Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
sim,
o mar, o céu, o infinito
confundindo a terra que jaz num paraíso que já não habita
o vento, a brisa, a chuva
confundindo a pele que arpeja
a força, a vontade, o desejo
confundindo a vida
o caminho, a trilha, o curso
de um rio inerte que se esvazia...
contemplo o inalcançável do teu corpo
a centelhas de milhas de mim
e me recolho a tocar-te em pensamento
num tempo altruístico
e de deleite de um sonho
tão intensamente sonhado
e nunca vivido
Corpo
Minha mente vaga no vazio
Quase me perco, por um fio...
Meu corpo sente frio,
enquanto me nego a acender o pavio.
Minha cabeça está confusa,
e você me usa e abusa
Minha alma está perdida,
ou talvez, partida.
Ando tão cansado
Mas de quê?
Me sinto um derrotado
Talvez eu não deva me apegar a você.
Por muitos anos vivi
sem esplêndida alegria
mas agora percebi
com tremenda euforia
por que estamos aqui
Finalmente sou feliz
Agradeço meu senhor
Depois de tantos anos
Ter recebido tanto amor
Colocou na minha vida
uma pessoa especial
que trouxe no seu ventre
uma linda semente
hoje virou minha filha
nosso maior presente
Uma nova vida a cultivar
difícil de cuidar
e aos poucos educar
mas quando da risada
leva-nos a entusiasmar
Ela encanta com seu jeitinho
deixando magia no ar
e dando amor e carinho
mas me entusiasma mesmo
se sorrindo pro paizinho
Ela deixa alvoroçado
e com ternura ela seduz
qualquer um que chegue perto
dos seus olhos azuis
Eu só vou agradecendo
de poder participar
dessa v idinha tao linda
que nasceu pra alegrar
Quem sou? Quem tu és?
E passaste em frente aos meus olhos
Tramando a crueldade no amanhã sombrio
Estou cansada de ti e de teus espinhos
Que cravas no meu peito...
Abri-te meus braços novamente a um abraço
quem sou?
quem tu és?
Sou...Talvez uma canoa sem alcunha
Um pássaro ferido... Por tua crueldade!
E eu qual ave que voa na alma do vento
Quero lembrar-te que te amei e
Que te dei aquele para quem cantei para faze-lo adormecer...
E que me encantei por ele durante toda a minha vida...e por
Seus sorrisos cândidos...e que dele fiz uma cintilante estrela
Para que seguisse estradas de flores perfumadas da vida
Com o farol do amor..
Quem tu és? aquela que me devolveu.a dor
Eu não merecia tanto desamor!!!
Único...
És único... Nossos fragmentos se juntaram
Encaixaram-se...
E qual duas estrelas chocamos... Tu e eu!
Tu és único no mundo!
Serei única pra ti!
Assim como nossos corpos segredam juras de amor
Em meio ao silêncio
Meu coração há muito tempo perdido bate junto ao teu
Cadenciado... Ritmando musicas
Espalhando notas musicais... Belas... Românticas... Primaveris...
... Dentro do teu alcance...
Guardo na gaveta
Minhas joias raras
Que não estão à venda
Não empresto
Não alugo
A lembrança
Os amores
As boas recordações
E quando a saudade aperta
Abro a gaveta
E lá volto ao passado
Que foi ontem
Outro dia
Muito tempo
Minha história de vida
Errando...
Foi que aprendi
Chorando...
Foi que valorizei
E amando...
Tive a certeza que fui feliz!
Quando o dia chega ao fim
e o sol beija o poente,
fecha-se uma página do livro da vida
que jamais poderá ser lida novamente.
Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.
Ariadne
Mainha disse que falta leite
Piada se tornou
Mainha disse que falta o pão
Piada se tornou
Mainha disse que faltou o que comer
Piada se tornou
Pega a pasta dental
Passa na língua
Bebe água gelada, dorme menina
Com cinco anos aprendi esse macete
Tem merenda?
Hoje é farinha com açúcar
E antes? Na hora de almoçar?
Tem arroz e cinco pedaços miúdos de
carne de sertão
Que é pra combinar com sua idade e
também com o seu tamanho
Cadê o papai?
