Poesia de Medo
SONETO AMEDRONTADO
O medo amedrontado está em mim
Poetando sombras de uma tristura
É um vazio cheio duma vil amargura
Num silêncio: mudo, surdo, sem fim
E neste vácuo sem a essencial figura
Entrajam faltos ornados de serafim
Dum temor com seu satírico festim
Assestando o poetar na ossatura
Então, do medo se alimenta, assim,
Cada vez mais tétrico fica, e procura
Um tal arrimo, sem doçura, carmim
E a ousadia onde fica? E a ternura?
Se o medo no medo, é trampolim!
E o fado sem medo, é vã ventura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
DO MEDO
Aqui me tens, medo, em confissão
Eu suspirei... disfarcei. E acovardei
Mas nem sempre, assim, eu ansiei
O pavor, vem do fundo da tensão
Não recusei a bravura ter ilusão
Aventuras, certas vezes, neguei
Mas, também, outras eu errei
E no errado busquei o perdão
De repente, o temor da gente
Argui a “mea culpa” inocente
E o que era acaso vira pânico
Simples, não a um mal efetivo
O amor vem com um positivo
Disparo, que tira o satânico...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 dezembro de 2020 – Triângulo Mineiro
dia da Imaculada Conceição
E por ser assim...
que tem que ser,
amores se vão, se perdem
ficam parados no tempo
em estradas
guardados em versos, em rimas.
E por ser assim a vida, os dias...
tudo passa sem cores
adormecem
e se vão no vento,
no tempo.
Se perdem em caminhos
palavras
escondidas, caladas.
Ficam as poesias,
guardam-se os sonhos
E por ser assim
se vive a lucidez
por medo,
não se é feliz.
GUERRA NA EUROPA
Governantes artesãos do medo: criam monstros, vendem espadas e cobram-nos por ambos. O verdadeiro mal? Acreditar que precisamos deles para nos salvar.
Tempo ao Tempo.
No canto do ringue
Há momentos em que o medo nos encurrala como se estivéssemos no canto de um ringue de luta de boxe.
No entanto, às vezes, não há o pugilista adversário.
E assim vivemos.. e em algum dia morreremos, é um "ciclo"
Não se deixem levar pelo medo,
É uma lei da natureza, façam algo que realmente importa à vocês e se puderem façam o bem aos outros.
Não temos muito tempo aqui, enquanto uma estrela vive se passam milhares de gerações..
Vivam o melhor da vida sem precisar fazer mal à alguém e sem precisar tirar nada de outrem, simplesmente vivam
E escrevam uma grande história nas linhas de seus caminhos.
Indecisão...
Medo? Cautela? Covardia?
Sei lá!
Só sei que as vezes seria melhor não se ter opções!
Ou não?
Sinceramente?
Não sei...
Dá um medo danado a possibilidade de ser feliz por completo.
Dá um medo danado perder o que já estivesse completo...
Eu desejo que você seja alguém que a dor não possa derrotar e que o medo não possa paralisar.
Desejo que acredite na justiça, mesmo que todos já tenham desistido de buscá-la. Desejo que sua fé em Deus seja inabalável, pois a sua recompensa será ver realizado tudo aquilo que você acredita.
Abra as janelas,
Abra seus poros, sua mente, sua vida...
Não tenha medo ou cautelas,
A vida é curta, é urgente que seja vivida...
Nunca se permita, guiar pelo medo,
Ele inibe sua vontade de ser e fazer feliz...
Cria bloqueio, cria mistérios, cria segredo,
Faz sua alegria não se completar, ficando sempre por um triz...
Que Nossa Senhora da Penha possa sempre te guardar,
Lá do alto do seu poderoso e santo rochedo...
Que ela possa sempre te benzer, sagrar e abençoar,
Te iluminando e ensinando o melhor caminho para você caminhar sem medo...
" Alma gêmea"
"Em todas as linhas
Indecifráveis dos seus olhares
Em todo fervor do seu toque
Meu eu se fez solúvel
Um pedinte de amor
Escravo seu
Eu não te resisto
Como poderia
Como negar-te
Um coração que já é seu
Como fugir do desequilíbrio
Que você me causa
Como estancar o caos
Cravado na minha cabeça
Minha borboleta
Minha insanidade
Impura absoleta
Essa história tórrida
Triste ..... Imperfeita
Minha borboleta
O peso do medo
Dizem que há sombras na esquina,
sussurros frios na neblina,
olhos que espreitam na escuridão,
mãos que apertam sem compaixão.
Tranque as portas, feche o peito,
dobrem-se ao fardo do preceito.
Há sempre um monstro à espreita,
um castigo para a alma imperfeita.
No deserto, a voz bradou:
“O mar se abre a quem rezou!”
E os que duvidam, sem piedade,
são tragados pela tempestade.
