Poesia de Cora Coralina aos Mocos
estrelas, me emprestem um pouco de seu brilho
para eu poder iluminar o meu caminho
existe alguém que eu quero encontrar
no fim de tudo, quando tudo acabar
Riz de Ferelas
Marida, marida
Marida, minha marida,
Se soubesses quanto me és querida,
Se imaginasses quanto me és vida,
Se não te mostrasses dúvida
Que queres mostrar em ti
Que queres que leia como li
A começar daqui para ali...
Dali para aqui.
Marida, marida amada,
Feiticeira, bruxa e fada,
Menina, birrinha mimada
Companheira forte e desejada
Da minha alma, que existe afinal.
Jurei-te amor que superasse qualquer mal
E fidelidade até ao fim da nossa idade mortal
Em abençoado local
Mas acredita, que muito antes da celebração,
Bem cá dentro, já se havia consumado a união...
A mais fácil decisão,
A de tomar a tua mão.
" Por que me enfeitiças tanto
se teu encanto
seduz
por que sorrir este sorriso
se em meio ao paraíso
tento te esquecer
e certa como a matemática
complicada como a vida
sugiro desejo
meu, teu, nosso
sonhar é tudo que tenho
meu abrigo
sonhar contigo
é tudo que posso...
Sei que em alguns lugares que passei
Me trazem boas lembranças
quando começo a lembrar
Vem sobre mim eminentes esperanças
Um dos nossos momentos peculiar
Poderia ser à última vez
Se o que é predestinado viesse a mim
Perderia tudo o que você fez
Mas se eu partir
Partirei te amando
Feliz pelos bons momentos
E estarei em um bom lugar te esperando
Nesse dia queria te encontrar
Vestida linda para mim
Com sorriso inenarrável
E um belo vestido de cetim
" Quiseste ouvir sinos tocando
gemidos alardeantes
arrepios dourados
quiseste sons de trombetas
anéis de saturno
colares, diamantes
quiseste um mundo imaginário
tão teu
e eu te dei apenas
amor...
" Custa-me acreditar na mudança
tão rápida, implacável
é como perder um amor
ver o fogo consumir
é ter o mundo e apenas poder olhar pela janela...
" Se tudo tanto quanto for verdade
apesar dos enigmas
das somas erradas
dos detalhes
ainda assim o acaso não valerá
mas o amor
este sim, valerá por tudo
mesmo que por ventura
seja em um só coração...
Antiga alquimia
Criada Pelos antigos
Filósofos e escritores
Em um ritual conceitual
Formado pelo seu
Amor, sangue e magoas
Junto a uma concentração espantosa
Um coração Flamejante
Uma mente enevoada
E Uma escrita detalhista
Forma-se a mais Realista
E genuína Poesia
" Lembra de quando eles eram pequenos
e você os ensinava com tanto amor
lembra dos natais
das páscoas, das reuniões no colégio
lembra de quando eles nasceram
dos primeiros sorrisos
das primeiras palavras
das primeiras orações
lembra do andar cambaleante
e do cuidado para não caírem
lembra dos bracinhos e das mãozinhas
a apertando forte
de tudo tinham medo
e você foi dando coragem, apoio, amor incondicional
lembra???
" Porque viver é reconstruir castelos
sonhar faz parte
os nossos são de areia
e a insistência
o melhor que possuímos...
"" Amanheça, mas não se apresse em entardecer
vá devagar, conjugando sempre o verbo amar
e quando anoitecer, relaxe...
Amanhã será outro dia...""
" Cada vez que te olho
rejuvenesces
poderias dizer que são os meus olhos
mas engana-te
são os teus,
que luzem minha alma de menino
tanto, que dizer de amor é pouco
exatamente porque és
o meu sonho de uma vida inteira...
DRUMMOND
Sentou-se numa pedra que havia
No meio do caminho.
E passou o José todo triste;
sem saber pra onde ia.
