Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

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Fui embora e levei a saudade comigo,
Saudades do meu povo,
Do nosso jeito de falar.

Saudades do clima quente e do caneco d'água gelado a golar,
Saudades do cuscuz e das delícias que só tem lá.

Saudades até do carro do ovo a me acordar,
Saudades de tudo, nem sei nem por onde começar...

Voltar é uma palavra doce que nem alfenim,
Saber que lá tem sempre alguém, esperando por mim.

Uiraúna meu amor,
Serás sempre minha paixão,
Minha princesa, meu sertão,
Mesmo com tristezas e alegrias,
Voltarei pra você um dia.

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Uiraúna meu amor,
Serás sempre minha paixão,
Minha princesa, meu sertão,
Mesmo com tristezas e alegrias,
Voltarei pra você um dia.

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Os lábios inertes sem minha boca e sem língua, essa vã pecadora que me deixou assim, triste, na solidão, ô meu amor seja como for eu te amarei com um amor sem dimensão.

Em outros braços te entreguei e fiquei na solidão, todo corpo seu nunca serás o meu e tudo se transformará em orquestração, ah! você desejei e vou morrer apaixonado na ilusão.

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Os olhares suavemente se entreolham
e silenciosamente perdem-se nas desoras
no silêncio adormecido do penar.

E na procura do amor pela alma, em um só, já estavam lá.

Aos ventos que sopram nossos olhares, como a mão de uma mãe a afagar,
o beijo inevitável e sem sabor:
- A delicadeza virginal do amor.

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Na exuberância do entardecer exalas o perfume de uma fragrância não conhecida, a delicadeza de deixar-se ao vento, de esganar-se e inclinar-se com o sopro forte do acaso e voltar a ser o que era, uma flor.

Mesmo despedaçada exalas o perfume de uma fragrância não conhecida mas ainda existe o jardim e continuas ainda sendo uma flor.

A flor que existe em nossa vida, talvez despedaçada e desconhecida mas exalas o perfume de uma fragrância jamais sentida, o cheiro da flor chamada vida no arrebol de nossa essência.

A flor espargindo o amor com as lágrimas bentas da existência.

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Foi amando que encontrei as respostas tormentosas, duras, gélidas, injustas mas necessárias.

Amando intensamente desisti daquilo que era inútil e que nunca seria realidade mas tudo isso se alcança, amando.

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O amor que não me dedicastes
eu guardo em meu coração
o amor que jamais pronunciastes
está na poesia de minha oração

Ah! este amor que não mereci
o afeto do tamanho de minha ilusão
o amor que não conheci
se acabará comigo dentro do coração.

Ao amor, amor e amor
dedico-lhes uma flor.

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Vi no horizonte brotar uma rosa
Na mansidão da aurora
Onde brotou o sol.

Silenciosamente
o acaso se cala rapidamente

Ao entreter das horas
Nas vozes ritmicas das aves candoras
Há desilusão no anoitecer

a vida, simplesmente a vida,
sempre irá reamanhecer

Reamanhecer no beijo esquecido
No abraço evitado e no “eu te amo” temido

Nas palavras engolidas, no olhar desviado
No amor sufocado e nas lágrimas contidas

A vida renascerá no caminhado desviado
Quando o café amargo for por você adocicado

E, então, ao sabor do beijo dado e do abraço apertado
Do “ eu te amo confessado” e das lágrimas sentidas

A felícia irá brotar, e o sol enamorar uma rosa frágil chamada de VIDA!

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A noite lacrimeja de alegria o horizonte serenando a face da terra sob a fímbria de luz de um luar esplendoroso.

O acaso soprava favônios perfumados e o alvorecer prenunciava o amanhecer com seus raios dourados.

Os sonhos são estilhaços de luzes jogadas no firmamento feito estrelas nevoeiradas.

O silêncio da madrugada é a poesia suave de sua voz adormecida e os nossos mistérios trancafiados nas noites já esquecidas.

