Poesia Harmonia
E para frente ele caminhava...
Perante a mentira e a dor não recuava...
Ia ao deserto e mais forte retornava..
Era traído e não condenava.
Quando então perceberam que toda vez que ele caia se levantava...
O pregaram em uma Cruz porque a multidão clamava.
Meu Deus o santo dos santos sua jornada no mundo assim terminava.
Mas desde aquele dia seu exemplo arrebatava...
Dois mil anos se passaram e a humanidade não aprendeu a lição com o homem que a tudo perdoava.
Preferem a religião e a hipocrisia a seu exemplo que edificava..
Líderes políticos e religiosos - lá da outra dimensão o cristo chora lágrimas de sangue por essa gente de ganância desenfreada.
Jesus Cristo o nosso salvador, não merece essa triste visão da humanidade doutrinada a corrupção, não era isso que pregava...
Enquanto pela humanidade se doava, a multidão por Barrabas o trocava....
E eu afirmo com veemência, se ele retornasse hoje seria crucificado novamente, dessa vez de cabeça para baixo dentro de uma fogueira.
Porque meu Deus as lideranças da humanidade perderam a estribeira.
Pai perdoa, eles não sabem o que fazem, esquecem os tesouros eternos que prometestes, para se deliciar nos prazeres da carne dessa vida passageira.
Mas está escrito e nunca será revogado, aquele que lutar e resistir aos vícios da carne, seu galardão receberá do outro lado.
Neste mundo é inevitável andar entre os lobos.
Cuidado para não se tornar um deles.
Andai com eles o menos possível.
Pois a tentação estarás passível.
UM PEDIDO BOM
Oi amor... Se não te estorva
pega ai, p'ra mim,
o din-din n'aquela cômoda,
depois sem bronca,
pague as contas de...
Lixo, luz, gás e água,
... E, enquanto esta na moda...
Compra p'ra ti,
aquela, linda roupa nova.
Avia, avia bela minha...
É p'ra hoje, avia!
A cômoda é aquela que,
fica ali, nas proximidades
da cozinha.
Antonio Montes
Quando você chega sinto logo o seu cheiro.
Abro a porta, e vejo uma feiticeira.
Te levo ao porto seguro como um bom
marinheiro.
Para cuidares de mim como uma enfermeira.
Te deito na cama e te dou um travesseiro.
Juntos chegamos ao paraíso depois de perdermos a estribeira.
Ah mulher da minha vida, conheço cada pedaço desta obra de arte como um engenheiro.
Na madrugada ardemos tanto quanto uma fogueira.
Olha seu moço,
quando meus olhos cinzentos
dobram a esquina seguindo
a curva dura do tempo
ouço um grito vindo do alto
E um passarinho passionário azul escuro da cor do cobalto
Pousa no meu imaginário
Fazendo alvoroço
No pé de uva anuncia
juro que ouço a poesia
da chuva.
Eu nunca deixei de te amar, apenas parei de insistir.
Por isso te deixei livre para partir.
O amor não aprisiona, liberta o outro para ser feliz.
O objetivo é ver a quem se ama sorrir.
é abraço e beijo, é beijo xingado, um tapa se cala, feito calo em sapato, você é assim e assim sou eu sem você, é esquisito amor, é algo com dor que se torna indolor quando cheiro sua ilusão.
Ao amor, pipoca doce de parque, à nossa paixão essa doce ilusão que ninguém quer, e a você, meu amor, eu te dou meu coração, faça de mim o que quiser.
Descobri meu primeiro amor, quando ainda era menino.
Ainda não havia experimentado aquela emoção.
Fui ao palestra e passei a ser palestrino.
Porque verde ficou meu coração.
Eu me arrepio quando ouço o hino.
Do meu Palmeiras, o grande campeão.
EXPLICAÇÃO DA PARADA
A vida é uma incerteza de confundidade
um horizonte cego...
Um barco, sobre o oceano de indagação
sentimentos, sensações...
Esperanças em meio as, atrocidades.
Nascer sob o tempo... Suspiro!
Tic-tac movido por um pedaço de carne.
E a alma? Que alma, que nada!
Vem a vida, estou vivo, vivo!
A parada explica o ser,
eu você... Nós todos vivemos aqui!
E a morte esta, vivendo por ai,
para com seu desencanto...
Explicar o inicio, a tecelagem,
e a malha furada do fim.
Antonio Montes
BOLHA DE GOTA
Para que, esse olha,
não olha...
Esse molho, esse olho,
olhe o malho... Alho orvalho
Tire a toalha do varal!
a chuva esta vindo, veja o temporal!
Ainda é tempo...
Não pense na gota,
na bolha...
