Poesia ou Texto Amigo Professor
Pequenas cifras & Grandes amores
Eu sou do grupo
Das pequenas cifras
E grandes amores
Eu sou do tipo
Que coleciona cartas
E aprecia o cheiro das flores
Aprendi que não a nada melhor
Que um sorriso de graça
Cheio de graça
De menina apaixonada
Entendi que cofres
Foram feitos para ficarem fechados
Protegidos, escondidos
Já o coração
Esse precisa de constante bombeamento
Tem que está aberto ao momento
Pra funcionar com precisão
Os meus contratos
Faço nos contatos
De alma com alma
De palma, na palma
Assinados com sorrisos
Renovado em abraços
Selados com beijos
O brilho nos olhos
Dispensam cobranças
É a concordata
Previamente assinada
Entre os corações
Eu sou fornecedor
E freguês
Sou um grande burguês
Distribuidor de amor
Para adquirir minha franquia
Basta a simpatia
E disposição para amar
Dispenso avalistas
Burocracias
E outros, blá, blá, blá
Eu sou do grupo
Pequenas cifras
E grandes amores
Aqui é sem concorrência
Pode vir, nosso lance é somar
Eu não vou ignorar
Eu não vou ignorar
Quem está a ignorar
A força do amor
Irei onde preciso for
Mergulhar nas águas mais gélidas
Para aquece-las com meu calor
Não estou a fazer julgamentos
Nem tão pouco juramentos
Vou só caminhando
A cada rotação
Vou iluminando
Com a luz do coração
Vou gotejando
Sobre cada pedra
Sentimentos de união
Remar sozinho
É estar à deriva
Remar juntinho
É a minha pedida
Seguir no fluxo
Celestial
Da corrente bendita
Aprender o que é o amor
E aceitar as despedidas
Compreender que não sou peixe
Eu sinto dor
Mas posso cuidar das feridas
O peito aberto
Feito a alma
Eu sigo resolvendo meus carmas
É com a força do amor
Terrorista do estado harmônico
Eu vou explodir
Eu vou explodir
Tudo isso aqui
Estou desatando
Os nós
Das dinamites
Presas em minha garganta
Vou colocar a bomba de sangue
Que tem em meu peito
Estendida na pista
Eu vim em missão suicida
E garanto
Eu garanto
Que ninguém vai sair daqui com vida
Eu sou o terrorista
Eu sou o terrorista
Do estado harmônico
Eu vim explodir em amor
Receba-o
Receba-o
Mas só se capaz for
Eu sou
Eu sou
O terrorista do estado harmônico
Eu carrego comigo
Poesia, amor e alma
Canhões de luz
Granadas de afeto
Mísseis de solidariedade
Venho armado
Até os dentes
Com meu sorriso largo
Eu detono bombas
Em meus abraços
O meu campo está todo minado
Recheado de flores
Num mundo lúdico cheio de cores
Eu sou o terrorista
Eu sou o terrorista
Do estado harmônico
Eu vim explodir em amor
Receba-o
Receba-o
Mas só se capaz for
Eu sou
Eu sou
O terrorista do estado harmônico
Solidão
A solidão é o espelho
Da minha alma
Com ela fico desnudo do ego
E assim me revelo
Nos versos que sou
Minha companheira
Fiel escudeira
Senhora da reflexão
Solidão
Fico tão bem contigo
És meu abrigo
E confio na tua inspiração
Retiro de nossas conversas
O extrato da sabedoria
Extraio de mim
Forças que nem sabia que tinha
Renovo as energias
No contato com meus guias
E me jogo solto
Sou guerreiro solitário
Que não tem medo
De remar no sentido contrário
Do mar da multidão
Antes só do que
Mal acompanhado
Carrego comigo esse ditado
Assim como os guias
Que caminham ao meu lado
Amiga solidão
Não se afaste não
Pois é você que me aponta
O caminho da evolução
Porque hoje é domingo
E porque hoje é domingo, meu bem
Eu preciso de você...
Não precisa trazer nada
além daquele sorriso imenso
Intenso
Que me cativou a ternura...
Venha meu bem..
De mãos vazias
Mas traga o coração cheio de amizade
Daquela gentileza sóbria
Doce
Que acaricia meus sentidos
E embala minha esperança
nesse dia de domingo...