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À procura de riqueza o poeta destinou o seu destino, ao sonhar com um caminho que parecia ser divino, sob a luz do luar enfrentou a sua sina, encontrou uma botija que sonhava desde menino.

Em uma madrugada de solidão, há anos estava guardado, escondido e acuado sua grande realização, o poeta reencontrou e por ali mesmo se debandou sem ter imaginado que teria encontrado o seu próprio coração.

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Vi relógios apontando o horizonte, mil relógios desapontando, os meus passos atrasados e distantes.

E vai-se indo no entardecer, as noites indormidas, nas esquinas da vida , a lua insinua beijar-me a fronte, e, mesmo assim distante, vi além mar, o horizonte

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Amar é de uma magnitude inimaginável e de uma incumbência heroica.

O prazer e a felicidade são viés imponentes e o sofrimento inevitavelmente nos mostra que estamos amando.

Pois amar também implica em chorar.

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O fim é o sereno de uma noite calada e abandonada; É o ontem que se torna o presente em um imaginário saudosista;

O fim são enamorados que perde o seu amor e que guarda na profundeza de seus corações.

O fim é também o amanhecer, onde as flores desabrocham e exalam um velho perfume conhecido;

São aves douradas que ganham o céu ensolarado sem saber onde chegar mas que voam, voam e voam.

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Que nos corações conservadores possa existir o humanismo para poder chamá-los de homens.

Que o ódio seja ponderado no calvário do bem.

Que não sejamos indiferentes ao aracati tardio de um crepúsculo sem estrelas.

Somos o "eu te amo" no leito das amantes. Um apátrida cantando hinos nacionais.

Declame o horizonte do Brasil sem ser poeta.

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Lampião em Uiraúna:


Uiraúna demonstrou sua força indiferente a sorte, a espingarda rezou na terra dos sacerdotes.

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O sol desvairado ao meio dia,
iluminando o céu nebulento,
e a prece que no meu peito irradia,
é adoçar o meu lamento.

O fulgor que pulsa o coração,
enamora com o acaso em terno ardor,
e o que resta dessa ilusão,
é você, meu amor.

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As estrelas piscam e brilham,
pequenas luzes distantes,
ilumina os meus instantes,
nos instantes que neblinam.

Essas luzes delirantes,
que no brilho da lua se homizia,
onde está os amores apaixonantes,
que desejei e que amei algum dia?

Perambulando no horizonte,
de leste a oeste,
a procura do acalanto,
onde o sol escurece e traz um novo dia.

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Os rios passam cristalizando as areias desertas,
e as aves bordam despretensiosas o céu azulado.

As noites são frágeis abrasadoras chamas de velas,
que se apagam ao relento dos ventos,
e que se afugentam rapidamente,
por debaixo da sombra do amanhecer.

Viver é uma densa loucura,
nostalgizando as manhãs mau nascidas,
e ensolarando as noites indormidas,
que se abrasam no casulo do tempo,

- esperando nascer.

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A vida é simples
De uma ternura requintada
No brilhantismo da estrela d'alva
Serenando o horizonte da madrugada.

A vida é requintada
Pelo sabor das iguarias da dona de casa
Na poesia do boiador que invade
Os campos poetizados de saudades

A vida é abençoada
No terço desbulhado de piedade
No "Deus me livre" do pecador inocentado
Nos benditos das beatas do rosário

A vida é uma fascinação
No melaço das abelhas sem ferrão
Dá água gelada em alumínio ariado
No beijo acerteiro dos enamorados.

A vida não é ilusão
Nas mãos que arrancam legumes do chão
Na bravura de Maria queimando o carvão
No suor de meio dia esperançando o trovão.

A vida seu caba é o hoje de um agora mais não.

Geraldo Neto

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Bem baixinho vai-se ouvindo o silêncio
si-len-ci-o-sa-men-te, mente.
E diz devagar aos gritos, len-ta-mente
mente.
Pois bem baixinho o amor vai dormindo,
e vou indo na lembrança como quem ama.
Cantando poesias de ninar, sem algo de amar
amargamente, mente, silenciosamente.

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