A moldura da sua calçada,
pode esta zarolha,
enquanto, não molha as rolhas!
Recolha.
Antonio montes
LOUVOR & HORROR
Os dados foram dados...
Mesas postas, apostam com louvor
e na contrafeita, apostas feitas,
agora... Tudo é questão de jogo
de um piscar, de um vacilo...
Eu fico com tudo aquilo que
você nunca falou!
Do que adianta esse amor...
Se o poder por aqui é abrasador...
As orações estão fazendo sucesso
e pela fé, pobres estão enriquecendo.
Vamos para a igreja, vamos orar
a esperança nos espera com show business
os aliados então contracenando
e os nossos pastores...
Estão pregando horrores,
e até chora para enricar.
Antonio Montes
BRILHO DA INOCÊNCIA
Passos dados, dados jogados
a mesa esta coberta de horror
Você aposta eu aposto
esperamos que as ofertas
abra a nossa, trancada porta.
Eu vou sorrir para ludibriar...
Eu vou chorar para você cair,
eu só quero ganhar!
Se possível chorarei por você
farei de tudo para me propagar,
nos degraus do seu tre-le-le.
Vou ofertar p'ra te pegar!
Me fingir de bom...
Assim como doce bombom
o qual, primeiro você sente o gosto...
depois, perderá o brilho do seu batom.
Antonio Montes
A VOZ DO SILÊNCIO
Os degraus são da dor e do sofrer,
Só os calam as vozes da virtude,
Mas o lodo da vil vicissitude
Faz o tolo, de início, esmorecer.
Quem se prende a esta lama sem saber,
Gasta muita beleza e juventude,
E, depois da total decrepitude,
Se despede da vida sem viver.
O brotar dos sagrados germes n’alma
Do andarilho, na dor e paz, o acalma
Entre os juncos do ser que é sua senda.
Cada vício é o riso de uma hiena,
E a virtude é a voz meiga e serena
De quem forja na queda a própria lenda.
Posso roubar beijos de você
Posso roubar sorrisos
Posso roubar tua inocência.
Só é uma pena
Eu não poder roubar suas dores
Para que estas não te perturbem mais.
CARA TORTA
Há um sinal atrás da porta,
piscar de uma cara torta
uns entram, outros entortam
Psiu! Você ouviu?
Será uma voz ou,
corrente macia de um rio...
Rio, sem elo, sem velo
sem linha, sem novelo...
Seria melhor telo.
Cadeado sem cuidado
passos, alinhados sem fado,
vamos marcar a musica...
Rodopiando no quadrado.
A noite assim é pequena
como uma menina serena,
sereno de uma brisa fina
lua cheia, noite rima...
ouça o pio da coruja
enquanto a estrela brilha
junto a lua, lá em cima.
Antonio Montes
CONGELO DE FELICIDADE
Eu vou tirar, a foto do seu rosto,
um prisma, meigo, contente, rindo...
E d'essa forma, eu congelarei a sua
alegria. Quem sabe assim, eu terei
a sua imagem de felicidade, tal qual
um arco-íres, escancarado só para
mim. Eu vou colocar, a sua foto
na moldura, e logo, pendurarei, na
parede do meu quarto. E quando
lá eu me achar só... Eu tenho certeza
que minhas lagrimas caindo se
levantarão só para fitar na parede...
O sorriso da minha paixão.
Antonio Montes
Corrente, fivela, argola,
Picinez, óculos, anel,
Livro, revista, papel,
Arame, bordão, viola,
Mala, maleta, sacola,
Perfume, lenço, troféu,
Roupa, sapato, chapéu,
Eu não posso conduzir
Quando for para eu subir
Na santa escada do céu.
Na loteria da vida,
Cada um faz o seu jogo
E o ponteiro da sorte
Empurra todos no fogo
Dá a cada um seu prêmio,
Sem ninguém lhe fazer rogo.
Levantai-vos, Castro Alves
Do túmulo onde dormis,
Vinde já nesse momento,
Com vossa lira feliz
Permutar as Vozes d’África
Pelas de vosso país.
QUA, QUA, QUA
Nem que, que, qui
nem, cá qua, qual...
O que p'ra que?!
aqui acolá, de quem?
P'ra que vão, onde não cabe,
p'ra que ficar p'ra bailar,
se a zica é covarde...
Compadre, deixe rolar.
A noite densa, se faz crua
soluço lagrima na rua
promessa aos pés da lua
na encruzilhada... sarava.
Se o rio se faz corrente
canoeiro passa remando
e o amor de lá, de cá, dá li...
Qua, qua, qua!
Antonio Montes
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados
- Primavera: poemas e poesias que florescem no coração
- Poesia Felicidade de Machado de Assis