Na fogueira, a chama dança,
queima o corpo, apaga a esperança.
A fé impõe o seu decreto:
“Negue-me e prove do inferno certo.”
Coroas brilham, aço brande,
o medo cresce e nunca expande.
Pois só se vê o que convém,
quem dita a lei nos faz refém.
Um novo rosto, um novo nome,
sempre há um lobo em meio ao homem.
Ora justiça, ora nação,
ora inimigo, ora oração.
E assim seguimos, sem acerto,
livres no corpo, presos por dentro.
Grades que o tempo não desmancha,
o medo pesa... e nos amansa.
Num conto de amor, jovem coração,
De vinte e quatro anos, apaixonado então.
Por um mais velho, encontro proibido,
A chama arde, mas destino dividido.
Entre eles, carinho floresce e se expande,
Mas a barreira do tempo, um desafio grande.
Medo de machucar, sombras no caminho,
Dois corações, sinceros, mas perdidos no destino.
O menino sonha, suspira, confunde-se,
No afeto proibido, o coração aquece.
O mais velho, cauteloso, receoso de causar dor,
Ambos se gostam, mas temem o dissabor.
Num dilema de amor, seus olhos se encontram,
Palavras não ditas, sentimentos que abraçam.
O tempo, implacável, sussurra despedidas,
Mas o amor persiste, nas entrelinhas da vida.
Na história que escrevem, capítulos incertos,
Dois corações entrelaçados, sonhos despertos.
A idade é apenas um número a desafiar,
O amor verdadeiro, sempre a transcender.
Que o destino sorria, que o tempo conceda,
A esses corações apaixonados, uma jornada bela.
Na tessitura do afeto, que encontrem o abrigo,
Do amor que floresce, além do proibido.
Tenho medo do abandono,
da sombra fria que se avizinha,
do vazio que preenche as lacunas
onde antes habitava o afeto.
Tenho medo do silêncio que ecoa,
nas paredes do peito, tão só,
onde outrora as vozes dançavam,
agora apenas o eco de um nó.
Tenho medo de ser esquecido,
como um livro fechado na estante,
as páginas amarelas de histórias,
que ninguém mais se lembra ou sente.
Mas também tenho a esperança,
de que no fundo desse temor,
encontro forças para aceitar,
que o abandono não apaga o amor.
E assim, entre o medo e a coragem,
vou costurando as feridas do ser,
pois mesmo que o medo me assombre,
aprendo a viver, a crescer.
Coragem de Ser amanhã
Viver é um ato de coragem. Não dessas bravuras que se estampam em manchetes ou que fazem as multidões aplaudir, mas daquela coragem miúda, que se levanta todos os dias, encara o espelho e diz: "Hoje eu vou tentar de novo." Porque, no fundo, a vida não é sobre certezas, é sobre o risco de errar, o risco de doer, o risco de amar.
Quantas vezes nos prendemos às grades invisíveis do “e se”? E se não der certo? E se rirem de mim? E se eu me machucar? Mas a verdade é que a vida não nos dá garantias. Não há contrato assinado, não há promessa de finais felizes. Só há o agora, esse instante breve que escorre pelos dedos enquanto pensamos demais.
Manuel Bandeira queria “passar a vida limpa, útil, fraterna”.
Drummond tropeçava em pedras que só ele via.
E você? Qual é o poema que está escrevendo hoje? Será que está parando nas reticências do medo?
Ou será que, como Clarice, arrisca o abismo só para descobrir que lá embaixo há asas?
Seja como for, vá! Vá com o coração trêmulo, vá com a voz insegura, vá mesmo sem saber se é o caminho certo. Porque não ir é pior. Não ir é morrer um pouquinho de cada vez, é ser metade onde poderia ser inteiro.
Dance no meio da sala, mesmo que os vizinhos escutem. Grite seus sonhos no vento, ainda que ninguém os ouça. Ame tanto que o peito quase não aguente. Porque viver é isso: abraçar o caos, aceitar o improviso, celebrar o inacabado.
E se der errado? Ah, ao menos você viveu. Ao menos você foi mais do que uma sombra caminhando pela vida. Foi humano, foi poesia, foi fogo. Amanhã pode nem existir, mas hoje é seu.
Então vá, sem medo de ser feliz.
Medo
Eumin sinto um medo aterrador,
arrebatador, desesperador,
De tese perder, De teme enganar,
De não corresponder as minhasuas, expetativas,
De não conseguir atender minhassuas, vontades,meusseus desejos,
De não conseguir realizar,meusseus sonhos,minhas suas promessas.
Eumin tenho muito medo,
De tudo, meusmeus todos fantasmas.
Quando criança, tinha muito medo de certas estorinhas!
Uma delas a da mula sem cabeça.
Hoje depois que cresci, percebi que as mulas com cabeça, amedrontam
e ameaçam muito mais.