Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

Cerca de 60395 frases e pensamentos: Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

NOVAS FOLHAS VIRÃO

Acredite!!

Deus nos permite a tempestade para que o pó das folhas, desnecessário e pesado possa sair.

Os ventos fortes passarão.

Seja a sua própria fortaleza, pense na força que brota com a União e com a Perseverança, siga atento e valorize o que realmente importa.

Não deixes que o egoísmo e a idéia de que tudo ficará pior contamine o brilho de seus olhos. Dias bons precisam do Sol e o Despertar precisa de você.

Aprecie os ventos e seus ensinamentos, deixe para traz tudo o que não alegra e não faz sentido na sua evolução, seja humano, mas mantenha a razão como o caule forte que não sucumbe as interperies da existência.

Sejas digno de si mesmo, sem esquecer que somos individuais, mas dependentes uns dos outros para toda e qualquer superação

Depois dos momentos de aflição, os pensamentos velhos sucumbem como folhas mortas dando lugar ao verde do renascimento.

A esperança e a calmaria irão nutrir as faces e folhas novas surgirão, tudo que parecia impossível ficará apenas como lição do caminho.
Caminho este universal, mas que cada um percorre a seu jeito.

Logo o Sol irá despontar, um novo amanhecer nos guiará e a tempestade antes assustadora, derrubará apenas o que não nos ajuda mais.

Folhas novas virão, Deus permitiu que cada momento fosse possível porque tinha a ciência de que seríamos capazes.

Bons frutos nos esperam, longe das percepções materiais e egoístas, mas perto do sentido de humanidade que só prospera mediante a incerteza e a derrubada de tudo aquilo que achávamos ter controle.

Se a tempestade vier, caberá a nós espalhar boas sementes para que no amanhecer da calmaria novas folhas possam brotar.

Inserida por umbertosussela

Castelo de Areia



Esquecimento estendido.
O cheiro do sofrível,
Lançados há Natureza.
Batem as porta dos palácios.
E, as pontes elevadiças,
Não contem o cheiro
da humanidade lançadas e
esquecidas a própria sorte.
E, nem todos os tesouros ou
Arsenais.
Contem inimigo em comum,
tão Poderoso.
Que por ironia;
Pequeno e invisível.
Trazendo a luz,
No porão.
Aos tigres de papel
E nem por isso. Menos humano.
Que não escolhe , classe , raça
Ou gênero. E mistura-se,
Para realizar suas atribuições.
Despertando a humanidade adormecida.
Sentimentos de cuidados esquecidos.
Lembranças do que;
O humano não é gasto.
É investimento.
A Vida é mais importante.
Do que qualquer riqueza,
Supremacia de classe.
E direitos de nascimento.
Nenhum privilégio pode ficar,
Contido em fronteiras, casas e muros
De contenção.
Nenhuma conforto.
Justifica ou restitui o equilíbrio
Arrancado a fórcipes da Natureza.
E que; são características inerentes
Da Vida que habita esse planeta.
E que em determinado tempo.
Constituiu-se da ideia de humanidade.



Marcos fereS

(em tempo de corona vírus)

Inserida por marcosviniciusfereS

Colo de avó

Tem avó que é diferente,
nada de cachorro, gato,
cavalo ou duende.
Galinha de estimação
é o que a avó carrega
feito mapa do tesouro,
para lá e para cá
(parecem duas dançarinas).
e para quem conta
os seus segredos, fala do tempo,
do que vai colher, do que vai plantar.

A galinha concorda: có,
discorda: cócó,
Às vezes dorme, às vezes acorda
e muitas vezes esquece
que a avó não é galinha.
Apesar de tão quentinha,
a avó é gente.

Inserida por pensador

Se pudesse o menino pularia
corda
com a linha do horizonte,
se deitaria sobre a curvatura
da Terra
para sempre e sempre
saudar o sol,
encheria os bolsos
de terra e girassóis.
Mas chove uma chuva
fina

e o menino vai até a cozinha
fritar ideias

Inserida por pensador

Insatisfeita

Não existe pessoa capaz de me dar o que preciso
Peço demais, apesar de não compreender o motivo
Na minha percepção, presença nem deveria ser um conflito e sim um instinto, é requisito
Relação é feito de no mínimo dois
Viver só é pra quem não encontrou teu calor
Quando amo, sou oceanos
Cheio, vasto e em prantos
Só me diz, por que preciso de tanto?

Inserida por itslekab

Marida, marida

Marida, minha marida,
Se soubesses quanto me és querida,
Se imaginasses quanto me és vida,
Se não te mostrasses dúvida
Que queres mostrar em ti
Que queres que leia como li
A começar daqui para ali...
Dali para aqui.
Marida, marida amada,
Feiticeira, bruxa e fada,
Menina, birrinha mimada
Companheira forte e desejada
Da minha alma, que existe afinal.
Jurei-te amor que superasse qualquer mal
E fidelidade até ao fim da nossa idade mortal
Em abençoado local
Mas acredita, que muito antes da celebração,
Bem cá dentro, já se havia consumado a união...
A mais fácil decisão,
A de tomar a tua mão.

Inserida por renan_correia

"A Razão dos teus olhos"

Os teus olhos são como dois lagos profundos
Que eu mergulharia, e não subiria para apanhar ar
Para aproveitar o lazer nos teus lagos
Com medo de te perder ao respirar.

Os teus lagos pacíficos
Cheios de mistérios
Me sufocam, a cada olhar.

Faça de mim a menina dos teus olhos, razão do meu ser
Pois és tu, tirando o meu ar, que me faz viver.

Inserida por Shanuco

Do nada, o meu corpo parou
E a minha alma ficou
A melodia dos meus anjos dependem do seu toque
Triste é a morte daquele que não amou.

