Poesia ou Texto Amigo Professor
Único...
És único... Nossos fragmentos se juntaram
Encaixaram-se...
E qual duas estrelas chocamos... Tu e eu!
Tu és único no mundo!
Serei única pra ti!
Assim como nossos corpos segredam juras de amor
Em meio ao silêncio
Meu coração há muito tempo perdido bate junto ao teu
Cadenciado... Ritmando musicas
Espalhando notas musicais... Belas... Românticas... Primaveris...
... Dentro do teu alcance...
DESEQUILÍBRIO
Se entre nós existe
palavras cerradas
o não que insiste
o frio das madrugadas
um olhar triste
debruçar-se na janela
um horizonte enriste
paisagem com cancela
distância vindo a pé
o que me resta, dela
é eu passar um café!
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
Guardo na gaveta
Minhas joias raras
Que não estão à venda
Não empresto
Não alugo
A lembrança
Os amores
As boas recordações
E quando a saudade aperta
Abro a gaveta
E lá volto ao passado
Que foi ontem
Outro dia
Muito tempo
Minha história de vida
Errando...
Foi que aprendi
Chorando...
Foi que valorizei
E amando...
Tive a certeza que fui feliz!
SONETO DA SOLIDÃO
Eu estou completamente solitário
Passa o dia, vem a noite, agonia
A tarde entristece, cinzenta e fria
E eu aqui no cerrado, destinatário
O por do sol, de belo, virou nostalgia
Numa clausura da saudade... Unário
Eu, vejo o tempo não mais temporário
Tal folha de outono sem a autonomia
Nesta sequidão aumenta o itinerário
Do místico e algoz retiro em infantaria
Avançando firme, sendo um breviário
A solidão na vida, tornou-se relicário
Onde o tempo ora neste árido sacrário
Em cadência nas contas da melancolia
Luciano Spagnol
30/06/2016
Cerrado goiano
Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.
Ariadne
Mainha disse que falta leite
Piada se tornou
Mainha disse que falta o pão
Piada se tornou
Mainha disse que faltou o que comer
Piada se tornou
Pega a pasta dental
Passa na língua
Bebe água gelada, dorme menina
Com cinco anos aprendi esse macete
Tem merenda?
Hoje é farinha com açúcar
E antes? Na hora de almoçar?
Tem arroz e cinco pedaços miúdos de
carne de sertão
Que é pra combinar com sua idade e
também com o seu tamanho
Cadê o papai?
Saiu cedo para trabalhar!
Mal sabia eu
Não havia emprego algum
Papai ia na fé
Andando procurando um bico
Da cidade que morávamos
Até a cidade vizinha
Mamãe me arrumava
Colocava eu e meus dois irmãos
para ir à escola
Sempre na despedida nos dizia
"Estudem e se comportem."
Na lancheira as vezes um milagre
Cream Cracker com doce de goiaba
A noite chegava
Era a reunião familiar
Papai suado, cansado e assado
Mamãe na cozinha
Catava as migalhas para pôr no jantar
Todos unidos ao redor da mesa
Agradecemos a Deus em oração
A gente não reclamava
Simplesmente agradecia
O bom humor e a fé
Era o que nos renovava
E assim a vida a gente seguia
Foi nesse período da vida
Que aprendi com os meus sábios pais
Que rir é o melhor remédio, sim
Para cada problema que surgia
O bom humor era a solução
Agora que me fiz crescida
É assim que levo a vida
Com bom humor
Sempre com um riso pronto
Posso ser vista como imatura
Por dos problemas da vida eu sempre rir
Mas pra quem teve uma infância dura
Esse é o melhor caminho a seguir
*Gabriela Oliveira
27 de fevereiro de 2016
01:40 AM
@sejaamodaantiga
Sou do tipo que ri
Dou risada mesmo
Em qualquer situação
Meu riso pode ser alegria
Pode ser tristeza
Um susto
Pode ser raiva
E também incerteza
Porém não se assuste
É bem fácil os identificar
Pare, me repare e pare
De me julgar
Não sou imatura
Ou insegura
Só é assim que com a vida
Aprendi a lidar
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
No relógio está o anúncio
Meia noite já badalou
O corpo se sente cansado
Mas a mente trabalha
Como nunca trabalhou
A cada minuto uma ideia
Em cada suspiro a inspiração
No papel desliza a caneta
Que seguro em minha mão
Paro e penso por um segundo
E acho que o poema está um lixo
Um lixo, sabe?
Igual ao meu coração
Que já sofreu tanto (coitado)
Por ti que nem se importa
Se o que escrevo é para o seu endereço
A propósito, preciso saber
Você sabe que tenho um ig?
Por favor, trate de me seguir!
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cerveja
Vem ser, me veja
Que eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cachaça
Graça acha
Se eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de uísque
Me Leminski
Eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Restou o vazio
O coração frio
O escuro calado
Que nem o silêncio fala
É nessa hora, que eu vou
Lhe amar.
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Mutação
Retratar o cerrado em vão eu cismo
Pois dele tento pintar o que se sente
Nem sempre sobra vestígio contente
Hão de surgir outros sem ser egoísmo
Porém eu, triste, cá tento ser presente
E o mínimo prazer me é eufemismo
Tentando me convencer no ceticismo
Que sopra desventura a mim somente
Sinto um misto de um cruel racionalismo
Também, pesares de um pesar diferente
E a solidão que sinto, não é radicalismo
Se ter saudade do mar não é prudente
Me condenam. Aqui tento mecanismo
Pra ficar no cerrado com olhar ardente
Luciano Spagnol
01/07/2016
Cerrado goiano
SONETO DUM AMOR
Na cata dum amor, sincero
Nos rogos sempre andei
De vários, muitos esbarrei
E no acontece, eu espero
Se para além do ficar, olhei
No tempo eu não desespero
Na sinceridade sou austero
E de tudo muito encontrei
Agora, será assim, mero
Um amor convim, eu sei
Se não, eu não quero...
