteridade

Inserida por joao_batista_do_lago

AS FLORES DO MAL


De João Batista do Lago


Vago-me como “Coisa” plena
pelo labirindo que me cidadeia
meus passos são versos inacabados
há sempre uma pedra no meio do caminho:
tropeços disruptivos que me quedam
na dupla face das estradas
espelhos imbricados na
memória experencial dos meus tempos


Vago-me como “Mercadoria” plena
atuando no teatro citadino a
comédia trágica dos atos que não findam
um “Severino” ou um “Werther” autoassassinos
transeuntes de suas identidades
perdidas pelas ruas das cidades
onde me junto e me moro nos
antros cosmológicos de experiências e memórias


Vago-me como o “Amor” sempre punido
tonto e perdido no meio da sociedade
donde me alimento do escarro possível
onde “sujeitos” sem experiência e sem memória
negociam os amores vendidos na
fauna de “humanos” prostitutos
segredados nos prostíbulos das igrejas:
lavouras de todas as flores do mal

Inserida por joao_batista_do_lago

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