Inserida por Shanuco

''O brilho que perpassa
A grande escuridão
Que o Universo abraça
Não como um trovão
Que nos ares passa

As formas tão simples
Que giram pelo tempo
Nas deformações não males
Surgidas no tecido, como passatempo

Sem o brilho que o rei tem
A princesa não teria o seu
A escuridão do nada vem?
Como a noite, um ateu?''

Inserida por biell_silva

Poeta suburbano!
referência do cotidiano!
Abrindo nossos olhos, fechados pela rotina e a convivência!
com colírio do amor, com sua arte e sua sapiência!

Inserida por MauricioBraga

Sei que em alguns lugares que passei
Me trazem boas lembranças
quando começo a lembrar
Vem sobre mim eminentes esperanças

Um dos nossos momentos peculiar
Poderia ser à última vez
Se o que é predestinado viesse a mim
Perderia tudo o que você fez

Mas se eu partir
Partirei te amando
Feliz pelos bons momentos
E estarei em um bom lugar te esperando

Nesse dia queria te encontrar
Vestida linda para mim
Com sorriso inenarrável
E um belo vestido de cetim

Inserida por Elder_de_Jesus

Cativamos menos os rostos
Valorizamos mais a integridade
Descartamos à tese de perfeição
E neste momento tudo mudou
O fluxo alterou-se
A felicidade não teve mais vergonha
O tempo se orgulhou
De somente ele ter essa oportunidade
E deixar para acontecer
Pois não há terra fértil
Essas rosas demandam atenção
Onde apressados às deixam morrer.

Inserida por Apolyti

CORRE O RIO 🍁

Corre o rio de tristezas devagar cor de sangue
Sangue, sangue de dor arma enferrujada
Veias de veneno lapidado sugado no escuro
Corpo estendido esquecido e sentido
Sangue derramado de um soldado
Com o coração partido perdido, magoado
Guerra estúpida, sem tempo, sem hora
Humanidade despida sem destino nas areias
Escaldantes do deserto desentendidos, ignorantes
Corre o rio de dor, de sangue de odor, podre, fede
Carne apodrecida deixada à sua sorte
Veias lapidadas de cores de uma guerra estúpida
Sem honra, sem respeito, sem compaixão
Feridas feitas no peito de sangue que deixam cicatrizes.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Sorte

Por anos, desfrutar dos erros
e de suas emendas,
ter podido falar, caminhar livre,
não existir mutilada,
não entrar, ou sim, em igrejas,
ler, ouvir uma música querida,
ser na noite um ser como no dia.

Não ser presa a um trabalho,
medida em cabras,
sofrer domínio de parentes
ou apedrejamento legal.
Não desfilar nunca
e não admitir palavras
que coloquem no sangue
limalhas de ferro.
Descobrir por si mesma
outro ser não previsto
pela ponte do olhar.

Ser humano e mulher, nem mais nem menos.

Inserida por pensador

Quadro

Construímos a ordem da mesa,
a folhagem da ilusão,
um festim de luzes e sombras,
a aparência da viagem na imobilidade.
Esticamos um branco campo
para que nele esplendam
as reverberações do pensamento
em torno do ícone nascente.
Então soltamos nossos cachorros,
incitamos a caçada,
a imagem sereníssima, virtual,
cai desgarrada.

Inserida por pensador

Gotas

Se ferem e se fundem?
Acabam de deixar de ser a chuva.
Travessas no recreio,
gatinhos de um reino transparente,
correm livres por vidros e corrimãos,
umbrais do seu limbo,
se seguem, se perseguem,
talvez vão, da solidão ao casamento,
a se fundir e se amar.
Ilusionam outra morte.

Inserida por pensador

Escrevo, escrevo, escrevo
e não conduzo a nada, a ninguém.
As palavras debandam ao me ver
como pombas, surdamente crepitam,
arraigam-se em seu torrão escuro,
se prevalecem com escrúpulo fino
do inegável escândalo:
sobre a imprecisa escrita sombra
mais me importa amar-te.

Inserida por pensador

Inverno

Como as gotas no vidro,
como as gotas de chuva
numa tarde sonolenta,
exatamente iguais,
superficiais,
ávidas todas,
breves,
se ferem e se fundem,
tão, tão breves
que não poderiam acomodar(acolher) o medo,
que o espanto não deveria fazer marca
em nós.

Depois, já mortos, rodaremos,
redondos e esquecidos.

Inserida por pensador

Tu que nunca serás

Sábado foi caprichoso o beijo dado,
Capricho de varão, audaz e fino
Mas foi doce o capricho masculino
A este meu coração, lobinho alado.

Não é que creia, não creio, se inclinado
sobre minhas mãos te senti divino
E me embriaguei, compreendo que este vinho
Não é para mim, mas jogo e roda o dado...

Eu sou a mulher que vive alerta,
Tu o tremendo varão que se desperta
E é uma torrente que se desvanece no rio

E mais se encrespa enquanto corre e poda.
Ah, resisto, mas me tens toda,
Tu, que nunca serás de todo meu.

Inserida por pensador

Sou suave e triste se idolatro, posso
abaixar o céu até minha mão quando
a alma do outro à alma minha enredo.
Pena alguma não acharás mais branda.

Nenhuma como eu as mãos beija,
nem se acomoda tanto em um sonho,
nem convém outro corpo, assim pequeno,
uma alma humana de maior ternura.

Morro sobre os olhos, se os sinto
como pássaros vivos, um momento
voar baixo meus dedos brancos.

Sei a frase que encanta e que compreende,
sei calar quando a lua ascende
enorme e vermelha sobre os barrancos.

Inserida por pensador