Poesia os Dedos da minha Mao
A aflição é aquele nó silencioso que aperta a alma quando tudo parece escapar por entre os dedos. Ela chega sem pedir licença e, de repente, o mundo parece pequeno demais para comportar nossas inquietações. Mas, por mais sufocante que seja, a aflição não é o fim — é um chamado profundo para olharmos com mais atenção para o que falta, para o que dói, para o que ainda precisa ser entendido dentro de nós.
É nesse aperto que descobrimos nossa capacidade de respirar fundo quando o ar parece escasso. A aflição nos obriga a desacelerar, a escutar o que a vida sussurra por trás do caos. E, aos poucos, percebemos que nenhum turbilhão é eterno: até as tempestades mais ferozes cedem espaço ao céu limpo.
Você não precisa enfrentar tudo sozinho. A aflição não diminui sua força; ela revela sua sensibilidade, sua coragem de sentir intensamente. É uma travessia — e cada travessia tem um outro lado esperando por você.
Permita-se ser gentil consigo mesmo enquanto caminha por esse trecho mais estreito. Cada passo, por menor que pareça, é prova da sua resistência. E quando a aflição enfim se dissolver, você perceberá que não saiu dela menor: saiu mais consciente, mais firme, mais vivo.
Pensar-te é um oceano.
Imaginar-te nenúfar entre os dedos escorrendo do néctar
o silêncio primordial
no êxtase de todas as tulipas
bebendo-te é púrpura loucura.
Dos gestos
a alma que perdura,
palavras e risos
percorrendo avidamente o esgar cruel do tempo
que deixaste em meu corpo inteiro
saudade,
este viver ousadamente sem nada ser ou possuir.
Pensar-te meu amor mais sublime
nas fragas do vento ou num desesperado grito de ave
é sentir teu fôlego entre
minhas pernas
tua língua brincando em meu ventre
meus dedos entrelaçados aos teus
revolvida, encharcada e concebida,
extasiada em teus cabelos,
como crianças besuntadas de mel e marmelada
roendo maçãs
no entardecer da infância
enquanto a fome doía
na alma grande
das gentes.
Pensar-te tudo e nada.
Beber-te chuva.
Célia Moura, in "Terra De Lavra"
Transparente
Como água escorro pelos dedos, sou "impegável", impagável, duro e ao mesmo tempo amável, respeito quem me respeita, os que não administro , não me aproximo, estou sempre á espreita.
sou como o cheiro do mato, da cachoeira, me irrito fácil, choro por qualquer besteira,
falo e faço muita asneira vejo o mundo nas entrelinhas, na vida que nunca se alinha, do amor que no colo se aninha, vivo a vida como se estivesse no fim da linha
ouço e analiso, se percebo falsidades me inviabilizo, fujo, procuro abrigo, talvez nunca tenha tido um amigo; daqueles de verdade, sem maldade, que mais doasse que pedisse, daqueles de verdade
saboreio a vida buscando paz, me doando ate demais, sou complicado, e ao mesmo tempo simples,
sou espelho, reflexo, se preciso anexo, quero que a vida seja percebida, pra você e pra mim.
Dói o grito que sufoca, a vontade que se desfaz como cinza entre meus dedos. Então eu me ajoelho diante do céu e chamo por Deus, imploro por uma saída, por um sinal, por qualquer respiro, mas em noites como esta, parece que Deus apagou meu nome do livro divino, parece que minha voz não atravessa o silêncio do firmamento.
E eu fico aqui sozinho tentando acreditar que Ele ainda me escuta e, totalmente perdido, tento manter a fé.
Jura que vai me privar do simples toque em tua pele,
do sentir na ponta dos dedos a mulher que revelas,
aquela que vivi em sonhos e que a realidade confirmou,
a essência que me fez crer em cada suspiro, em cada gesto teu?
TRANÇA-ME, NÊGA
Os dedos da preta que trança meus fios de cabelo crespo (diante de uma vida dura)
ao mesmo tempo que puxa,
fazem um cafuné.
Os dedos sambam sobre o embaraço/ os cachos.
Os dedos correm como o Pelé.
Sua mão é delicada, me sinto cuidado. (Adupé)
Ela tira o nó com maior amô,
Não me prende. Não raspe!
É uma tecelã.
Rir, faz massagem, conta histórias...
Seu timbre de voz cheira hortelã.
A oralidade nos seus lábios, precede à escrita no papel (todos a escutam).
Ela lava meu cabelo com água misturada com mel,
fulô e maçã.
O caminho de volta é a ancestralidade, baiano.
Que até Caminha, Cabral se perdeu numa manhã.
A caravela do seu navio não achou um só fio da minha juba,
Ficou boiando!
Salve, Zumbi dos Palmares!!!
Na minha terra tem palmeiras,
favela, quilombo, roça, aldeia, ribeirinho
Onde canta o povo brasileiro afligidos.
Os pombos daqui gorjeiam o Estados Unidos.
A Beatriz Nascimento, daí ouvidos!
A nêga faz traça para comunicar várias coisas: avisar a época da colheita, quantos filhos a outra tem,
E quando quer casar também.
Salve! Minha preta nagô!
Salve! Minha nêga nagô!
Os pretos estão se amando!
Daria um filme...
Caetaniando:
“Quando essa preta começa a tratar do cabelo
É de se olhar toda a trama da trança, trança do cabelo
Conchas do mar, ela manda buscar pra botar no cabelo
Toda minúcia, toda delícia”.
Entre dedos e suspiros,
me encontro inteira,
como quem abre lentamente
as cortinas de um segredo antigo.
A pele desperta em ondas,
cada toque acende um desejo,
um fogo íntimo que dança,
ardendo sem testemunhas.
