Poesia de Professor X Aluno
Fotografia no túmulo
Oh, quanto eras bela!
Chegaste à formosura
da juventude
E em uma aquerela
pousaste,
feito asas de borboletas
resequidas aos ventos!
Os olhos ainda é da juventude.
Paraste o tempo em plenitude
e recortaste o olhos de sua mãe
a pele do teu pai sobre as narinas!
E então pousou-se sobre um sepulcro
onde as aves revoam em vultos
cantoralando, quase um cordel
de rimas que se alcançam o céu.
Eras, pois a formosura da irmã
que antes de envelhecer
te oferecias o afã. da música sepulcral
a oferecer-te sob o véu.
E foi assim o tempo
com teu lamento de pássaros
em arrulhos, diferente do teu barulho
que agora deixa-te no silêncio.
DEVIAS
Devias vir me abraçar
Devias!
Devias, nesta noite,
comigo fitar o luar
Até que o sol voltasse.
Devias vir sem teres
Ido embora ou a qualquer
Lugar.
Devias!
BIPOLARIDADE
A casa do artista é seu recôndito secreto,
onde busca sua arte nos porões
e também no alto da infinitude.
É um subir,
e um constante
d
e
s
cer.
Sono
Não perturbe o sonos dos que dormem
Porque talvez amanha mesmo há de acordar.
Nina-os com uma flor e um pequeno sussurro
Do teu falar.
Não derrame sobre a tumba a lágrima
Quente dos teus olhos
Em que faz nascer abrolhos
No recôndito berço a descansar.
As sombras! Bastam-lhes as sombras
De arvores antigas e as raízes das urtigas
Tateando-lhes o rosto!
Nada é preciso senão a entrada triunfal
Do paraíso.
Deixem-nos dormir em paz.
Eu sou a louca.
A que coleciona borboletas
transparentes e pretas na gaiola mágica
Sou a ninfeta que cortou
os cabelos de Maria Antonieta,
para ouvir de mansinho o tic tic da tesoura trágica.
Sou a desgraçada
Que veio ao mundo sem nada,
assim como Jó que veio do pó e,
ao mesmo pó hei de regressar,
sem tempo para re-pensar.
Eu sou a ostra da sereia
que hospedou areias e devolveu-lhe pérolas belas!
Eu sou a descomedida, a vida, ou a morte
que leva quem está desprovido de sorte.
Eu sou!
O que voou nas asas do serafim
ao encontro do seu próprio fim.
Mas também o que pousou nas entranhas
e de uma forma estranha decolou.
Eu sou a sina que assina tal sorte!
A vida vivida... A morte!
DEVOLVA-ME
(E foi assim que um poeta virou livro. Inspirou outro poeta)
__Devolva-me as palavras doces
e as mais puras gargalhadas...
que te tocaram-lhe os ouvidos!
__Devolva-me !
__Devolvam-me os beijos que com sofreguidão te dei.
__Devolva-me!
As carícias que só eu soube (ou não soube),
mas que desenhei em seu corpo
as marcas da felicidade efêmera.
__Devolva-me!
E se quiseres, te devolverei também os beijos e os abraços.
__Conceda-me uma noite apenas!
E daquela estrada, peço que me retornes de onde parti contigo,
Pois não sei mais voltar, estou perdida.
__Devolva-me!
__Devolva-me a direção do caminho!
Os iguais são também diferentes,
ainda que iguais,
pois é a essência que existe verdadeiramente,
e não a roupagem da essência.
Não sabes quem sou e eu não sei quem és.
Talvez nunca saberemos, e fica a ruminação
do quem será, como seria?
E isso remete a nós mesmos,
do quanto não sabemos que somos,
cada qual perguntando de si próprio,
se deslocando ao outro.
Seria uma forma de projeção
em busca da nossa real essência,
da qual nem sobre ela temos o poder
do verdadeiro encontro?
Que o homem mau, afaste-se do mal, e pratique o que é bom e agradável aos olhos de Deus, que o homem de bem e justo, nunca se desvie do bom caminho, vindo a juntar-se com o homem que andando no mau caminho, pratica o que é mal. Porque tanto o homem bom, quanto o mau, ambos receberão das mãos do Senhor a sua justa recompensa.