...E só porque hoje é domingo
o sol nem precisa sair
Ficamos juntinhos
Embalando sonhos para a nova semana
Nos permitindo ilusões
e borboletas azuis
no jardim.
Venha amor...
Hoje é domingo
e não quero vazios
Quero sua presença acalentante
Sem poemas sombrios
ou versos melancólicos
Hoje basta-me você
e a poesia.
...porque hoje é domingo!
Ah como é um engano esta vida...
Como é amargo solver a ingratidão...
Esmago este dia ...E outros também...
No meu silêncio guardo a dor do teu desamor...
De quem nunca deixará de te amar...(filho)
E recordo palavras quais punhais em meu peito
No entanto esta poetisa louca vive... Ainda não virou estrela
Mas conto-as todas as noites e as transformo em dia
E choro nas aguas negras do Rio...!
Constatação
Onde estão, meu bem...
Onde estão os nossos momentos?
Aqueles tempos tão cheios de sonhos
Carregados de uma eternidade tão latente
Tão potente,que poderia mudar nossos mundos
apenas com o toque dos nossos dedos...?
Nossos desígnios, meu amor, onde estão?
A realidade deles era tão tangível...!
Perderam-se em meio às brumas do tempo?
No esfacelar das horas...Dos anos
Da nossa juventude
Perdida, ainda que não esquecida.
Mas o amor se perde?
Quando o amor se perde?
Desde quando o amor se perde?!!
Talvez o amor não se perca
Apenas desista
...Ou ainda nem desista
Deixa de acontecer
Simplesmente...
Veementemente
Como o cessar do bater das asas da crisálida
Inevitável.
...Então que cessem meus devaneios
Meus questionamentos
As " coisas" são como tem que ser
E o amor...Ah, meu amor...
O amor tem lá os seus mistérios
Tão insondáveis quanto a própria vida...
Espiritualidade
Das alturas Celestes
Ao ser expresso em cada verso
Como toda gratidão
Ao Universo.
Através de uma íntima intenção
De uma sutil energia
Que propicie uma atmosfera
De encanto e magia.
Ao contemplar a Natureza
Assim como a beleza de uma Flor
Que tão delicadamente
Expressa silenciosamente o amor.
Tal como a espiritualidade
Em sua delicadeza
De modo único
E com infundível Nobreza.
Numa clara demonstação
De sempre estar reservada uma terna inspiração
E que espontaneamente possa ser refletida
Pelo próprio coração.
Igualmente a uma grande missão
Que seja conduzida por um belo talento
De um modo incondicional
Através de um Admirável Sentimento.
Bem me quer, mal me quer
Bem me quer, tenho aqui o meu cantinho
Mal me quer, ao dormir preciso de carinho
Bem me quer, de amizades não tenho fome
Mal me quer, não sei escrever teu nome
Bem me quer, paternidade é com meu cachorro
Mal me quer, na solidão eu peço socorro
Bem me quer, divido a opinião comigo mesmo
Mal me quer, a partilha permanece a esmo
Bem me quer, amo, a tudo e todos, sou feliz
Mal me quer, tudo é tão rápido, por um triz
Bem me quer, como é bom apreciar o amanhecer
Mal me quer, a cada dia veloz é o envelhecer
Bem me quer, sei mastigar a vida de solitário
Mal me quer, não tenho ninguém no itinerário...
Bem me quer...
Luciano Spagnol
singular
no caminho singular
fui plural
tentando me encontrar
entre o bem e o mal
na variante
do acaso
calmaria e vendaval
ao longo prazo
nunca fui total
no lusco fusco
sou igual
o afeto que busco
fui silêncio e barulho
probabilidade
e neste embrulho
deserto e diversidade
de prosa e verso
realidade
de um comum universo
plural ou singular
existiu amizade
e pude saber o que é amar
só o amor nos faz eternidade!
Luciano Spagnol
dorido
a lágrima exibi
o silêncio, é palavra, ato
o revés, bisturi
que corta de fato
teu sentido, teu tato
a emoção contamina
perfura a razão
nos olhos neblina
sofreguidão
na despedida
no gemido
na partida
no laço corrompido
na magoa proferida
no desejo proibido
na luta vencida
o não no pedido
sem amor
é dorido
nunca acolhedor...
do perdão devedor
Luciano Spagnol
Fogão de lenha
Ah! O velho fogão de lenha
O fogo estalando o graveto
Panelas empretejada e prenha
Exalando seu tempero secreto
Só saudade, razão quem o tenha
Na fornada os biscoitos de goma
D. Celina. Quem duvidar, que venha
Provar, do pão de queijo, puro aroma
Velho fogão, assim, faz sua resenha
Envolta os causos e mexericos soma
Ao café no bule, que na alma embrenha
Só tu pode e guarda em seu fogo lento
O poetar que meus versos ordenha
Lembranças de um tempo de contento
És tu velho e bravo fogão de lenha!
