Poesia Ei de te Amar Vinicios de Morais
"OBRIGADO"
Obrigado por seres quem és
Obrigado por estares quando preciso
Obrigado por tomares conta de mim
Obrigado por tirares-me o medo
Obrigado por me encontrares
Obrigado por não me perder
Obrigada por me dares a mão
Obrigado por o teu abraço
Obrigada por saberes sossegar-me
Obrigado por me protegeres
Obrigado por me defenderes
Obrigado pelo amor que me tens
Obrigado pela tua dedicação
Obrigado por seres quem és em mim.
2015
"BRINCAR COM AS PALAVRAS"
Brincar com as palavras
Por caminhos sinuosos
Confusos os sonhos
Perdidos e achados
Trevas de luzes
Escondidos e difusos
Nas dores do amor
Os sentidos, os suores
As paixões nascem da esperança
Renascida de uma herança
Outrora perdida, agora encontrada
Palavras que confortam como um beijo
Delicado, contido, desejado
Profano pelos segredos escondidos
Agora despertos e acordados
Beijo que desnuda-se sem excessos
Pela crença mantida
Um corpo dormente, anestesiado.
Na força celestial, que une os astros, os corpos
Ao amor eterno de um poeta que viu a luz
Traduzem-se os sentimentos, que brincam com as palavras
Onde desnudam-se as letras suavemente.
2015
RUDE DE AFETOS
Óculos escuros, caligrafia ao luar
Tento escrever para não ter medo
De sofrer, de pensar, de amar
Partir as correntes, que prendem o silêncio
Grito ao vento, para não viver um inferno
O sofrimento que dura momentos
Dança noturna feita em desenho
Na areia da praia, estratégia da alma
Ferida, magoada, saciada de desejo salgado
Ocultos sentidos de esguios instantes
Promessas alimentadas numa fogueira de cinzas
Rochas plantadas no coração rude infeliz
Sobre os pés de um pobre coitado, abandonado
Braços abertos, loucos de poesia
Sobre o regaço da imensidão
Mente fria, fechada, alheia a tudo
Luz que procria, que prevalece, na lucidez
Chama refletida nas profundidades
Dos olhos cegos, doentes, disfarçados, massacrados
Nas ventanias do desassossego, arrancadas de dor
Solitária escuridão de um caminho perdido
No tempo esquecido de afetos sentidos de flores
De amores, de emoções, rude talvez de afetos.
PASSADO PRESENTE
Agora as minhas horas evocam o silêncio
De amar tanto nas memórias do passado
Erva de coentros, semente de mostarda
A minha alma guarda as lágrimas que secaram
Nas varas da canela ou no cravo da índia
O meu coração, já não está ou sente-se magoado
No sabor entre o alho, gengibre ou malagueta
São agora apenas lembranças levadas pela água
Que corre nas margens das raízes dos choupos
Folhas velhas da vida amareladas pela chuva
Soltas pelo vento, da erva-doce e da canela
São folhas de louro à deriva, no bacalhau no forno
Levadas ao sabor da ventania. arrastadas na noz mostarda
Esquecidas, lembradas no paladar do tempo
Manjericão num navio naufragado, talvez já sem glória
Raminho de alecrim para alegrar os nossos momentos
Como gosto do queijo de cabra, é forte como os teus braços
Evoco o silêncio de amar-te tanto nas memórias do presente.
SONHO
» As ondas do mar afagam
- Os meus pés descalços
Seguem a maresia enquanto tu não chegas
» Como eu desejava amor
- Que chegasses antes do anoitecer
Neste mar que eu já tanto amei
» No desejo de um grito, de uma palavra
- Afinal na areia da praia, esta o meu sonho
& Talvez já adormecido «
No calor dos teus braços meu amor
Quero e queria...viver e sonhar
Onde navega a minha ousadia
Deixando o meu corpo a arder
Na loucura desta paixão assolapada
Queima-nos os sentidos na lareira
Arranjamos uma maneira de viver
Viver todos os sonhos perdidos
Perdidos com contigo meu amor
Nessa fogueira dos nossos carinhos
Escuta o mar junto ao meu coração
No calor dos teus braços, meu amor
Quero e queria viver, sonhar e amar!
Meu amor....
Tu sabes e adivinhas, os meus pensamentos.
Tu escutas e silencias, a minha dor.
Por isso o nosso toque, não é breve.
E muito menos, sem gosto.!
Gostava que te deitasses.....
Sempre ao meu lado
Que despisses os teus segredos.....
No meu regaço
Para que não escondesses.....
Todos os teus medos.!
Enlouquecermos os dois....
Nas noites quentes e inesperadas!
Agora é pra valer
Adeus . O beijo. O instante preciso da despedida . A última vez de todas as coisas.O último abraço. O último olhar. Os pés descalços, nossos corpos nus.O último momento de tudo que nos representa. O amor na sua forma mais pura , sem amarras e conceitos. O amor ,amor, amor .