Quem não for contente com o que tiver presente
Procura sempre mais e nunca é suficiente
Procurar mais só se for um pouco
Pois o extravagante é nada
E o pouco é extraordinário
Cuidar de si mesmo
Te ensina a viver os momentos
Te ensina sobrerespeito
Com outros
E com os seus defeitos
Volta relógio!
Muita timidez e problemas respiratórios mal resolvidos regaram a minha infância, porém foi inevitável segurar a minha alegria de viver o intenso da vida inocente sem dívidas, cobranças e burocracias.
Na juventude o soberano, alto confiante, sabedor de tudo com o mínimo de experiências já era professor, galanteador, conhecedor das noitadas, bom de virar uns copos, o famosinho das resenhas entre amigos e nas bocas delas.
Volta relógio! Volta! Me deixa livre dessa herança hereditária de ser um adulto tão responsável, estou cansado de pedir remédios ao passado para aliviar a minha abstinência.
O tempo corre muito afoito, galopa apressado sem piedade do hoje, insiste a todo momento em buscar apoio e consolo nos braços do tão ansioso e inesperado futuro.
Tenha certeza, espertos! Você não está tirando vantagem nas costas do seu semelhante, estará apenas no futuro colhendo o papel de um completo estafermo.
TODA AULA É UM ASSÉDIO ("À beira da estrada Com o pelo tão sedoso O cachorro morto". — Paulo Franchetti)
Quando os políticos decidirem acabar com a pandemia, eu continuarei sonhando com as boas relações. Então, abriram as escolas. Oba! Tenho a oportunidade de conhecer novas pessoas. Por serem a maioria delas crianças e adolescentes, nem por isso, vou achar inexpressivas e de pouca colaboração para meu desenvolvimento. Elas podem ser úteis e levar-me ao merecido lugar através das diversas opiniões a meu respeito, que com certeza, chegarão a ouvidos importantes. Essa é minha intuição e com determinação serei poderoso, pois saber o que quero e o que tenho de fazer para chegar lá é o segredo. Esperei só o cair da tarde, e o amanhã do outro dia veio. As surpresas desagradáveis começaram: Era uma atividade simples, porém reveladora, para dar visto no caderno. Esbocei as exigências do poema que queria valorizar. Era um soneto clássico com o esquema de rima: ABBA/CDC/DCD. À mesa, fui ameaçado de processo por assédio moral porque não aceitei outro tipo. Quando a aluna disse que fez assim porque era o ponto de vista dela, e era assim que sabia fazer. Por isso, eu era obrigado a aceitar. Assim, assinei meu visto antes de não poder contar com mais ninguém. O cachorro voltou ao vômito.
Bem
O que seria "estar bem"?
Para o tímido é apenas uma forma de fugir da atenção,
desses olhares, julgamentos, que mesmo empáticos...
São sempre recheados de preocupação.
Tirando-o do conforto. Conforto esse, lúdico, fantasioso, ...cruel.
Mas que ele só consegue na mais pura e singela solidão.
Cada pessoa que eu amo, tem um pedaço do meu coração, e ficará com ele para sempre!
Esse é o maior presente que eu posso dar, meu amor
Aprender a ter independência é de extrema importância
Porque, como iremos viver nossas vidas
Se somos todos pendurados e cheios de carência???
Antes de magoar ou julgar, não se esqueça
Vai valer a pena a vida e os sentimentos de alguém quebrar e arrasar?
DORMINDO COM O INIMIGO, ACORDANDO AMARRADO ("O amigo é-me querido, o inimigo é-me necessário. O amigo mostra-me o que posso fazer, o inimigo, o que tenho de fazer". — Friedrich Schiller)
Na escola, sou professor de tantos anos sob o comando de muitos coordenadores, que já não ensinam mais, só organizam, à altura de um conhecimento experiencial. Posso avaliar, com categoria, quem me julga constantemente: Coordenador pedagógico ruim é aquele que defende o aluno do professor, fingindo apoio ao professor, quem dera fosse defender o professor do aluno, fingindo ensiná-lo lições de um bom funcionário, ainda sonha com corporativismo da categoria. Mas, o sistema quer os dois tipos, segundo a conveniência, para mascarar o caos.
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