Luciano Spagnol
Passa
o tempo por nós passa
passa o ser sem tempo
num delírio e arruaça
o fado sem passatempo
o futuro
longe ou perto
fácil ou duro
sempre incerto
e tudo passa
mágoas passam
a perda a caça
pessoas passam
é ventura é pura graça
a existência é oblação
a vida passa...
Luciano Spagnol
O tempo prostrado
a inação
está parada
no céu são
nuvens em silêncio, calada
lutuosa trova uma canção
numa voz desafinada
é o tempo prostrado, catão
os olhos do pensamento
fixos na imensidão
sem qualquer argumento
sem ocupação
seria a perfeição
este estado
da alma em infusão
do corpo amuado
submerso em meditação
ou será o pecado
da solidão...
Luciano Spagnol
De par a singular
Depois do teu olhar
O meu corpo se calou
A saudade faz aumentar
O vazio que você deixou
Não era para ser, mas foi
Aquela música silenciou
Não mais terei o teu oi...
Nem sei mais onde estou
Perdido está o ansiado projeto
O coração não mais disparou
O pesar não sabe ser discreto
Quer o que nunca mais chegou
Sem você o amor não é completo
E os sonhos sonhados acabou
Ter você é de paixão estar repleto
Pois pensei um dia ser minha, ou
Que éramos par, não singular o afeto.
Luciano Spagnol
Primaverar
Como é bom primaverar
Estar ao som das flores
Se enfeitar e reverenciar
A beleza e os amores
Sentir o perfume no ar
O vento, olhar o colorido
Da diversidade, elevar
O âmago nela embebido
E neste clima é elementar
A sensibilidade, assim ter
Harmonia e bem estar
Trazendo essência no viver
Vamos primaverar!
Luciano Spagnol
Inscrição para uma lápide
Aqui jaz um sonhador
Que hoje cinzas sobejou
Pela vida foi um cantador
E na sorte se desdobrou
Entre aspas vai o “amor”
Por ter sido um solitário
Sem velas, choro, por favor
Fui um fausto no itinerário
Se quiserem homenagear
Tragam folia no comentário
Pra este galhofeiro escutar
Ao estar aqui, tenham horário
Pois é meu retiro pra repousar
Luciano Spagnol
Verso e trova
O poeta trova o seu verso
No reverso de sua sofreguidão
Sofrendo para não ser perverso
Com a alma de sua inspiração
Cada trova na carne é cortada
Em cada corte sangra a rima
Rimando palavra encantada
Pra encantar a sua estima
Nesta de ser um simulador
Simula tão perfeitamente
Lagrimas de alegria e de dor
Que perfeito é o que sente
E assim por ser um sonhador
Sonha e no sonho se renova
Desenhando poemas de amor
Em amorosos versos e trovas
Luciano Spagnol
Despedida
Meu coração, de poetar-te, delira
Escreve rascunhos cegos e sem vida
Com prosa sem cor e de mentira
E não se pode ser lida nem ouvida
São gestos e olhares de um caipira
Onde a alma se vê enlouquecida
Nas mesmas estórias e mistério
O meu amor por ti, anda de partida
Assim escrevo com tal despautério
O que sinto, frágil, faço em despedida
Saiba tudo passa, a dor tem cautério...
Luciano Spagnol
Ventania no Cerrado
Chia o vento no cerrado seco
Num grito fugaz de melancolia
Zumbindo a sequidão num eco
Nos tortos galhos em poesia
Este vento que traz solidão
E também traz especiaria
Dando aroma a esta emoção
E combustão a esta ventania
Calado pelo canto da seriema
Que com o sertão tem parceria
Choraminga o cerrado em poema
Das folhas secas em sua correria
Desenhando no vasto céu dilema
Do rústico e o belo em poesia
Musicando a natureza suprema
Da diversidade em sua agonia
(Vai o vento em sua romaria.)
Luciano Spagnol
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