Poesia Felicidade Drummond
Coisas do Oriente.
E era uma borboleta, que voou, voou...
Sobre os quatro cantos do planeta.
Encontrou com muitos senhores e, senhoras.
Percorreu toda uma história, de sabedoria.
Quando um sábio chinês.
Perguntou-lhe:
Posso ser você?
Sonhando que era uma borboleta, pousou!
Em um velho poço.
De onde bebeu d´água purificada.
Tornando-se moço.
Ensinou para seu povo.
Se não tens nada para me trazer!
Leva-te o que tens aqui!
Eu quero o gosto do beijo que incendeia feito fogo em papel
Que queima rápido e quando se vê aconteceu
Queria pegar e não se apegar, mas a pegada me pegou...
REQUISIÇÃO: DEIXE OS POETAS PASSAREM
E, se de repente, no estoque da vida, faltassem também os sonhos, o amor, o conhecimento, a poesia? Será que alguém entenderia que, assim como os caminhoneiros, o poeta é um incomparável condutor de sentimentos? O que seria, por exemplo, do coração sem aquele combustível essencial que nutre qualquer paixão? Os livros, a melodia, as histórias, como ficariam se nos faltassem as palavras? Se não tivessem, de repente, mais poetas para conduzi-las aos nossos olhares... Se não houvesse mais inspiração para traduzir todos os momentos?
Ouso-me dizer que até o amor, este nobre sentimento, não resistiria pela falta do que falar... Acho mais ainda, que não resistiria pela falta do que ouvir... Não dá para subestimar o poder daquele que sabe como ninguém entender as dores e as delícias de um coração que não sabe fazer outra coisa senão existir e compreender a vida e tudo que ela nos traz.
Portanto, peço encarecidamente, deixe o poeta passar, escolte-o, dê-lhe matriz para que possa fazer com amor aquilo que mais sabe: traduzir poesia e transcrever os sentimentos.
Leandro Flores
Maio de 2018
(Durante a greve histórica dos caminhoneiros).
MIRA DO MUNDO
Me atiro a rosa da vida
com mãos dóceis distraídas
dando palma a sua vinda
com a vida assim vivida
sem adeus apara partida.
Velejarei mundo a fora
com remos fieis do sonho
estarei na minha hora
com tudo que sou agora
em plano que ti proponho.
Me atiro em rosa petalada
no passo firme do mundo
e as passadas nas estrada
são fieis a quase nada
em tic-tac do segundo.
Antonio Montes
Sobre te levar aonde quer que eu vá.
Muitas coisas eu poderia falar sobre nós, mas as melhores coisas que eu penso, não se transferem dos meus pensamentos em palavras. Eu foco na ideia de te demostrar com o meu olhar, no meu sorriso e nas minhas mãos deslizando sobre o seu corpo.
Eu seria com toda a certeza um bobo se passasse um dia sequer sem segurar a sua mão ou sem reclamar de como é chato quando você não está por perto. Ou seja, nem procuro pensar, nem ficar na dúvida, apenas e simplesmente te quero comigo aonde quer que eu vá.
PLANOS NEBULOSOS
Dorme a noite, enquanto isso....
O sol adormece sob o fulgor das suas chamas.
Nesse ínterim a lua 'Artesã dos sonhos',
rainha das saudades... Sobe ao trono de prata
para imperar sob as estrelas e os astros
físicos do infinito.
Nessa tempo, a calma da noite, desce sobre
a calada sombria, desfilando os olhos do medo
e o burburinho das fadas.
Tudo é nebuloso... Os sonhos misturam-se com
os pesadelos para de supetão, despertar os sono
absolto nos planos e os passos, galgam os
paralelepípedos das calçadas ouvindo o ladrar
da matilha e o pio do corujão, solto do nada.
A noite, continua em seu cochilo quando de
supetão é acordada pela cantiga do galo e o
clarão do alvorecer. Nessas hora, despertadores
tilinta aos ouvidos da preocupação e os
preocupados saem em carreiras traquinas como
se fossem formigas afobadas sob as águas dos
seus planos pequineses.
Antonio Montes
SINAIS DO AMOR
Depois do dia em que seu adeus tornou-se
um ponto.
A minha paixão, veleja pela... Reticência
da vontade e a saudade do meu eu,
cavalgando pelos dois ponto: Tentando
agregar ao nosso passado, não quero saber
de ponto e virgula; Muito menos de Calígula
espezinhando meu caminho.
O meu sonho é virgula, velejando por esse
verde oceano, e os meus braços estão se
abrindo como se fossem parênteses (Para te
isolar sob meu peito) e lhes manter em meu
colchete {} divagando sobre nossas []
barras de aconchegos.