E assim vou, e assim irei
Se eu não tiver amor vero
No fado. Pertinaz buscarei.
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
SONETO NA MADRUGADA FRIA
Madrugada fria, no cerrado, lua no céu
Confidente, luzente, criando imaginação
Que faz do vazio, menestrel desta solidão
Nostálgica, que rascunha pesar no papel
Com duas estrelas ali caídas ao chão
Uma pulsando a saudade ao peito fiel
A outra querendo memorar feliz cordel
E assim, as duas, ditando a sua versão
Então, nas linhas, somente verso infiel
Chorando dos dedos, suspiros em vão
Já no tempo, perdidos, em veloz tropel
Oh, madrugada fria, consinta a emoção
Sair desta letargia de estar aqui ao léu
E dê ao versejar doce e leve inspiração
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
ACIDEZ
Quando aporta em minha porta
com suas perguntas,
atrás de respostas...
Tem gente que não se importa
outras, simplesmente dão as costas.
Todavia a mim, importa...
os desfecho d'essa vida torta
o amargo d'essa torta,
nem todos gostam...
A falta de rumo
a barriga vazia
o ruído da broca
o estrago do dia,
as agruras da vida...
nunca estão de partida!
Antonio Montes
DE MARIA
Enquanto a ladeira do morro descia
Maria crescia, Maria corria,
saltitante saldava o povo e dizia
bom dia! Bom dia...
Maria dava bom dia e sorria
Ladeira abaixo descia
toda feliz a cantar
o povo do lugar aplaudia
... Maria vai encantar.
Maria já bem crescida
aos passos.galgando o declive
as luzes do morro acendiam
e os olhos com risos nos rostos
alegria, alegria... Alegria.
Maria fazia folia
Maria dançava de dia
era samba no pé era bamba
de salto e do alto olhava
por cima do ombro sem tromba
Maria agora namorava.
Um dia...
Maria virou mulher
cresceu o ar de sua graça
dava passadas na praça
Maria toda empinada
até parecia uma garça.
Amou e casou por amor
tão logo teve a sua cria
cheia de alegria e dor
o conforto desconfortou
Maria na chuva tremia.
O morro molhado desabou
e passou reto pelas curvas
e o povo gritando... Que horror!
Meu Deus, meu Deus nos acuda!
O sol raiou no amanhecer
em seu clamor, Maria entristecia
Maria então chorou
com lágrimas de chuva que corria
pelo quinhão,
pela vida que não tinha
Maria sabia, Maria sabia...
Que viver, todavia valia.
Achei o amor
Achei o amor, o insolúvel enigma
para os deuses, mas real para homens.
Achei o amor, em meio à contradição,
entre o medo e o abismo.
Achei o improvável, o que ninguém presumia
o teorema das águas e do fogo.
Achei o amor, a soma do equilátero
do infinito, sem medida.
Achei a consumação de tudo, do fim e do meio,
achei o etéreo-efêmero.
Achei o amor, o impossível, o imanente,
o átomo divisível, sem cor, nem corpo ou gênero.
Evan do Carmo
A BELEZA DO MUNDO
Lastimo-vos, ó homens estéreis
que não conheceram o amor
senhores ricos e poderosos,
donos dos céus e das estrelas
mais pobres e desafortunados
que na vida não se rederam
ao encanto da musa
nem à penúria do poeta...
Lastimo-vos, ó mares e rios
fontes e florestas, campos e jardins
todos os encantos da natureza
serão ignorados pelos amantes
toda beleza do mundo está no amor
na alma e nos olhos de quem ama.
EVAN DO CARMO
Meus versos são sempre iguais...
Não me ouves... Minhas palavras pra ti são mudas...
Mesmo que eu te fale de pássaros de flores e de amor...
Teu coração pra mim é surdo!
Eu contava todas as estrelas que via
Mas numa delas quase te vi...
Caminhei sobre a onda fascinada pelo mar...
Achei que te encontraria no mar
Mas era tudo fantasia... Sonhos de uma poeta...
Ironias do destino!
Assim daqui pra frente te darei o meu silencio...
Saberás então que este amor poderia ter sido eterno...
Se mais tarde pensares em mim podes lembrar-se
***de ti já me esqueci!***
E em doce murmúrio ouvirás minha voz que
Cantava pra ti noutras eras!
"" O amor é um auê
é você
é o quê
o amor é um dengo
um chamego
um vem cá
o amor é a loucura
um pouco de procura
é um sei lá
o amor é a fantasia
a própria ironia
de ser sem se saber por quê
e quando é
adora cafuné
que dirá algo mais
o amor é mais que um bem querer
talvez seja simplesmente
a magia que faz tudo de bom acontecer...
Canção dos passarinhos
Nada abranda a canção dos passarinhos nas manhãs...
parecem cantatas de saudades infindas...
Eu da minha janela
Viajo no topo da brisa... Sou vagante no enigma da vida...
Ou talvez uma semente deixada ali e que germinou da melancolia...
E ficou a recordar doces momentos...vividos!
"" E se eu disser que é amor
pedir para você voltar
trazer o sorriso, a luz
seria pedir demais
e se eu sussurrar que é para sempre
mesmo que seja uma pequena mentira (desculpe,não posso perder a fama de malandro)
e se eu mudar, comprar um terno
ler um livro
pentear o meu cabelo
te honrar
deixar de lado a minha vontade
para ser a sua
o que seremos???
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