Saiu cedo para trabalhar!
Mal sabia eu
Não havia emprego algum
Papai ia na fé
Andando procurando um bico
Da cidade que morávamos
Até a cidade vizinha
Mamãe me arrumava
Colocava eu e meus dois irmãos
para ir à escola
Sempre na despedida nos dizia
"Estudem e se comportem."
Na lancheira as vezes um milagre
Cream Cracker com doce de goiaba
A noite chegava
Era a reunião familiar
Papai suado, cansado e assado
Mamãe na cozinha
Catava as migalhas para pôr no jantar
Todos unidos ao redor da mesa
Agradecemos a Deus em oração
A gente não reclamava
Simplesmente agradecia
O bom humor e a fé
Era o que nos renovava
E assim a vida a gente seguia
Foi nesse período da vida
Que aprendi com os meus sábios pais
Que rir é o melhor remédio, sim
Para cada problema que surgia
O bom humor era a solução
Agora que me fiz crescida
É assim que levo a vida
Com bom humor
Sempre com um riso pronto
Posso ser vista como imatura
Por dos problemas da vida eu sempre rir
Mas pra quem teve uma infância dura
Esse é o melhor caminho a seguir
*Gabriela Oliveira
27 de fevereiro de 2016
01:40 AM
@sejaamodaantiga
Sou estranha, assumo. Sou toda do avesso e de ponta cabeça. Mas gosto disso, vejo o mundo de uma forma diferente, consigo ver o que mais ninguém vê, consigo ir além.
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Sou do tipo que ri
Dou risada mesmo
Em qualquer situação
Meu riso pode ser alegria
Pode ser tristeza
Um susto
Pode ser raiva
E também incerteza
Porém não se assuste
É bem fácil os identificar
Pare, me repare e pare
De me julgar
Não sou imatura
Ou insegura
Só é assim que com a vida
Aprendi a lidar
Gabriela Oliveira
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No relógio está o anúncio
Meia noite já badalou
O corpo se sente cansado
Mas a mente trabalha
Como nunca trabalhou
A cada minuto uma ideia
Em cada suspiro a inspiração
No papel desliza a caneta
Que seguro em minha mão
Paro e penso por um segundo
E acho que o poema está um lixo
Um lixo, sabe?
Igual ao meu coração
Que já sofreu tanto (coitado)
Por ti que nem se importa
Se o que escrevo é para o seu endereço
A propósito, preciso saber
Você sabe que tenho um ig?
Por favor, trate de me seguir!
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cerveja
Vem ser, me veja
Que eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cachaça
Graça acha
Se eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de uísque
Me Leminski
Eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Restou o vazio
O coração frio
O escuro calado
Que nem o silêncio fala
É nessa hora, que eu vou
Lhe amar.
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
A vírgula
Não é o ponto
E o ponto
Não é a vírgula
Cada um
Com a sua função
Mas mesmo assim
Conseguem trabalhar juntos
Como ponto e vírgula
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
As vezes gosto
De deitar a cabeça
Sobre meu pulso
Para ouvir as batidas
Do meu coração
E imaginar
Que estou sobre teu peito
Ouvindo as batidas
Do teu coração
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Meia Lua
O tempo é de chuva
Meia Lua
A noite faz frio
Meia Lua
Coloque a sua
meia, Lua
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
É o meu nome
É a minha vida
É o meu querer
Minha inspiração
Meu jeito de escrever
Eu sei que alguns agrado
E outros não
É por isso que existe algo chamado
"Liberdade de Expressão"
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Amar e ser amado,
Viver e adquirir conhecimentos
Cada dia que passa escrevo meus sentimentos,
Escrevo o que penso
Faço o que devo fazer,
Agradeço a Deus por cada amanhecer.
Parar e refletir coisas sobre o cotidiano é normal do ser humano.
Agora pensar em você é mais que uma reflexão, é uma viagem em busca de ouvir seu coração
O mundo está cada vez mais poluído, poluição não só da natureza
Espero a compreensão desse verso com clareza
Mudança é complicada, até se perde a esperança
Mas ainda se encontra uma faísca de salvação, no olhar puro de uma criança!
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