Meus olhos choram serpenteando o travessão
_ Ambos almeja o perpendicular e o enfatizar
das aspas " " d'essa estrada.
Depois do dia em que seu adeus, tornou-se
um ponto.
Quando cai a noite eu ergo os olhos para o céu
e faço uma exclamação... Meu Deus... Quanto
te amo! E tudo se torna um interrogo do meu eu
Meu amor quanto te amo! Volte, me de a sua
mão? volte para mim, volte para essa paixão...
Volte e traga-me o seu coração.
Antonio Montes
MEU PASSO
Em meu passo pelo asfalto
eu passo...
Passo pisando em falso
passo deixando rasto
... caçando sapo,
passo com trapo, caço rato
faço marco e saio no pulo
como que pula
dentro d'um saco.
Antonio Montes
Bergamota pode ser uma fruta que se descasca assim como banana nanica,
também pode ser o epíteto de alguém
conhecido por mexerica.
Já foi dia, já foi noite
E eu cheio de paixão
Já foi mês e já foi ano
E eu continuo com o plano
De ganhar seu coração...
Com meu jeito carinhoso
Eu chamei sua atenção
Com meu abraço gostoso
Apertado e caloroso
Conquistei seu coração...
E se!
E se fosse verdade
Que meu lar é lona preta?
E se fosse verdade
Que meu tema é o amor?
E se fosse verdade
Será se daria treta?
E se eu não me intimidasse
Com a careta do opressor?
E se fosse verdade
Que eu só vivo de amor?...
E quando a aurora desabrochar no crepúsculo
Assim como uma rosa desabrocha num jardim.
Lembre - se do punhal e da rosa
Tudo será mar
Tudo será vermelho
Vermelho de aMAR...
Eu estou indo ao seu encontro...
Calma, hoje tenho muitas coisas para lhe contar.
Quero lhe falar como anda a nossa história...
E como ela irá ficar!
AO TEMPO
Menino da pipa
empina e apita
e sai as carreira
com vento ai.
Esta sempre alegre
brincando na vida
e seu rashtag
é sempre um sorrir.
Menino da pipa
que vai, que fica
no sonho treteiro
e no seu ti, ti, ti
No banho da bica
na água a cacimba
o pote a moringa
e seu existir.
Na haste da flor
a batata do lírio
o suspiro o amor
a onda o Taiti.
Menino da pipa
cresceu foi p'ro mar
e hoje surfando
não quer mais voar.
Antonio Montes
CÁCERES DA SAUDADE
A saudade cárcereira
que instigou minha paixão
atiça os sonhos como feira
esse cubículo é uma asneira
apedrejando meu coração.
Cavalga sobre a vontade
arco e flecha, meu avexo
trepida o amanhecer
sem direito ao espairecer
do segredo e do confesso.
A saudade enclausurada
fisga-me em quatro paredes
no meu peito ela faz cáceres
do sonhos uma ampla rede
do meu futuro, grande cede.
Estou dentro, estou fora
desse mundo emparedado
viajando por todas as horas
esse quadro me apavora
pelo amor teleportado.
Antonio Montes
Quero tocar em você , como músico experiente
com a genialidade de quem manuseia
um ...violão
Solene, terno e apaixonado como uma guitarra .
E com a simplicidade de quem faz amor no
milharal
Assim...
Sagrado, ao mesmo tempo que carnal!
Vou tocar tua alma,
mas antes vou dedilhar as cordas do teu corpo.
Doce S.I.S
É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente,
precisar principalmente fugir desse algo. E daí se vai
pra onde?
E naquele momento eu pensei que poderíamos ser
infinitos se fossemos música.
Entorpece-me em teu perfume de mulher
Atravessaria até o infinito só pra te encontrar
Depois me perderia, bem fundo no seu coração
Mesmo que nos olhemos por pouco tempo
Já é o suficiente para nossas fantasias se exporem
Susura no meu ouvido que quer me dominar
Doce S.I.S
A morte em vida
Vejo ao meu redor
Almas sedentas que vagam em cemitério infértil
Que ninguém rega o terreno endométrio
Gerador de novas vidas, tanto na Terra como no céu
Almas ressequidas pela robusta ignorância
Onde estão em si mortas
Apesar de semivivas
Não conhecem a vida
Apenas sobrevivem
Feliz são as prosopopéicas vidas que as assistem
Felizes aqueles que são homenageados
Sem a consciência de estarem
Sem o orgulho para seus egos se elevarem
A vida é assim
Dá-se vida aos mortos
E mata os vivos, outrossim
No cemitério da ignorância
Morrem para dar frutos
E dão vidas aos que perderam a consciência de tudo