Amar, amar , amar e amar. Sem corpos e fluídos. Sem tempo ,sem culpa.O amor, verbo , criador . Sem pele , sem carne , sem ossos que definham .
Eterno.
A mais pura forma. Livre de toda matéria que aprisiona, e carece de cuidados .
No amor eterno , a distância de uma vida inteira, é como cada manhã que se aproxima . 10 anos 20 anos 30 anos .. .40 ,50,... talvez ... Os mesmos raios de luz, não despertem na mesma manhã . Em algum momento as almas se entrelaçam novamente , e as memórias se apagam . Não há mais passado, não há mais presente e o futuro é para sempre. Não há como separar a mesma essência. O verdadeiro amor não é par. Somos um. E por este caminho solitário, inutilmente tentou-se dividir:
o amor.
ESCOLHO
Escolho amar-te em silêncio
Para que em silêncio não sinta dor
Derreto versos no gosto do paladar
Porque metade de mim é silencio
A outra é um grito de amor em verso
Letras mal escritas numa página marcada
Palavras cuspidas num papel em branco
Rascunhos deixados na alma pelos dedos
Faz de mim o teu sopro, encaixa-me na tua vida.
NOS TEUS BRAÇOS
Ah como quero
....... nos teus braços descansar.
Voar como um pássaro por cima do mar
........Do silêncio da noite
Do fresco da madrugada
De sentir os pés enterrados
........ na areia branca da praia
Desejo que sejas o meu lobo
Na nossa dança do acasalamento
.........Atravessaria o mar
No meio da noite fria
........ para seguir as tuas pegadas
Caminharia sobre água
..........Sobre fogo
para aninhar-me no teu corpo.
Quero encontrar o caminho do vento
.........Da janela do tempo de mim
Costurar os retalhos da minha alma
Juntar todos os pedaços do meu coração.
NADA PERTENCE
Nada me dói mais do que a própria dor
Nada me pertence nesta maldita terra
Nada me afoga nesta areia do deserto
Nada é por culpa deste meu cansaço
Nada é do silêncio da minha pobre alma
Nada me faz sofrer nesta bendita vida
Nada é ou foi deixado ao acaso
Nada é mais doloroso do que a solidão
Nada há de apagar as rugas do meu rosto
Nada se sente, nada se apaga da mente.
Para te amar ensaiei os meus lábios...
Deixei de pronunciar palavras duras.
Para te amar ensaiei os meus lábios!
Para tocar-te ensaiei os meus dedos...
Banhei-os na água límpida das fontes.
Para tocar-te ensaiei os meus dedos!
Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!
Pus-me a escutar as vozes do silêncio...
Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!
E a vida foi passando, foi passando...
E, à força de esperar a tua vinda,
De cada braço fiz mudo cipreste.
A vida foi passando, foi passando...
E nunca mais vieste!
Veja o amor do mar
Se você não o sente
Não sabe o que é amar
Veja o sol se pondo
E as estrelas à noite
Vão se dispondo
Veja a lua aparecer
Deixa o amor renovar
Em você florescer
Amar-te é pra mim tudo
É te ver todo dia e sonhar
Amar-te é algo tão profundo
De tal modo a me fazer jurar
Que amar-te-ei até meu último
segundo...
Amor Vivo
Amar! mas d'um amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos,
Não sejam só delirios e desejos
D'uma douda cabeça escandecida...
Amor que vive e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser — e não só beijos
Dados no ar — delírios e desejos —
Mas amor... dos amores que têm vida...
Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
Não virá dissipa-lo nos meus braços
Como névoa da vaga fantasia...
Nem murchará do sol á chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra débeis amores... se têm vida?
Começou a amar.
Olhou pra direita, um jardim. Olhou pra esquerda, um pomar. Não soube o que fazer para se livrar do que o rodeava, decerto que estava enrascado.
Mas, à frente, havia um precipício. Caminhou, pensou e não teve mais dúvidas.
Se jogou do precipício e morreu.
fim
Meu coração no entanto não se cansa:
amam metade os que amam com espr'ança,
amar sem espr'ança é o verdadeiro amor.
Me pego a pensar
Sobre o significado de amar
Afinal, até hoje
Uma resposta não consegui encontrar
Antigamente
Tinha em mente
Que o amor
Fosse indolor
Eu acreditava
Que era uma dádiva
Cedida por Deus
Eu como bom sonhador
Sempre idealizei o amor
Sempre me considerei
Inapropriado para amar
Ou ser amado
Sempre desconsiderei
A possibilidade de me apaixonar
E ser correspondido
E o arrependimento
Que por isso sinto
É algo que irá
Perdurar
Durante muito
Tempo.