Descubro templo e oferenda,
minha respiração descompassa,
o ventre vibra em silêncio,
num canto só meu,
um hino ao prazer sem culpa.
Ali, no silencio dos meus pensamentos,
me sinto por inteira,
me amo no ritmo da própria sede,
aprendendo que o êxtase
mora dentro de mim,
e que o corpo é universo,
e que sou dona de mim.
Teu corpo é o mapa que eu anseio explorar,
Com a ponta dos dedos, sem pressa, a traçar
A linha secreta que a pele revela,
Onde a paixão arde e o desejo se sela.
Era líquida moderna
brincando com sentimento
que escorre entre os dedos
molda-se conforme o vento.
Engana-se, equivoca-se você
não me moldo conforme as situações
não aceito laços de afetividade
que se desenlaçam com enorme velocidade
laços de afetividade frágeis
leves passageiros da contemporaneidade.
Não aceito laços que limitam a esperança,
que fragilizam os sonhos,
que duram apenas uma dança.
.. As pessoas me olham e acham que me conhece,
tá eu digo com franqueza. Conto nos dedos os que podem abrir a boca pra afirmar isso. E os outros 99%?!? Ah, com eles eu também me importo, sempre dedico um sorriso..
Das texturas mais perfeitas que meus dedos puderam tocar, certamente a preferida é sua pele.
Das cores mais belas desde mundo, são seus olhos que dão cor ao meu mundo.
De todas a músicas do meu playlist, aquelas que ouvi na sua presença são as únicas que ouço.
Minha maior inspiração para sonhar, sorrir e para falar de amor, é você.
Minhas lembranças giram em torno de nossos momentos.
Coloque delicadeza nas pontas dos dedos e serão emitidas para o
cérebro mensagem positivas que chegarão ao coração. E este baterá com mais intensidade e te fará perceber que as coisas lindas estão na simplicidade de cada ser. =)
E é nesse tempo que vejo passar que me perco, esvaindo por entre meus dedos as esperanças de completar o meu coração;
E quando acabar a luz, as estrelas não iluminaram a minha solidão que se culpa por não ter tido as devidas atitudes;
Quem irá me abraçar me olhar e me amar para que eu possa sorrir e voltar acreditar nos meus sonhos;
Como os teus dedos entorpecem,
A tua respiração cai sobre mim como geada
O teu pulso embala-me os ouvidos
Sinto-me imerso dos pés à cabeça
Deliciosamente
DEDICATÓRIA
Dedico meus dedos hoje aos finos e longos sons
As notas do meu piano dos graves e agudos tons
Tons que me marcaram a alma, que me trouxe a leve calma de tudo
Que já foi bom.
Dedico hoje aqui a voz, ao grito que tão calado
Nas dores por entre espinhos nos quais fui acorrentado
Lembrando me das lacunas e vendo me hoje coluna
No firmamento plantado.
Dedico a poesia agora, a liberdade que achei de saber que não é dúvida o
que eu sempre duvidei, em sonhos nas noites ébrias e claras que aprofundei.
Dedico também meus olhos a um futuro promissor, à um cuidado de amigo e um
Expelir de dor, à uma luz que irradia, em cada nascer de dia brilhando em
Menção do amor.
A cada passo que corro, à cada choro a sorrir, há uma dedicação
Há uma forma de agir, discutir com quem? Discordar pra que?
O destino é certo, como certo estou, que o limite do humano
É se desligar do ser.
Em cada pessoa a nova, em cada lua a impressão
Pra cada trocar as provas e da palavra a intensão
Em todo guerrear a dor, desfaço e dedido a flor,ao milagre da inspiração.
A minha dedicação é pra doce Juliana, para as flores de alfenas e todas as alfazemas
Dos quintais das franciscanas.
A minha dedicação, é apenas dedicar, a minha fala os amigos, que estiveram comigo
Os quais me viram chorar. Enfim eu dedico agora o meu sorriso ao vagar
Sem pressa e sem medo à todos aqueles que vão ficar, guardados em meus penhores, tidos como professores,que me ensinaram a amar
Assim como os dedos, braços e olhares tudo se encaixavam. Mesmo com sua falta de palavras eu conseguia desvendar você. Era você que me chamava de louca por querer fazer tudo que me desse vontade, mas você não sabia que o motivo da minha lou
cura era você. Eu sabia que um dia todas aquelas coisas engraçadas que você me contava iriam fazer falta, pra falar a verdade sinto falta do meu sorriso contigo. Eu tive milhões de chances de fugir de você, e foi assim que eu te conheci, fugindo de você. Porque de alguma forma eu sabia que as coisas iriam se encaixar e me renderia a você até o ultimo minuto.
Por mais louca que eu seja, ainda espero você dizer todas as coisas que gosto de ouvir, e isto é apenas uma forma de você lembrar de como nos divertimos juntos.
Enfim, você pode ter todos os defeitos do mundo, mas ainda é o melhor do que o resto do mundo pra mim, e eu te aceito assim. Porque não é com qualquer peça que a gente se encaixa.
Sinto falta da areia entre os dedos,
do mar molhando o cabelo,
de te ver caminhando em direção ao mar,
cor de marrom queimado do sol,
Menino na areia.
Em dias amargos sinto falta de fumar.
Sinto falta de ter um cigarro entre os dedos, da fumaça, dos meus brônquios entrarem em agonia e daquela felicidade instantânea que passa por mim à cada tragada que dou.
Percebo que aqui ainda estou sozinho com o meu tempo que se escorre por entre os dedos, mas sei que a solidão me deixa forte para remar contra a correnteza, procurando a atenção que me falta;
Sempre existirá uma saída para se encontrar e sairmos do fato de se perder;
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