Logo depois passou um anjo,
E disse: "Vai, Carlos! ser gauche na vida".
E disse Drummond: "Eu não serei poeta de um mundo caduco..."!
E Drummond, saiu recitando: " Eu também já fui brasileiro..."!
Poema para o M(ar)
À frente estava ele, revolto, barulhento
Mas era um barulho silencioso
Era paz
As ondas se faziam fortes
O vento soprava por entre as pessoas
Chovia
Parecia calmo, mas não estava
Algo acima dizia:
Vai dar tudo certo.
Eram as estrelas.
Quando te conheci foi mero acaso
Coisas relacionadas ao trabalho,
Lógico que de sua simpatia não fiz descaso
E conforme conversávamos, cometi um ato falho
Notei o quanto tínhamos em comum
Pensamentos, gosto pela música e poesia
Tão compativelmente incomum
Que meu coração palpitou, e a sinestesia
Me pegou, como não sei ter sentimentos rasos
Logo estava eu apaixonada
Éramos dois poetas de sentimentos intensos
Me via refletida em seu olhar
E olhar em seus olhos, desejava e não queria mais nada
Todo o dia de trabalho, já nem me fazia cansar
Na sua companhia, sentia-me a rima e você versos
Mas notei que olhava na altura dos meus ombros
E lá estava quem lhe atraia seus olhares
Moça linda, corpo perfeito, cabelos rubros
Dei me conta que eu tinha perdido,
Quando me pediu para opinar em um poema
Que iria entregar para ela, mesmo com coração partido
Ajudei a tornar seu poema o mais lindo
Porque te ver feliz seria a minha recompensa
E com um beijo na testa me agradeceu.
A velha torre
Ela era uma torre forte, muito bem firmada
mas habitou nela por logos anos um vírus letal.
Hoje essa torre está desmoronando, deformada
extremamente sensível, em uma nevasca sentimental.
Não está pronta para ninguém habitar
está fechada para uma grande reforma
sem querer as vezes despenca, tende a precipitar
e atinge alguém que quis se aproximar
Nesse momento é melhor nem à visitar
suas rachaduras, indicam grande risco
precisa primeiro se alicerçar
e só então levantar, colocar tudo no lugar
Não sei quanto tempo essa pode durar essa reforma,
mas será para o bem de todos que a admiram
no momento, está vazia e totalmente transtornada;
mas garanto, que surpreenderá a todos que a sucumbiram.
Dor existencial - 1
Minha alma grita dúvidas, e incertezas
sedenta de respostas, em dor existencial
procurando novos caminhos, e mais clareza
revira-se todo meu ser, em busca do essencial.
Minha mente embaraçada de pensamentos
meus sentimentos em tormenta visceral
se afoga em suor e lagrimas, de meus argumentos
me posiciono diante do real, e do surreal
Advogo a meu favor, mas vem uma voz alta
tinindo em fúria cheio de acusações
fico entre o certo e o incerto, enfialta!!!
Travo uma luta contra meu eu, cheio de aspirações!
Ceia para mim ou ceia para você:
Então é natal
E o que você fez?
Mais um ano banal,
miserável outra vez
No dia vinte e quatro,
Nobres se presenteiam
No dia vinte e cinco,
Pobres se angustiam
A Coca-Cola mente,
Diz que o Natal é para todos
Mas coloque em sua mente,
São os maiores engana bobos
Drummond procura alegria,
Você procure uma planta que semeia,
Numa mala vazia
embarcando sorrisos em ceia.
" Eu trocaria o telhado da nossa casa
por um lugar no alto da montanha
pertinho das estrelas
e te daria um beijo
como aquele que dei quando te conheci
viveria mil anos só para não deixar dúvida daquilo que sinto
plantaria arvores, cultivaria jardins
eu faria tudo que pudesse para ter o teu amor
menos mendigar a tua presença, mendigar o teu carinho
mendigar o teu coração...
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